segunda-feira, abril 30, 2007

Segundo debate sobre Transexualidade da ILGA

Recebido via e-mail:

Segunda-feira, Abril 30, 2007

E aconteceu o segundo debate sobre Transexualidade (melhor talvez seria dizer sobre o documento reivindicativo de uma lei de identidade de género da ILGA Portugal). Desta vez a mesa era composta por representantes da equipe médica do Hospital Júlio de Matos (HJM), um representante dos Médicos pela Escolha e dois Transexuais do Grupo de Trabalho. Pareceu-me que a assistência era mais pequena que no primeiro debate. Uma pena, pois este debate revelou-se talvez mais importante que o primeiro (em que pouco mais se fez que criticar/denunciar práticas de alguma maneira infelizes do Hospital de Santa Maria (HSM). De notar que na assistência encontravam-se o Dr. Rui Xavier Vieira e o Dr. Décio do HSM.

Iniciou-se com o anúncio da organização de (mais) um grupo de trabalho sobre Transexualidade na ILGA (ou qualquer coisa deste género, perdoem a imperfeição dos termos mas a gente comum como eu não tem acesso à gravação feita no debate, portanto é tudo de memória). Depois veio a apresentação da mesa e a leitura das reivindicações pelos representantes da ILGA. Seguidamente deu-se início ao debate. Ou melhor, ás críticas da equipe do HJM ao documento, que a ser assim ficaria reduzido a menos de um terço.

Ora bem, muitas das críticas têm a sua razão de ser e concordo com elas, bem como quase tod@s @s Transexuais com quem falei. Realmente havia lá muita coisa que não faz sentido, e aqui faço notar como teria sido importante ter havido mais trabalho no documento. Se não tivesse sido trabalhado a portas fechadas, quase como que em segredo (uma estupidez visto ser um documento que diz respeito a TOD@S @s Transexuais, não exclusivo d@s Trans da ILGA Portugal), de certeza que teria aparecido muito mais razoável. Nesse sentido e mais uma vez, no final do debate lançei o repto de haver encontros entre as pessoas interessadas para debater o documento. Como fiz notar, não era ali, com limites temporários e com discussões que se afastaram um pouco para outros lados, que se poderia fazer um trabalho produtivo. Ou então, que o debate se prolongasse por mais umas boas horas, de maneira a dar oportunidade a quem o quisesse de falar de sua justiça. Coisa que se torna impraticável com limites temporários.

Já Eva Russo, representante da Opus Gay, pediu que as restantes associações também pudessem debater o documento, coisa que sou absolutamente a favor, para ver se aparece um documento único que reúna TODA A GENTE, não só a posição de uma minoria de pessoas pertencentes à ILGA Portugal.

Continuando, quando começou o debate, ou seja, quando supostamente as pessoas presentes poderiam falar de sua justiça, contestei a necessidade de uma segunda avaliação nos moldes em que é feita em Portugal (desde um mínimo de duas consultas até um máximo que ainda não sei onde termina, no meu caso, uns com testes psicológicos, outros sem esses testes, é à vontade do freguês). O Dr. Pedro Freitas do HJM, contrário a esta posição, nem me deixou explanar as minhas razões, coisa que detesto, pois quando digo algo, digo-o PORQUE tal e tal, ou seja, digo-o FUNDAMENTADO. É de lamentar que num debate nem se deixe apresentarem-se razões. Foi uma atitude rude e prepotente de um conceituado médico, coisa que sinceramente não estava à espera. Assim sendo, os restantes comentários ficaram na gaveta, não disse mais nada até ao fim, onde propuz o debate de que falei anteriormente.

Já agora aproveito para dizer o seguinte: as razões para não acreditar numa necessidade de uma segunda opinião já as disse atrás, só faltou dizer que, para essa avaliação ter alguma credibilidade, cada Transexual teria de fazer dois processos em simultâneo, o que seria estúpido, no mínimo. Não me parece que seja com duas consultas, como acontece em alguns casos, ou mesmo com seis que se fique a conhecer suficientemente bem uma pessoa. As equipes médicas que nos seguem fazem-no durante o tempo suficiente para que o seu diagnóstico seja o mais credível. Assim, continuo a contestar a necessidade de uma segunda opinião.

Outra coisa que me foi apontada pelo Dr. Freitas foi que não devíamos pedir muito, só o que se achar correcto. Esquece-se o Dr. que em Portugal, (e não só), para se obter 10 tem que se exigir 50. Faz parte do senso comum e é por isso que existem negociações. Logo, não concordo em absoluto com a necessidade de se exigir o mínimo, aliás, penso mesmo que se deve exigir o máximo. E outra coisa, lá porque a Espanha tenha neste momento a mais avançada lei de identidade de género, isso não implica que mesmo essa lei se possa melhorar. Não temos de pedir menos, nem sequer igual, só por estarmos em Portugal (outra boca que me amandou e à qual não pude dar resposta). Quando o Dr. afirmou que por ele se fazia copy/paste da lei espanhola, eu acrescentaria que também se deveria importar o Zapatero, pois sem dúvida nenhuma a lei só saíu por existir um Zapatero em Espanha. Sem ele, sem um político que cumpre o que promete, se calhar ainda teriam de esperar mais 30 anos em Espanha.

O resto do debate foi (salvo uma ou outra intervenção esporádica) um monólogo entre a mesa/ILGA e a mesa/HJM. A coisa aqueceu, e demonstrou as divisões existentes no Serviço Nacional de Saúde, quando se falou da inutilidade da autorização da Ordem dos Médicos (também iria falar nisso, se não me tivessem cortado a palavra). Os representantes do HSM e do HJM quase que se "pegaram". No entanto ficou-se a saber que também o Dr. Xavier do HSM é contra esta necessidade, sendo no entanto o coordenador na Ordem de quem analiza os processos. No comments. Nota curiosa: quando foi contestada a necessidade da Transexualidade estar incluída nas psicopatologias, que os representantes do HJM concordaram que efectivamente o deve estar, o Dr. Xavier Vieira (numa altura em que apareceu o exemplo da homossexualidade) disse que estava de fora das psicopatologias "quer dizer, está mas vejamos, ainda está a ser estudada". Não foram estas as palavras exactas, nem posso reproduzir aqui as hesitações, mas o que deu a entender foi que a homossexualidade saíu das psicopatologias mais por força de lobbies que por outra coisa. Ou seja, que apesar de não estar incluída oficialmente, está-o subrepticiamente. Também no comments.

Também muitas das reivindicações lá inseridas eram absurdas, pois demonstram quase um medo de que algum dia alguém descobrisse a Transexualidade de uma determinada pessoa (leia-se qualquer um/a de nós). Aquilo de mudar de nomes familiares era completamente absurdo, além de sair do âmbito da Transexualidade (qualquer pessoa pode querer fazer isso, não tem a ver com Transexualidade, bolas). Não sejamos paranóicos, deixemos as manias de perseguição de lado, não acredito que futuramente venha a haver um SIS que ande a vasculhar quem é Transexual para fazer, sei lá, uma denúncia pública? Chantagem? Quer dizer, já é um exagero. Ser-se Transexual pode não ser motivo de orgulho de ninguém (se o fosse, as pós-op não "desapareciam"), mas também não é motivo para se ter vergonha.

