Fernando Pinto diz que modelo de privatização da TAP deve garantir controlo do Estado
Se é esse o objectivo, então para quê privatizar?
Enfim...
And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
Fernando Pinto diz que modelo de privatização da TAP deve garantir controlo do Estado
Se é esse o objectivo, então para quê privatizar?
Enfim...
A agência de notação financeira colocou hoje o "rating" de Portugal em "vigilância com implicações negativas", alertando assim que pode vir a descer a classificação da dívida da República Portuguesa
Na nota onde ameaça descer o “rating”, a S&P diz que a economia portuguesa vai “pelo menos” registar uma contracção de 2% no próximo ano.
ADENDA - João Correia, ex-secretário de Estado da Justiça, acaba de dizer à SIC que a sua demissão se deveu à falta de solidariedade do Ministro Alberto Martins em relação a notícias caluniosas que vieram a público.
(não sei o que ele se está a referir, mas não mencionou isto como motivo da sua saída, quando se demitiu há uma semana).
Demissão em bloco na Direcção-geral da Administração da Justiça
Esta direcção cai uma semana depois da demissão do ex-secretário Estado da Justiça, João Correia.
Cada vez mais o fim do Euro aproxima-se, se nada for feito.
Tem de haver um perdão de dívida aos países periféricos. A Irlanda não vai aguentar taxas de juro de 5,8% para empréstimos de "amigos".
Com amigos destes, não é preciso inimigos.
Se o endividamento sobe a um ritmo superior ao crescimento do PIB, o país nunca será viável em termos financeiros. Isto é uma conclusão óbvia.
Os bailouts estão assim condenados a falhar.
A Grécia e a Irlanda receberam o beijo da morte. Seremos nós os próximos?
Torna-se cada vez mais incompreensível que um governo, que se chama a si próprio de esquerda, esteja a sacrificar os mais pobres do seu país para salvar accionistas de entidades bancárias com lucros brutais. Entre aqueles que precisam de prestações sociais, e as vêm reduzidas de dia para dia, e especuladores sem escrúpulos, cujos seus erros levaram toda a Europa a esta crise, o nosso governo parece já ter feito a sua escolha.
É isso que é ser de Esquerda?
O fim do ciclo avizinha-se. Talvez não seja algo totalmente negativo. As curas de oposição podem fazer bem a um partido, se percebemos o que correu mal e quais os grupos que já não o podem liderar. É melhor sermos um partido de que nos orgulhemos na oposição, do que algo que desprezamos no governo.
E nunca esqueçamos: as derrotas de hoje abrem caminho às vitórias de amanhã.
É engraçado que quando se fala em "reformas estruturais", quer-se sempre dizer cortes nas prestações sociais, reduções das despesas públicas em educação e saúde, e liberalização dos despedimentos, em muitos casos através da redução das suas indemnizações legais.
No reverso, "reformas estruturais" nunca são indicativo de reformas tributárias mais equitativas, de pôr a banca que tem lucros abissais a pagar o mesmo imposto que os restantes sectores de actividade, de maior tributação das mais-valias por oposição ao rendimento do trabalho, de enterrar as parcerias público-privadas, SCUTS, TGVs e afins que cada vez mais parecem sair da cabeça de loucos ou de incompetentes.
Soubemos hoje que o nosso ministro das finanças disse em Bruxelas que Portugal vai iniciar um programa de "reformas estruturais" na área do mercado de trabalho, da saúde, e dos transportes. A receita já a conhecemos: privatizações ao preço da uva mijona para beneficiar a mesma clique de "elites económicas nacionais" que conduziram a nossa economia para a desgraça em que vivemos, que serão recompensadas com boys do bloco central em cargos de topo. Afinal, é preciso manter a proximidade ao poder.
A par disto, teremos a perda generalizada de benefícios sociais, educação, saúde e transportes públicos cada vez mais caros, e possivelmente abriremos a porta ao despedimento generalizado na função pública, e quiçá em certas sectores privados.
E para quê? Para nada!
