sábado, novembro 12, 2005

À Espera


Continuo à tua espera. Demoras? Não faz mal, eu espero. Esperarei sempre por ti. Todo o tempo do mundo, já dizia o Rui.
Continuo lamechas? Foi isso que te cativou, de uma forma um pouco doentia, segundo as tuas palavras, dadas as circunstâncias. Numa sociedade cada vez menos dada a sentimentos, as lágrimas que escorriam na minha face pareceram-te verdadeiras. E mais verdadeiras não podiam ser. A intensidade da nossa relação pode ser explicada pela nossa relutância em aceitar o que nos estava destinado. Great achievements for those who persute big expectations, so they say.
Tanto mudou. Tanto tempo passou. Mas deixemo-nos de conversas. Preciso de ti. Do teu cheiro. Do teu respirar no meu ouvido. E já agora, se não for pedir muito, do teu gemido ilusório, transporte para fantasias e terras de promessas.Não consigo parar de me surpreender como o teu sorriso me consegue desconcertar. Sabes onde eu quero chegar com esta conversa? Talvez saibas, não deixa de ser sincero e provocadoramente honesto.

Anda, deita-te. Não tenhas medo. Eu agarro-te. Não te vou deixar cair mais. Desde que prometas que não me largas também. Quero acordar abraçado a ti, nas noites frias, e nas abafadas também. Ver a cor de amêndoa dos teus olhos, entaramelados pelo sono profundo, apreciar a geometria da curva do teu ombro, a simetria perfeita das tuas costas. Hoje e sempre. Para sempre. Eu disse que esperava por ti...

1 comentário:

Kindala Rocha disse...

PS - e não és o único

Pesquisar neste blogue