domingo, dezembro 31, 2006

Já chega!!!


JÁ CHEGA!!!


VOLTO EM 2007.


BOAS ENTRADAS,

Ainda Saddam


Reacções na Blogosfera.

António Dornelas, No dia da notícia do enforcamento de Saddam Hussein, in Canhoto, 30 de Dezembro 2006.

Luís Novais Tito, Ignomínia, in Tugir, 30 de Dezembro 2006.

Bruno Vieira Amaral, Nabucodonosor, in Revista Atlântico, 30 de Dezembro 2006.

hidden persuader, A interrogação do dia, in Bichos Carpinteiros, 30 de Dezembro 2006.


Rui, a superioridade moral do ocidente, in Blasfémias, 30 de Dezembro 2006.

E o meu preferido.


Por Midas, in A Cama de Gato, 30 de Dezembro 2006.

Sam The Kid


Letra de «Poemas de Kareoke». (para acompanhar)


Português, século XXI.


[tirado daqui]


Ha ha....percebes?....c'mon


Rapper's hoje em dia sao como a pornografia
nem todos dao tusa porke ha uma oferta em demasia
ofensa a filosofia da nossa imensa minoria
nao curto plagia, fotocopia pirataria
cmg irá variar kem tira a magia original
heyy yoo reflecte e repete cmg hj é mal
só tu sabes o ke usaste e kando o pulso tiver gasto
o topo vai cair em ti nao es bem-vindo como um
padrasto
nao me afasto logo pra baixo cm para-quedas
nao te curto cm apanhador nao curto moedas
nao preciso de regressos cm sucessos
eu faço poesia a maioria faz versos
Eskece os outros mete os pontos nos "i's",
mete os contos no lixo
ou sons posto no disco ouviste
consistencia integridade longevidade na essencia
tens de ter paciencia
EU, pus-me na bixa, preenchi a fixa, ganhei 1a fixa
kando ouvi...kando vi xamar de artista
ha 1ª vista era fixe ter a profissao
sou vocalista de outra lista dos ke pensam ke sao
e relativo td o titulo, toda a afirmaçao
sou criativo e digo-o cm toda a estimaçao
dicçao é importante mas a tua e ficçao
cm dj's ke eu vejo nos pratos mandam "mixao"
sem convicçao,
sinto-me a frente de gente ke tem como influencia uma
so referencia, uma so cançao...
sao limitaçao da escrita ke limita a erecçao
solicitaçao evitam necessitam correcçao...

Refrao:
Dizem ke cantam o hip hop, mas nao dizem nada, vem cm
poesia mas é só fachada
o portugues nao ta cansado eles vem cm o ingles,
eu pratico praticando a nossa lingua outra vez
Seja hip hop, seja rock sao poetas de karaoke
da-s um toke se nao faz block aos poetas de karaoke,
no teu block no teu stock
sao poetas de karaoke, sao poetas de karaoke...

Poe a gramatica em pratica,
DidacticaDramatica mentes entanto tecnicas
poeticas cm esteticas
foneticas sempre atento ou surpreendente
cm metricas a frente, pa mentes cepticas e exigentes
isto e pa todos, nao e so pa Mc's
isto e pa tugas comuns ke escrevem da lingua raiz
kerem ser internacionais mas tao caro pa isto
e nunca sao originais sao Nova york ou Paris
Sempre fui D.Dinis vcs sao de onde der mais jeito
onde houver mais fome e proveito
e se houver mais grana é aceite
e se houver uma dama cm bom peito pensam ke isso da
respeito...
Conferem e confirmam a afirmaçao vcs nao acordam
ke eu condeno a vossa causa falsa ke vcs abordam
contractos sao assinados cm condiçoes ke nao
concordam
e as gravatas ficam gratas
pelos escravos ke as engordam
nao ha credibilidade na performance
o microfone nao ta ligado isso pra mim é nonsense
Nao percebo o vosso ponto no meu som ponho censo
Porke eu escrevo cm falo, cm sonho, cm penso...

Refrao:
Dizem ke cantam o hip hop, mas nao dizem nada, vem cm
poesia mas é só fachada
o portugues nao ta cansado eles vem cm o ingles,
eu pratico praticando a nossa lingua outra vez
Seja hip hop, seja rock sao poetas de karaoke
da-s um toke se nao faz block aos poetas de karaoke,
no teu block no teu stock
sao poetas de karaoke, poetas de karaoke...sao poetas
de karaoke![2X]

Dois palermas: Yehhhhh ouviste akele som?Ridiculo
pah....Ke nojo pah, ke...eu passo-me cm akeles gajos
Eh pah...estes gajos "Sam the kid, Sam the kid"...é
sempre a mm coisa..e depois vem cm akelas letras
"Tec tec tuuu..." eh pah...nao percebo nada
pah...Nunca gostei de rap pah...de certeza ke nunca
foram
a escola...pois nao, nao sabem escalas...nao sabem
escalas...nao sabem nada e depois vem...é musica
yoo know, yoo sam...yoo han?!?
E so o nome dele é contraditorio...pois...SAM THE
KID....o ke e akilo pah...akilo e ingles,é americano
E kem e ke vai criticar...nao é ninguem pah....ohh
pahh...devias era ouvir musica pah..devias era ouvir
musica
eles nem escrever sabem pah...o "a e i o u" nao?Eles
nem tem a 4ª classe...e o faço te aconteço te...ke
eles
nao percebem nada disso...eles nao sabem escrever
Sam the kid:Ohhh pessoal...pessoal,e assim, vcs tao ai
a falar a toa mas eu digo-vos ja, olha..o meu
portugues...
Nao e correcto e sou mais poeta ke vcs,
Todos voz do rock prop hip hop escrita em ingles,
Uma desculpa ke foi a musica ke ouviram ó crescer
Eu nunca precisei de ouvir hip hop tuga pró fazer
isso é ke da mais prazer o meu idioma exploraçao
vcs tentam outra lingua pra tentar exportaçao
kerem ser os "moonspell" kerem novos altos sons
mas aki o samuel é madredeus ou dulce pontes
porke ha uma identidade ke vcs sao todos identicos
SAO autenticos mendigos vendidos por centimos
NAO compreendi o meu sentimento e mentem
tentem jornalismo nao comentem
voces fazem turismo de emoçoes ke os outros sentem
eu faço culturismo de expressoes ke todos sentem
pk sera ke nunca param, param cm novo reportório
o vosso e qual a revista num consultorio
e é notorio ke a historia nao keiram a vossa presença
no relatorio da kal a rejeiçao foi exa intençao
eu sei, no ke é ke eu vi da tipico inox duro
mais ke fotocopias obvias ke eu xamo xerox puro
vais ver com'é sais a pontapé,
porke eu sou tipo se nao fosse do tipo cais do sodré
um café sem Sport TV,
um spot vazio nao se pode evoluir ao ignorar o
desafio
È SO PREGUIÇA!!!!

