segunda-feira, junho 30, 2008

a-MOR-te?

Amor MORte

Amor Morte

Amorte

A-mor-te

... freudiano,

judaico, cristão.
Eros e Tanatos.

Freud e Weber não (se) entenderam (com) Otto Gross.




Brincar. É preciso. Com o Amor e com a Morte.
Porque são coisas muito sérias.

Em busca de "Um Amor Feliz" (D.Mourão Ferreira).
Brincar na Vida, com a Vida. Brincar a sério. Reinar.




Festival de Salzbourg 2008
[26.7 - 31.8.2008]
Dans les opéras, concerts et pièces de théâtre, le Festival est placé sous le thème
"Car l’amour est fort comme la mort", citation du Cantique des Cantiques.

Salzburg não é Woodstock. Finge ser, por ser festival e de música. Todos os festivais têm de repetir, formalmente, traços woodstockianos, democratizados, fast-food e para todos, sem exclusões. Muito menos é Ancona. Otto, o díscipulo rejeitado de Freud, sucumbiu em desnorte. As suas obras defensoras de um movimento erótico - libertário e feminista - não fizeram história. Freud e Weber contestaram-no e marcam presença na Academia. "Hasta quando, hasta quando?"


Nota: é tão importante "la petite musique de chaque mot"; l´amour_est_fort_comme_la-mort; o_amor_é_forte_como_a_morte, têm sons diferentes e, por isso, significados diferentes para a alma. Linguistas da arbitrariedade do Signo, perdoai, mas em francês é mais redondo, em português mais lascado, duro e cortante. Ama-se e morre-se, em português, com a crueza da idade da pedra... Será?

domingo, junho 29, 2008

BREVES DE AMSTERDÃO II

Música no Mundo

Chamam-lhes Músicas do Mundo. A designação é complexa e controversa, um chapéu de chuva que integra sons de naturezas e percursos variados. World Music. Música do Mundo.

É música e é no Mundo.

Félix Lajkó. Nasceu em 1974. Húngaro da Sérvia. Percurso de música clássica com explosão algures no tempo, em Budapeste, para novos caminhos. Mistura jazz, música cigana e sons da Transilvania (outrora búlgara, hoje romena). Vampiriza a viola, suga-lhe os sons no ventre de madeira para os dar à arte e aos espectadores.



No concerto / recital no Concertgbouw (temporada 2007/2008) em Amsterdão, entrou no palco em "glissando", sapatos de verniz vermelho-sangue, levando a viola e um amigo mais outra viola (alto); saíu ao fim de 90 minutos, cordas partidas e ar de satisfaction. Passara toda a sua energia musical para o público.

Depois, recolhido ao Castelo, descalçou os Sapatos Vermelhos Brilhantes que arrumou meticulosamente lado-a-lado, deitou-se no enorme leito negro e aveludado, qual Vlad a recuperar ... até à Taça Elementar, até ao Concerto seguinte.

Música feliz vinda de outro mundo, talvez do fascinante lado infernal do mundo ... habitado por sombras ridentes e dançantes. Música Vigor, VIgor, V´Igor ....................

sexta-feira, junho 27, 2008

Os Congressos da Avenida de Berna em Lisboa

Cavaleiro Errante, pintado em Viena, por OK, 1915

O III Congresso Feminista está a acontecer, na Fundação Calouste Gulbenkian, à Av. de Berna, 80 anos depois do II Congresso Feminista.
O Congresso de Sociologia, da APS, está a decorrer, com a devida temporalidade, na FCSH/UNL, à Av. de Berna.

No âmbito do primeiro, foi ontem lançada a Agenda Feminista 2009, coordenada por Luísa Paiva Boléo e apoiada pela CIG e pela CML. Vale a pena ler, dia a dia, ao longo do ano, quão recentes são algumas conquistas de igualdades e quão duros e longos têm sido os caminhos. Uma agenda para oferecer também aos nossos jovens e aos nossos homens. Porque têm aparecido no Congresso pouquíssimos homens feministas. Los hay de verdad?

