sexta-feira, maio 29, 2009

Segredo de Justiça

Ler aqui, sobre o segredo de justiça.
Interessante.

Completamente Inadmissível

São inadmissíveis as considerações de Vital Moreira em relação ao caso BPN, proferidas ontem. Além de usar uma investigação em curso para uma acção de campanha, alarga o espectro da acusação a todo um partido e esquece-se de algo vital: Dias Loureiro está, segundo as últimas notícias, a ser investigado. Só! Neste país, embora não seja algo muito comum nas conversas de café, a presunção de inocência é um direito valioso.
Não é preciso ser ligado às leis para o saber.
Não é preciso ser professor catedrático para o saber.
Não é preciso ser constitucionalista para o saber.

Espero que quando a altura chegar, os outros partidos estejam à altura. Vital Moreira não esteve.

(Também publicado no Eleições 2009/Público)

Há decisões que não se percebem.

Com tantas operações que podia fazer, embora não esteja a dizer que precisasse, Simona Halep decidiu reduzir os seios. Diz a menina (só tem 17 anos) que o seu jogo perde mobilidade (embora isso não lhe tenha impedido de vencer um Roland Garros de juniores).

Há decisões que não se percebem...


(em baixo podem ver umas imagens da menina Simona num torneio indoor de Paris)

NÓS EUROPEUS - 31 de Maio 2009, VISEU



quinta-feira, maio 28, 2009

Por uma Europa Federal (I)

Andam para aí a dizer mal do Federalismo europeu, que as questões de uma nação são mais importantes e tal... que não podemos ter um governo europeu, com ministros europeus por causa da nossa história, e que os outros, como eu, é que somos malucos.

Depois acontece a ASEM. E a Europa o que faz? Leiam no NYTimes. Eu não queria acreditar. Mas depois voltei a acordar para a realidade.

Tanto trabalho pela frente, meus caros. Tanto trabalho!

(via Paulo Ferreira, na Câmara dos Comuns)

Lição aberta de Fernando Rosas. Sobre o 28 de Maio.

Caros amigos e amigas, hoje às 18 horas iremos transmitir on-line a lição aberta de Fernando Rosas no âmbito das Conferências de Lisboa. A transmissão será feita em simultâneo no site do Público On-line , no site das Conferências de Lisboa, bem como um grupo de vários blogs que se juntaram na semana passada:
-http://arrastao.org/
-http://goog_1243502152900/
-http://canardlibertaire.blogspot.com/
-http://goog_1243502152907/
-http://queluz.org/



Claro que a Loja de Ideias se associa à iniciativa.

Ainda tem crédito...

Para ter a visão de Dias Loureiro, Lopes da Mota ainda tem um crédito de 5 meses, mais coisa menos coisa. Suponho que é dele que estás a falar, pois é o caso em que a pessoa está sob suspeita, como no caso BPN. Não me lembro de mais ninguém que as autoridades tenham afirmado estarem a ser investigadas e sob suspeitas (pelo menos, personagens de âmbito nacional)

Não fui eu que o fiz... nem concordo com esta forma de activismo político...



Aviso à navegação: o video contem imagens que podem ser consideradas chocantes.

Crackovia - Copa Lliga i Champions!!!

Esta música andava desde segunda-feira passada a passar na televisão...

Convite: NOS EUROPEUS - 30 de Maio 2009, BRAGA


quarta-feira, maio 27, 2009

Movimento Pela Igualdade

Nem só de política partidária se faz política em Portugal. A sociedade civil (ainda) vai existindo, e ainda bem. É um sinal da vitalidade democrática de determinado quando se assista a iniciativas emanadas da sociedade civil, e esta se interessa em defender, fora das estruturas dos partidos, causas e ideais.
Prova recente disso é o recentemente criado Movimento Pela Igualdade no acesso ao casamento civil (MPI), que fará a sua apresentação pública no próximo dia 31 de Maio, no Cinema São Jorge, em Lisboa. O Movimento já reuniu mais de 800 subscrições de figuras públicas, dos diversos quadrantes profissionais da sociedade portuguesa (políticos, académicos, jornalistas, artistas, desportistas, etc.), entre os quais José Saramago, Daniel Sampaio, Lídia Jorge, Soraia Chaves, Herman José, RAP, Lili Caneças, entre muitos outros.
Esperemos pelos desenvolvimentos deste MPI, mas parece que vai ser o Movimento do Ano…