Resumindo, saímos de lá com a sensação de que ainda muito há a fazer em relação a este documento, e com a esperança de que TODA A GENTE INTERESSADA possa dar um contributo positivo para unir em torno deste documento uma comunidade que é pequena.
"Todos os dias quando me olho ao espelho
Vejo uma pessoa que não sou eu
E todos os dias me lembro
Que não me deixam ser quem sou"

Divulgação

FARROPE D'POESIA
ciclo de poesia e música dedicado aos países de expressão portuguesa
3ª feira, 1 de maio, às 23.00:

poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen

ditos por:
Rita Durão
Pedro Lacerda
Vera Mantero
João Cabral

música:
Carlos Milhomens
coordenação de Sofia Marques
no B. Leza, Largo do Conde Barão, 50
entrada: 3 €

Oportunidade Perdida!

Este é o último exemplo de uma oportunidade perdida de estar calado. Ou melhor, de estar quieto e não escrever!
É que ainda se torna parecido com o Pélé, segundo Romário...

Outra...

É a última, prometo.

O jornal continua a ser o Comércio do Porto, desta feita de 20 de Outubro

Morreu um ciclista por ter chocado com um cavalo
Beja, 17. - quando em Alcácer do SAl, junto à quinta do Pinhal, Manuel Barrelas, casado, de 30 anos, cantoneiro em Palma, se dirigia para uma feira, tripulando uma bicicleta, chocou com um cavalo.
Conduzido ao hospital, daquela vila, faleceu pouco depois.

Acreditem que nos jornais procuro referências ao acto eleitoral de 1 de Novembro de 1942, as terceiras eleições legislativas do Estado Novo...

Futebol

No seguimento deste último post (não sei se já repararam, mas ando em tratamento de fontes primárias para a tese), e tendo em conta o fim-de-semana futebolístico, não resisto à partilha.

O jornal é o Comercio do Porto, datado de 12 de Outubro de 1942. Ora vejam:


Futebol desastroso

Foi conduzido ao Hospital da Misericórdia, onde foi socorrido recolhendo depois à enfermaria 2, António Baptista da Costa, de 27 anos, pedreiro, da Rua Pereira de Noveia, com forte contusão no períneo, por ter levado um pontapé no baixo ventre quando jogava futebol no campo do Bessa, no desafio entre o Futebol Clube do Porto, onde pertence, e o Boavista Futebol Clube.
Antes do ferido dar entrada na enfermaria, foi operado pelo clínico de serviço sr. dr. Baia Ribeiro, auxiliado pelos enfermeiros Seixas e Rocha.


Três notas.
1. Pelos vistos a fama dos «carrascos do Bessa» vem de longe.
2. Também a tradição do Porto contratar pedreiros tem barbas (claro que não faço a mínima ideia quem era o António Baptista da Costa, o infortunado jogador-pedreiro, nem o que aconteceu à sua carreira)
3. Não posso deixar de assinalar a referência ao «Seixas» e ao «Rocha». Muito bom.
Isto é que eram notícias...

1942


Notícias retiradas d' A Voz, jornal monarquico, a 23 de Outubro de 1942.
Estava impressa nas páginas interiores, na secção das «notas da semana» (de Braga), mesmo ao pé das que davam as indicações da campanha eleitoral:
«devido a queda na via publica, do que lhe resultou um ferimento no pé direito, recebeu curativo, no banco do Hospital de S. Marcos, Roda Fernandes, doméstica da freguesia de S. Braz do Campo.

Por se ter ferido na mão esquerda quando trabalhava, foi socorrida no hospital de S. Marcos, Glória dos Anjos Ferreira, doméstica, da rua de São Vicente».

Resta saber se as senhoras citadas foram bem tratadas pelo pessoal médico a atender...

World Press Cartoon

Retirado do Womenage A Trois.

Aconselho a todos os que pousarem os olhos por aqui a não perderem o World Press Cartoon, no Olga Cadaval (Sintra) até 13 de Maio. É um espanto. Já todos conhecem os premiados, nomeadamente o grande prémio para a caricatura do urso russo Vladimir Putin a afiar as unhas. Mas há mais. Centenas de cartoons. Uns que fazem rir, outros que fazem pensar, outros que emocionam. Eis um dos meus preferidos. Do brasileiro Dálcio Machado. Chama-se "Líbano". Não precisa de palavras nem legendas, não precisa de imagens chocantes para todos percebermos onde quer chegar.
posted by Cenas Obscenas

sábado, abril 28, 2007

Revolução, ao revés



Na madrugada de 25 de Abril, pela meia-noite e pouco, deixei os meus trabalhos na Assembleia Constituinte (ainda me faltam um par de semanas) e voltei com todo o vigor académico à minha tese de Mestrado sobre eleições... no Estado Novo.


Foi, pode-se dizer, uma Revolução ao revés, passando da Constituinte ao Estado Novo...

So You Want To Be Taoiseach


Não sei se sabem, mas muito em breve irá haver eleições na Irlanda. Estima-se que estas sejam marcadas para dia 17 de Maio.
(ADENDA: as eleições foram marcadas para 24 de Maio)

Para quem se interessar sobre o tema (e os assuntos eleitorais em geral), e for adepto do West Wing, deixo esta versão irlandesa, intitulada So You Want To Be Taoiseach (Primeiro-ministro).

São três episódios, de 45 minutos cada, contendo 10 lições que nos levarão à primeira figura política irlandesa. a apresentação de Ardal O'Hanlon é sóbria e cativante.

Começamos com a inscrição num partido...



Adenda




Adenda relativa a este post, relativo à carga policial de dia 25.


Ver este texto, no República e Laicidade. A referência foi retirada do Arrastão. Como o Daniel Oliveira, também eu tenho muito pouco a ver com a manifestação em si. Por acaso passei por lá, a caminho de casa (como aqui referi) e pelo que vi tudo estava tranquilo. Deixo a informação.

Mayday


Espectáculo

sexta-feira, abril 27, 2007

A memória

Definitivamente, há coisas que são preferíveis não saber. Ontem estava a passear por Lisboa e passei pelas traseiras da minha antiga escola. Achei o jardim despido demais e parei o carro e pus-me a olhar. Está a ser destruída! Pelo menos tudo indica. O antigo Externato Maristas de Lisboa ficavam na R. Artilharia Um, entre a La Tratoria e o Pateo Bagatella. Era uma propriedade grande, cujas traseiras davam para sítios como as Amoreiras (depois destas terem sido construídas) ou para a Duarte Pacheco, para a antiga Fiat agora Novabase.

Visto pelas traseiras, o antigo lago já não existe. Agora, no seu lugar, está uma retro escavadora a terra planar a propriedade. O palácio ainda existe, onde ficavam as salas de aula desde a pré-primária até ao 9º ano (com excepção do 1º e 2º ano, que ficavam fora do palácio) mas está completamente degradado. De onde eu estava não se conseguia ver muito mais, excepto que me parecia que já estava a nascer onde era o ringue um prédio.