Sam The Kid

Como prometido, aqui deixo «Poetas de Kareoke». Brilhante.

[e o video do Rui de Brito também está muito bom...]

2006

aqui escrevi que nada me atrai os compendios anuais elaborados cada finais de Dezembro, em ciclos esperados de memória concentrada, enlatada e pronta a consumir. Devo, no entanto, também reconhecer que vejo e leio muito do que é exposto como «o melhor do ano» (ocupa, como decerto já repararam bem mais de metade da ocupação dos espaços de jornal, revistas ou suplementos).

Isto para dizer que foi devido a essa «partilha de intelectualidade» que descobri o Sam the Kid. Fiz-lhe um google, e encontrei-o no youtube. Fabuloso. Decerto do melhor que tenho visto ultimamente. Não fazia ideia que tinhamos Hip Hop deste calibre.
Por ele valeu tudo o que tenho lido sobre 2006. Do melhor.
[o video vem a seguir]

sábado, dezembro 30, 2006

Saddam Hussein


Algumas reacções (retiradas daqui)


Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou que "fazer justiça para Saddam Hussein não porá um fim à violência no Iraque, mas é um importante marco no processo do Iraque em se tornar uma democracia que pode governar, sustentar, e defender a si própria".

Reino Unido
A secretária do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido disse que "é bem-vindo o facto de que Saddam Hussein foi julgado por um tribunal iraquiano por ao menos alguns dos terríveis crimes que cometeu contra o povo do Iraque. Agora, ele foi responsabilizado por seus actos".

União Europeia
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Erkki Tuomioja, que actualmente é o presidente da União Europeia, condenou a pena de morte: "A União Europeia tem uma posição muito consistente de oposição à pena de morte, a qual não deveria ter sido aplicada nesse caso - embora não haja dúvida sobre a culpa de Saddam Hussein em diversas violações sérias dos direitos humanos".

Líbia
A Líbia decretou luto oficial por três dias, colocando bandeiras a meio mastro e cancelando as comemorações do Eid al-Adha, um dos dois mais importantes feriados para o islamismo.

França
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da França divulgou um comunicado reafirmando defender a abolição universal da pena de morte. "Saddam Hussein foi executado. Essa decisão pertence ao povo iraquiano e à autoridade soberana do Iraque. A França pede a todos os iraquianos que olhem o futuro e trabalhem pela reconciliação e unidade nacionais. Mais do que nunca, o objectivo deve ser a volta da total soberania e estabilidade do Iraque."

Rússia
Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, "infelizmente, repetidas solicitações de representantes de vários países e organizações internacionais para que as autoridades iraquianas não apliquem a pena de morte não foram ouvidas"."As consequências políticas desse passo deveriam ter sido levadas em conta", disse o porta-voz do ministério, Mikhail Kamynin. "O país está mergulhado na violência e está no topo da escala de conflito civil. A execução de Saddam Hussein pode levar a um agravamento da atmosfera política-militar e a um aumento da tensão ética e religiosa."

Alemanha
O governo alemão disse que tratar dos crimes cometidos sob o regime anterior é "uma contribuição importante para a reconciliação e o diálogo nacional no Iraque", mas ressaltou ser contra a pena de morte.

Austrália
Alexander Downer, ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, afirmou que "o povo do Iraque agora sabe que seu brutal ditador nunca mais retornará para liderá-los".O primeiro-ministro John Howard comentou que a execução era significativa porque os iraquianos deram ao ditador um julgamento justo. "Acredito que há algo de heróico em um país que está atravessando a dor e o sofrimento que o Iraque está sofrendo, dando ainda o devido julgamento a alguém que foi um tirano e um brutal opressor e assassino do seu povo", disse. "Esse é um marco para um país que está tentando abraçar a democracia apesar de tudo."

Vaticano
O porta-voz do Vaticano, Frederico Lombardi, disse que "a pena de morte é sempre uma notícia trágica, uma razão para tristeza, mesmo quando é relacionada a uma pessoa que é culpada de crimes graves".

Taliban
O ex-ministro da defesa do Afeganistão e um dos líderes do Taliban, mulá Obaidullah Akhund, afirmou que "Bush e Blair lançaram uma cruzada contra os muçulmanos". "Saddam foi enforcado porque era um muçulmano, enquanto escravos como Jalal Talabani, [o presidente] do Iraque, e Hamid Karzai, do Afeganistão, receberam o poder", afirmou.

Afeganistão
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, afirmou que o "Eid [o feriado sagrado muçulmano que começa hoje] é um dia de felicidade, um dia de Deus, um dia de reconciliação, não um dia de vingança".

Índia
O governo indiano também se mostrou preocupado com a possibilidade de a execução de Saddam provocar mais violência sectária. "Esperamos que esse infeliz evento não afecte o processo de reconciliação, restauração da paz e normalidade no Iraque", disse o ministro de Relações Internacionais do país, Pranab Mukherjee, em comunicado.

África do Sul
"A África do Sul continua convencida de que sua execução não é a solução para os actuais problemas políticos do Iraque mas pode alimentar a violência em uma situação já volátil", afirmou o porta-voz da diplomacia Ronnie Mamoepa, que pediu, ainda, a intervenção da ONU (Organização das Nações Unidas) no país.

Paquistão
Num comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão disse: "A execução, que só pode ser descrita como um fato triste, é outra aguda lembrança da violência que continua a atingir o Iraque. Esperamos que esse evento não cause exacerbação da situação da segurança". IndonésiaO governo da maior nação muçulmana do mundo, a Indonésia, afirmou esperar que a execução de Saddam "não separe ainda mais as partes em conflito, no esforço de uma reconciliação nacional, o que é uma condição para o Iraque recuperar sua soberania".

Amnistia Internacional
O diretor-executivo da ONG de direitos humanos Amnistia Internacional, Larry Cox, em protesto contra o momento da execução, disse que a "apressada execução de Saddam Hussein é simplesmente errada". "Significa que a justiça foi negada para inúmeras vítimas que enfrentaram sofrimento inenarrável durante seu regime, e agora terão negados seus direitos de ver a justiça ser feita", afirmou.

Saddam Hussein


Mataram Saddam Hussein
Sabe-se que morreu enforcado e sem usar capuz, e que consigo levava o Corão. Como reacção já morreram pelo menos 68 pessoas em atentados.

Sinceramente que não entendo que beneficio pode ser retirado da sua morte. Não entendo a mais valia política, ou social, ou juridico-legal. O que é que se ganha com a sua morte que não se pudesse controlar com a sua vida? Perdemos (mundo ocidental) a vantagem moral que tinhamos. Somos, hoje, tão barbaros como os que queremos condenar e julgar de incivilizados.