Europa, Europas

Tenho aqui por diversas vezes feito referência, assim como vários dos meus colegas, aos aspectos europeus e comparados desta campanha eleitoral europeia. Tenho andado em campanha eleitoral, activa, não por Portugal mas pela Europa. Estou agora em Bruxelas, onde ontem estive numa sessão organizada pelo PSOE Bruxelas, na Maison du People de Saint Gilles (uma casa de grande história e prestigio, por onde passaram – entre outros – Paul-Henri Spaak e Vladimir Lenine). Estive no último fim-de-semana em Roma, numa acção promovida pela Rainbow Rose, organizada em parceria com o Partido Democrático e com o Partido Socialista; e no fim-de-semana anterior na Roménia, onde percorri mais de 1400 km e participei em diversas acções de campanha.
Por isso, pela intensidade destes dias, não tenho aqui ocupado muito espaço. Tentarei escrever nestes dias próximos sobre estas experiências. É que afinal, as caravanas andam em corrupio por essa Europa fora. Há por ai mais Europas, que a Europa que se vende em Portugal.

The Special One


A Ler

O teste de Obama, por Nuno Gouveia, no 31 da Armada
Propostas Interessantes, por Alardeador, no Alardear

Dear fellow activist!

We are socialists grassroots and we are promoting a call for a new EU commission President.

The European Parliament will elect the next European Commission. We, the voters on June 7 do not only decide the composition of the European Parliament, we also decide upon the driving seat of the EU: The European Commission. The composition of the executive EU body – the European Commission – has to reflect the vote of us EU citizens on June 7.

We call for the PES to build a new progressive majority with a strong Commission President.

We demand respect for our democratic rights! We demand that the Presidency of the European Council makes sure that the European Governments nominate a Commission President that reflects the majority in the European Parliament.

You can:
sign our PETITION
get engaged in our cause on FB
and express your support with a comment .

Thank you!!

O Melhor

Para muitos, e de encontro aos paradigmas dos últimos anos dos eleitos para melhor do ano (futebolisticamente falando) o jogo de hoje também irá decidir quem é o melhor jogador do mundo. Das duas vedetas máximas presentes na compita, aquele que levar o desejado caneco será, muito provavelmente, considerado o melhor do mundo, lá para final do ano. É esta a competição que mais influência tem na decisão.

Eu, que por acaso não concordo nada com critérios objectivos numa decisão em tudo subjectiva, não espero pelo resultado de hoje, ou pela qualidade demonstrada pelos intervenientes, para dar a minha opinião. Esta época futebolística tem um nome, uma cara, um... pé esquerdo!


Lionel Messi
Provavelmente, o melhor jogador do mundo

Mais uma sondagem, mais uma vantagem

Segundo a sondagem Aximage/Correio da Manhã, o PS será o vencedor das próximas eleições europeias. Como diz o Jorge Assunção, que é insuspeito pela sua (não) preferência em relação a Sócrates, se há algo que é constante em todas as sondagens que têm aparecido, é a vitória do PS.

Aliás, nesta sondagem o PS aumenta a vantagem em relação ao PSD, embora ambos baixem as intenções de voto.

Se forem ao site do Público para as Eleições 2009 poderão ver um gráfico com a Sondagem das Sondagens.

terça-feira, maio 26, 2009

Os intervalos

"Os sindicatos afirmam que a adesão dos professores à greve nas duas primeiras aulas de hoje variou entre os zero e os 100 por cento, enquanto o ministério destaca que só nove em cada cem professores faltaram hoje ao trabalho. Num comunicado, a Plataforma Sindical dos Professores destaca que a adesão à paralisação de dois tempos “é muito variada, encontrando-se valores situados entre os zero e os 100 por cento”."


Se fosse entre -10% e 110% é que era realmente surpreendente!

Será?

Anda uma pessoa entretida uns minutos pela blogosfera e, de repente e sem aviso, dá com um blogue que é construído com base na ideia de que a imprensa não é assim tão livre e que, principalmente, tem uma agenda oculta. Imagino que se devam estar a perguntar: "Qual foi o blogue de amiguinhos e/ou boys do governo onde encontraste isso?"
Bom, o blogue é o Mitos Climáticos, onde cheguei pelo O Insurgente, insuspeito em relação a estas coisas de ser amiguinho e/ou boy do governo.
Mas deve estar aqui qualquer coisa errada, uma vez que a imprensa não tem agenda, como ouvimos reclamar à cerca de um mês atrás, por causa das acusações de José Sócrates.

Legado

Nos últimos quatro anos, o Estado português já entregou ao Citigroup €3741 milhões em novas dívidas para substituir créditos que se revelaram inexistentes incluídos na carteira cedida por Ferreira Leite em 2003. São €935 milhões por ano, em média, que deixaram de entrar nos cofres do Estado para serem enviados ao banco americano.