Ficam na memória, então, os campos de futebol (do lado esquerdo do palácio para quem estava a olhar para a entrada da secretaria) divididos por anos (o mais pequeno para pré-primária e 1ª classe, o seguinte para a 2ª e 3ª classe, e o maior, do tamanho de um campo de futebol de sete, para a 4ª classe. Imagino que o campo de futebol de onze, do lado da Duarte Pacheco, já não exista. E o ringue, esse, já desapareceu.

Nisto, gostava de saber o que vai ser feito do palácio. Tinha uma entrada imponente, e no andar de cima tinha um conjunto de frescos fantásticos. Se por fora está como está, não é fácil perceber que os frescos devem estar todos degradados. Foi um espaço que também foi meu desde a pré-primária até ao 8º ano. Agora, enquanto que o novo Externato Marista de Lisboa continua, no Alto dos Moinhos, o antigo Externato Marista de Lisboa morre, lentamente, perdido no meio dos prédios, sem que ninguém o veja a sucumbir, devido exactamente à mesma razão que faziam dele uma escola única em Lisboa – o facto de ter uma entrada pela Artilharia Um mas toda a propriedade ficar entre prédios davam-lhe uma calma e silêncio que nos fazia esquecer que estávamos em Lisboa. A sua grande qualidade é agora a sua perdição. Adeus, velho Externato. Vives, agora, somente na nossa memória

Ainda 25 de Abril

Como referido aqui, deixo alguma da informação que trenho recebido sobbre este assunto. Ainda neste tema, ver o que o Medeiros Ferreira e o Daniel Oliveira escrevem.
Este texto recebi da Raquel Freire:
Confirma-se, houve porrada. Recebi os links,aqui seguem.
(Não estive lá, quando a manif chegou ao Largo do Camões fui-me embora com o Dinis para casa, ele estava a fazer imensas perguntas sobre o que é o fascismo, o que é um acto fascista, o que é a democracia, se a liberdade é para todos, todos, todos, se os os redskins que íam à nossa frente eram dos bons porque eram reds - e o isso queria dizer, se a polícia era boa ou má, porque é que há polícia boa e polícia má, se a polícia ao pé de nossa casa é nossa amiga, porque é que estes pareciam que nos queriam bater, se algum polícia lhe ía bater, porquê, se ele podia bater-lhe também, se eu já tinha apanhado porrada da polícia, porquê e dos skins, também, porquê, o que era o povo unido, porquê que os avós eram comunistas e iam aos comícios e eu não ía, o que era o comunismo, enfim, tudo perguntas fáceis de responder a uma criança que ainda não entrou para a escola primária e que quer perceber o mundo todo. Foi um 25 de Abril inesquecível.)
Raquel Freire

Sobre as bastonadas da polícia, ontem, depois da manif antifascista
Relato recebido de uma amiga da Raquel, sobre o desenlace repressivo da manif antifascista de ontem:
Ontem a polícia de intervenção espancou muitos jovens que se manifestavam contra o fascismo.
Ontem vi uma amiga a ser espancada à minha frente e não pude fazer nada.
Ontem, dia da liberdade, fomos agredidos e ameaçados porque lutamos contra as manifestações nazis e fascistas, contra o museu do salazar e porque queremos igualdade para tod@s.
Só consegui tirar duas fotos... depois fui ameaçada de porrada e de ficarem com a minha máquina fotográfica. Refugiei-me numa loja indiana (a que vende lenços no final da rua do Carmo com o rossio) e um polícia ficou a vigiar-me para não tirar fotos enquanto via um fotógrafo a ser espancado e a ser roubado o seu equipamento fotográfico por ter tirado fotos aos jovens a serem espancados.
Depois de um anormal ter lançado o tal verylight a polícia bateu em tod@s que encontrou pelo caminho...sem justificação com uma violência brutal. A manif era de pessoas que estão contra o capitalismo e o fascismo...pessoas pacíficas que lutam pela igualdade e que levaram porrada sem nada terem feito...
Tenho amigos que tiraram fotografias, filmaram, que foram espancados e dois colegas da faculdade que foram detidos e que tiveram de receber tratamento hospitalar devido à porrada que levaram da polícia.
Ontem no dia da liberdade o chiado encheu-se de sangue e não houve um único jornalista que tivesse tido a coragem para denunciar esta violência.
Ontem ficou comprovado que a liberdade de expressão é só para alguns...para aqueles que têm dinheiro para outdoors e museus...
Uma profunda tristeza.

Reportagem sobre a carga policial de ontem sobre os manifestantes anti-fascistas:
REPORTAGEM. por Manuel Baptista
A manif correu muito bem, sem incidentes até ao Largo Camões. As pessoas no Largo Camões tiraram fotos, gritaram uns slogans e algumas dispersaram. Outras ficaram mais um pouco e organizaram-se em marcha «de regresso». Assim, começaram a descer (em sentido inverso) o Chiado, virando na Rua do Carmo, umas cinquenta pessoas, gritando slogans anti-fascistas. Eu acompanhei a manifestação «de regresso» até este ponto. Verifiquei que os carros da polícia iam retirando à medida que os manifestantes se aproximavam, os três graduados da PSP, com os seus pingalins, desciam descontraidamente a uns metros à frente da manif. Não houve problemas até meio da Rua do Carmo. Na altura em que estavam os manifestantes a alcançar as escadas por de baixo do elevador de Sta Justa (a meio da Calçada), começaram eles -manifesantes- a fazer meia volta e a correr calçada acima. Alguém os avisou que tinham sido encurralados. E assim foi.
Carrinhas com polícias de choque às largas dezenas desceram em grande velocidade o Chiado, selando o alto da rua do Carmo, enquanto outras com igual força e os referidos polícias de choque subiam a rua do Carmo. Estes últimos desceram imediatamente dos carros, ainda antes destes travarem e começaram a correr em direcção aos manifestantes, agredindo-os à bastonada enquanto estes tentavam escapar desesperadamente. Os que estavam perto, meros espectadores ou pessoas que acompanharam o cortejo de lado, ficaram também encurralados por polícias agressivos, com ameaça física a toda a gente, mas que batiam selvaticamente e sem hesitação em alguém que tivesse «aspecto» de manifestante. Vi polícias em grupos de cinco ou mais «dar caça» na baixa a manifestantes ou outras pessoas.
Uma rapariga que ia a fugir, estava diante da Pastelaria Suiça, quando foi agredida, imobilizada no chão e arrastada sob prisão a 500 metros de distância para ser encurralada nos carros celulares. O mesmo passou-se com outros (eles não fizeram nenhum gesto agressivo, a fuga era para os polícias o «motivo» para perseguirem e baterem selvaticamente nessas pessoas). As pessoas que assistiram a isto tudo têm com certeza cenas de uma brutalidade inaudita para contar (é importante testemunharem para se apurarem responsabilidades).
Eu tentei evitar que as pessoas permanececem presas, tentei falar calmamente com o graduado da PSP. Este não ficou nada impressionado com o meu pedido, inclusive disse-lhe que o que estava a fazer era profundamente incorrecto e que ao menos soltasse as pessoas, pois não tinha a mínima legitimidade para as manter presas. As pessoas que foram presas, provavelmente foram brutalizadas todas no momento da prisão, pois eu verifiquei o modo de actuar da polícia em vários casos. Contaram-me que uma jovem ficou com o braço partido, o que não me espantaria. A actuação foi deliberada. Foi uma actuação destinada a instilar medo. O que fizeram e comandaram os graduados da PSP foi obviamente premeditado. Penso que eles cometeram um atentado à liberdade de manifestação e à integridade fícia de pessoas. É uma acusação grave mas posso (pudemos) prová-la. Queriam mostrar que são eles que decidem o que é a lei, no 25 de Abril, em especial. Assim estão eles a «garantir» a segurança dos cidadãos. Os manifestantes, não estavam a cometer nenhuma infracção grave, apenas estavam a gritar palavras de ordem e mais nada. A polícia, essa, cometeu desacatos e muitos...
Fascismo NUNCA MAIS... 25 de Abril SEMPRE !!! O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO.

