quarta-feira, abril 27, 2011

O fim da União Europeia

Depois do começo da crise financeira de 2008, e após a intervenção estatal nos vários países para que o impacto da mesma fosse minimizado, passámos a sofrer o ataque especulador ao €uro.
Este ataque, país a país, teve (como é do conhecimento geral) uma pobre reacção da União Europeia.

Por muitas voltas que se dêem, os políticos dos principais países não têm líderes à altura dos acontecimentos. Os actuais líderes europeus têm uma visão muito curta, principalmente quando comparados com alguns dos seus históricos antecessores (como Helmut Kohl ou Jacques Chirac - para não falar de François Mitterrand).

Mais preocupados com os ganhos ou perdas eleitorais nos seus países, e movidos por cada círculo eleitoral, deixaram de olhar para o médio/longo prazo. Numa situação destas, tornou-se óbvio que o projecto europeu perdeu espaço e significado nas políticas de cada país. Os líderes destes começaram, basicamente, a reagir de forma a responder ao crescente mediatismo de partidos representativos de franjas do seu eleitorado, mas cuja exposição mediática ganhava relevância através de uns média cada vez mais acossados pelas perdas de lucro que as novas ferramentas de informação estavam a procurar. Sempre na busca da nova "caixa" jornalística, as propostas radicais ganhavam força nos canais de média tradicionais, numa óptica de "Controversy creates cash"!

Começou-se, assim, a propor políticas típicas de partidos extremistas, dando assim razão aos mesmos e aumentando a caixa-de-ressonância das propostas dos mesmos e permitindo o seu crescimento eleitoral, entrando-se assim num esquema de pescadinha de rabo na boca (quanto mais radicais são as propostas, e alimentadas pelo sucesso das propostas anteriores, mais destaque é dado na comunicação social, mais pressão é exercida nos partidos tradicionais de poder, mais estes soçobram perante as novas propostas).

Esta situação provocou que a resposta ao ataque especulativo ao €uro não pudesse ser, por força das pressões políticas, feito de uma maneira concertada e única, actuando os líderes actuais de uma forma reactiva e minimizando os estragos, em vez de atacar o cerne da questão.

Agora vê-se chegar ao fim daquilo que representava, do ponto de vista social, a maior medida tomada para os cidadãos deste espaço único. O acordo de ontem, entre Sarkozy e Berlusconi, com o apoio hoje dado pela Alemanha, pela voz do Ministro do Interior alemão, Hans-Peter Friedrich, à alteração ao acordo Schengen por forma a "incluir novas cláusulas que permitam adaptá-lo a novas exigências", significa o fim da livre circulação de bens e pessoas. Abrindo-se esta porta, daqui para a frente poder-se-á sempre incluir mais e mais cláusulas para adaptar a novas exigências.

Pobre Europa esta que não se mostrou digna da sua herança.

terça-feira, abril 19, 2011

500€ é um exagero...

Parece que esta é a única forma que alguns
 terão para ver este valor
Percebe-se... 500 euros é um exagero. Qualquer dia os trabalhadores querem ser ricos à conta do seu trabalho. Onde é que isto já se viu...

Há empresas que estão "falidas" e ninguém as avisou (por outras palavras, se não conseguem passar um salário de 475€ para 500€, também não conseguirão competir com as outras empresas)

Exemplos de rigor

Palavras para quê?

segunda-feira, abril 18, 2011

Qualquer dia querem ilegalizar o PS

Primeiro andam "contentes" a decidir quem, na opinião deles, deveria ser o líder do Partido Socialista.
Agora já avançaram para outros cargos. Querem, também, decidir quem devem ser os membros da Comissão Política Nacional e do Secretariado Nacional do PS.

José Manuel Fernandes, após chamar "muito educadamente" adjectivar o último congresso do PS de reunião de Nuremberga, José Manuel Fernandes pretende agora decidir quem deve ser convidado ou não, , para o Secretariado Nacional (pelo Secretário-Geral eleito) ou para a Comissão Política Nacional do Partido Socialista - para onde, embora tendo havido duas listas, Ana Paula Vitorino não foi convidada para estar em nenhuma delas.

Ainda vamos ouvir/ler deste senhor que o Partido Socialista deverá ser ilegalizado.

quarta-feira, abril 06, 2011

A culpa é (mesmo) do Rato Mickey

Não acontece muitas vezes mas de vez em quando é possível dar razão a Luís Filipe Menezes. Diz este ex-líder do PSD que "O Rato Mickey tem com certeza culpa da crise portuguesa".

Eu não percebo muito de transacções comerciais com outros países, por isso socorro-me de um conhecido economista português, de seu nome Aníbal Silva, que há algum tempo disse que os portugueses deveriam fazer férias em Portugal pois "férias passadas no estrangeiro são importações e aumentam a dívida externa portuguesa".

Como o Rato Mickey é uma criação de Walt Disney e os seus direitos pertencem à Disney que é, como todos sabemos, uma empresa americana, todo o merchandising relacionado com este boneco são importações e fazem aumentar a dívida externa portuguesa.

Como tal, Luís Filipe Menezes tem razão: A culpa é do Rato Mickey!

sexta-feira, abril 01, 2011

Razões de um voto (como se isso fosse preciso, no meu caso)

Claro está que votarei PS. É um voto certo, não faço parte do eleitorado flutuante. Não sou eu, portanto, que decido eleições.

Mas lembrei-me, assim de repente, de quatro boas razões para não votar Pedro Passos Coelho:
  1. António Barreto
  2. Mário Crespo
  3. Felícia Cabrita
  4. Manuela Moura Guedes
Mais razões haveria, e bem mais interessantes, mas estas não deixam de ser fortes razões para o voto não ir lá parar (no meu caso nunca irá, mas isso são contas de outro rosário).

No Lies


 

"No, Portugal has not lied on statistics," said a European Commission spokesperson Friday, in response to a reporter's question.
Portugal's statistics agency said this week it plans to make "accounting changes" in a report to be submitted to the European Union's statistics agency, Eurostat, opening the possibility of a wider 2010 budget deficit that could further undermine the credibility of the country's embattled government.

Um homem Invulgar

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