Chamam-lhes Músicas do Mundo. A designação é complexa e controversa, um chapéu de chuva que integra sons de naturezas e percursos variados. World Music. Música do Mundo.
É música e é no Mundo.
Félix Lajkó. Nasceu em 1974. Húngaro da Sérvia. Percurso de música clássica com explosão algures no tempo, em Budapeste, para novos caminhos. Mistura jazz, música cigana e sons da Transilvania (outrora búlgara, hoje romena). Vampiriza a viola, suga-lhe os sons no ventre de madeira para os dar à arte e aos espectadores.
No concerto / recital no Concertgbouw (temporada 2007/2008) em Amsterdão, entrou no palco em "glissando", sapatos de verniz vermelho-sangue, levando a viola e um amigo mais outra viola (alto); saíu ao fim de 90 minutos, cordas partidas e ar de satisfaction. Passara toda a sua energia musical para o público.
Depois, recolhido ao Castelo, descalçou os Sapatos Vermelhos Brilhantes que arrumou meticulosamente lado-a-lado, deitou-se no enorme leito negro e aveludado, qual Vlad a recuperar ... até à Taça Elementar, até ao Concerto seguinte.
Música feliz vinda de outro mundo, talvez do fascinante lado infernal do mundo ... habitado por sombras ridentes e dançantes. Música Vigor, VIgor, V´Igor ....................
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