Esta reportagem tem comentários audio, ouçam-nos! notícia sobre os actos de vandalismo para com o cartaz do PNR

25 de Abril.

Fui, uma vez mais, ao desfile da Avenida. Este ano esteve bom (pena é que não consiga tirar as fotografias do telemóvel...). Pena é que a direita não se associe aos desfiles (porque há vários) e torna o 25 de Abril verdadeiramente DE TODOS.

Este ano desci com as Panteras Rosas. Depois do IVG, parece-me que o tema da homo/transfobia deve ser uma das minhas próximas atenções. Além disso são divertidíssimos.
Depois do Rossio, fui à antiga sede da PIDE, hoje quase condomínio de luxo, solidarizar-me com quem não quer apagar a memória. Por fim, no caminho de casa, passei no Largo de Camões, onde assisti a uma terceira manifestação. Estava, como as outras, pacíficas. Encontrei um par de amigos e fui para casa. Tranquilo. Estranho que depois tenha visto noticiado os confrontos que envolviam estas duas últimas manifestações. Parece que afinal nada se terá passado com o «Não apaguem a memória» e que só com os anarquistas / libertários terá havido alguns problemas.
Entretanto chegaram-me algumas informações, com fotografias, que passarei a divulgar.
Da minha parte, do que vi, e como disse, tudo tranquilo.

70 Anos

Fez ontem (26 de Abril) 70 anos.

Em 2007 Guernica, Dresden, Hiroxima, Londres unem-se num compromisso de paz, procurando lembrar o que de melhor tem o Homem.

Nas décadas de 30/40 do século XX, partilharam a destruição, a morte, a barbárie do massacre militar a alvos civis. Conhecemos aí a pior face do Homem, a que o mostra como um louco que perante precipício do Mal dá um passo adiante.

Podemos pensar que hoje estas fotos não se repetirão, em território «civilizado». Mas, estaremos mesmo livres de novas Guernicas? Depende onde vivemos, não é? Se formos jugoslavos, sudaneses, somalis ou tchetchenos ainda conseguiremos partilhar a visão optimista da humanidade? Tenho dúvidas, muitas dúvidas…

(obrigado Pedro pelas fotos)


A vida corre mal a Carmona.

Túnel do Marquês volta a ter obras após a inauguração.
O homem anda com azar. Vai inaugurar o túnel e na noite anterior constituem o Fontão como arguido.

Dois dias depois acorda e está ele próprio constituído arguido, no caso BragaParques.

Como se não bastasse, o túnel, a obra que vai deixar o seu dedo na câmara, depois de inaugurado, fecha durante a noite por questões de segurança, para o arranjarem.


Há vidas mais fáceis...

terça-feira, abril 24, 2007

25 de Abril, SEMPRE!

25 de Abril


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Este é um texto de que gosto muito. Produzi-o há 3 anos, para os 30 anos do 25 de Abril.
Desconfio que poucas pessoas o conheçam, por isso não é um auto-plágio muito grave. (lembrem-se que em 2004 era Durão Barroso PM, e Abril já não era Revolução mas Evolução)

Falo, Erecção, Orgasmo; ou a interpretação simbólica de uma peça cultural no panorama comemorativo do 25 de Abril…
Em tempos de reformulações filosóficas e reconstruções históricas relativas ao 25 de Abril, onde uma revolução é substituída por uma evolução, nunca a obra do Parque Eduardo VII, alusiva à “Revolução dos Cravos”, me mereceu tanta atenção e reflexão.

Falo, obviamente, do Falo do Cutileiro. Aquele que tantos ódios, amores, polémicas e dissabores despertou não só no meio intelectual e artístico deste nosso cantinho tacanho, como na maioria da sociedade portuguesa que alguma vez se deu ao trabalho de o olhar. Para mim não me interessa tanto o que se pensa da obra, não me interessa que aspectos técnicos contêm, ou mesmo as considerações frequentes à personalidade do artista; o que me interessa é o que ela para mim simboliza, o que me faz pensar e sentir, em suma o que, ao nível do conceito, me faz transportar para um imaginário infinito e livre.

E esse imaginário é o 25 de Abril. É a Pujança, o Vigor e a Vontade. É a Acção, o Facto e o Verbo. É o Possível, o Infinito e o Sonho. É Abril. Abril fecundado.

É nesse Abril que eu vivo, no qual me transporto quando busco algo intemporal; no qual reflicto quando me confronto com as normalidades anormais da contemporaneidade portuguesa; é o Abril polemista, irreverente e imaginativo. Nesse Abril vive a Revolução.

Hoje vivemos, segundo a oficialidade governamental, na Evolução. Essa “evolução” disforme, incolor e insonsa. Uma evolução que pretende representar um Portugal neutro, cinza e murcho.Num ápice, tudo o que granjeámos colectivamente em repetidas construções simbólicas, sempre pessoais e sempre possibilistas, transformou-se em obtusos gráficos, esquemas e indicadores. Acabou o sonho. Tudo é real. Não existiu. Aparece o manguito.

A mesma escultura que antes representava a historicidade lúcida de uma geração progressista e democrática apresenta-se como um grande manguito àqueles que procuram assumir a burocracia escura de gabinetes lânguidos como um factor de modernidade e contemporaneidade. Abril, antes erecto num orgasmo constante rumo ao infinito, é retratado como balizado, palpável e pornográfico.

Pois digo-vos que se enganem aqueles que procuram inculcar valores vazios e inócuos em Substantivos Colectivos. A história faz-se, é verdade, mas também se sente; e que nada nem ninguém tome para si a pretensão de se substituir ao sentimento. Esse é nosso.

E se, por disfunções ideológicas e complexos recalcados, homens hajam que nos procurem coarctar a Liberdade tão duramente conquistada, que lhe façamos um manguito, um GRANDE MANGUITO!!!

JRS

Ditadura


“ Primeiro, levaram os judeus.
Mas não falei, por não ser judeu.

Depois, perseguiram os comunistas.
Nada disse então, por não ser comunista.

Em seguida, castigaram os sindicalistas.
Decidi não falar, por não ser sindicalista.

Mais tarde, foi a vez dos católicos.
Também me calei, por ser protestante.

Então, um dia, vieram buscar-me.
Mas, por essa altura, já não restava nenhuma voz
Que, em meu nome, se fizesse ouvir.”

