quinta-feira, novembro 10, 2005

E-mail presidencial

Recebi este e-mai, focando a questão presidencial. Penso que era para divulgação.
Sem comentários, aqui vai:

«O PASSADO E O FUTURO

Mário Soares tem 81 anos, e dedicou mais de 60 à actividade política. Manuel Alegre tem 69 e 40 de vida política. Os jovens de hoje só viveram políticamente os últimos 10 anos, em que Soares apareceu como um político reformado e ultrapassado e Alegre esteve bastante presente, sobretudo com os seu livros. Não se trata, agora, de julgar o passado, mas é necessário conhece-lo, e também ao presente, para fazer uma boa escolha para o futuro.

Quanto ao presente. Está Soares com boa saude e em boa forma física e intelectual para ser Presidente da República ? Em meia dúzia de dias de pré-campanha já provou cabalmente que sim.

E quanto ao passado? O de Mário Soares, todos o conhecemos. E o de Manuel Alegre? Foi Secretário de Estado da Comunicação Social, creio que do Primeiro Governo Constitucional, e disse, agora, que foi depois convidado para ministro. Convém que diga por quem, em que data e para que pasta. Depois do 25 de Abril, o seu papel mais relevante foi o do apoio dado a Mário Soares, no primeiro Congresso do PS realizado no país, num momento de facto crucial? E antes? Para atestar a sua experiência em cargos executivos, em resposta a um comentário de Belmiro de Azevedo, aludiu, no DN 5 de Novembro, "aos seus cargos de liderança na Frente Patriótica de Libertação Nacional quando esteve exilado em Argel".

Convém dizer que Manuel Alegre não foi eleito para a Junta, orgão executivo da FPLN , na sua III Conferência realizada em Argel, no final de 1964. Um ano ou dois depois, quando a FPLN se desagregou e começaram a sair da Junta os representantes da Resistência Republicana, do MAR, do PCP , e ainda o dr Sertório Marques da Silva e o major Ervedosa, o Manuel Alegre foi cooptado para ela, acabando a Junta por ficar formada só por ele próprio e pelo dr. Piteira Santos, que era, de facto, a cabeça pensante. A actuação da Junto ficou limitada à emissão de rádio " Voz da Liberdade", facultada pelos argelinos, e que, aliás, veio a perder pouco antes do 25 de Abril.

A Oposição portuguesa em Argel virá, um dia, a ser estudada por uma qualquer Universidade e não era agora ocasião para falar dela não fora o caso do Manuel Alegre, candidato à Presidência da República, vir falar dos "seus cargos de liderança" em Algel.

António Brotas

Participante na III Conferência da FPLN (Frente Patriótica de Libertação Nacional)»

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