terça-feira, julho 19, 2005

Confusão portuguesa

Armazenado pelo eficiente estado de graça, o povo português foi seguindo… seguiu! Mas não inovou, não se preparou, não construiu sapatas, só pilares… Agora estão na eminência da queda.

Sempre que coloco uma questão sobre esta matéria, as pessoas, algumas mais lúcidas no seu trato respondem-me, absentismo, laxismo! Ora bolas, ou eu não tenho suficiente inteligência para perceber o que me querem dizer, ou também elas acabaram no inevitável sentindo do “pede subsidio” para tudo e quaisquer evento. Ninguém se preocupou em estabelecer prioridades, nem estratégia! Estamos a tentar faze-lo 20 anos depois…

Alguns dizem que os culpados são os políticos, outros dizem ser da responsabilidade dos patrões das empresas privadas, e ainda existe o papão do estado…

Cercamo-nos de “espertos” e afastamos os estrategas, os pensadores, sempre andámos e andamos atrás do que os outros desenvolvem! Os bons produtos que criamos entregamos de mão beijada ao estrangeiro.

Vivemos com uma falsa moral, somos cidadãos embora sem saber muito bem o que é o civismo ou cidadania, não respeitamos a ideia do outro por esta ser a melhor, é porque a mesma pertence ao nosso lobie, e então aí já concordamos com ela. Parece-me a mim, desculpem se estou enganado, espero que sim…

Admitindo que a classe politica teve um período em que não era confrontada pelas atitudes que praticava, ou pela inerente responsabilidade do respectivo cargo, não lhes pertence só a eles toda esta confusão de que todos se lamentam. Os próprios sindicatos de trabalhadores, no meu ponto de vista, não souberam evoluir na defesa das questões dos trabalhadores, não todos é óbvio, mas uma parte não soube pressionar o patronato.

Todos criticam, todos opinam, mas quando se trata de executar ou o investimento é muito arriscado, ou existem muitos processos burocráticos que impedem a celeridade da ideia.

Estamos mal á tanto tempo e não há ninguém que consiga implementar ou criar um movimento que faça os portugueses, sejam eles trabalhadores ou patrões, estado ou privado, acreditar em algo, como sucede com as campanhas de solidariedade ou de futebol.

Nós não sabemos ser cidadãos… E mais preocupante é não ver ninguém preocupado com isso…

Parece-me a mim!

1 comentário:

Ant.º das Neves Castanho disse...

E com muita razão...

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