terça-feira, novembro 29, 2005

O fim de um ciclo. 25 de Novembro.


Meus amigos, na noite de 25 de Novembro acabámos o nosso ciclo 30/25. Propusemos novas leituras, reflexões e caminhos para os acontecimentos de Novembro de 1975, há 30 anos portanto, e que tanto ajudaram a moldar a nossa contemporaneidade.
Foi, no meu ponto de vista, um sucesso. Se há dois ou três meses me dissessem que iríamos organizar algo com o António Reis, Sottomayor Cardia, Anacoreta Correia, Luis Fazenda, Inácia Rezola, Maria Manuela Cruzeiro, Carlos Brito, Pezarat Correia, Loureiro dos Santos, Isabel do Carmo, Duram Clemente, Tiago Moreira de Sá, António Costa Pinto, Vitor Alves, Avelino Gonçalves, José Manuel Barroso, António Louçã, Cistina Sizifredo, Diogo Moreira e Ricardo Revez (sem esquecer os moderadores: Luis de Sousa, Paulo Dias, Joao Mário Mascarenhas, Vicente Paiva Brandão, Ricardo Fresco – um abraço amigo – e a Rita Castel-Branco). Eu diria para não brincassem.

Se me dissessem que desta gente viriam uns do Algarve, de Coimbra, do Porto; eu diria: para nós? Não me parece…

Se, há dois ou três meses me dissessem que iríamos sair no Público, Visão, Sábado, Expresso, Bloguítica, Bicho Carpinteiro, Acidental, Independências, Correio-mor, Esquerdices, Geosapiens, Boina Frigia, Circunstancias, etc. Eu diria; quê? Não…

E se, há dois ou três meses me dissessem que iríamos atrair largas dezenas de pessoas, perto das três centenas, para esta nossa iniciativa; eu dizia: não gozem! Nos somos meia dúzia de gatos-pingados, super amadores, sem experiência e nome, só atrás de uma ideia, de um projecto, de uma vontade.

Acho que foi um sucesso.

E foi bom ter terminado com sala cheia (70 pessoas). Com o Carlos Brito, o António Reis, o Duran Clemente, a Isabel do Carmo e o Loureiro dos Santos (que, impossibilitado por razoes de saúde de estar presente, mandou um texto), numa sala plena de interesse, polvilhada por capitães de Abril, em exposições consecutivas até à uma da manhã - numa sessão que se alongou por quase três horas…

Foi mesmo muito bom…

[aqui espero por outras opiniões deste evento…]

Sobre balanços, apesar de algumas coisas terem corrido mal – como a comunicação, que não chegou a todo o lado, como a logística, como uma melhor preparação para as conferências em si – eu penso que fomos, nós Clube «Loja de Ideias», bafejados pela fortuna de termos podido partilhar espaços de exposição e de debate com aquelas pessoas acima citadas, e com elas viajar pelas recantos da nossa história recente, em sugestões de leituras plurais, divergentes (memorável sessão entre o Anacoreta Correia e o Luis Fazenda), apaixonadas, respeitosas. Nem sempre enchemos a sala. Não era essa a nossa ideia. Sempre apelámos à qualidade. Conseguimo-la.
Sobre o ciclo em si, devo dizer que quem frequentou a maioria das nossas conferências (deste ciclo) nos perguntou: onde levanto o certificado? Tão forte foi a impressão registada. Para um leigo, para um historiador, para um engenheiro ou para um estrangeiro (como tivemos alguns na nossa plateia) ter seguido todo o ciclo foi ter a oportunidade de mergulhar na nossa contemporaneidade, nos nossos trilhos definidores. E eu, como «Presidente» do Clube «Loja de Ideias» e coordenador científico do ciclo 30/25 tive muito orgulho de poder partilhar com um conjunto de pessoas, amigos, com quem reparto este projecto: o Diogo, o N’dalo, o Rui Pedro, os Ricardos – o Fresco e o Revez – a Kindala, a Rita, o Paulo, o Sandro, as gémeas – a Alexandra e a Catarina – o Pedro, a Vandinha, o Macieirinha, o Boa, a Nanda e sem esquecer, claro, a Gati. Foi com eles que tudo começou. Foi por eles que tudo se fez.

A todos, uma vez mais, o meu muito obrigado.

Risos, ahahahahahahah, já chega…

Sobre a próximas iniciativas, em breve daremos noticias. Não esqueçam que o ciclo sobre a reforma do sistema eleitoral continua a decorrer, e teremos o Call for papers pronto muito em breve… Inté.

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