segunda-feira, novembro 28, 2005

Ponto de Cultura


















Depois do dia agitado que passei, nada como um bom concerto para baixar a adrenalina, o stress, enfim, para relaxar e deixar o pensamento ir-se (o concerto foi no dia 23)

E assim aconteceu.

Primeiro com Goldfrapp, depois com Coldplay.

Sinceramente, era de qualquer coisa destas que necessitava.

Os Goldfrapp, no seu estilo neo-Disco, apresentando-se como Gloria Summer mets Blondie, e liderado pela inconfundível Alison Goldfrapp, deixaram-nos com um up beat muito interessante, e que, de certa maneira, nos marcaria a noite. No entanto, é bom que se diga, é sempre muito perigoso deixar que bandas desta categoria apresentem-se como primeira parte: é que depois de nos aquecerem e de nos terem posto agua na boca, queremos mais…e aí, que o acto principal se cuide (e o facto de já estar cheio o pavilhão quando entrei – pelas 21 h – justo no inicio da segunda musica do alinhamento dos britânicos, mostra que muita gente foi também vê-los…). Enfim, muito bom; a pedir um concerto a solo…

Sobre os Coldplay, duas ideias prévias: demasiada colagem aos U2, por um lado, e como banda, e aos Verve – e ao Richard Ashcroft – por parte do Cris Martin. E, devo dizê-lo, de nada necessitam de se estarem a colar a estas referências. É que tem personalidade para se apresentarem por si sós. Pena é que, talvez por se auto-intitularem herdeiros dessa tradição musical (é comum as comparações aos U2, e é reconhecida a amizade e o respeito que o líder dos Coldplay tem aos ex-líder dos Verve). Não foi ver o outro concerto, também no Atlântico, e tive pena. Apesar das críticas e das insatisfações criadas, os britânicos estão de boa saúde e recomendam-se. Não são génios, nota-se; mas entretêem. E bem. Tem boas canções (por vezes um pouco repetitivas), e uma boa presença em palco. O alinhamento foi bom, e as duas horas do concerto passaram-se bem, pecando talvez por não terem feito (outro) encore (tinham feito um, previsto), dando ao concerto um toque de imprevisíbilidade que o colocaria mais acima no meu ranking pessoal.

Em suma, um sólido 14. Se por cá estivessem para a semana, ia vê-los outra vez. Boa onda.

1 comentário:

Unknown disse...

14? Hum... Tudo bem, Professor Marcelo?

Pesquisar neste blogue