Uma nota retirada da Agenda Feminista: no dia 18 de Junho nascia (a feminista) Ana de Castro Osório [...]. Escreveu [...] Influência da Mãe na Raça Portuguesa (1916). Interessante título.


Outra nota: o painel - do Congresso Feminista - sobre trabalho, empoderamento e sindicalismo, de ontem, dia 26, no Auditório 2, foi, inesperadamente, pouco concorrido em termos de assistência. É preciso reflectir sobre as razões e as causas que levaram a uma relativamente baixa participação num tema tão absolutamente central para a autonomia das mulheres e da humanidade, para a democracia e para a cidadania.

www.congressofeminista2008.org/

Nota final: feminismo, sim. É urgente. Com homens feministas como o eram, há 100 anos, os anarquistas de Villa Verità, psicanalistas, escritores, sociólogos, pintores e dançarinos.

AFIRMAÇÃO: Eu sou feminista.
PERGUNTA: E tu? E vós?
RESPOSTAS: ................................

(aguardam-se muitas e boas respostas)

terça-feira, junho 24, 2008

George Carlin

Isto de estar fora faz com que, por vezes, nos atrasemos a reparar em certas notícias. Há dois dias morreu um dos maiores comediantes mundiais - George Carlin.

Aqui fica um pequeno apontamento deste génio da malidicencia:


George Carlin - Vote

No, You Can't

segunda-feira, junho 23, 2008

Al Gore - Yes we can!

No EUA também há bons jornalistas...

(à atenção do meu amigo Paulo Dias, sempre tão crítico)

(a resposta da mesma jornalista aos ataques da Casa Branca)

Participei, em Portugal, no Grupo "Iniciador" e gostei. Muitíssimo. É um caminho. Libertariamente digo: cada um/a que procure o seu . . .

COMENTÁRIOS . . . NO LOS HAY?
TUDO É POLÍTICO. O CORPO É TERRITÓRIO POLITIZADO
.

A SOMATERAPIA

Autoria: João da Mata (texto retirado da net)

Desenvolver uma nova prática psicológica que auxiliasse os homens na busca de sua liberdade. Foi assim que Roberto Freire rompeu com a psicanálise e criou a SOMATERAPIA ou apenas SOMA, durante o regime militar no Brasil.

Baseada nas idéias iniciais de Wilhelm Reich, discípulo dissidente de Freud, a SOMA considera a neurose fruto das organizações sociais autoritárias. Numa sociedade onde a liberdade de ser é impedida através de mecanismos repressores presentes na família tradicional burguesa, na pedagogia escolar autoritária e nas religiões castradoras, a neurose surge como um processo de ajustamento dos indivíduos.

Além de ser um fenômeno social, que se forma de fora para dentro, a neurose se instala em todo o corpo das pessoas, impedindo sobretudo a expressão livre da espontaneidade, da afetividade e da sexualidade. Assim, a SOMA é uma terapia corporal, utilizando-se de exercícios próprios que, além de agirem sobre a couraça neuromuscular do caráter (tensões crônicas da musculatura voluntária, que retém a neurose no corpo das pessoas), também informam como a repressão atua no cotidiano.

A SOMA funciona em grupos (em torno de 20 pessoas) e com duração de 1 ano a 1 ano e meio, evitando assim a formação de dependência terapeuta- cliente. Nesse período os grupos fazem 3 viagens para vivências em campo, onde há um crescimento nas dinâmicas dos grupos, por uma maior percepção individual, seja no contato com outros grupos, seja no contato direto com a natureza, com exercícios em locais que ainda preservam ecossistemas com pouca interferência humana tecnológica, como Visconde de Mauá-RJ (grupos Sul/Sudeste) e Lençois-BA (grupos Nordeste).