Cada vez mais se tem a noção que estas políticas de austeridade fulgurante, pouco efeito têm na tranquilização dos mercados financeiros. Afinal, condenar países inteiros a recessões brutais, destruindo qualquer hipótese de possível crescimento económico, não tranquiliza qualquer credor da dívida externa, pública ou privada. Apenas o crescimento económico pode ser bom sinal. E é isso que estamos a matar com estas políticas de austeridade.
Os neoliberais sabem-no. Mas aproveitaram-se desta crise para destruir o modelo social europeu. A extrema-esquerda combate-os com unhas e dentes. E o que faz o centro-esquerda? Quais são os seus ideais que defende nesta crise?
Isso ainda não consegui perceber
Deve ser a jogar dados que as agências dão os seus ratings |
"Marinho Pinto foi reeleito como bastonário da Ordem dos Advogados conseguindo 9532 votos num universo de 20521 votantes". |
Vice President Johnson, Mr. Speaker, Mr. Chief Justice, President Eisenhower, Vice President Nixon, President Truman, reverend clergy, fellow citizens, we observe today not a victory of party, but a celebration of freedom—symbolizing an end, as well as a beginning—signifying renewal, as well as change. For I have sworn before you and Almighty God the same solemn oath our forebears prescribed nearly a century and three quarters ago. | 1 |
The world is very different now. For man holds in his mortal hands the power to abolish all forms of human poverty and all forms of human life. And yet the same revolutionary beliefs for which our forebears fought are still at issue around the globe—the belief that the rights of man come not from the generosity of the state, but from the hand of God. | 2 |
We dare not forget today that we are the heirs of that first revolution. Let the word go forth from this time and place, to friend and foe alike, that the torch has been passed to a new generation of Americans—born in this century, tempered by war, disciplined by a hard and bitter peace, proud of our ancient heritage—and unwilling to witness or permit the slow undoing of those human rights to which this Nation has always been committed, and to which we are committed today at home and around the world. | 3 |
Let every nation know, whether it wishes us well or ill, that we shall pay any price, bear any burden, meet any hardship, support any friend, oppose any foe, in order to assure the survival and the success of liberty. | 4 |
This much we pledge—and more. | 5 |
To those old allies whose cultural and spiritual origins we share, we pledge the loyalty of faithful friends. United, there is little we cannot do in a host of cooperative ventures. Divided, there is little we can do—for we dare not meet a powerful challenge at odds and split asunder. | 6 |
To those new States whom we welcome to the ranks of the free, we pledge our word that one form of colonial control shall not have passed away merely to be replaced by a far more iron tyranny. We shall not always expect to find them supporting our view. But we shall always hope to find them strongly supporting their own freedom—and to remember that, in the past, those who foolishly sought power by riding the back of the tiger ended up inside. | 7 |
To those peoples in the huts and villages across the globe struggling to break the bonds of mass misery, we pledge our best efforts to help them help themselves, for whatever period is required—not because the Communists may be doing it, not because we seek their votes, but because it is right. If a free society cannot help the many who are poor, it cannot save the few who are rich. | 8 |
To our sister republics south of our border, we offer a special pledge—to convert our good words into good deeds—in a new alliance for progress—to assist free men and free governments in casting off the chains of poverty. But this peaceful revolution of hope cannot become the prey of hostile powers. Let all our neighbors know that we shall join with them to oppose aggression or subversion anywhere in the Americas. And let every other power know that this Hemisphere intends to remain the master of its own house. | 9 |
To that world assembly of sovereign states, the United Nations, our last best hope in an age where the instruments of war have far outpaced the instruments of peace, we renew our pledge of support—to prevent it from becoming merely a forum for invective—to strengthen its shield of the new and the weak—and to enlarge the area in which its writ may run. | 10 |
Finally, to those nations who would make themselves our adversary, we offer not a pledge but a request: that both sides begin anew the quest for peace, before the dark powers of destruction unleashed by science engulf all humanity in planned or accidental self-destruction. | 11 |
