O PSD vai levar à Assembleia da Republica a revisão do sistema eleitoral. Propõe a passagem a um sistema misto, parecido com o sistema alemão. Alguém me explica qual a vantagem. Isaltino e Valentim, a vossa opinião eu já imagino... O PSD vai levar à Assembleia da Republica a revisão do sistema eleitoral. Propõe a passagem a um sistema misto, parecido com o sistema alemão. Alguém me explica qual a vantagem. Isaltino e Valentim, a vossa opinião eu já imagino...
2 comentários:
Claro que é preciso corrigir o sistema eleitoral. Mas no sentido oposto ao que o PSD propõe. Porque actualmente não há correspondência entre a percentagem de votos e a percentagem de deputados, o que para mim é um grave DÉFICE DE DEMOCRACIA!
Com a actual divisão do universo eleitoral em círculos distritais - inútil e injustificada -, o que se consegue é favorecer largamente os Partidos grandes e prejudicar os pequenos. Com que direito?
Com a revisão do PSD, aumenta-se ainda mais a DISTORÇÃO dos resultados, ao ponto de ser quase impossível aos pequenos Partidos eleger deputados (sobretudo se o seu número ainda por cima for reduzido!)!
É um atentado à Democracia! Com a conivência hipócrita de um Partido que se diz democrático como o P. S.!!
Se a distribuição de Deputados não for o mais possível semelhante à distribuição de votos (de acordo com o método de Hondt, ou outro melhor que se venha a inventar), o mínimo que se pode dizer é que HÁ BATOTA e isso só vai contribuir para aumentar o DESCRÉDITO DOS CIDADÃOS no sistema e na classe política (com vantagens para quem?).
Para evitar este absurdo monstruoso, a única solução é deixarmo-nos de brincar e extinguir os círculos eleitorais. Criar UM CÍRCULO ÚNICO NACIONAL, onde se revejam TODOS os eleitores do País e que permita MINIMIZAR AS DISTORÇÕES e, assim, APERFEIÇOAR A REPRESENTATIVIDADE da Assembleia da República. Com 230 ou 180 Deputados!
E já agora, esta ideia dos círculos uni-nominais é das coisas mais perversas que se podem imaginar! Então os Deputados vão passar a ser Caciques Locais? Representantes de lóbis? Para quê os Partidos, então?
Acordem, meus amigos. Estão a querer embalar-nos com uma musiquinha muito suavezinha...
Círculo único nacional, com listas partidárias sufragadas por todo o universo eleitoral (como na eleição para P. R.), é a solução óbvia para o problema actual: quem votar no Camarada Jerónimo em Portalegre, ou Faro, por exemplo, deita o seu voto para o lixo; quem votar Ribeiro e Castro em Viana do Castelo, ou Bragança, idem, quem votar Louçã em qualquer Distrito que não Lisboa e Porto a mesma coisa. Consultem os resultados eleitorais, Distrito a Distrito, e verifiquem o escândalo.
E ninguém se revolta? Vamos mudar o sistema eleitoral PARA PIOR?!!
Desculpem o estilo, algo precipitado, que é motivado pela pressa momentânea...
Mas vale a pena contabilizar os MILHARES DE VOTOS INÚTEIS (a maior parte dos quais absolutamente inocentes e inconscientes, de pessoas que, sem o saberem, NÃO CONTAM nas Eleições para a A. R.) que se poderiam evitar com o círculo único nacional (com o qual, todos os eleitores passariam a VALER O MESMO qualquer que fosse a sua opção eleitoral, o que actualmente só acontece nos círculos de Lisboa e Porto!). São dezenas de milhar!!
Só isso explica que um Partido como, por exemplo, o PP, que teve cerca de oito por cento de votos, não tenha pelo menos quinze Deputados! E o mesmo é válido para a CDU e o BE, que estão prejudicados em milhares de votos, enquanto o PSD e o PS têm maior percentagem de Deputados do que de votos. Sem qualquer justificação!
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