Para mais tarde recordar...

sábado, maio 23, 2009

Do novo riquismo português. O mercado de símbolos.

Ainda a propósito de estratificação social, por um lado, e de recursos por outro (ver posts anteriores) importa pensar o actual novo-riquismo.

É, dizia-me um amigo aquando da inauguração do MUDE (1), a atitude da professora da Escola de Espinho que terá dito à mãe da sua aluna que ela, professora, é que estava na posse da razão - e não a mãe da aluna - pois ela, professora, possuía uma licenciatura.

É um chefe que, por o ser, torna indiscutíveis as suas opções e fecha as portas e os ouvidos aos seus subordinados ou colaboradores, dizendo "pode ser essa a vossa opinião mas eu é que decido".

É quem não tem competências para se apropriar dos produtos culturais - vulgo cultura - que deseja consumir e, não obstante essa falha, fundamenta a sua opinião a partir de um campo outro que não o campo cultural. Ouvi alguém dizer, opinando sobre um texto da blogosfera: "eu acho o texto ilegível (até aqui tudo bem; muito provavelmente seria) e eu estou casado há 14 anos com uma ex-jornalista, portanto sei do que falo(?!)". Naquele momento, imaginei algumas "absurdidades": o Príncipe das Astúrias, herdeiro do trono espanhol, a dizer uma frase semelhante dentro de 10 anos ou, na nossa terrinha, o Presidente da Câmara de Sintra invocando Judite de Sousa (com mais propriedade, eventualmente, pois ela continua a ser jornalista. . .).

Ter uma licenciatura não dá competências para se ser professor. Ter um cargo de chefia não atribui competências para se ser chefe. Ter uma esposa ex-jornalista não oferece competências para se ser jornalista. Ainda para mais uma jornalista que o foi bem antes da comunicação ser veiculada por muitos canais, para além dos tradicionais; como se sabe, o medium molda formas e conteúdos!

Uma licenciatura, um cargo de chefia ou uma mulher/consorte ex-jornalista são recursos que podem ser mobilizados para muitas coisas (tantas!) e também para se ser alguma coisa. Mas são meras virtualidades. Para se ser na realidade - professor, chefe, jornalista ou crítico de Letras / de comunicação - é necessário o exercício no dia-a-dia de uma prática constante e consistente, acrescida da avaliação, pelos pares e pelos destinatários (os alunos, os subordinados ou os públicos) das práticas e dos seus resultados e, last but not least, ter capacidade de auto-reflexão vigilante quer sobre o exercício diário da profissão, da actividade ou do cargo quer sobre o produto desse exercício. É preciso ensinar e que os alunos aprendam, chefiar e criar coesão dentro de uma equipa, escrever peças jornalísticas que sejam lidas, discutidas, criticadas.

Aqui reside uma questão dos nossos dias: ter ou ser?

Instrumentaliza-se o ter para exercer pequenos poderes. Porque se não tem autoridade de ser, conquistada esta no decurso de uma trajectória de vida. Estes pequenos poderes auto-atribuídos emprestam, aos seus donos, arrogâncias de posse de verdades absolutas. E a sociedade portuguesa - com tantos déficits democráticos! - vai admitindo serenamente o exercício destes poderes pequeninos e falsos, sem que seja diga alto e bom som: "olhem, vai nu!".

Dizendo de outro modo, trata-se do fabrico caseiro e em série de formas de auto-legitimação de saberes a partir do vazio, de folhas de cartolina sem espessura. Um diploma não chega para saber ensinar; apenas abre portas a quem o detém para, se quiser, se se interessar e tiver condições, iniciar um longo caminho de professor-to-be, para, então, ter autoridade na matéria. Do mesmo modo, um contrato de casamento não abre as portas das competências no campo das Letras, nem o Despacho publicado em Diário da República nomeando um chefe atribui a este, por magia, saberes para coordenar pessoas e projectos. E, mais grave, trata-se simultaneamente de formas de hetero-legitimação porque as pessoas em volta se calam, deixando espaço livre a estes monstrozinhos que mais não são que efeitos perversos de uma democracia (ainda) não adulta.

A educação - pedagógica ou cultural - é uma forma de socialização. Por isso, só é possível num tempo longo - anos - e mediante uma apropriação directa, progressiva e reflexiva, i.e., uma aprendizagem. Caso contrário trata-se, na melhor das hipóteses, de adestramentos prêt-à-porter ao alcance de novos-ricos de todos os terrenos, que desembocam em exibições gritadas de caudas de pavão mal-atadas em rabos-de-ratos.