A SOMA utiliza-se também de técnicas da Gestalterapia, sobretudo no desenvolvimento da autonomia e criatividade individuais para solucionar situações de vida, e conseqüentemente não desperdiçar energia. Como terapia libertária, buscou na Antipsiquiatria o entendimento de como a neurose é produzida por defeitos na comunicação humana, que geram dependência e culpa.

A mais recente pesquisa da SOMA é a introdução da Capoeira Angola para efeitos terapêuticos. Numa mistura de dança, luta e arte, a Capoeira Angola surgiu no Brasil para auxiliar no processo de libertação do negro à escravidão imposta pelos brancos. Hoje, na SOMA, ela está sendo utilizada tanto como terapia corporal quanto para auxiliar o homem escravo da neurose que o impede de ser livre e criativo.

Adotando a ideologia anarquista, a SOMA se propõe a facilitar a busca da liberdade a nível pessoal e social. O Socialismo Libertário proposto pelo Anarquismo torna objetiva a luta contra qualquer forma de autoritarismo, permitindo o surgimento da originalidade única das pessoas. O Anarquismo é hoje a única ideologia que se opõe ao capitalismo burguês, uma das principais fontes de manutenção da dominação, do autoritarismo e das injustiças sociais. Na SOMA esses mecanismos de poder são discutidos e combatidos gerando uma dinâmica autogestiva, onde o que se busca são relações sinceras e solidárias.

Há quase 30 anos a SOMA vem pesquisando alternativas novas no combate a qualquer forma de poder coercitivo que atue sobre o ser humano.

Atuando em vários estados, a SOMA possui três sedes: em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, onde realizam-se palestras, maratonas, grupos e cursos. Há cinco anos, o Coletivo Anarquista Brancaleone vem realizando o Curso de Pedagogia Libertária, um espaço aberto para discussão das possibilidades de uma vida libertária. Sem dominador ou dominado, uma sociedade nova onde uma nova ética, a ética libertária, possa existir e impedir as mazelas que o capitalismo e outras formas de autoritarismo vem produzindo na humanidade.


Foto de Verônica Volpato no decurso do percurso do Grupo "Iniciador" da Soma, em Portugal, 2007/2008


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Informações complementares:

João da Mata realizou Palestras e Workshops, em Lisboa, no ISPA - Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em 2007/2008, bem como em várias cidades europeias. É doutorando, em Sociologia, no ISEG- Instituto Superior de Economia e Gestão, de Lisboa, sendo o tema da tese uma abordagem sociológica da Somaterapia. Tema interessante do ponto de vista da introdução de mudanças micro-sociais nos grupos e nas organizações e das possíveis implicações políticas.

Mais informações: http://www.somaterapia.com.br/

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A minha peculiar visão da minha experiência vivida na SOMA, em duas imagens


A Flauta Mágica
Wofgang Amadeus
Papageno e Papagena "A Flauta Mágica";
Marionetas de Viena









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Em conversa com João da Mata.

Dizia Emma Goldmann:

"Só me interessa a Revolução se puder dançar"

" A grande, enorme diferença entre marxistas e anarquistas é que aos primeiros interessam os fins a atingir e, aos segundos, sobretudo os meios"

Absolutamente de acordo! Sempre considerei mais importante o como do que o quê; os caminhos do que a meta; o que se mostra, vive e diz do que o "alcançado" ou a alcançar... Que é, também, uma postura aristocrática.


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domingo, junho 15, 2008

Irish People


I. Irlandeses


Estou triste com o resultado do referendo ao povo irlandês sobre o Tratado de Lisboa. Gosto do país, dos irlandeses, dos que emigraram em barcos para a América, empurrados pela fome (falta de batatas) até Battery Station em Manhattan ou, posteriormente, a partir de Janeiro de 1892, até à estação de Ellis Island (no rio Hudson, frente a Battery) onde a primeira pessoa a entrar, no primeiro dia do ano, foi Annie Moore, vinda de County Cork, Ireland; sou apreciadora da música, dos pubs, da alegria, do irish coffee. E, sobretudo, do muito que aquele povo conseguiu crescer, na sua terra natal, com a ajuda dos fundos europeus.