Martin Niemöller

segunda-feira, abril 23, 2007

Intermitentes


Tomei contacto com este projecto, e com o Bruno Cabral, quando coordenei os Tempos de Antena para a campanha do IVG para o Movimento Jovens pelo Sim e o Movimento Voto Sim. Na altura, como trabalhei de perto com profissionais das mais diversas áreas dos audiovisuais, solidarizei-me com as suas preocupações e com o trabalho desenvolvido por esta plataforma. De resto, fiquei bem impressionado com a formação profissional, técnica e também política de muitas das pessoas com quem colaborei, quer fossem realizadores, directores de fotografia, actores, argumentistas, montadores, perches, ou técnicos de toda a espécie. Temos aí muita e boa massa crítica, o que me faz acreditar que a próxima geração do audiovisual português, nas suas diversas áreas, vai ser fortíssima. Aliás, ela já está aí...

Ah, e claro que também assinei a petição (penso que como «produtor»...).

A notícia via Esquerda Net

Intermitentes do espectáculo entregam petição na AR A Plataforma dos Intermitentes das Artes do Espectáculo e do Audiovisual vai entregar hoje, 2ª feira, uma petição com 4000 assinaturas na Assembleia da República. A Plataforma será recebida por Jaime Gama, presidente da AR, a quem vão entregar a petição e um documento com as linhas orientadoras defendidas pelas associações do sector, para a elaboração do Estatuto dos Profissionais Intermitentes das Artes do Espectáculo e do Audiovisual.
Os intermitentes do espectáculo uniram-se pela primeira vez e reivindicam a criação de um regime laboral e de segurança social, que se adeque às especificidades do sector e preencha o vazio legal existente.
A Plataforma é composta pelas seguintes organizações: AIP- Associação de Imagem Portuguesa, Associação Novo Circo, ARA - Associação de Assistentes de Realização e Anotação, ATSP - Associação dos Técnicos de Som Profissional, Encontros do Actor, GDA- Gestão dos Direitos dos Artistas, Granular - Associação de Música Contemporânea, Movimento dos Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual, PLATEIA - Associação de Profissionais das Artes Cénicas, REDE - Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea, RAMPA, Sindicato dos Músicos, SINTTAV- Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual e STE - Sindicato das Artes do Espectáculo.

Darfur


Esta campanha dura entre 23 e 30 de Abril. Não descubro nada previsto para Portugal, mas se souberem de alguma coisa (ou se começarem alguma coisa, no site são feitas várias sugestões), avisem.
O texto é da FuckItAll, do Womenage a trois.
Eu não sei de nada que se vá passar... Só se houver algum spin do 25 de Abril...
Se souber, aviso...

Newsleter


IDEIAS CONCERTADAS

Educamos os nossos filhos em função do seu sexo?
Como a partilha das tarefas domésticas em casa pode contribuir para a socialização das desigualdades de género? Os pais partilham as suas emoções com as crianças de maneira diferente consoante o sexo delas? Brincam da mesma forma com um rapaz e com uma rapariga? Cristina Vieira, Professora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, vai trazer algumas respostas sobre “A Família na Socialização das Desigualdades”, na segunda sessão do ciclo “Género, Igualdade e Diferenças”, dedicado às mulheres e promovido pela Ideias Concertadas para a livraria Almedina Estádio, em Coimbra.
Ler mais...

Comemorar o 25 de Abril, mas como?
Comemorar o 25 de Abril é o objectivo de uma determinada data ou de todos os instantes? Como devemos recordar o acontecimento? Quem deve estar na origem das comemorações? No dia 26 de Abril (Quinta-feira), às 21h00, a livraria Almedina Estádio, em Coimbra, recebe Augusto José Monteiro, professor de história na escola secundária José Falcão, e Manuela Cruzeiro, investigadora do Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, para um debate sobre a melhor forma de recordar um dos marcos históricos portugueses. Ler mais...

Esquecer a dificuldade da matemática em duas horas
Matemática a brincar” na Almedina Estádio
Quem quer jogar ao “Peixe e Pássaro”? E contar todos os caminhos que podem levar a Sofia até à casa da sua avó? Como uma boa notícia nunca vem só, o “Matemática a Brincar”, que estreou em grande na semana passada, já está de volta à livraria Almedina Estádio, em Coimbra. Margarida Maurício, licenciada em matemática e Júlia Baptista, estudante na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) animam a partir das 11 horas, no dia 28 de Abril, o segundo ateliê de matemática do programa infanto-juvenil “Os Sábados de Manhã na Almedina”, com orientação científica de Carlota Simões, professora na FCTUC. Ler mais...

“O Coronel Pássaro” em migração nas Caldas da Rainha"
A digressão de “O Coronel Pássaro” faz voar a equipa do Teatro da Rainha para casa. O espectáculo irá manter-se em cena nas Caldas da Rainha durante duas semanas, num total de 9 datas (nos próximos dia 19, 20, 21 de Abril e 25, 26, 27, 28 de Abril, às 21h30. Domingo 22 e 29, às 16h00). A co-produção Teatro da Rainha, Centro Cultural de Belém, Companhia algarvia Al-masarah e Odivelcultur – Teatro da Malaposta, traz aos palcos o texto do dramaturgo búlgaro Hristo Boytchev, com encenação de Fernando Mora Ramos. Ler mais...

Ieltsin


Morreu Boris Ieltsin, o homem que dizem que trouxe a Democracia à Russia. Tinha 76 anos.

França



1º turno. finito
Venha o segundo.
Rescaldos estatisticos aqui, aqui e aqui (via Margem de Erro).
ADENDA
Mais rescaldos, agora políticos, da Boina Frigia, assinados pelo Pedro Delgado Alves.

Big Brother on Big Brother

Chinesa processa Yahoo! pela prisão do seu marido. Através da Organização Mundial pelos Direitos Humanos. É o Big Brother sobre o Big Brother. Se ela ganha, vai haver muita empresa a querer rever os seus acordos com o Estado Chinês

Demência

A demência no seu mais puro estado. Mas se o povo vota nele, é porque não ambiciona melhor. E se não ambiciona melhor, que fique com o que tem.

Al Gore?

Há segredos mais bem guardados... Basta fazer uma busca a Al Gore 2008 no Google para descobrir o segredo que o Sunday Telegraph agora descobriu.

Força Campeão!


sábado, abril 21, 2007

A visitar...

O brilho das imagens



Pintura e Escultura Medieval do Museu Nacional de Varsóvia
(séculos XII-XVI)1 de Março a 17 de Junho de 2007

Uma exposição internacional no MNAA

Reunindo grandes retábulos de altar, pinturas, relevos e esculturas polícromas em madeira ou preciosas peças devocionais, esta exposição apresenta um fascinante e significativo conjunto de obras pertencentes à colecção de arte medieval do Museu Nacional de Varsóvia.
Eu já fui e achei interessante. Caso goste deste tipo de Arte, sacra e antiga, vale a pena a visita.

sexta-feira, abril 20, 2007

America


Chuck Assay_19_Abril

França

Última sondagem útil.
A acompanhar nas Margens de Erro (Portugal) e na Margem de Erro (Brasil).
Não me parece que haverá surpresa.
Sego-Sarko à segunda. E aí voltamos a falar...

