Vão-me desculpar o atrevimento, mas Luís Campos e Cunha não sabia ao que ia? Quando aceitou o convite para Ministro das Finanças, não sabia que tinha a “cabeça a prémio” desde o primeiro momento? (curiosamente até acabou por ser antes da tomada de posse, com as suas declarações sobre o inevitável aumento de impostos). O cargo que assumiu, no estado em que o País se encontra, tem quase tanta proeminência como o de Primeiro Ministro, e isto funciona mais para o mal do que para o bem, a avaliar pelas manchetes da nossa comunicação social.
Sabendo de antemão as dificuldades que se lhe iriam deparar, com a crítica sempre atenta a qualquer deslize, ninguém acredita que as razões subitamente invocadas para bater com a porta são a única razão para a sua decisão. A sua indisposição com as críticas que foi sofrendo ao longo do seu curto mandato, onde se realça a sua reforma de nomeada, o erro no Orçamento Rectificativo, a não concordância relativamente à aplicação do Investimento Público nos projectos anunciados (Ota, TGV, etc.), é o que fica na retina.
A tão apregoada “falta de jeito” para a política também não surte efeito. É certo que ser Ministro das Finanças não é o mesmo que ser o responsável máximo por uma Universidade, mas alguém acredita que o papel de um Vice-Governador do Banco de Portugal é apenas técnico? Além disso, há coisas que não necessitam de experiência política para ser entendido o seu alcance. O senso comum é mais que suficiente para qualquer um entender que uma demissão num Executivo após meros 4 meses de trabalho é uma enorme pedrada no charco.
A confiança dentro de um Governo é mutua, não apenas do Primeiro Ministro para o seu staff , e se houve divergências no seu seio, são para ser resolvidos a nível interno. As criticas publicas que efectuou são totalmente diferentes das de Freitas de Amaral, por exemplo. São reveladoras de mal estar com o rumo escolhido pelo restante Executivo, enquanto que as do MNE são sugestões de procedimentos que podem ser úteis no futuro. É óbvio que a teoria que vai vingar é a de que Sócrates o demitiu, mas neste caso, e não querendo fazer de testemunha de defesa do PM, não creio que lhe possam ser imputadas as maiores responsabilidades.
Perde-se uma pessoa com excepcionais qualidades técnicas, ganha-se outra de reconhecidos méritos e anterior experiência governativa, mantém-se a política para as Finanças Públicas. Ficará Portugal também a ganhar?
Sabendo de antemão as dificuldades que se lhe iriam deparar, com a crítica sempre atenta a qualquer deslize, ninguém acredita que as razões subitamente invocadas para bater com a porta são a única razão para a sua decisão. A sua indisposição com as críticas que foi sofrendo ao longo do seu curto mandato, onde se realça a sua reforma de nomeada, o erro no Orçamento Rectificativo, a não concordância relativamente à aplicação do Investimento Público nos projectos anunciados (Ota, TGV, etc.), é o que fica na retina.
A tão apregoada “falta de jeito” para a política também não surte efeito. É certo que ser Ministro das Finanças não é o mesmo que ser o responsável máximo por uma Universidade, mas alguém acredita que o papel de um Vice-Governador do Banco de Portugal é apenas técnico? Além disso, há coisas que não necessitam de experiência política para ser entendido o seu alcance. O senso comum é mais que suficiente para qualquer um entender que uma demissão num Executivo após meros 4 meses de trabalho é uma enorme pedrada no charco.
A confiança dentro de um Governo é mutua, não apenas do Primeiro Ministro para o seu staff , e se houve divergências no seu seio, são para ser resolvidos a nível interno. As criticas publicas que efectuou são totalmente diferentes das de Freitas de Amaral, por exemplo. São reveladoras de mal estar com o rumo escolhido pelo restante Executivo, enquanto que as do MNE são sugestões de procedimentos que podem ser úteis no futuro. É óbvio que a teoria que vai vingar é a de que Sócrates o demitiu, mas neste caso, e não querendo fazer de testemunha de defesa do PM, não creio que lhe possam ser imputadas as maiores responsabilidades.
Perde-se uma pessoa com excepcionais qualidades técnicas, ganha-se outra de reconhecidos méritos e anterior experiência governativa, mantém-se a política para as Finanças Públicas. Ficará Portugal também a ganhar?
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