And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
quinta-feira, maio 21, 2009
FILMES DAS NOSSAS VIDAS
João Bénard da Costa. Morreu hoje. Recordo-lhe o trabalho em prol do cinema, a voz pausada, quente, afectiva, a sabedoria profunda. Tantas vezes apresentou filmes e realizadores na Cinemateca! Quantos filmes vi, desde sempre, na Cinemateca e, a partir de 1991 e até à sua saída, pela mão e pelo afecto de João Bénard da Costa.
Colaborou ainda com ensaios sobre o cinema português em obras colectivas sobre a arte do século XX, editadas pelo Centro Nacional de Cultura (1998) ou pelo AR.CO (1999). Nomeado, em 1997, pelo Presidente da República (Jorge Sampaio), presidente da Comissão do Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, cargo em que foi reconduzido.
Para além de colaboração dispersa por vários jornais e revistas, publicou várias obras de filosofia, pedagogia e história do cinema. Entre estes últimos avultam as suas monografias sobre Alfred Hitchcock (1982), Luis Buñuel (1982), Fritz Lang (1983), John Ford (1983), Josef Von Sternberg (1984), Nicholas Ray (1984), ou Howard Hawks (1988). São também de referir os volumes O Musical (1987), Os Filmes da Minha Vida (1990), <Histórias do Cinema Português (1991), Muito Lá de Casa (1993) e O Cinema Português Nunca Existiu (1996).
Que saudades de um tempo acabado!
No blog Filmes da Minha Vida podem ler-se alguns dos seus textos, para ajudar a matar a saudade.
Etiquetas:
João Bénard da Costa,
Os filmes da minha vida,
Vera Santana
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1 comentário:
Acrescento uma nota pessoal mas também política. O João Bénard da Costa passou pelo Lycée Français Charles Lepierre, no final dos anos 60 (era eu aluna) a convite do meu querido Professor Rui Grácio, para apresentar alguns filmes e realizadores, de entre os quais Orson Welles.
Ambos - João Bénard da Costa e Rui Grácio - tinham sido expulsos (por motivos ideológicos, logo sem razão) do ensino oficial português e encontraram, como lugares de refúgio para o trabalho intelectual, o Lycée Français e a Fundação Calouste Gulbenkian.
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