Também há, nesta nossa sociedade do séc. XXI, modos de auto-legitimação mais "clássicos ou tradicionais": pessoas que, sem nada terem feito na vida, auto-legitimam as suas "supuestas" competências a partir daquilo que os pais ou os avós fizeram ou foram. São os velhos-ricos-pobres e os baforentos títulos (burgueses, nobiliárquicos ou eclesiásticos) que os antepassados conquistaram e eles ostentam.

A mediatização social e o mercado de símbolos amplificam tudo o que é aparência transformando-a em imagens: diplomas do ensino superior, esposas ex-jornalistas, brazões ou comendas de bisavôs. Basta folhear revistas da imprensa dita cor-de-rosa: lado a lado encontramos condes e ganhadores de concursos televisivos, ex-porteiros de discotecas e médicos nutricionistas, prémios de literatura e ex-namoradas de ex-futebolistas. Tudo diferente mas tudo equivalente.


1. MUDE - Museu de Arte e Design inaugurado em Lisboa, no dia 21 de Maio, pelo Presidente da Câmara António Costa.

Dos recursos em política.

Recentemente escrevi um texto neste blog que levantou alguma inquietude pelos lados de alguma blogosfera portuguesa. Entre algumas considerações, falava dos recursos que a direita portuguesa tem empregado no espaço virtual (e não só) português.
Deliberadamente deixei o texto aberto a diversas interpretações, não só para testar o nível das mesmas, mas também para procurar aferir as leituras que daí adviriam. Verifiquei depois, sem surpresa, porque o estado do debate político em Portugal é de fraco nível, que fui atacado por tudo e mais alguma coisa de direita que mexesse.
Sem stress. Escrever publicamente é também provocar emoções.
A piada é que os destinatários não entenderam (porque não quiseram? Porque não conseguiram?) que quando me referia ao uso de recursos da direita, e entre outros, referia-me à capacidade de atracção e motivação que a direita, e em especial o PSD, tem conseguido relativamente à blogosfera portuguesa (e não só).
O PSD hoje é, para um conjunto de pessoas, um projecto atractivo e motivador. É genuína essa motivação. E não vem de agora. Projectos como o Atlântico (que aliás teve um breve antecessor que não me recordo agora do nome), o 31 da Armada, tudo em que o PPM se envolveu, não são de agora. Já tem alguns anos e foram (e continuam a ser, ainda que menos) inovadores. Lembro bem a cobertura que o 31 da Armada fez dos últimos Congressos do Bloco de Esquerda, a ligação Atlântico-blog com a Atlântico-revista; projectos que permitiram o aparecimento e amadurecimento de óptimos pensadores do Portugal contemporâneo, como o Henrique Raposo (para citar aquele que acho mais consistente, ainda que não seja do PSD).
Motivação essa que, curiosamente, falta á esquerda. Qual foi o último projecto motivador do PS, por exemplo? O choque tecnológico? As Novas Fronteiras? Talvez os Estados Gerais, mas aí ainda se mandavam cartas às pessoas. A net, já existindo, no máximo era 0.1, qual 2.0…
É, aliás, para mim preocupante, como militante activo do Partido Socialista constatar esta realidade, e apesar de conseguir encontrar algumas explicações (a grande maioria da massa crítica e pensante socialista está governamentalizada, trabalha arduamente e com afinco para a melhoria das condições de vida do país – aceitou o difícil desafio de colocar em prática o que apregoa -, e não tem tempo nem para se coçar, quanto mais para twittar…), a verdade é que acho que podemos fazer mais e melhor, no que concerne a motivação dos nossos (muitos) apoiantes.
Falta ao PS, claramente, uma estratégia que se adeqúe à política 2.0. Não deve cair no exagero do PSD, que faz uma campanha virtual para um país virtual, mas deve saber entrar, de forma construir, criativamente, a política 3.0; a que articule o virtual com o real.
De motivação, afinal, falava eu, não de dinheiros ou de conspirações. De Motivação. Não é este, afinal, um dos mais preciosos recursos em política?

Marinho Pinto arrasa Manuela Moura Guedes



Muito bom! Marinho Pinto "esmaga" Manuela Moura Guedes

sexta-feira, maio 22, 2009

O revisor de provas não estava lá

N´O Público de hoje. Na coluna de Guta Moura Guedes "Design e Coesão Social":

"O fosso entre diversos extractos sociais está a aumentar [...]"