Blogue do não


Continuando no tema do referendo.

Jorge Ferreira, escrevendo no Blogue do não, num post assinado «revista de imprensa (26)», cita:

Comentei (comentário ainda a ser aprovado):
«Destas quantas serão as portuguesas? Decerto alguns milhares, não?»

Lei Marta???


Costumo seguir com atenção o que o Medeiros Ferreira costuma escrever, quer no seu blogue quer na imprensa ou na academia. Costuma ser mais o que dele me agrada que o que acho mais desinteressante (não se pode escrever sempre coisas boas). Sei que é um velho mestre da promoção e da intriga política, e que costuma escolher a dedo quem promove. Nada contra.

Dito isto, parece-me manifesto exagero procurar colar o nome «Marta Rebelo» à lei das finanças locais. Pessoalmente, e como acredito que o trabalho legislativo é maioritariamente feito em equipa, não sou particularmente a favor da individualização quando se trata de leis. Essa parece-me ser mais uma necessidade anglo-saxónica que parece não nos afectar sobremaneira. É verdade que, no passado já assistimos a colagens individuais a textos legislativos (Lei Barreto, outras) mas não é essa nem a nossa tradição nem o hábito. E até entendo que o Medeiros Ferreira queira ficar como o primeiro e principal promotor da jurista Marta Rebelo.

Sem nunca estar em causa o trabalho da citada (nunca), meu caro amigo, não acha um pouco exagerado chamar a uma lei «Marta»??? Ao menos que fosse só «Lei Rebelo», agora «Lei Marta Rebelo»???

Não me leve a mal, meu caro, pelo simpatico reparo. Mas parece-me que desta exagerou. Que se lhe pague um bom jantar ainda vá, mesmo que se lhe dê uma cadeira para reger, agora nomear leis...

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Recebido


... via e-mail.
Imagino que estas coisas comecem a aparecer um pouco por todo o lado.
Sem verificar a sua validade publico.
Achei piada.
[e não, não tenho conta no BCP...]

Panteras cor-de-rosa

Na senda de movimentos apoiantes do SIM à despenalização da IVG, descobri o site das Panteras cor-de-rosa, Frente de Combate à LesBiGayTransFobia [site e blogue].

Dos textos expostos, descobri um EXCERTO DO MANIFESTO DE FUNDAÇÃO DA FHAR, organização Homossexual de Acção Revolucionária (FHAR), datado de Paris, 1973.
Aparte da ideia, fica o texto:

"Vós que não vos sentis opressores. Vós que beijais como toda a gente. Não é culpa vossa que haja doentes ou criminosos. Nada podeis fazer, dizeis, já que sois tolerantes. A vossa sociedade tratou-nos como um flagelo social para o Estado, como objectos de desprezo para os homens verdadeiros, como sujeitos terroristas para as mães de família. Estas mesmas palavras que servem para nos designar são os vossos piores insultos. Protegeis as vossas filhas e os vossos filhos da nossa presença, como se transportássemos a cólera. Afirmamos aqui que já chega. Que não mais nos chatearão, porque vamos perseguir o vosso racismo contra nós, até mesmo na linguagem.
Dizemos mais: não nos contentaremos em nos defendermos. Nós vamos atacar."

quinta-feira, dezembro 28, 2006

In Memorium


Gerald Ford [1913-2006]

Morreu ontem, 27 de Dexembro o ex-presidente Gerald Ford
Notícia Lusa:

Foi durante o seu mandato que os Estados Unidos perderam a guerra no Vietname
O ex-presidente norte-americano Gerald Ford, que substituiu Richard Nixon quando este se demitiu da Casa Branca, morreu terça-feira aos 93 anos, anunciou a sua mulher, Betty Ford.
Ford, único presidente da história dos Estados Unidos que não foi eleito para a Casa Branca, lutava contra uma pneumonia desde Janeiro deste ano e tinha sido submetido a dois tratamentos ao coração, incluindo uma angioplastia, em Agosto.
Republicano, Gerald Ford era até agora o mais antigo presidente norte-americano ainda vivo, batendo recentemente o anterior máximo, que pertencia a Ronald Reagan e que também morreu aos 93 anos.
Ford chegou à Casa Branca quase por acidente, pois nunca concorreu em eleições presidenciais. Em 1973 foi escolhido por Richard Nixon para substituir o então vice-presidente Spiro Agnew, que fora forçado a demitir-se na sequência de um escândalo relacionado com negócios ilícitos.
Um outro escândalo, o de Watergate, acabaria por catapultar Gerald Ford para a Sala Oval da Casa Branca em 1974, quando Nixon se demitiu para não ver o seu mandato impugnado pelo Congresso. Gerald Ford prestou juramento como 38º presidente norte-americano minutos depois de Nixon ter deixado a Casa Branca. Um mês depois, provocou acesa controvérsia ao conceder um perdão total e incondicional a Nixon por quaisquer crimes que pudesse ter cometido enquanto presidente. De acordo com os analistas políticos, este gesto custou-lhe a reeleição em 1976 (perdeu para o democrata Jimmy Carter) mas permitiu pôr uma pedra sobre Watergate, o escândalo denunciado pelo Washington Post sobre o arrombamento dos escritórios da campanha presidencial democrata de 1972 de George McGovern.
Apaixonado pelo golfe, conhecido pelas suas frequentes quedas, Gerald Ford tinha um estilo aberto e desprendido, ao contrário de Richard Nixon. Foi durante o seu mandato que os Estados Unidos perderam a guerra no Vietname.
Lusa

Dois textos da Blogosfera:

Bruno Cardoso Reis, Gerald Ford: o presidente não-eleito, in O Amigo do Povo, 27 Dezembro

[Adenda]
Nuno Ramos de Almeida, Hipocrisias de morte, in 5 dias, 29 de Dezembro

Estado da Arte


Já começou?...
[o cartaz está muito bom, não está?...]

Report do Diário de Notícias de 28 de Dezembro, assinado por Joana Pereira.