We dare not tempt them with weakness. For only when our arms are sufficient beyond doubt can we be certain beyond doubt that they will never be employed. | 12 |
But neither can two great and powerful groups of nations take comfort from our present course—both sides overburdened by the cost of modern weapons, both rightly alarmed by the steady spread of the deadly atom, yet both racing to alter that uncertain balance of terror that stays the hand of mankind's final war. | 13 |
So let us begin anew—remembering on both sides that civility is not a sign of weakness, and sincerity is always subject to proof. Let us never negotiate out of fear. But let us never fear to negotiate. | 14 |
Let both sides explore what problems unite us instead of belaboring those problems which divide us. | 15 |
Let both sides, for the first time, formulate serious and precise proposals for the inspection and control of arms—and bring the absolute power to destroy other nations under the absolute control of all nations. | 16 |
Let both sides seek to invoke the wonders of science instead of its terrors. Together let us explore the stars, conquer the deserts, eradicate disease, tap the ocean depths, and encourage the arts and commerce. | 17 |
Let both sides unite to heed in all corners of the earth the command of Isaiah—to "undo the heavy burdens ... and to let the oppressed go free." | 18 |
And if a beachhead of cooperation may push back the jungle of suspicion, let both sides join in creating a new endeavor, not a new balance of power, but a new world of law, where the strong are just and the weak secure and the peace preserved. | 19 |
All this will not be finished in the first 100 days. Nor will it be finished in the first 1,000 days, nor in the life of this Administration, nor even perhaps in our lifetime on this planet. But let us begin. | 20 |
In your hands, my fellow citizens, more than in mine, will rest the final success or failure of our course. Since this country was founded, each generation of Americans has been summoned to give testimony to its national loyalty. The graves of young Americans who answered the call to service surround the globe. | 21 |
Now the trumpet summons us again—not as a call to bear arms, though arms we need; not as a call to battle, though embattled we are—but a call to bear the burden of a long twilight struggle, year in and year out, "rejoicing in hope, patient in tribulation"—a struggle against the common enemies of man: tyranny, poverty, disease, and war itself. | 22 |
Can we forge against these enemies a grand and global alliance, North and South, East and West, that can assure a more fruitful life for all mankind? Will you join in that historic effort? | 23 |
In the long history of the world, only a few generations have been granted the role of defending freedom in its hour of maximum danger. I do not shrink from this responsibility—I welcome it. I do not believe that any of us would exchange places with any other people or any other generation. The energy, the faith, the devotion which we bring to this endeavor will light our country and all who serve it—and the glow from that fire can truly light the world. | 24 |
And so, my fellow Americans: ask not what your country can do for you—ask what you can do for your country. | 25 |
My fellow citizens of the world: ask not what America will do for you, but what together we can do for the freedom of man. | 26 |
Finally, whether you are citizens of America or citizens of the world, ask of us the same high standards of strength and sacrifice which we ask of you. With a good conscience our only sure reward, with history the final judge of our deeds, let us go forth to lead the land we love, asking His blessing and His help, but knowing that here on earth God's work must truly be our own. |
Correspondendo ao repto do Diogo, tenho a dizer que
A solidariedade entre os estados-membros da UE até se cheira à distância...
We picked up this statement by Elena Salgado, who said she saw no reason to compare Spain with Ireland and Portugal. One can understand the wish not to be compared to Ireland, but Portugal? Is she saying that Portugal is like Ireland? Does she think Portugal will default? Or need EFSF funds? I think we should be told. So Ireland says it is not Greece. Portugal says it is not Ireland. Spain says it is not Portugal. And who knows, Italy may soon tell us that it is no Spain. It looks like there is a fire in the theatre, and they all rushing to the exit, everyone for themselves, against each other.