Ora, o estrato social resulta da conjugação de vários indicadores: capital económico - rendimentos e propriedades - capital social - conhecimentos, amizades, círculos e associações - capital cultural - trajectória educativa e profissional, competências para a apropriação dos produtos culturais e saberes - etc.

Há vários estratos sociais como há vários estratos geológicos. I.e. camadas, hierarquizadas (conceptualmente, no caso da estratificação social).Um extracto social será o quê? Uma resultante directa da conta bancária?

O revisor de provas não estava lá (ainda existe esta função, no mundo dos jornais?)?

A Ler

Zero, e à esquerda...


quinta-feira, maio 21, 2009

Confirmando o Diogo


Como ele tinha dito aqui, agora comprovado em terras da velha Albion...

A Ler




O Sexo dos Anjos, por Mário Plácido, na Tertúlia do Garcia

Pequena Correcção

Nuno,

A frase que aqui citas é de Enoch Powell e não de Peter Mandelson...

FILMES DAS NOSSAS VIDAS



João Bénard da Costa. Morreu hoje. Recordo-lhe o trabalho em prol do cinema, a voz pausada, quente, afectiva, a sabedoria profunda. Tantas vezes apresentou filmes e realizadores na Cinemateca! Quantos filmes vi, desde sempre, na Cinemateca e, a partir de 1991 e até à sua saída, pela mão e pelo afecto de João Bénard da Costa.

Colaborou ainda com ensaios sobre o cinema português em obras colectivas sobre a arte do século XX, editadas pelo Centro Nacional de Cultura (1998) ou pelo AR.CO (1999). Nomeado, em 1997, pelo Presidente da República (Jorge Sampaio), presidente da Comissão do Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, cargo em que foi reconduzido.

Para além de colaboração dispersa por vários jornais e revistas, publicou várias obras de filosofia, pedagogia e história do cinema. Entre estes últimos avultam as suas monografias sobre Alfred Hitchcock (1982), Luis Buñuel (1982), Fritz Lang (1983), John Ford (1983), Josef Von Sternberg (1984), Nicholas Ray (1984), ou Howard Hawks (1988). São também de referir os volumes O Musical (1987), Os Filmes da Minha Vida (1990), <Histórias do Cinema Português (1991), Muito Lá de Casa (1993) e O Cinema Português Nunca Existiu (1996).

Que saudades de um tempo acabado!

No blog Filmes da Minha Vida podem ler-se alguns dos seus textos, para ajudar a matar a saudade.

País Real.

Gosto de ver o PSD em campanha virtual. Demonstra e recorda-me, uma vez mais, que para o PSD Portugal é uma espécie de espaço virtual, um qualquer 2 live. (aliás estratégia bem visível na equipa virtual que estão a apresentar à Europa. Alguém sabe de mais algum candidato sem ser o Paulo «faz-tudo-aparece-em-todo-o-lado-sozinho» Rangel?).
Alguém lhes devia fazer notar que há um país real, com pessoas verdadeiras, que não tem internet, não sabem o que é um blog, nem sabem pronunciar twitter.
É para essas pessoas, reais, que nós (socialistas, portugueses e europeus) fazemos campanha. É com os problemas deles, dos portugueses, que nos preocupamos. É para eles, portugueses e portuguesas com estado físico (e não virtual) que procuramos governar com o sentido social marca dos governos socialistas.
Sim, porque ainda acreditamos que a política se faz com e para as pessoas. Não para nicks, facebooks ou twitters.

quarta-feira, maio 20, 2009

Quero ter 80 e ser assim...

se o PS não tiver maioria absoluta, a viragem que poderá ser útil fazer não é rumar ao centro nem, muito menos, à direita, mas sim à esquerda, que é o que o eleitorado espera, uma vez que a esquerda, no seu conjunto, continuará a ter uma maioria e, porventura mesmo, muito sólida. Então? Em democracia não se deve ir contra a corrente do eleitorado, mesmo que aparentemente haja divergências sérias numa parte dele...

Mário Soares, no DN.

Até quando teremos de depender das ideias e dos textos de senhores com mais de 80 anos? Não por aí mais ninguém que consiga esta clareza de espirito e esta clarividência política?

PS.
E leiam o resto do texto, que tem uma inacreditável primeira parte sobre os Congressos Repúblicanos de Aveiro (arrepiei-me todo...)

O sonho comanda a vida

Começar o dia a visitar o Royal Albert Hall, passar pelo Harrod's, um passeio de barco no Tamisa, uma visita à Câmara dos Comuns (fantástica, com uma beleza ao nível do nosso parlamento - bem como em lugares de deputados vazios), ver O Fantasma da Ópera e acabar o dia a jantar em Piccadilly Circus. Assim se passou (mais) um dia de aniversário (ontem, a 19 de Maio).