O movimento Jovens Pelo Sim lança, na primeira semana de Janeiro, uma série de outdoors que, alternando entre "um tom acusatório e uma mensagem mais positiva", pretendem sensibilizar os eleitores para o "sim" à despenalização do aborto. Mas para o mandatário José Guilherme Gusmão, "nesta época em que todo o País está em festa, pouco mais podemos fazer do que tratar dos aspectos da nossa formalização na Comissão Nacional de Eleições, que ocorrerá nos primeiros dias de Janeiro". No entanto, o movimento cívico tem já agendadas sessões de esclarecimento sobre as temáticas do aborto clandestino e a gravidez indesejada na adolescência.
A tónica dada aos debates e ao grafismo dos outdoors é, contudo, comum a todos os movimentos cívicos. O Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim prepara o lançamento de uma colectânea de textos sobre o aborto da autoria de alguns dos mandatários, como a escritora Lídia Jorge e os jornalistas Fernando Dacosta e Paula Moura Pinheiro. Serão também leiloadas obras de alguns dos artistas que integram a lista de adesões, como Paula Rego e João Cutileiro. Segundo a mandatária Manuela Tavares, "a imagem gráfica do movimento já está a ser tratada e, inclusivamente, já temos um spot televisivo para os Tempos de Antena".
Os debates e a "proximidade com o público" são as acções privilegiadas pelo Em Movimento Pelo Sim. "Como os outdoors e os spots têm preços exorbitantes, temos de programar tudo com ponderação", afirmou Natacha Amaro. Por ora, o grupo aposta numa "campanha descentralizada" e numa série de debates que colocarão áreas como a juventude, a justiça e a saúde "em movimento pelo 'sim'". O grupo procurará sensibilizar os eleitores para o "sim" ao aborto recorrendo a episódios de "perseguição de mulheres", nomeadamente o caso de três mulheres condenadas por aborto e com pena suspensa, julgadas em Aveiro.
Igual estratégia foi adoptada pelo Movimento Voto Sim, que reúne quase uma centena de deputados do PSD, PS e BE. "Dadas as características dos nossos mandatários, queremos promover um debate alargado que ultrapasse fronteiras partidárias", referiu ao DN a mandatária e deputada bloquista Helena Pinto.
Já os Médicos Pela Escolha, que apelam ao "sim" no referendo, além do encontro nacional de mandatários a ter lugar no próximo mês, no Porto, têm "equipas de criativos a tratar dos outdoors e de todo o grafismo", disse o médico Vasco Freire.
Pelo lado do "não" ao aborto, a Plataforma Não Obrigada está empenhada em dotar a sua campanha de "dados científicos", procurando utilizar uma "linguagem moderada e esclarecedora", nas palavras de Nuno Vieira. Na senda dos outdoors que já se encontram espalhados pelas ruas, a plataforma conta ainda lançar "pelo menos mais dois". Também o grupo cívico Aborto a Pedido? Não Obrigada!, com sede em Coimbra, tem mostrado "uma dinâmica enorme", afirmou a mandatária e deputada independente pelo PS, Matilde Sousa Franco. Os cartazes alusivos ao "não" ao aborto e os panfletos volantes são "as nossas principais missões", garantiu.

Diversos (IV)




Diversos (III)




Ler


Medeiros Ferreira, Pelo Natal e pela Turquia, in Diário de Notícias de 26 de Dezembro
Luís Pais Antunes, O estado da Nação, in Diário de Notícias de 28 de Dezembro
Carlos Castro, Mais um que espera por 2008, in Tugir de 26 de Dezembro

É mais uma demonstração

Do quão retrógrado é o poder autárquico...

terça-feira, dezembro 26, 2006

Diversos (II)


















Diversos


















Paciência

Não tenho paciência nenhuma para para fazer a lista dos meus 10 mais...
... Os livros 10 +
....Os filmes 10 +
...Os discos / banda 10 +
Porque é que todo o pseudo intelectual tem de fazer uma dessas listas para se apresentar como pseudo intelectual? É que ao menos podia ser criativo e apresentar as peças 10 +; os restaurantes 10 +; os concertos 10 +; os bares 10 +; os académicos 10 +, as exposições 10 +; os museus 10+; sei lá, tanta coisas. Mas não, qualquer pseudo intelectual, opinador, ou «colunista» tem de aparentar partilhar esse pequeno espaço de cultura aparentemente partilhado por todos - e assim mesmo definidor de cultura - os livros, filmes e discos. É este o espaço de opinião que obriga o intelectual wannabe a pronunciar-se. É aí que existe. Geralmente, e só, na produção dos outros.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Ler



Medeiros Ferreira, Por um novo mundo, in DN.

Nem era para pôr...

...mas lá teve de ser...

Um Bom Natal (ou, como agora se diz, boas festividades).
[o postal do lado esquerdo e em cima é inglês, e já tem alguns séculos. Tem etiqueta da British Library, pelo que a ela deve de estar dedicado - nop sentido de lá estar depositado e ter «alguma idade e importância».
O de baixo foi o que me foi entregue pelo pessoal da Antígona, e, apesar de poder perfeitamente século XIX vitoriano, imagino que seja produção própria dedicada à data em 2006
Escolham o que melhor vos apraz.
Volto na segunda-feira.]

Olha que novidade... (2)

Eleições
Eduardo dos Santos diz ser difícil prever se todas as condições estarão criadas em 2007
Processo eleitoral tornou-se praticamente irreversível
por Garrido Fragoso
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, declarou ontem, em Luanda, que, com o início do registo dos eleitores, o processo eleitoral “tornou-se praticamente irreversível”.
“Dentro de poucos anos, os órgãos de soberania, tais como a Assembleia Nacional, o Governo e o Presidente da República serão legitimados através de eleições democráticas e livres, que pretendemos organizar e realizar de modo transparente e em segurança, para que os seus resultados expressem a vontade soberana do povo angolano”, afirmou o Chefe de Estado, na abertura da 24ª reunião do Conselho da República.
José Eduardo dos Santos disse, no entanto, ser difícil prever se todas as condições estarão reunidas para a realização das eleições em 2007.
“Se tivermos em linha de conta que este processo de registo será completado com mais alguns meses de actividades complementares, já estabelecidas, torna-se difícil prever se teremos todas as condições reunidas para o pleito eleitoral”, afirmou o Chefe de Estado, Eduardo dos Santos, que convocou o encontro para uma auscultação de pareceres dos seus membros sobre o melhor período para a realização das eleições legislativas e presidenciais disse, também, que “não deverá haver eleições simultâneas”, caso seja seguido o princípio estabelecido na Lei Constitucional, que prevê a realização de eleições legislativas de 4 em 4 anos e as presidenciais de 5 em 5.
O Chefe de Estado recordou a propósito que, na reunião do Conselho da República realizada em Julho de 2004, haviam surgido duas correntes de opinião. Uma que era favorável à realização das eleições em 2005 e outra que pretendia que as mesmas tivessem lugar em 2007, “mas que, finalmente, ambas acabaram por optar por 2006”.Ainda Assim, o Presidente Eduardo dos Santos referiu que, com o início do registo dos eleitores a 15 de Novembro último, “o processo eleitoral tornou-se praticamente irreversível”.
José Eduardo dos Santos referiu, entretanto, que se a perspectiva não for de que as eleições se realizem em 2007, conforme os partidos programaram as suas despesas, “todos eles vão ter de rever a sua programação financeira e enfrentar possivelmente dificuldades adicionais”.
Mas esta questão, de acordo com o Chefe de Estado, pode ser reflectida pelo Conselho da República, que deverá recomendar ao Governo ou à Assembleia Nacional medidas pertinentes.O Conselho da República, órgão de consulta do Chefe de Estado, foi criado a 13 de Fevereiro de 1991 e, entre outros, compete pronunciar-se sobre a evolução da sociedade angolana e a revisão da Lei Constitucional. Integra 23 membros, que podem emitir pareceres sobre várias questões políticas e sociais solicitadas pelo Presidente da República.
Entre os seus membros, incluem-se o presidente da Assembleia Nacional, o Procurador Geral da República, o presidente do Tribunal Supremo, o primeiro-ministro e líderes dos partidos políticos com assento parlamentar, além de personalidades da sociedade civil expressamente convidadas pelo Chefe de Estado.
[notícia completa aqui, via Jornal de Angola]
Tenho de escrever mais sobre isto dos processos eleitorais em Angola...