LIVROS DE HISTÓRIA EM DIÁLOGO


Convidam-se todos os interessados a assistir às “Conversas da Biblioteca”

LIVROS DE HISTÓRIA EM DIÁLOGO

Dia 30 de Abril, 16 Horas

Livro: Rebeldes e insubmissos: resistências populares ao Liberalismo (1834-1844), de Maria de Fátima Sá e Melo Ferreira
Conversa com: António Monteiro Cardoso

Livro: Os militares na revolução de Abril: o Conselho da Revolução e a transição para a democracia em Portugal (1974-1976), de Maria Inácia Rezola
Conversa com: António Costa Pinto


e a visitar a Exposição Bibliográfica

REVOLTAS E REVOLUÇÕES NO PORTUGAL CONTEMPORÂNEO
(de 16 a 30 de Abril)

Organização:
Biblioteca do ISCTE
Departamento de História
Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa

CENTRO DE ESTUDOS DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA PORTUGUESA
Ed. ISCTE – Avenida das Forças Armadas 1649-026 Lisboa
Tel: 21 790 30 94 Fax: 21 790 30 14 E-mail: cehcp@iscte.pt

Apresentação...


... destes Ladrões de Bicicletas. Parece-me que ou são já apanhados, ou vieram para ficar.

Por mim cá os espero...

Para abrir, deixo o texto do Pedro Nuno Santos sobre a recente polémica entre o Ricardo Araujo Pereira, o PCP, a JS e o 25 de Abril.
(Pedro e Zé Guilherme, aquele abraço, e bem vindos)

Jornalismo


Ontem comprei o 24 Horas e o Diario de Notícias.

O 24 Horas para tomar contacto com o jornalismo miserável que coloca em primeira página «os 19 erros de inglês de Sócrates», em exame na Universidade. E, como alto exemplo do melhor jornalismo português de inicios de 2000, ainda nos presenteiam com uma avaliação de um professor de inglês do 12º ano. Do melhor.

O DN comprei para ver como andava o mais recente exemplo de projecto jornalistico.

Quase não vi deferença entre ambos...

Ah, e gostei do pluralismo opinativo do novo DN: Pedro Lomba (que agora assume, sozinho, coluna) e Maria José Nogueira Pinto.

quinta-feira, abril 19, 2007

Convite


Lisboa informada


IndieLisboa Life in Loops
Há datas que nos relembram como o tempo corre. O Indie é uma delas. Ainda ontem estávamos refastelados a ver catadupas de filmes e agora eis que chega mais uma edição com 223 filmes de vários géneros e origens geográficas que em comum têm as raízes independentes. A abrir em grande a quarta edição deste festival, o filme "Life in Loops", que cruza cinema e música. "Life in Loops" baseia-se num remix visual do filme “Megacities” de Michael Glawogger, musicado ao vivo pelos austríacos Sofa Surfers. Durante 10 dias o ritmo é frenético: Competição, o Observatório para obras de cineastas contemporâneos, o Laboratório, exploração novos territórios no cinema, a secção de homenagem Herói Independente e o IndieJúnior. Vemo-nos por lá! /Catarina Medina
ONDE
Cinema São Jorge Av. LiberdadeTel.21 315 83 99
QUANDO
filme de abertura dia 19 às 21h30 (passa tb dia 26 às 19h15)
QUANTO
3,5€ voucher conjunto de 20 bilhetes: 54 €
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Festa 1º Aniversário do Casino Lisboa
O aniversariante é ainda um bebé, mas o presente é mais que merecido. Vem bem embrulhado, entre folhos e fitas coloridas. Lá dentro, um presente (The Gift) que conta já com treze anos de vida preenchidos de muita criatividade e profissionalismo. Sónia Tavares, Nuno Gonçalves, John Gonçalves e Miguel Ribeiro brindam ao 1º aniversário deste espaço com uma apresentação ao vivo do último trabalho editado o ano passado “Fácil de Entender”. Mas parece-me que vocês não espreitaram bem para o embrulho….vejam lá bem…ainda há lá mais qualquer coisa….Richard Dorfmeister , músico, produtor e dj austríaco que promete uma imperdível viagem cósmica pelo break beat, house, dub e drum'n’ bass. /Catarina Ferreira
ONDE
Arena Lounge – Casino de Lisboa
QUANDO
dia 19 a partir das 23h30
QUANTO
Entrada Livre
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Concerto Jay-Jay Johanson
“The Long Term Physical Effects are Not Yet Known” é o título do sexto álbum de originais do sueco Jay-Jay Johanson, mas podia muito bem ser aplicado à música que produz. Quem o escuta, não consegue evitar ficar hipnotizado pela sua voz encorpada, grave e por vezes ternurenta. Este álbum que vem apresentar é, segundo muitos, o seu álbum mais equilibrado e forte, misturando Jazz, Electrónica, o poder das instrumentalizações, das palavras e de uma das vozes masculinas mais carismáticas da música actual. Deixem-se embalar pela voz melódica deste escandinavo. /Catarina Ferreira
ONDE
Frágil Rua da Atalaia, 126Tel. 21 346 9578
QUANDO
dia 19 a partir das 23h
QUANTO
N/D
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Cinema Dead Man
Uma das mais belas e poderosas viagens físicas e espirituais na história do cinema. Em todos os poros a poesia que ainda reside na fotografia a preto e branco ao lado da poesia visionária de William Blake. Por todo o lado a música minimalista de Neil Young. Num ritmo lento, quase hipnótico, assiste-se a uma meditação sobre a vida e a morte. Johnny Depp é perfeito na sua viagem de auto-conhecimento nesta simbólica e misteriosa espécie de western. A morte é a única certeza da vida e no entanto o seu maior mistério./ Carlos Ramos
ONDE
Sala Luís de Pina Cinemateca Rua Barata Salgueiro,39
QUANDO
dia 20 às 22h
QUANTO
2,5€
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Happening Free Hugs
Libertem os abraços. Libertem os abraçados e os que abraçam! Libertem a cabeça. Free Hugs para toda a gente! O Chiado vai ser alvo de uma carinhosa manifestação – a luta a favor dos abraços grátis e da libertação de uma forma de transmissão de energia, tão simples, tão eficaz e tão esquecida. Este movimento anda a mostrar um pouco por todas as capitais do Mundo que dar um abraço não tem mal nenhum, não cheira mal, não dá direito a multa e que até faz falta e sabe bem. Entreguem-se a um abraço. Sintam os verdadeiros valores da vida. É indolor, não paga taxas nem impostos e faz tanta gente feliz. Venham abraçar connosco! /Célia F. ONDE
Chiado
QUANDO
dia 21 às 15h
QUANTO
Grátis e indolor
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Happening Cantar a Liberdade
"Livre não sou, que nem a própria vida mo consente / Mas a minha aguerrida / teimosia / É quebrar dia a dia / um grilhão da corrente.” Disse Miguel Torga muito bem. Embora não livres por completo, há que continuar a libertar. A derrubar as opressões. A relembrar. Lutar pelo que se acredita. Tudo ao molho e fé no futuro que ainda aqui vamos. Amotinem-se no Príncipe Real e acordem as músicas e poemas de vozes que marcaram a revolução. Vamos ouvir Ary dos Santos, José Fanha, Sophia de Mello Breyner, Manuel Alegre, Alexandre O’Neill, Zeca Afonso, Sérgio Godinho (entre outros), através dos actores Filipe Petronilho e Sara Belo, e pela guitarra de Miguel Barrosa...Está um belo dia para cantar a liberdade, não acham? /Freeak
ONDE
Patriacal – Príncipe Real
QUANDO
dia 24 às 22h
QUANTO
Participação livre
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Workshop Cocktails
Shaken, not stirred. É a tua oportunidade de aprender a fazer cocktails - daqueles de beber e chorar por mais - pela mão de um grande mestre. Não fiques já a pensar que se trata duma coisa chata. O mestre é o simpático Dave, do Cinco Lounge, e os cursos que propõe não têm nada de aborrecido. Aqui vão as instruções: Arranja um grupo de 5 a 8 amigos. Liga ao Dave e combinem uma data. Vai ter ao Cinco Lounge à hora combinada. Vê e aprende a fazer 7 cocktails ao estilo da casa. Põe-te atrás do balcão e experimenta o que aprendeste. Bebe os cocktails que fizeste. Leva um guia para casa e pratica. Convida uns amigos e oferece uma Cocktail Party no teu próprio lounge. (Há também uns sushis especiais a acontecer, mas isso já é outra história. Queres saber mais? Pergunta ao Dave!)/Jane
ONDE
Cinco Lounge Rua RubenA.Leitão 17A (Príncipe Real)Marcações e perguntas: 91 466 824
QUANDO
a combinar
QUANTO
N/D
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Happening Há Revolta no Cais
Viva a Liberdade! Viva a revolução! Viva o Verão e os momentos de loucura pelas ruas da cidade! Com muita criatividade, o Cais do Sodré brinda ao 25 de Abril em grande estilo . MusicBox, Europa e Casa Conveniente vão ser invadidos por bandas, DJ’s, VJ’s e produções várias. E há para todos os gostos: hip-hop, reggae, dub, electrónica, drum&Bass e muitos convidados especiais: Chullage, The Vicious Five, Nigga Poison, Cartell 70, Nel Assassin, Tiago Santos, N’Sekt, Couple Coffee, Kumpania Algazarra, Badlovers & Hysteria Iberika, entre muitos outros! As cartas estão na mesa e partilhamos um segredo...vai haver live acts experimentais não anunciados. Este fim de semana a casa vai abaixo! Com a nossa ajuda, claro./;)RKL
ONDE
Music Box Europa Casa Conveniente e ao redor do Cais Sodré
QUANDO
dia 24 às 22h
QUANTO
10€ antes12€ lá 1 bilhete 2 bebidas 3 palcos
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Workshop Super 8
Com tanto blablabla sobre cinema esta semana, ficaste com vontade de meter mãos à obra e fazer os teus próprios filmes? Ideias não faltam, vontade também não? Falta o know how? Então não seja por isso. De 23 de Abril a 4 de Maio, podes aprender. Em horário pós laboral e com grande estilo. Com o mestre Laurent Simões e com a Super 8 que tens lá em casa guardada na gaveta há 10 anos. Desencanta-a e inscreve-te. Ensinam-te tudo o que precisas, desde o conhecimento da câmara até à execução, montagem, pós produção e visualização do filme. E para o ano, que tal concorreres tu ao Indie Lisboa? /Jane Lumiére
ONDE
Escola António Arroio Rua Coronel Ferreira do AmaralInscrições 919829484
QUANDO
de 23 de Abril a 9 de Maio das 18h às 21h
QUANTO
Duração: 30h 125€