Dreams do come true!

P.S. - O Fantasma da Ópera é a minha peça, o meu musical. Nada do que eu vi até hoje mexe tanto com as minhas emoções.

Delta, o bom exemplo, a boa notícia em tempos de crise.

Ontem a Sic, a seguir ao jornal da noite transmitiu em directo da empresa Delta em Campomaior. A Delta foi a empresa escolhida para este directo por ser um exemplo de empregabilidade. Enquanto todas as empresas despedem a Delta não o faz, emprega mais colaboradores e cresce. O seu mentor, Rui Nabeiro aponta a inovação com factor chave, mas assumiu-se como um homem com vontade social, dizendo que não conhecia outra forma de estar na vida que não a de assumir-se como um homem com responsabilidades sociais. A Delta é uma empresa estável no mercado português e internacional e responsável socialmente, que inova, que emprega, que não despede, que forma constantemente os seus trabalhadores, que os valoriza e por tudo isto, para contrariar as notícias quase sempre iguais sobre esta crise económico-financeira, foi notícia o bom exemplo.
Rui Nabeiro, questionado sobre o que o governo podia fazer para combater o desemprego deixou a ideia, com provas dadas por si, referindo que há 3 anos formou um grupo de jovens recrutados a partir do centro de emprego da sua área de trabalho, que tinham pouco curriculum profissional e escolar e que hoje são técnicos muito capazes dentro da empresa. Está lançado o desafio, a ver se mais empresas e o Estado lhe seguem o exemplo.

O custo de manter Lopes da Mota no cargo. Isto é ridículo!

O procurador-geral da República deu instruções para que todas as diligências necessárias na investigação do caso Freeport, e que impliquem cooperação judiciária internacional, passarem a ser feitas sem o Eurojust. A decisão vem na sequência das denúncias de pressões alegadamente feitas por Lopes da Mota, que preside ao organismo.        (Fonte: Público)

Quando é que o Governo se convence que Lopes da Mota já não tem condições para exercer o cargo que ocupa em representação do Estado português e por nomeação conjunta do Governo e do PGR.

Exonerem-no, senão continuamos a ser a chacota da Europa.

Gostava de ter escrito isto: Jacques Maritain on Right and Left

I recently found a beautifully pithy formulation of the difference between Left and Right in Jacques Maritain's The Peasant of the Garonne (1968, tr. De Brouwer):

"The pure man of the left detests being, always preferring, in principle, in the words of Rousseau, what is not to what is. [footnote by J.M.: "What is not is the only thing that is beautiful," said Jean-Jacques Rousseau. And Jean-Paul Sartre: "The real is never beautiful."] The pure man of the right detests justice and charity, always preferring, in principle, in the words of Goethe (himself an enigma who masked his right with his left), injustice to disorder. Nietzsche is a noble and beautiful example of the man of the right, and Tolstoy, of the man of the left. (pp. 21-22.)"

Maritain is of course speaking of ideal types. No sane political philosophy could be purely leftist or purely rightist in the above senses. But it is useful to have the extremes of the spectrum so clearly delineated, especially since political opponents love to paint each other as extremists.

Maverick Philosopher

Aung San Suu Kyi em risco


Aung San Suu Kyi faces her oppressors this week on charges that could land her in jail for five years.The trial comes just days before she was set to be released from house arrest.
Her life is on the line. Aung San Suu Kyi's health is at risk, and five years of torture and abuse at the infamous Insein prison could spell disaster.Our rapid response to these developments started last week in Australia (a member of ASEAN) when the Amnesty section there mobilized and generated over 7,000 letters to ASEAN.
Just a few hours ago, the chairman of ASEAN called on Myanmar to release Aung San Suu Kyi.
With the international pressure snowballing, it's time to focus on General Than Shwe, leader of the military junta.
Please write General Than Shwe and urge him to release Aung San Suu Kyi and then forward this email to your friends and networks.

e o que é que o Rangel tem a dizer sobre isto?

Ó Rodrigo, eu acho que as a forças conservadoras estavam na professora ...

segunda-feira, maio 18, 2009

sábado, maio 16, 2009

Anita como crítica de cinema

"Nunca li Dan Brown mas, se os filmes lhe fazem justiça, os problemas começam nele: não é um homem culto. Não pode ser um homem culto, mas quer, à força toda, que pensemos que é."

Alexandre Borges, "Anita aventura-se no Vaticano", ionline

A frase acima citada encapsula toda a arrogância intelectual de Alexandre Borges. Arrogância a um nível tal que só pode ser ridícula.