Olha que novidade...

Angola: eleições adiadas outra vez
Isto não é uma notícia. É um tratado sobre como enganar a opinião pública:Legislativas em 2008, presidenciais em 2009
O Conselho da República recomendou ontem, em Luanda, por unanimidade, que as eleições legislativas tenham lugar em 2008, no período compreendido entre Maio e Agosto. Esta decisão do órgão de consulta do Presidente da República decorre do facto de admitir que até Junho de 2007 todas as etapas do registo eleitoral não poderem estar cumpridas. O órgão de consulta do Chefe de Estado, que se reuniu no Palácio Presidencial, na sua 24ª sessão, recomendou, igualmente, por maioria, a realização das eleições presidenciais em 2009, no mesmo período. Os membros do Conselho da República consideraram, em comunicado de imprensa tornado público no final da reunião orientada pelo Presidente José Eduardo dos Santos, como «satisfatório» o cumprimento da primeira fase do registo eleitoral, atendendo aos números obtidos e à qualidade dos registos, embora se tenham constatado alguns constrangimentos de ordem técnica, material e organizativa. In Jornal de Angola

Parece estar a ser relançada a ideia de criar um salário mínimo europeu que constituiria, ainda que de forma limitada, um “equivalente social” para aquilo que o Euro representa no domínio das políticas económicas.É claro que, concebido como um valor mínimo aplicável em toda a UE25, a ideia é simplesmente impossível de realizar nas circunstâncias actuais. Em bom rigor, o que vem sendo proposto não é um valor mas uma regra: o salário mínimo europeu seria uma percentagem do rendimento mediano de cada Estado membro e, portanto, variaria de Estado para Estado segundo o nível mediano desse mesmo Estado.
Ainda assim, essa regra não é fácil de fixar visto que nem todos os Estados membros da UE têm salário mínimo e que, entre os que o têm, a relação entre o salário mínimo nacional e o salário mediano é, como se mostra no gráfico acima, muito variável.
É esta ideia concretizável? A resposta parece depender, pelo menos, do que vier a ser decidido na Alemanha e na Itália, os dois países fundadores da CEE que não têm salário mínimo nacional fixado por lei.
E é útil criar um salário mínimo europeu? A resposta dependerá, julgo, da percentagem que for utilizada para indexar o valor do salário mínimo ao salário mediano. Se essa percentagem for suficientemente alta para acabar com a pobreza entre os que trabalham, eu diria claramente que sim.
Concordo em teoria. Mas, pergunta rápida: é suposto nós subirmos o nosso salario mínino para o nível «deles» ou eles é que o deverão baixar para o nosso nivel (outra ideia é nós subirmos o nosso 20% todos os anos, eles só 5% e encontramo-nos ao mesmo nível dentro de X anos - não quero errar, por isso não atiro com alguma tentativa de número exacto)

Movimentos

Movimentos pelo «SIM»




MOVIMENTO VOTO SIM
Pela dignidade das mulheres, defendemos a alteração da Lei que criminaliza a Interrupção Voluntária da Gravidez





















Lutando pelo direito à escolha, mas reconhecendo que a única escolha verdadeira é a escolha informada, os Médicos Pela Escolha querem dar às mulheres todas as ferramentas possíveis para estas viverem a sua vida.







Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo SIM
Iniciativa popular de participação na campanha para o referendo sobre o regime legal da interrupção da gravidez.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Nao sabia, verdade que não sabia

que há 45 anos José Dias Coelho foi assassinado pela PIDE. Foi a ele a quem Zeca Afonso dedicou «a morte saiu à rua».
Informação via Arre Macho.
«Muitas Cidades, Vilas e Aldeias contêm José Dias Coelho como denominação para algumas de suas ruas. Também a nossa Vila contém o seu nome numa rua. O homem a quem Zeca Afonso dedicou "A Morte Saiu À Rua", foi assassinado há 45 anos numa rua de Alcântra que hoje tem o seu nome e uma placa no local onde caiu por terra. Como diz a Trilby e o Fernando "A revolução também se fez com sangue". Podem ler um pouco de sua história aqui».

Para escolher

Não é sobre Impostos
Não é sobre Saúde
Não é sobre a Vida
Não é sobre a Morte
Não é sobre Religião
É sobre escolha.

É sobre EU poder escolher não.

Por isso voto SIM!

terça-feira, dezembro 19, 2006

Números

Estudo da Consulmark encomendado pela Associação para o Planeamento da Família:

14,5% das mulheres portuguesas fizeram um aborto
Há entre 17 200 e 18 mil abortos por ano
30% entre os 17 e os 20 anos
85,7% interrompeu a gravidez em Portugal
72,7% fizeram antes das 10 semanas
20,6% das mulheres praticantes de uma religião abortam depois das 16 semanas
8,2% de mulheres não praticantes de uma religião abortam depois das 16 semanas
39,4% das mulheres fazem aborto em casas particulares
32,2% das mulheres fazem aborto em clínicas privadas
18,2% das mulheres fazem aborto em consultórios médicos
6,9% das mulheres fazem aborto em hospitais públicos
45% dos abortos são feitos por médicos
30,6% dos abortos são feitos por parteiras.
22,7% das mulheres obtiveram informações sobre o local de realização do aborto através de um profissional de saúde.
64,1% das mulheres não foram acompanhadas pelo médico após o aborto
Uma em cada três mulheres que interrompeu a gravidez através de comprimidos teve depois necessidade de recorrer a um serviço de saúde.
46,1% das mulheres que recorreram ao aborto admitem que engravidaram quando não estavam a usar qualquer tipo de contraceptivo.
Amostra: duas mil mulheres entre os 18 e os 49 anos inquiridas por questionário sigiloso.
(Via Arrastão)

O meu Sim


Vamos, na medida do possível, procurar pela blogosfera «declarações de voto» pelo Sim.