(via Eurointelligence)
This is what happens when you in constant denial of a problem. It gets on top of you. The FT reports this morning that corporate customers have been pulling out their deposits from Irish banks, amid signs of fading confidence in the banking system. Irish Life & Permanent said corporate customers had withdrawn €600m, more than 11% of total deposits, during August and September. The FT report says there is evidence that another deposit crunch is happening right now, as confidence faded that the Irish banking sector is able to fund itself if, and when the ECB scales backs its emergency funding. But even the ECB funding had not been sufficient as Irish central bank had to provide €20bn in exceptional liquidity assistance outside the ECB programme. And, wait for it, Brian Lenihan, the Irish finance ministers, tells the world that the Irish banks had no funding difficulties.
(via Eurointelligence)
(sublinhados nossos)
Os mercados arremessaram EUA e Europa para um crise inédita. Depois, conseguiram que grande parte da sua dívida fosse paga com dinheiro público. Não satisfeitos, continuam a extorquir nações. Perante o esbulho, que diz o Presidente da República? Desaconselha qualquer crítica. Recomenda que fiquemos caladinhos e quietos, deixando os saqueadores levarem o que quiserem. No primeiro mandato, Cavaco candidatou-se como grande economista capaz de resolver a crise do país. Vê-se. No segundo, alegou ir a eleições em nome de Portugal. Nota-se.Mas se os demais candidatos a Belém são constantemente interpelados, Cavaco é permanentemente poupado. Se Alegre tem de opinar sobre o orçamento ou acerca das suas relações com o PS, a Cavaco é concedida uma moratória sine die, inclusive pelos socialistas, que já desistiram das presidenciais. Cavaco pode tentar enxovalhar a classe política, que não é confrontado com o seu longo passado de primeiro ministro; pode ter um representante nas negociações do Orçamento, que não é interrogado sobre as suas interferências no PSD; podem continuar os escândalos BPN, que não é questionado sobre a sua ligação à má moeda.Enfim, o conformismo do Presidente da República é um problema. Mas o conformismo do país perante Cavaco Silva não tem solução.Publicado no Correio da Manhã(Via Córtex Frontal.)
Mesmo que seja a republicação dos seus artigos de Jornal.
Algo que, enfim, alguns de nós também deveriam fazer...
"O concerto da cantora colombiana Shakira no domingo no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, está esgotado, revelou a promotora Everything is New" |
Despesa e Receita do Estado português continuam abaixo da média: "
(dados Eurostat)
Apesar do 'senso comum' (cronicamente caracterizado por falta de senso) estar convencido que o Estado português tem um peso na economia maior que a média, os últimos dados do Eurostat voltam a provar o contrário. Em 2006, 2007, 2008 e 2009 (os anos que estão no relatórios, mas o mesmo se aplica aos anos anteriores) a receita fiscal do Estado português foi de 40,5%, 40,9%, 40,6% e 38,8% do PIB. Estes valores estão claramente abaixo da média europeia que foi de 44,8%, 44,8%, 44,6% e 44,0%, e isto para nem falar da média do Zona Euro que é ainda maior.
Mas não se pense que esta diferença acontece apenas quando se olha para a receita. Até poderia acontecer que a despesa estivesse acima da média, já que Portugal tem tido défices orçamentais maiores. Mas não, a despesa está também ela abaixo da média, com 44,5%, 43,8%, 43,6% e 48,2% contra 46,3%, 45,6%, 46,9%, e 50,8%.
(Via fado positivo)
O trágico é que isto deve cair em saco roto. A ideologia neoliberal, assente em mistificações e mentiras, continua a imperar...
"A Irlanda está sob maior pressão do que Portugal por causa da situação do sistema bancário, onde existe um grande problema de liquidez" |
No último fim-de-semana terei perdido mais uma pérola do Correio da Manha, que teria sido acompanhado por esse jornal de referência que já conheceu melhores dias. Aliás, fiquei deveras siderado por existir todo um universo de "muitos blogues de socialistas" que, pelos vistos não acompanho. Se ao menos o DN me pudesse dar umas referências sobre esse assunto, visto que isso cheira muito à "floresta de votos", frase muito badalada em alguns congressos partidários...