Ficamos a saber que Alexandre Borges é uma pessoa culta e lida, muito mais culta e lida que a "carneirada" que leu o "Código Da Vinci" e gostou do livro. Ou que gosta de outros livros de Dan Brown. Porque o muito culto e lido Alexandre Borges nem precisa de ler a obra de Dan Brown para saber que ele e um autor que não interessa. Porque os "verdadeiros" cultos e lidos não precisam de ler os autores para os criticar. Devem ter nascido com um gene cultural diferente do comum dos homens.

E porquê é que o Dan Brown é uma pessoa que não é culta, segundo Alexandre Borges? Porque os filmes "demonstram" uma tal falta de cultura que "obviamente" só podem reflectir o nível cultural do criador dos livros em que se baseiam. Isto afirmado por quem reconhece nunca ter lido os livros do próprio Dan Brown. Hilariante!

A minha única questão para Alexandre Borges é a seguinte: Tens noção que Dan Brown muito pouco teve a ver com a criação do Filme "Anjos e Demónios", certo? O argumento é de David Koepp e Akiva Goldsman e a realização é de Ron Howard. E como crítico de cinema Alexandre Borges tem de conseguir idealizar que muitas vezes as adaptações cinematográficas distorcem completamente o conteúdo e sentido dos livros em que se baseiam, o que aliás é muito comum em Hollywood. Vejam como exemplo o filme "Hannibal" e o livro "Hannibal". E depois digam-me que se pode inferir o nível cultural de Thomas Harris a partir do filme de Ridley Scott.

Alexandre Borges passa a imagem de ser um crítico literário frustrado que, enfim, teve de se contentar a fazer crítica de cinema. Ele gostava mesmo é de criticar autores que ele nunca leu.


sexta-feira, maio 15, 2009

Para reflectir

A Idade das Trevas
Como o meu filho ia ter um teste de História, estive a estudar com ele e a fazer-lhe perguntas. A matéria era relativa à Idade Média. As classes sociais, o modo de vida de cada uma delas, pronto, esse tipo de coisas. Foi uma experiência muito engraçada, sobretudo para quem acompanha jornais e telejornais.

Estava eu a estudar os privilégios da nobreza e dei logo comigo a pensar que em Portugal, ainda não saímos bem da Idade Média. Na Idade Média, a mobilidade social era praticamente nula. A nobreza vivia fechada sobre si própria usufruindo dos seus próprios privilégios. Relacionavam-se entre si, casavam-se entre si, frequentavam os mesmos castelos, participavam nas mesmas festas e banquetes, olhando para o povo do alto dos seus privilégios sociais e económicos.

Ora, se virmos o que se passa em Portugal, temos de chegar à conclusão que no Estado há décadas dominado pelo PS e pelo PSD, existe cada vez mais uma feudalização da sociedade assim como uma organização social cada vez mais endogâmica. Um bom símbolo da nossa miséria é o casamento entre a filha de Dias Loureiro, amigo íntimo de Jorge Coelho, e o filho de Ferro Rodrigues, amigo íntimo de Paulo Pedroso, irmão do advogado que realizou a estúpida e milionária investigação para o Ministério de Educação e amigo de Edite Estrela que é prima direita de António José Morais, o professor de José Sócrates na Independente, cuja biografia foi apresentada por Dias Loureiro, e que foi assessor de Armando Vara, licenciado pela Independente, administrador da Caixa Geral de Depósitos e do BCP, que é amigo íntimo de José Sócrates, líder do partido ao qual está ligada a magistrada Cândida Almeida, directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, que está a investigar o caso Freeport.

Talvez isto ajude a explicar muito do que se passa com a Justiça, a Economia, a Educação. Sobre a Educação, a minha área, vale a pena pensar um bocadinho. Haverá gente em Portugal a beneficiar com a degradação da escola pública? Outra vez: haverá gente em Portugal a beneficiar com a degradação da escola pública? Há. Claro que há. Ora bem, quer entender porquê? E quem são? Quer mesmo? É fácil. Experimente a sentar-se um pouco com o seu filho a estudar História.