A primeira é a do Daniel Oliveira (via Arrastão). As respostas já lá estavam. As perguntas também.

Ele vê o problema assim:

As fronteiras do debate
«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?».É esta a pergunta que vai a referendo. Não é outra. Por isso, vale a pena começar por discutir as balizas do debate que vamos fazer nos próximos dois meses. O que está em debate e o que não está em debate.São feitas quatro perguntas nesta pergunta:
1. Se concorda com a despenalização do aborto;
2. Se ele deve ser feito por opção da mulher;
3. Se a despenalização deve ser até às 10 semanas
4. Se deve acontecer em estabelecimento de saúde legalmente autorizado.As respostas a cada uma destas questões podem ir em sentidos diferentes. No fim, pesando cada uma delas, cada um decidirá o seu voto.O que não está na pergunta e que, na minha opinião, não determina o voto:
5. Quando começa a vida humana?
6. Qual a sua posição sobre o aborto?
7. A mulher é dona do seu corpo?
8. Concorda com este referendo?Neste texto longo, que eu me exijo a mim próprio, vou a cada um destes oito pontos.

Concordo na totalidade com a apreciação genérica, como já dai a entender aqui. Parece-me que é sobre as quatro primeiras questões que o debate se deve desenrolar (e sobre as mesmas devem ser esgrimidos argumentos). Já me parece supérfluo o que o Daniel desenvolve na segunda parte da sua (auto) intervenção. Parece-me intelectualmente interessante que ele se tenha dado ao trabalho de quer procurar essas questões quer, depois, em respondê-las. A mim, apesar de me parecerem de algum interesse, julgo-as extra debate, de difícil consenso e de desgaste rápido. Respondê-las é dar votos ao Não, porque nos distrai do que realmente interessa (as quatro primeiras questões), porque nos desvia do que votamos, porque nos permite discutir o que não pode ter posição legal (quando começa a vida, por exemplo, é uma interrogação quasi filosófica, nada prática para discutir quando se procurar fazer Lei).

Ver texto do Daniel Oliveira na integra aqui.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Pub (IX)


A mim enganava... Pelo menos à primeira





































Pinochet

É verdade, não tinha feito nenhum comentário sobre a morte desse assassinio. Esses tipos fazem tudo para evitar a humilhação (para eles) de ter de prestar contas com quem durante anos espinharam: o seu próprio povo (já para não falar do Estado de Direito, dos Direitos Humanos, etc). Mesmo morto devia de ter sido preso. Pelo menos por uns anitos.

Campanha

NUNCA DIGAM ABORTO, DIGAM IVG, Interrupção Voluntária da Gravidez.
É disso que estamos a falar. Não de abortos. Nunca de abortos. Eu sou contra o aborto. Numa sociedade perfeita não existem abortos, todas as pessoas teriam a possibilidade de procriação controlada a 100%. Numa sociedade imperfeita, a interrupção voluntária da gravidez não deve ser criminalizada. É disso que se trata. Não de abortos.

Dos outros

Queria ir, mas não sei se dá...

Política Externa e de Segurança Comum (PESC)
18 de Dezembro de 2006 – 18h00 CIEJD - Mediateca

O Centro de Informação Europeia Jacques Delors convida V.Exª a estar presente no debate de fim de tarde sobre "Política Externa e de Segurança Comum". Este é o 2º debate do ciclo “A Defesa e a Segurança dos Cidadãos na UE do Século XXI” e integra-se no projecto do CIEJD para o Debate Nacional sobre o Futuro da Europa.

Oradores:
- Manuel Lobo Antunes, Secretário de Estado dos Assuntos Europeus
- Carlos Gaspar, Director do IPRI - Instituto Português de Relações Internacionais
- Luís Pais Antunes, Vice-presidente, Comissão de Assuntos Europeus da Assembleia da República

Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Centro Cultural de Belém
Rua Bartolomeu Dias
1400 – 026 Lisboa
Telefone 21 365 25 00

Lembranças


Publicidade checa, anos 20.

Machácek American-dancing Hall

Pacould Studio, 1926, lotografia a cor

(iman para frigorifico)

Lembranças


III Olimpiada do Trabalho

Checoslováquia, 1934

(iman para frigorifico)

Praha


República Checa
Acabado de chegar de Praga (ou Praha) – por isso não tenho escrito com a frequência normal – algumas notas rápidas:

As cidades européias estão cada vez mais parecidas. Chiado, Calle Serrano, Champs Elysees, Rua Parisksa partilham parecenças estranhas. Condicionalismos imobilisticos à parte, a Zara é a mesma, a Mango é a mesma, a Dior é a mesma, até a Nespresso, que pensei que fosse mais localizada lá estava, mais cara, mas estava lá. Talvez seja esse um dos preços a pagar por isto que chamamos de globalização.
A globalização de hábitos de consumo entende-se com facilidade. Na restauração o padrão repete-se. Na fast food, a proliferação de Mcdonalds, Kentuky Fried Chiken, TGI Fryday’s, demonstra o verdadeiro poderio norte-americano. Restaurantes minimalistas-chic-nouvelle-cuisine permitem-nos jantar no Barok como no Virgula, a procura da cozinha nacional lembra-nos os bons restaurantes de «enfarda» à antiga, com comida pesada, cozidos e ensopados, de qualidade superior mas de digestão complexa. Mesmo o preço não varia muito, com vantagem para Lisboa (mais barato, por incrível que possa parecer). Só falta ser em euros. A coroa checa, baluarte nacionalista, ainda perdura, antiquada e desatualizada. A nós complica as contas, por falta de hábito (já nem com as pesetas podemos brincar...).
Bom, restauração e hábitos de consumo ainda se entendem, agora comportamentos e apresentação física já nem por isso. Lembro-me de ter ficado impressionado com a beleza das mulheres checas na primeira vez que visitei o país (os homens nem por isso, já na altura parece que só queriam ser jogadores da bola...). Hoje repetem cânones. Roupas, acessórios, maquiagem, manias. A beleza natural checa disfarça-se em perfumes de qualidade variada e refugia-se por detrás de bases de importação. Eles continuam a querer ser (e parecer) o próximo Poborski ou o próximo Nedved. Nunca vi tanto jogador da bola junto...
(continua)

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Afinal Já Não é a Cegonha!

A little boy goes to his father and asks:
"Daddy, how was I born?"

The father answers:
"Well son, I guess one day you will need to find out anyway! Your Mom and I first got together in a chat room. Then I set up a date via e-mail with your Mom and we met at a cyber-cafe. We sneaked into a secluded room, where your mother agreed to a download from my hard drive. As soon as I was ready to upload, we discovered that neither one of us had used a firewall, and since it was too late to hit the delete button, nine months later a little Pop-Up appeared that said: "You got Male!"

quinta-feira, dezembro 14, 2006

BYE BYE PINOCHET HASTA LUEGO FIDEL


O influente colunista do “Financial Times” Martin Wolf assina um artigo datado de 12 de Dezembro acerca do momento histórico de mudança que é agora vivido na América do Sul.