A abstenção ao referendo foi enorme. Como interpretar esta falta de participação às urnas? Como interpretar tal ausência num referendo? E como interpretar o não! irlandês ao princípio de uma construção europeia? Talvez pelo sentimento de não participação real e efectiva na Europa: uma percepção, por parte de quase metade da população, segundo a qual os nãos! acabarão por se transformar em sins! com alguns atrasos.

A ser assim, os irlandeses estão apenas a dizer: atenção, nós existimos e somos cidadãos! É uma questão política de comunicação política - de falta dela. Uma espécie de greve às formas de fazer política mais do que aos conteúdos (quem leu o Tratado?...). Os irlandeses são cidadãos da Irlanda e são, também, todos, cidadãos europeus. No entanto, cerca de 50% disse não querer ter dupla cidadania e sim permanecer monogâmicamente fiel às raízes da terra mátria. Parece uma denegação verbal e política de uma identidade económica, cultural e social já adquirida e moldada ao e pelo caracter irlandês.


II. Holandeses

Vincent Van Gogh, Potato Eaters, oil on canvas, 1885. Van Gogh Museum, Amsterdam

"Comedores de batatas", de Van Gogh, Museu Van Gogh em Amsterdão, primeira obra importante do pintor, exprime a dureza da vida dos camponeses; um "interior holandês" (1) rural, frugal, familiar, coloquial. Na Holanda, a alimentação tradicional é, como na Irlanda, à base de batata (continua a ser: croquettes e empadão). Desconhecia a vertente, triste e escura - entre o neo-realismo e o expressionismo? - do pintor dos países baixos que um dia quis ser pastor protestante no seu país do Norte e acabou, devido a um des-gosto-amoroso, por partir para França, colorir campos de trigo dourados com corvos negros e girassóis verdes e amarelos, amar, auto-mutilar-se, enlouquecer e suicidar-se sob o Sol do Sul. No quadro, os exagerados nódulos dos dedos dos camponeses mostram os efeitos do peso do arado que revolve a terra, as descomunais mãos, duras e grossas abrem-se para semear e fecham-se para recolher... e, entre os dois gestos, repousam inertes e sem função (2) sobre os joelhos.


III. Futebol?


Porque não ligo ao futebol, nem as vitórias da equipa portuguesa nem os belos (dizem) golos dos nossos jogadores me servem de penso rápido. Desabafo com os meus redondos botões "Batatas! Bolas!".



1. Ironizo, invocando, por antinomia, os "interiores flamengos" do século de ouro (séc.XVII) pintados por Vermeer, elegantes, doces, tranquilos, de poucas palavras faladas, letrados e musicados; mãos que não trabalham a terra podem tocar espineta. Mãos que têm outras mãos para tocar nos produtos agrícolas (cf. o quadro " A Leiteira") têm tempo e saber para desfolhar epístolas, olhando longamente através da janela (cf. o quadro "Mulher vestida de azul lendo uma carta").

Vermeer, 1663-1664, Rijskmuseum, Amsterdam


2. Excepto a função de reposição de forças para o trabalho.

quinta-feira, junho 12, 2008

AFEGANISTÃO

Lamento não ter estado presente, por impossibilidade de calendarização, na sessão sobre o Afeganistão, cuja oradora foi Ana Gomes.

Deixo uma nota relativa ao Afeganistão, sobre um facto que não passou despercebido a um grupo internacional de pessoas de Ciências Sociais (antropólogos, sociólogos, historiadores, de França, Tunísia, Portugal, Argélia, Grécia, Itália, Malta, Palestina, Israel, etc.) que, em Setembro de 2001, designadamente no dia 11, se encontrava na Sicília a elaborar um Mestrado Internacional para a Paz, destinado a discentes dos países do Norte e do Sul do Mediterrâneo, facto que (entre tantos outros) nos fez pensar, ao longo desse curto mas longo momento histórico de grande estupefacção mundial, e que tem sido pouco falado na imprensa, nos 7 anos que se seguiram ao 11 de Setembro: o assassínio de Massoud. Aqui fica, copiado na íntegra da Wikipédia, uma sua biografia:

