Vamos, na medida do possível, procurar pela blogosfera «declarações de voto» pelo Sim.
A primeira é a do Daniel Oliveira (via Arrastão). As respostas já lá estavam. As perguntas também.
Ele vê o problema assim:
As fronteiras do debate
«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?».É esta a pergunta que vai a referendo. Não é outra. Por isso, vale a pena começar por discutir as balizas do debate que vamos fazer nos próximos dois meses. O que está em debate e o que não está em debate.São feitas quatro perguntas nesta pergunta:
1. Se concorda com a despenalização do aborto;
2. Se ele deve ser feito por opção da mulher;
3. Se a despenalização deve ser até às 10 semanas
4. Se deve acontecer em estabelecimento de saúde legalmente autorizado.As respostas a cada uma destas questões podem ir em sentidos diferentes. No fim, pesando cada uma delas, cada um decidirá o seu voto.O que não está na pergunta e que, na minha opinião, não determina o voto:
5. Quando começa a vida humana?
6. Qual a sua posição sobre o aborto?
7. A mulher é dona do seu corpo?
8. Concorda com este referendo?Neste texto longo, que eu me exijo a mim próprio, vou a cada um destes oito pontos.
Concordo na totalidade com a apreciação genérica, como já dai a entender aqui. Parece-me que é sobre as quatro primeiras questões que o debate se deve desenrolar (e sobre as mesmas devem ser esgrimidos argumentos). Já me parece supérfluo o que o Daniel desenvolve na segunda parte da sua (auto) intervenção. Parece-me intelectualmente interessante que ele se tenha dado ao trabalho de quer procurar essas questões quer, depois, em respondê-las. A mim, apesar de me parecerem de algum interesse, julgo-as extra debate, de difícil consenso e de desgaste rápido. Respondê-las é dar votos ao Não, porque nos distrai do que realmente interessa (as quatro primeiras questões), porque nos desvia do que votamos, porque nos permite discutir o que não pode ter posição legal (quando começa a vida, por exemplo, é uma interrogação quasi filosófica, nada prática para discutir quando se procurar fazer Lei).
Ver texto do Daniel Oliveira na integra aqui.
And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
terça-feira, dezembro 19, 2006
O meu Sim
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