Começa assim : The deaths of Augusto Pinochet and the failing health of Fidel Castro mark the end of an era for Latin America. We should look back at the bearded revolutionaries and military despots, ideological fervour and utopian dreams, without any regret. Despite the recrudescent populism of Hugo Chávez in Venezuela and Evo Morales in Bolivia, a more sober style of democratic politics is cementing its hold across the region

É possivel ler o artigo em português por cortesia dos nosso irmãos do Brasil, eis algumas passagens :


o regime de Castro é uma ditadura brutal, responsável pela morte de milhares de adversários em seus primeiros anos e pela prisão, sem julgamento, de milhares de outras pessoas. Cuba é também um fracasso econômico: isso é parcialmente conseqüência do embargo americano - mas uma desculpa apenas parcial. Mesmo assim, esse embargo foi, e é, estúpido. Seu único valor foi demonstrar a ineficácia de sanções sob quase quaisquer circunstâncias.

Também Pinochet foi um tirano brutal, responsável pelas mortes de milhares de pessoas e pela prisão e tortura de outras dezenas de milhares sem julgamento. Entretanto, numa lista de países que converteram em sucesso o "possibilismo" (...) o Chile está em em primeiro lugar

(...)

A trajetória econômica chilena não foi absolutamente tranqüila. Após a monstruosa inflação do início dos anos 70 e a queda na renda per capita, que foi a causa econômica imediata do golpe, seguiu-se uma vigorosa recuperação. Esta, então, terminou numa crise financeira em 1982. A crise chilena da década de 80 foi um modelo para a crise "Tequila" em 1995, que começou no México, e as crises financeiras na Ásia em 1997-98. Como argumenta o chileno Sebastian Edwards, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, a combinação de um sistema financeiro desregulamentado com uma âncora cambial e salários indexados foi nociva (Stabilization with Liberalization, Economic Development and Cultural Change, janeiro de 1985). A experiência produziu muitas lições, nenhuma delas aprendida a tempo em outros países

(...)

A era dos déspotas terminou. Mas o êxito do regime democrático não está garantido

Em última instância, democracia estável depende de amplo sucesso econômico, que tem sido, infelizmente, demasiado raro. Os países latino-americanos continuam vulneráveis aos caprichos dos mercados mundiais - financeiro e de commodities. As desigualdades econômicas e sociais internas continuam enormes. A ascensão da China tem sido uma dádiva para os exportadores de commodities, mas também espremeu a indústria de transformação de baixa e média sofisticação tecnológica latino-americana entre, de um lado, os concorrentes asiáticos, e de outro, os dos países avançados. Em resposta, a América Latina precisa aperfeiçoar suas instituições, tornar seus mercados mais flexíveis, melhorar seus sistemas educacionais, acumular competência tecnológica e distribuir os benefícios do crescimento.

TUDO SOBRE PINOCHET AQUI NO EL PAIS

AINDA NO MESMO JORNAL SOBRE CASTRO E A SITUAÇÃO ACTUAL DE CUBA :

La Administración estadounidense no cree que haya posibilidades de cambio en la isla “hasta que Fidel se vaya”....

sábado, dezembro 09, 2006

Dos outros

Biblioteca-museu República e Resistência
PROGRAMA SEMANAL
De 11 a 17 de Dezembro de 2006

Segunda_11 de Dezembro
18:30_Fórum Liberdade e Cidadania

Homenagem ao Prof. A. H. Oliveira Marques
A História e as estórias do Homem
Pelos Profs. A. Carvalho Homem, Fernando Catroga, Maria Helena Cruz Coelho e Dr. João Soares e com a presença do Prof. A. H. Oliveira Marques

Quinta_14 de Dezembro
18:30_Quintas da Ciência
«Ser geólogo na Guiné-Bissau»
Por Paulo Hagendorn Alves

Pela escolha

Médicos pela escolha.

Recenseamento

DA AMÉRICA DO SUL COM AMOR

O inquérito INFORME 2006 da responsabilidade do Latinobarómetro foi resumido pelo jornal El Pais da seguinte forma :

América Latina vuelve a creer en la democracia

Num curto artigo recheado de curiosa informação descobrimos quais as tendências da América Latina e qual o impacto das figuras de liderança que abrem os telejornais.

Eis o resumo da conclusão segundo o mesmo El Pais

Marta Lagos concluye en su informe que "ser líder en América Latina y tener la simpatía de los pueblos de la región, es un asunto difícil". Por un lado, Hugo Chávez es el presidente electo que ha alcanzado los mayores niveles de conocimiento. Pero un 39% tiene mala opinión de él. Por su parte, Lula, el mejor evaluado en la región, sólo es conocido por el 51% de la población: "Un perfil de liderazgo positivo al que sólo le falta aumentar sus niveles de conocimiento para poder ser considerado un líder regional”

Na semana em que o Sr. Chávez foi reeleito a situação da parte Sul do continente vista pelos olhos da América de cima, os EUA, é bem diversa.

Segundo o elogio publicado esta semana ao trabalho diplomático do Embaixador John Bolton umas das suas vitórias foi ter bloqueado a entrada da Venezuela no Conselho de Segurança; Segundo o Washington Times o diplomata que abandona a ONU teve o mérito de criar uma:

International coalition that blocked the bid of Hugo Chavez, Venezuela's Marxist strongman, to join the Security Council. This anti-authoritarian alliance survived 47 ballots. An eventual compromise helped moderate, pro-American Panama fill that spot

O mesmo jornal norte-americano aponta uma previsão negra para a estabilidade yankee nas terra de “nuestros primos”:

After his re-election, it is very likely Mr. Chavez will increase his support for the guerrillas to his west, and the intensity of his fiery speeches as part of his effort to move the revolution forward into Ecuador, Bolivia and the rest of South America

PARA QUE TUDO CORRA BEM É POIS NECESSÁRIA UMA GRANDE DOSE DE AMOR ENTRE NORTE E SUL...

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Vai no Brasil?...