Sobre o cerne da questão, faço minhas as palavras de Pedro Marques Lopes ou de José Leite Pereira:
Mas o mais engraçado desta história, é que pelos vistos os "chafurdadores" não parecem alcançar o corolário lógico das suas acções. Ou então são suicidários profissionais, a cada um pelos seus gostos...
Se agora podem-se publicar escutas ilegais de conversas privadas que não têm nada a ver com investigações em curso, sendo o facto de terem sido recolhidos para efeitos de investigação criminal por autoridades judiciais um mero acidente, quando tempo demorará até que se comecem a utilizar escutas feitas por pessoas ou entidades privadas como meio de luta mediática?
Afinal, a ilegalidade não é factor de recusa de publicação por "razões de interesse público".
E as redacções de determinados órgãos de comunicação social, ou certos jornalistas, poderiam ser um bom alvo para essas escutas. Aliás gostariamos todos de saber quais as conversas/interesses que têm. O porquê de fazerem determinadas peças e não outras. Afinal, os jornalistas são das pessoas com mais poder neste país. As suas vidas também deveriam ser escrutinadas. E aí temos mais uma vez o "interesse público". Seria um pagode.
E é só um pequeno passo.
Vivemos tempos interessantes, vivemos.
Todos sabemos que a justiça funciona de forma rápida e celere, mantendo assim o alto estatuto que goza na sociedade. Assim, percebe-se que os homens fiquem revoltados com estes cortes salariais, já que demonstram diariamente que merecem todos os centimos que recebem.
Com esta decisão, e se a mesma fizer escola, percebe-se que a primeira consequência será que os prazos de conclusão dos processos ir-se-ão arrastar: os julgamentos em tribunal passarão a levar anos a serem decididos. Algo que neste país não estamos nada habituados!
(Declarações de Allan Katz, Embaixador dos E.U.A. em Portugal)
De um lado temos a notícia pequena: "Portugal cresce 0,4% no terceiro trimestre".
Do outro a notícia grande: "Economia portuguesa cresce 1,5% no terceiro trimestre".
Depois a notícia começa da mesma maneira:"O PIB português cresceu 1,5 por cento no terceiro trimestre de 2010, quando comparado com igual período do ano anterior. Face ao trimestre anterior, o aumento foi de 0,4 por cento".
Mas a perspectiva do órgão de comunicação social que dá a notícia em relação ao governo é diferente. De um lado (na notícia pequena) ficamos com a clara sensação, principalmente se não lermos o corpo da notícia, que a economia entrou em clara desacelaração. Do outro (na notícia grande) ficamos com a ideia de que a economia manteve o rumo do restante ano.
Assim sendo, e uma vez que ambas as notícias, no seu corpo, são identicas, qual o órgão de comunicação social que está correcto? E qual seria a forma de dar um título completamente isento? Seria possível?
Façam o favor de ler o resto... Bastante elucidativo. Andam a atirar-nos areia para os olhos!
Qual o sentido dos governos Francês e Alemão cozinharem uma solução institucional que, daqui a três anos, implicaria custos efectivos para os seus próprios bancos? Nenhum sentido: apesar das aparências, a declaração de Deauville foi feita para ter efeitos imediatos. Anunciando uma realidade a três anos, Alemães e os Franceses alteraram o presente e criaram as condições para forçar, hoje, os devedores a recorrer ao fundo que já existe e que não implica qualquer reestruturação da dívida. Ou seja, não há aqui qualquer intenção de punir os credores, antes pelo contrário. Num certo e perverso sentido, o comportamento dos mercados nas duas últimas semanas foi inteiramente desejado pelo eixo Franco-Alemão.
Joião Galamba (Via Jugular.)
"One of the key lessons we’ve learned in this crisis is that any time a small country takes pride in its large and profitable international banks, everything is liable to end in tears. Big banks are too big to fail, which means their national governments have to bail them out—but when the banks are as big or bigger than the government in question, such a bailout becomes politically and economically disastrous. My feeling is that no government should ever allow its banks to become too big to bail out, because no government can credibly promise not to bail out such banks should they run into difficulties"
Esta é uma lição que deve ser também aprendida em Portugal. Dificilmente o Estado português tem capacidade para salvar um dos 4 grandes bancos nacionais (CGD, BCP, BES ou BPI) sem provocar a quase falência do país.
