quarta-feira, abril 04, 2007

Migrações


Na realidade já sabia que Lisboa acolheria o 36.º Congresso da Federação das Ligas de Direitos Humanos (FIDH), lá para meios do ano. Afinal, vai ser nos finais de Abril.

Ainda bem que navego por blogues bem informados, destacando o Tugir (do meu amigo Luís Tito), que se informou e bem com o (também meu caro) José Leitão.

Queria ainda destacar o trabalho na área desenvolvido pelo antigo Alto-comissário para as Minorias Étnicas, não só na preparação deste importante evento como também na política em geral.

Relembro que o José Leitão foi o segundo Secretário-Geral da JS, sucedendo a Arons de Carvalho ainda nos anos idos anos 70 (seria substituído por Margarida Marques), estando envolvido na política activa pelo menos desde os tempos da JUC (Juventude Universitária Católica), órgão de enquedramento estudantil/juvenil do Estado Novo (como a JAC, a JEC, a JIC e a JOC) que albergou personalidades como Maria de Lurdes Pintassilgo, Manuel Maria Carrilho, António Guterres, Vítor Constâncio, etc.

Mais tarde desenvolveu trabalho como parlamentar e dirigente destacado do Partido Socialista, com especial atenção às áreas das minorias étnicas e migrações. Hoje acumula a advocacia com uma destacada carreira académica e uma activa participação cívica. Exemplo desta é o trabalho que vem desenvolvendo na CIVITAS, onde assume a vice-presidencia da organização.


Bom, mas este post não tinha a intenção de se centrar na figura do José Leitão, mas na organização do 36.º Congresso da Federação das Ligas de Direitos Humanos (FIDH), de que a CIVITAS é a parceira portuguesa.
Exponho o disposto no Inclusão e Cidadania, o blogue do (adivinharam) José Leitão, que lança a iniciativa por si patrocinada:
Em Abril, Lisboa vai ser a capital mundial dos direitos humanos com a realização do 36.º Congresso da Federação das Ligas de Direitos Humanos (FIDH), que em Portugal é representada pela CIVITAS, - Associação para a defesa e promoção dos direitos dos cidadãos. Durante o Congresso realizar-se-á o Fórum: ”Migrações e Direitos Humanos”, cujo programa podem encontrar aqui e que reunirá mais de trezentos peritos internacionais, entre os quais se contará a iraniana Shirin Ebadi, Prémio Nobel da Paz.

A realização deste Congresso foi a oportunidade escolhida, como explicou Driss El Yazami, para debater de forma «calma, serena e informada o fenómeno global das migrações». Sublinhou a propósito cinco pontos: apesar do aumento do número de imigrantes estes não ultrapassam 3% da população mundial; as migrações revelam as fracturas do mundo, já que são estimuladas pelo défice de desenvolvimento de muitos países, pelo défice demográfico de outros e pelo défice de democracia que se verifica noutros; sublinhou o papel crescente das mulheres nas migrações internacionais, as quais são já a maioria nas migrações que se dirigem aos países desenvolvidos; a importância das remessas de imigrantes que têm um valor três vezes superior à da ajuda pública ao desenvolvimento; a mundialização das migrações, as quais não são apenas sul/norte, mas também sul/sul.

Escusado será dizer que este é, sem dúvida, um dos temas do Milénio. A não perderem.

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