Call for papers. Será que pagam a viagem? EU vou...
Car@s Colegas, Gostaríamos de convidá-l@s a enviar propostas para o GT Estéticas da Comunicação, atividade do XVI Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação em Comunicação que se realizará entre 13 e 16 de junho de 20007 na Universidade Tuiuti do Paraná, em Curitiba, Brasil. A ementa do GT segue abaixo e os textos integrais deverão ser enviados ao site onde também podem ser encontrados as normas e regulamentos do encontro. O prazo final para a entrega dos papers para a seleção é o dia 15 de janeiro de 2007. Solicitamos o envio para colegas que estejam interessados no tema.
Atenciosamente,
Prof. Denilson Lopes – Coordenador (Universidade de Brasília)
Prof. César Guimarães – Vice-Coordenador (Universidade Federal de Minas Gerais)
Este GT busca apontar caminhos na interseção entre as teorias estéticas e a experiência da comunicação na cultura contemporânea,contribuindo para a reflexão de uma crítica do universo de manifestações expressivas no campo da comunicação, tanto em trabalhos teóricos quanto analíticos. Busca-se compreender questões como a dimensão estética dos processos comunicacionais (aqui compreendida como o caráter ativo da sensibilidade e da compreensão), os estudos dos fenômenos estéticos da cultura contemporânea (na medida em que possam implicar o problema da ativação sensível da experiência destes objetos) e aspectos teórico-metodológicos de apreensão da experiência estética.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

MISSÃO NÃO CUMPRIDA

A bipartisan commission warned Wednesday that "the situation in Iraq is grave and deteriorating," and handed President George W. Bush both a rebuke of his current strategy and a detailed blueprint for a fundamentally different approach...


JÁ ANTES DE “REBENTAR” O ISG (IRAQ STUDY GROUP –NÃO CONFUNDIR COM IVG- EUFEMISMO PARA ABORTO...! ) SE ADVINHAVA UMA CONCLUSÃO TREMENDA PARA OS “UNILATERALISTAS” DA CASA BRANCA:

La política exterior est condenada al fracaso -así como cualquier acción en Irak- si no éstá sostenida por el consenso

O QUE SALVA ISTO TUDO É QUE O NOVO SEC. DA DEFESA DA SUPER POTêNCIA É EX-MEBRO DO ISG:

Robert Gates, indicado pelo presidente George W. Bush para ser o próximo secretário de Defesa americano, afirmou que os EUA estão perdendo a guerra do Iraque e devem mudar de estratégia


ENTRETANTO PARA OS QUE ANDAM DE CABEÇA NO AR... MAS QUEREM MANTER A CABEÇA NO DEVIDO LUGAR AQUI ESTÁ UMA PASSAGEM FRESCA DAS CONCLUSÕES:

The United States should immediately launch a new diplomatic offensive to build an international consensus for stability in Iraq and the region. This diplomatic effort should include every country that has an interest in avoiding a chaotic Iraq, including all of Iraq’s neighbors. Iraq’s neighbors and key states in and outside the region should form a support group to reinforce security and national reconciliation within Iraq, neither of which Iraq can achieve on its own

O SR. BUSH AINDA NÃO ENGOLIU ESTA DESGRAÇA

HOJE SAIU-LHE ESTA PERÓLA:

Not all of us around the table agree with every idea, but we do agree that it shows that bipartisan consensus on important issues is possible. It's really important for the American people to know that there are people of goodwill here in town willing to set aside politics and focus on the security of this country and the peace of the world.

PELOS VISTOS A "DOUTRINA BUSH" AINDA NÃO DIGERIU ESTA MISSÃO COMO "NÃO CUMPRIDA"!!!!!!!

EIS A LISTA DAS RECOMENDAÇÕES INDIGESTAS COM CUMPRIMENTOS
GASTRONÓMICOS DO NY TIMES:

The United States should:

(QUANTO AO RETIRAR DAS TROPAS):

· Announce a plan for American forces to begin pulling back, whether the Iraqis are ready or not, to signal to the Iraqis that Washington would not prop up the Iraqi government with military forces endlessly.

· Gradually pull back the 15 American combat brigades now in Iraq, starting next year and ending by the first quarter of 2008. Afterward, American combat forces could be deployed “only in units embedded with Iraqi forces.” While numbers are still approximate, phased withdrawal of combat troops over the next year would leave 70,000 to 80,000 American troops in the country, compared with about 150,000 now, for a long time to come.

· Special operations forces would remain to battle Al Qaeda in Iraq.

· Link American withdrawal to the performance of the Iraqi military, leaving open the possibility that American troops would stay longer if the Iraqi government takes on the militias, but threatening accelerated withdrawal if the Iraqi government fails to act decisively and control the violence.

· Significantly increase the number of American military personnel supporting and embedded with Iraqi troops. As this proceeds, United States combat forces can begin leaving Iraq.

(NO CAMPO DIPLOMÁTICO) :

· Begin a new diplomatic offensive to build an international consensus for stability in Iraq and the region. The effort should include every country that has an interest in avoiding a chaotic Iraq, including all of Iraq’s neighbors.

· Try to engage Iran and Syria constructively, using incentives and disincentives.

· Renew commitment to a comprehensive Arab-Israeli peace process, including President Bush’s commitment to a two-state solution for Israel and Palestine.

QUEREM MAIS ?? LEIAM TUDO …..PELA PENA IMPIEDOSA DO BRILHANTE JORNALISTA DAVID E. SANGER :A bipartisan commission warned Wednesday that "the situation in Iraq is grave and deteriorating....


IVG

Eles já aí andam, e nós?...

(sobre a iniciativa ver este texto, muito bem visto...)

Dos outros

A Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e o Instituto Português de Relações Internacionais-UNL têm o gosto de convidar para a palestra África e os Desafios do Século XXI a proferir por S.E. Alpha O. Konaré, Presidente da Comissão da União Africana, que será apresentado por Manuela Franco, GrupoÁfrica (IPRI-UNL) no Auditório da FLAD, quarta-feira, dia 6 de Dezembro de 2006, às 16 horas

terça-feira, dezembro 05, 2006

Dos outros


Nem sei como recebemos este, mas aqui vai... Barcelona
¿Te lo vas a perder?

Antonio Orozco, Mari de Chambao, Ojos de Brujo, la Fundación Toni Manero, Lluís Llach, Sabor de Gràcia, Antonio Carmona o Rafael Amargo... celebran el día de los derechos humanos con Amnistia Internacional en el Barcelona Teatre Musical (BTM).

ARTE IMPLICADO POR LOS DERECHOS HUMANOS
Celebración del Día Internacional de los Derechos Humanos
12 de diciembre, 21:00 a 23:00 horas BTM (Barcelona Teatre Musical).
Asha Miró, Manuel Huerga, Leonardo Sbaraglia, Isabel Coixet y otros muchos presentarán la gala.Andreu Buenafuente, Antonio Banderas y Lilian Thuram apoyan el espectáculo denunciando en vídeo diferentes violaciones de derechos humanos, como Javier Cámara o Ariadna Gil a través de cortos cinematrográficos.
Las entradas, con un precio entre 22 y 30 euros, ya están a la venta a través del Telentrada de Caixa Catalunya
Te esperamos

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