Ahmad Shah Massoud (em persa: شاه مسعود) (c. 2 de setembro de 19539 de setembro de 2001) nasceu no Afeganistão e formou-se em engenharia na Universidade de Kabul. Tornou-se o líder militar que articulou a expulsão do exército soviético do Afeganistão e ganhou o título de "Leão de Panjshir". Seus seguidores o chamam de "Amer Sahib e Shaheed", ou seja, "Nosso Comandante Martirizado".
Tornou-se Ministro da Defesa do Afeganistão em 1992 sob o governo do presidente
Burhanuddin Rabbani. Durante o colapso do governo de Rabbani e a ascensão do regime dos Talibã, Massoud firmou-se como o líder militar da Frente da União Islâmica para a Salvação do Afeganistão, a Aliança do Norte.
Em
9 de setembro de 2001 Massoud foi assassinado por agentes da al Qaeda por sua cumplicidade com Abdul Rasul Sayyaf, apenas dois dias antes dos ataques de 11 de Setembro de 2001. No ano seguinte foi nomeado "Herói Nacional" por ordem do presidente afegão Hamid Karzai.

Não são incomuns os assassínios antecederem guerras. Podem ser mais ou menos explicativos. Neste caso, dois dias depois aconteceu o 11 de Setembro. Seria interessante aprofundar eventuais relações entre o assassinato e o "nine/eleven", para colocar mais hipóteses sobre a mesa, tendo em conta o número de teorias que circulam sobre o acontecimento primevo de uma guerra que vai continuando. Desafio os meus camaradas, nomeadamente os de ciência política, a reflectirem sobre a questão e/ou a deixarem contributos de estudos já elaborados.

Retomando o tema "reunião na Sicília de cientistas sociais", acrescento que o Mestrado elaborado se situava numa perspectiva mediterrânica, com o objectivo político-cultural de lançar pontes entre o Sul do Norte - Itália, Portugal, França, Malta, Grécia - e o Norte do Sul - Tunísia, Argélia, Palestina, Israel, entre outros - fundamentada nas semelhanças histórico-culturais e no propósito de começar a desenvolver, em praxis, o conceito de "gouvernance", isto é, de formas democráticas de governar que implicam não apenas os governantes eleitos mas também os governados, ou seja a sociedade civil, através das suas organizações. Para tal, é necessário que esta tenha literacias múltiplas: políticas, sociais, ambientais, sobre o género, entre outras. Era este o nosso alvo.

Foi pena ter acontecido o 11 de Setembro e termos ficado com um Mestrado para a Paz, nas mãos, mas sem alunos, sem a possibilidade de, em 2002/2003, começarmos a desenvolver, num meio inter-cultural, a "gouvernance" ...

sábado, junho 07, 2008

Euro

Amanhã parto para o Euro. Quem me conhece sabe que eu estou com a confiança em alta (se Portugal não for campeão da Europa, eu pago apostas).

Mas hoje vimos uma grande selecção em campo!!!

OOOOOHHH!!!
PORTUGAL OLÉ!
PORTUGAL OLÉ!
PORTUGAL OLÉ!
PORTUGAL OOOLÉÉÉÉÉ!

Hasta la vista, Baby!

Vou até ao Euro.

Até já!

Parece que estamos confiantes.

SÉC. XXI, MULHERES E PRESIDÊNCIAS: E FILHOS


Ségolène Royale: quatro filhos, alguns ainda menores




Hillary Clinton: uma filha maior


MichellleBachelet :dois filhos maiores



Benazir Butho: um filho maior

SÉC. XXI, MULHERES E PRESIDÊNCIAS: OS FANTASMAS ATACAM


SÉC. XXI, MULHERES E PRESIDÊNCIAS: E MARIDOS/COMPANHEIROS PRESIDENTES







SÉC. XXI, MULHERES E PRESIDÊNCIAS



quinta-feira, junho 05, 2008

BREVES DE AMSTERDÃO I

A FACE MAIS TURÍSTICA DA CIDADE DO BELO-ESTAR E DO BEM-ESTAR


As casas, de uma magreza juvenil, plantadas ao longo dos canais

Ponte curvada sobre canal

"Cosy" quarto de hotel num prédio estreitinho.