Divulgação

O Centro de História Contemporânea e Relaçoes Internacionais (CHRIS), em colaboraçao com a RTP N, o Jornal de Notícias e o Clube Via Norte, promove a conferencia-debate "Portugal-Estados Unidos", no Hotel Sheraton do Porto, a 22 de Maio, pelas 13 horas.

Este almoço é o primeiro de um ciclo de conferencias-debate realizado pelo CHRIS sobre assuntos internacionais, sendo orador Sua Excelencia o Embaixador dos Estados Unidos da América, ALFRED HOFFMAN, que falará em língua inglesa sobre as relaçoes bilaterais.

Apresentará o orador JOSÉ FREIRE ANTUNES, historador, autor da série de seis livros "Os Americanos e Portugal 1941-1976", deputado a Assembleia da República e membro do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Estados Unidos.

O debate subsequente será moderado por ANTÓNIO TAVARES, gestor, presidente do Clube Via Norte, que reune várias dezenas de associados, e director-geral do TECMAIA-Parque de Ciencia e Tecnologia da Maia.

Equipa coordenadora: Christelle Rodrigues, Nádia Novais, Gisela Wooding, Maria Joao Lopes
Para mais informaçoes 213 620 576 ou chris1@mail.telepac.pt

Divulgação


O CIES - Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE, em colaboração com o Departamento de Sociologia do ISCTE, Têm a honra de convidar V. Exa. a estar presente na conferência proferida pelo Professor Doutor Yves Mény, Presidente do Instituto Universitário Europeu de Florença, Sexta-feira 20 de Abril, pelas 19h00

“Europe and the challenge of a non-State democracy”

Digna-se estar presente, o Exmo. Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Dr. Manuel Lobo Antunes

Coordenadores: Luís de Sousa & Catherine Moury
Apoios: FCT, British Council e Fundação Calouste Gulbenkian

Auditório Afonso de Barros (Ala Autónoma) – ISCTE
Avenida das Forças Armadas, 1649-026 Lisboa
R.S.S.F. (até ao dia 19 de Abril) 217 903 077 / 217 941 404 • e-mail: ana.ferreira@iscte.pt

Fórum Europa 2007 Cartaz
Fórum Europa 2007 Folheto

quarta-feira, abril 18, 2007

Derrota


Já que estamos no assunto, é com muita satisfação que vejo que os projectos polacos não vingaram. É um primeiro passo. Falta o segundo, e o terceiro, e o quarto...

Demorou 30 anos de democracia em Portugal para atingirmos os nossos objectivos. Esperemos que na Polónia não chegue a tanto... (tenho as minhas dúvidas). Fica a notícia:

Derrota
A direita ultracatólica no poder na Polónia não conseguiu a maioria parlamentar necessária para rever a Constituição de modo a estabelecer a proibição absoluta do aborto. A actual legislação já só admite o aborto no caso de violação, de perigo para a vida ou saúde da grávida ou de malformação do feto. É contra essa limitada "abertura" que a actual maioria governamental polaca se mobiliza.
[Publicado por Vital Moreira in Causa Nossa, 16 de Abril de 2007]

Já está.