José Ricardo Costa, professor


Bom, nem toda a sociedade se move assim, no entanto este texto caracteriza aspectos sobre matérias que todos nós já sentimos...
Quando falam em Democracia ou em sistemas vigentes na sua plenitude ideológica, esquecem-se das falácias e vícios de quem diz aplica-las… É cada vez maior o número de pessoas que começam não só a questionar o sistema como ele existe, a própria forma de pensar as ditas ideologias, mas sobretudo as pessoas que com indulto, praticam e prevaricam sem que nada nunca lhes aconteça… Porque como foi escrito neste texto e muito bem, a rede já se estende por ramificações que já não se conseguem escamotear… Mas nem todos são assim e separando o essencial do acessório, concordo com este texto. Não nos nomes ou situações, mas por quem se diz imune a tais criticas e no passado quando estavam nas mesmas posições, fizeram-nas e fizeram-nas PIOR…

Eu próprio que entrei por livre escolha e decisão soberana do meu SER, para uma estrutura partidária, no caso a Socialista, para combater nos respectivos palcos, e de forma licita e legitima, por ter sido assim a educação recebida, depressa percebi, que não era a ideologia que estava errada. As premissas que certos “utilizadores” dessas estruturas usavam, usam, é que mostravam uma índole com mau carácter, não de todos, mas de alguns… Os outros, alguns como eu, iam calando a bem, da unidade e porque de facto percebíamos que os outros eram bastante “piores” que estes nossos…

Enfim, desde saneamento politico nas diversas estruturas partidárias onde me fazia representar ao ataque pessoal, já me aconteceu de tudo um pouco… Experiência conquistada e cada vez mais cabeça erguida...

É por isto que sem renegar a ideologia Socialista, continuo nos palcos próprios o combate pelos valores em que acredito, e defendo que a sociedade e as manifestações de opinião em movimentos associativos serão necessários para restabelecer um equilíbrio sem vícios.

Para reflectirmos aqui e até quem sabe abrirmos um forum de discussão...

Por falar em cartazes errados...

Manuela Ferreira Leite apela à Abstenção?

Este cartaz está na Alta de Lisboa. Ao ler os comentários no blogue onde encontrei a foto, fiquei com a ideia de que não é fotomontagem!

A Ler


Dah, por João Magalhães, na Câmara Corporativa

Não se abstenha! (2)

Não se abstenha! (1)

Campanha contra a abstenção nas eleições europeias.


Funeral Blues

A mente tem pormenores giros. Andava há anos a tentar lembrar-me de um poema que tinha ouvido e não conseguia. Tudo o que me lembrava era o seu início (Stop all the...). Nem sequer me lembrava onde o tinha ouvido.
Hoje, sem nada que me fizesse lembrar-me disso, um filme veio-me à memória: "Quatro casamentos e um funeral". Et voilà!



Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.


Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He is Dead.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.


He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.


The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the woods;
For nothing now can ever come to any good.
-- W.H. Auden

quinta-feira, maio 14, 2009

Only 3 more weeks to the European elections!


May 2009

PES President Poul Nyrup Rasmussen: "New majority in the Parliament = Barroso will not be President"

We want the European Union to take a new direction. We want a European Union that does what is needed to create new jobs and tackle the economic and climate crisis in a decisive way. That is why the PES cannot support Barroso as President of the European Commission. He represents the conservative majority that has failed Europe over the last five years. He represents the Europe that puts markets before people.

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European Day of Action: Making Europe the leading force against climate change

The Party of European Socialists member parties and activists are campaigning on climate change this Saturday 16 May in at least 15 countries from Finland to Malta and from Porto to Ostend. You can find more details about this Day of Action on the PES election blog. This is the PES' third day of action following European campaigning days on Europe Day May 9th on the theme 'New Social Europe – giving people a fairer deal' and on International Women's Day on 8 March.

If you are interested in participating in the upcoming European Day of Action and/or if you would like to receive our briefings, please write to mailto:actionday@pes.org?subject=European%20Days%20of%20Action and we will provide you with more information. We are awaiting your feedback and are looking forward to a great European-wide activity.

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Campaign exchange to Madrid

PSOE is inviting comrades from other European countries to join their campaign on the weekend of May 30. On May 30 you can participate in the meeting of PES activits (Spanish and from abroad) with Juan Fernando López Aguilar the head of the Spanish. read more

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"Manifesto in every corner of Europe" photo competition

Still two more weeks to participate in the fun photo competition to put the "Manifesto in every corner of Europe". At the deadline, on Monday 1st June, The photo with the most votes will win flights, accommodation and entrance to the European Election Party of the PES in Brussels on Sunday 7th June.

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More campaign headlines

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New fun video: La route du Cube

Fight the crisis - demonstrate with European Trade Union Confederation (ETUC) on 15th May

The Bologna Process, youth mobility, internet rights… another stop for the PES Virtual Tour

Rainbow Rose Campaigns: for a Left-Wing Majority in the European Parliament!

If you have any comments or if you wish not to receive PES activists Update please contact pes.activists@pes.org

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