Os habitantes da cidade são bonitos, cuidados no vestir imensamente simples de calças e camisa com bom corte, e gentilmente educados. Num clima de contentamento e à-vontade, vêem-se pessoas descalças, com estilo e bom aspecto, sentadas à mesa das inúmeras esplanadas. Négligés, num certo "chique" descontraído de simplicidade cultivada. Não é fruto do acaso a impossibilidade de tradução de certas palavras para a língua portuguesa de Portugal. Somos ora muito formais ora desleixados em exagero. Engravatados ou à balda, hesitamos entre os estilos "fato completo" em dias de sol ardente ou "fato de treino" (!) para ir às compras semanais no hipermercado e para gastar tempo no centro comercial. Pensando bem, tenho de concordar que, actualmente, ir às compras faz suar as estopinhas, pelo que se tratará de uma moda de ponta portuguesa, adiantada três décadas.

O belo-estar de Amsterdão será uma questão de urbanidade dos Países Baixos, decorrente da existência histórica e antiga de uma burguesia poderosa, rica e protectora do Belo que, por sê-lo, pagava a bom preço aos artistas plásticos que a retratava nos seus interiores domésticos, tranquilos e letrados e nos espaços públicos de tomada de decisão e de lazer?

É um país que soube fazer-se rico, pelo trabalho e pela pirataria marítima - caminhos igualmente trilhados por nós - e que vive bem, não há 30 anos, mas há algumas gerações. Bebiam leite, comiam bifes e queijo, enquanto em Portugal, quando mais não havia, comia-se pão com cebola ou sopas de cavalo cansado. Liam e aprendiam música; no nosso País, ouvía-se o padre, da aldeia ou da paróquia urbana, a explicar detalhada e exaustivamente os pecados que não deveríamos cometer ou, nos liceus públicos femininos, a professora de moral da Mocidade Portuguesa a escrutinar, com olhos de águia gulosa, os pensamentos e actos juvenis (1).

Nesta velha Amsterdão, cidade do bem-estar e das gentes saudáveis diariamente ginasticadas, o mobiliário urbano é variado, ouve-se o trim-trim das bicicletas e as caras são distendidas, felizes e sorridentes; não há ruídos de automóveis nem de estridentes ambulâncias, não se anda aos encontrões, não se sente uma turba metropolitana ululante e apressada, nem somos empurrados por uma multidão esmagadora (ao contrário da antiga "Nova Amsterdão", hoje New York); há parques e árvores, bancos de jardim e de rua, flores nos canteiros e nas janelas e, obviamente - ou não fora Europa Continental! - há Cafés com café, jornais, pessoas e, até 31 de Junho presente, fumo de tabaco. A atmosfera é festiva e o ritmo de vida é um slow dançado em sucessivos pas-de-deux, por bicicletas e por peões, em perfeita harmonia e respeito, ao longo das ruas e das pontes, levemente barrigudas, sobre os canais. Um fantástico lugar para descansar e "reinar".

(1) experiências a que fui poupada, graças a Deus, por via de uma educação basicamente estrangeirada.