Lei n.º 16/2007, de 17 de Abril

Exclusão da ilicitude nos casos de interrupção voluntário da gravidez
Artigo 1.ºO artigo 142.º do Código Penal, com redacção que lhe foi introduzido pelo Decreto-Lei n.º 48/95, de 15 de março, e pelo Lei n.º 90/97, de 30 de Julho, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 142.º
1- Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando:
a)......................................
b)......................................
c)Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer , de forma incurável, de grave doença ou malformação congénita, e for realizada nas primeiras 24 semanas de gravidez, excepcionando-se as situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo;
d) .....................................
e) For realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas de gravidez.
(obrigado Marta pela referência legal)

Divulgação


Conversas com a História em ABRIL
«Revolução e Democracia»
Dia 19 Com António Reis e Jorge Martins
Dia 20 Com António Louçã e Sónia Almeida
Sempre às 18h30 Espaço Café –FNAC Chiado
E dia 24 de Abril, às 18h, no Quartel do Carmo, a Maria Inácia Rezola vai lançar o livro , o meu livro «25 de Abril – Mitos de uma Revolução». Só pelo sitio merece a visita. Pelo talento da Inácia, merece a compra.
A este vou mesmo!

terça-feira, abril 17, 2007

Boa televisão

O Documentário do António Barreto está bem melhor, não está? É verdade que a música do Rodrigo Leão também ajuda, mas está bem mais dinâmico, ligado e sólido. Julgo que evoluiu de uma forma muito interessante. Hoje, já não o perco.
Ainda se vai fazendo boa televisão em Portugal. E como se vê, não é assim tão dificil.

Ser feliz...

Ser Feliz, não é viver a vida perfeita, é viver perfeitamente uma vida que é bem diferente daquela que as revistas cor-de-rosa apregoam... É vivermos de impulsos e deixarmos o preconceito de lado. É aprendermos a olhar, sermos cativados pelo que vemos, aceitarmos a diferença, não colocarmos restrições à nossa liberdade... É aprendermos a amar as coisas simples. Aquelas que de tão perfeitas que são, não necessitam de "engodos" para serem atraentes. É amarmos não a pessoa perfeita, mas sim a pessoa imperfeita. É sermos solidários... Não só com aqueles que "anunciam" viver fora das regras de sociedade, mendigos, tóxico-dependentes, no fundo os desalinhados do sistema, é também com aqueles que todos os dias partilham rotinas semelhantes ás nossas que de tão iguais, causam inveja, tormento... No transito, com os colegas de trabalho, com os nossos... No fim de tudo isto que escrevi, surge-me uma só palavra... Respeito...

Usa-se por aí muito a falta desta palavra.
Lembrei disto por ontem estar a ver o programa da Fátima Campos Ferreira, Prós e Contras, onde se discutiu o descrédito da Independente e a inerente duvida causada pelo diploma de José Sócrates, entre outras coisas tais como, se o ensino superior privado em Portugal funciona, quem o fiscaliza, se os cursos valem alguma coisa no mercado trabalho e por ai adiante…

O que pretendo referir não é discussão em si, até porque para isso estavam os representantes das universidades, publicas e privadas. Foi o provincianismo demonstrado pelos respectivos e digníssimos convidados. Demonstrando sem duvida alguma que se caiu no ridículo de “A MINHA TERRA É BEM MELHOR QUE A TUA”, evocando diversas vezes a preocupação pelos alunos, pelo bem-estar do futuro de Portugal, afirmando também que a Educação é uma prioridade. Nunca lhes senti solidariedade no que diziam. Nunca os senti querer discutir a raiz das divergências, sempre na defesa do seu próprio interesse, porque aí sim ficariam bem vistos…

Houve alguém entre os convidados, o que honestamente não me recordo do nome, mas que ousou refirir-se a Pportugal num discurso que passou para além das pessoas, dos professores, dos próprios alunos… Comentou que somos um país de potenciadores de suicídio… Somos medíocres… Prefirmos apontar o que o outro fez mal do que perceber o que erramos e daí retirarmos ilações e consequentemente EVOLUIRMOS…

Concordo...

Daí o respeito…

CML deve a centenas de fornecedores




CML deve a centenas de fornecedores
Os funcionários da Câmara Municipal de Lisboa (CML) têm andado a telefonar em demasia. O “24 Horas” teve acesso ao relatório e contas da CML, que vão ser discutidos amanhã, e fez as contas: a 31 de Dezembro de 2006 o valor total e acumulado das dívidas da autarquia a empresas de telecomunicações ultrapassava os 2,6 milhões de contos (13 milhões de euros). Tudo dívidas a curto prazo.

De acordo com o saldo de fornecedores da CML, até 31 de Dezembro de 2006 a CML devia à Vodafone cerca de 1,7 milhões, enquanto a factura relativa à TMN chegava aos 816 mil euros. A Optimus tinha a haver 8500 euros e a Novis podia dar-se por satisfeita, já que da CML só ainda não tinha recebido 49,92 euros, cerca de 10 contos.

As empresas do grupo PT é que apresentavam a factura mais alta: a Portugal Telecom estava sem receber, a 31 de Dezembro de 2006, 181 mil euros e a PT Com ainda não tinha recebido 6741 euros. Mais razão de queixa tinham a PT Comunicações – cuja dívida ascende a 2,9 milhões de euros – e a PT Prime – que ainda não tinha visto a cor a 8,2 milhões. Ou seja, no total estavam por pagar mais de 13 milhões de euros (2,6 milhões de contos) a empresas de telecomunicações.

(…)

Já entre as empresas de construção, a mais afectada com as dívidas camarárias era a Sociedade Imobiliária SolReis (10,7 milhões). Mas não estava sozinha: a Mota Engil seguia-a de perto com 10,5 milhões, e a Construtora do Tâmega com 5,5 milhões. A Teixeira Duarte (3,7 milhões), a Alves Ribeiro (3,65) e Construtora San José (2,5) ficam longe do topo do pódio das empresas com pagamento adiado…

Fora do circuito da construção, mas igualmente a “a arder” a 31 de Dezembro de 2006, estavam a EDP, a quem a CML devia 9,4 milhões de euros, a ValorSul (6,4 milhões), a Securitas (4,1 milhões), a EPAL (3,7), a EPUL (3,2), a Petrogal (3,17) e a Plantiagro com 2,5 milhões de euros.

Só aos fornecedores, a CML devia 376 milhões de euros, sendo que destes, 200 milhões eram dívidas a médio e longo prazo: à Sociedade Parque Expo estavam por pagar 146 milhões e 52 milhões à Simtejo. Aliás, o assumir destas duas dívidas, garantiu o vereador Amaral Lopes na passada quarta-feira, é que levou ao aumento em 61 milhões de euros.

João Bénard Garcia “24 Horas” (15.04.2007)


Bora aí inaugurar o tunel...

França



Sarko + Sego.










Bayrou + Le Pen






Retirado, claro, do Pedro Magalhães. Para ver melhor, clique na imagem.
Ler também Pedro Magalhães França in Margem de Erro de 16 de Abril 2007.

segunda-feira, abril 16, 2007

Publicidade

A utilização do espaço público, com imaginação e criatividade, mesmo que efémera, pode ser muito eficaz, em termos de comunicação, importante, em termos de mensagem, rentável, em termos de exposição do produto, e válida, do ponto de vista político.
Um óptimo exemplo de conjugação destes quatro pontos.

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Todos os dias comia fora...

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