O influente colunista do “Financial Times” Martin Wolf assina um artigo datado de 12 de Dezembro acerca do momento histórico de mudança que é agora vivido na América do Sul.
Começa assim : The deaths of Augusto Pinochet and the failing health of Fidel Castro mark the end of an era for Latin America. We should look back at the bearded revolutionaries and military despots, ideological fervour and utopian dreams, without any regret. Despite the recrudescent populism of Hugo Chávez in Venezuela and Evo Morales in Bolivia, a more sober style of democratic politics is cementing its hold across the region
É possivel ler o artigo em português por cortesia dos nosso irmãos do Brasil, eis algumas passagens :
o regime de Castro é uma ditadura brutal, responsável pela morte de milhares de adversários em seus primeiros anos e pela prisão, sem julgamento, de milhares de outras pessoas. Cuba é também um fracasso econômico: isso é parcialmente conseqüência do embargo americano - mas uma desculpa apenas parcial. Mesmo assim, esse embargo foi, e é, estúpido. Seu único valor foi demonstrar a ineficácia de sanções sob quase quaisquer circunstâncias.
Também Pinochet foi um tirano brutal, responsável pelas mortes de milhares de pessoas e pela prisão e tortura de outras dezenas de milhares sem julgamento. Entretanto, numa lista de países que converteram em sucesso o "possibilismo" (...) o Chile está em em primeiro lugar
(...)
A trajetória econômica chilena não foi absolutamente tranqüila. Após a monstruosa inflação do início dos anos 70 e a queda na renda per capita, que foi a causa econômica imediata do golpe, seguiu-se uma vigorosa recuperação. Esta, então, terminou numa crise financeira em 1982. A crise chilena da década de 80 foi um modelo para a crise "Tequila" em 1995, que começou no México, e as crises financeiras na Ásia em 1997-98. Como argumenta o chileno Sebastian Edwards, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, a combinação de um sistema financeiro desregulamentado com uma âncora cambial e salários indexados foi nociva (Stabilization with Liberalization, Economic Development and Cultural Change, janeiro de 1985). A experiência produziu muitas lições, nenhuma delas aprendida a tempo em outros países
(...)
A era dos déspotas terminou. Mas o êxito do regime democrático não está garantido
Em última instância, democracia estável depende de amplo sucesso econômico, que tem sido, infelizmente, demasiado raro. Os países latino-americanos continuam vulneráveis aos caprichos dos mercados mundiais - financeiro e de commodities. As desigualdades econômicas e sociais internas continuam enormes. A ascensão da China tem sido uma dádiva para os exportadores de commodities, mas também espremeu a indústria de transformação de baixa e média sofisticação tecnológica latino-americana entre, de um lado, os concorrentes asiáticos, e de outro, os dos países avançados. Em resposta, a América Latina precisa aperfeiçoar suas instituições, tornar seus mercados mais flexíveis, melhorar seus sistemas educacionais, acumular competência tecnológica e distribuir os benefícios do crescimento.
TUDO SOBRE PINOCHET AQUI NO EL PAIS
AINDA NO MESMO JORNAL SOBRE CASTRO E A SITUAÇÃO ACTUAL DE CUBA :
La Administración estadounidense no cree que haya posibilidades de cambio en la isla “hasta que Fidel se vaya”....
1 comentário:
Parece que as pedras no sapato dos americanos estão a desaparecer. Imagino o alívio, já só falta despachar os chatos lá de baixo, com a mania de falar mais alto
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