(continua)

E ASSIM SE CONSTRÓI UM IMPÉRIO. CULTURAL EM SENTIDO ANTROPOLÓGICO

NOTA INFORMATIVA ENVIADA POR EMAIL PELO INSTITUTO FRANCO-PORTUGUÊS EM LISBOA
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Muito boa tarde,

Acreditando que este comunicado de imprensa que recebemos da TV5 Monde pode interessar muitos de vós, tomamos a liberdade de vo-lo enviar e assim partilhar a informação.
TV5MONDE
Communiqué de presse
Responsable Relations Presse
Isabelle di Costanzo

Hommage à Yves Saint-Laurent
« 5 AVENUE MARCEAU » sur TV5MONDE

Disparu le dimanche 1ier juin, Yves Saint-Laurent a révolutionné les allures et la mode féminines, TV5MONDE lui rend hommage avec le documentaire « 5 avenue Marceau ».
Ce documentaire est un voyage inédit, intime, au coeur de l'entreprise Yves Saint-Laurent, un mythe vivant, une des légendes de ce siècle. En 2002, le couturier accepte d'ouvrir les portes de sa "maison de couture" à une équipe de tournage, peu avant l'arrêt de son activité.
Pendant quarante ans, Yves Saint-Laurent n'a cessé d'étendre son influence pour finalement devenir le créateur de mode le plus célèbre et le plus incontesté, dont l'art fut toujours et d'abord une manière de vivre : un style. Et le "style Saint-Laurent", c'est avant tout l'allure, c'est-à-dire le respect du corps et de l'exaltation de ses contours.
Pendant trois mois, la caméra de David Treboul nous emmène dans un récit à huit clos, à la découverte du créateur. Yves Saint-Laurent est entouré de sa famille, les quelques rares personnes qui savent comment intervenir dans son ballet sans le déranger, Anne-Marie Munoz, Loulou de la Falaise, sa muse et Pierre Bergé.

De David Treboul
2002, 85', Movimiento Production

Diffusions sur TV5MONDE :
TV5MONDE France-Belgique-Suisse : le jeudi 5 juin à 21h (heure de Paris)
TV5MONDE Amérique latine : le lundi 9 juin à 20h30 (heure de Buenos Aires)
TV5MONDE Etats-Unis : le mercredi 4 juin à 20h30 (heure de New York)
TV5MONDE Europe : le jeudi 5 juin à 18h30 (heure de Berlin)
TV5MONDE Orient : le samedi 7 juin à 15 h (heure du Caire)
TV5MONDE Asie : le mercredi 4 juin à 23h (heure de Dehli)

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segunda-feira, junho 02, 2008

Bom debate - A IVG em Portugal após o referendo.

Com o objectivo de contribuir para o exercício de uma militância consciente os Departamentos Federativos das Mulheres Socialistas da FAUL, da FRO e de Setúbal e a Juventude Socialista convidam as (os) militantes a participarem na Sessão Pública a realizar no dia 6 de Junho, pelas 18.00h, na Sede Nacional do Partido Socialista, subordinada ao tema – A IVG em Portugal após o referendo.


6 de Junho de 2008
Lisboa, Sede Nacional do Partido Socialista
Programa


18.00h – SESSÃO DE ABERTURA (vídeo)

A IVG em Portugal após o referendo

Moderadoras: Catarina Marcelino, Presidente do DFMS de Setúbal; Isabel Santos, Juventude Socialista; Jesuína Ribeiro, Presidente do DFMS da FAUL e Maria João Botelho, Presidente do DFMS da FRO.

PAINEL
Vasco Freire, Médico, Movimento Médicos pela Escolha
Pedro Alves, Juventude Socialista, Movimento Jovens pelo Sim
Ana Vicente, Investigadora, Movimento Responsabilidade e Cidadania
Ana Catarina Mendes, Deputada, Partido Socialista

19.30h – Debate
20.15h – Sessão de Encerramento

Fernanda Dias

Hoje (domingo, 1 de Junho) recebi uma notícia há muito esperada mas que não tinha nenhuma pressa em receber.

A Fernanda Dias morreu, vítima de doença prolongada.

Como não gosto de entrar em lugares comuns tão usuais em alturas destas, pois parecem-me sempre tão ocos, deixo aqui a minha singela mas muito sentida homenagem a uma grande amiga que partiu.

Descansa em paz, Fernanda.

Até ao nosso encontro!

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