No entanto, não os salvar numa crise, pode provocar o fim do financiamento externo ao conjunto do sistema bancário nacional.
A solução? Partir os grandes bancos em várias entidades mais pequenas, que poderão ser individualmente salvas (ou deixadas cair pelo Estado) sem grandes consequências para as finanças públicas e para o país.
A era do "Too Big to Fail" tem de terminar!
Parece que a Amnistia Internacional não sabe que, na política internacional, não são todos iguais. Nem sequer iguais, embora uns mais iguais que outros. Não são todos iguais, ponto!
Por isso, o facto da Aministia Internacional exigir uma investigação e o julgamento do antigo Presidente americano, George W. Bush, por este ter assumido, na sua autobiografia "Decision Points" a autorização de tecnicas de tortura (simulação de afogamento) não passa disso, de boas intenções. É como querer investigar líderes de estados totalitários. Boas intenções - inclusive a de tratar toda a gente por igual - mas que não passam disso.
Já sabiamos que Rui Moreira podia atacar, quando participava no programa Trio d'Ataque, José Manuel Delgado e Fernando Guerra, Vice-director e jornalista do jornal "A Bola" (respectivamente) sem daí resultasse qualquer problema para o Director do Jornal, o inefável Vitor Serpa.
Agora também sabemos que o grande Opinion Maker Miguel Sousa Tavares pode, nas páginas desse jornal e numa coluna de opinião assinada (valha-nos isso - como, aliás, é seu apanágio) chamar José Diogo Quintela e Ricardo Araújo Pereira de "dois rafeiros atiçados às canelas, dois censores encartados". Daí o senhor Vítor Serpa não achou que houvesse problema. Já quando José Diogo Quintela decidiu responder (para quem não acompanha, diga-se que José Diogo Quintela e Ricardo Araújo Pereira tinham uma querela com Rui Moreira e Miguel Sousa Tavares que, além da côr clubística, era fomentada pelas escutas do Apito Dourado) a Miguel Sousa Tavares, o jornal "A Bola" decidiu cortar o texto do Zé Diogo, sem sequer avisar (quanto mais pedir autorização) o autor do mesmo.
Conclusão: José Diogo Quintela terminou a sua ligação ao dito jornal. Ricardo Araújo Pereira, por solidariedade, fez o mesmo. E A Bola aceitou rebaixar-se ainda mais perante a voz do dono. Se já, certas personagens, podiam falar em tons "quase" ofensivos em relação a dois profissionais daquele jornal sem o director Vitor Serpa se melindrar, esta última atitude censória do jornal perante um seu cronista que responder a outro diz tudo. Manda quem pode, e quem pode não é Vitor Serpa.
"(...)Cavaco Silva partilha as preocupações de toda a gente que não vai sentir na pele os efeitos da nova política de austeridade: é importante que o PSD viabilize rapidamente o orçamento, para que o orçamento possa começar a inviabilizar a nossa vida. Ainda sou do tempo em que os orçamentos tinham por objetivo facilitar a vida dos cidadãos. Agora, trata-se de facilitar a vida a essa entidade misteriosa que se chama "os mercados". Antigamente, os eleitores votavam nos seus representantes e estes, em retribuição, definiam um orçamento que servisse as aspirações dos eleitores. Agora, há que agradar aos mercados, o que torna o trabalho dos deputados mais complexo, até porque os mercados são mais exigentes que os eleitores. E mais poderosos. Os mercados são uma espécie de bicho feroz cujo aspeto ninguém conhece ao certo. A única coisa que sabemos acerca dos mercados é que levam a mal se os portugueses não passarem a pagar mais pelo leite. E sabemos também que são uma entidade coletiva, o que assusta mais. Não temos de agradar apenas a um mercado, mas sim a uma pluralidade de mercados. Os mercados atacam em grupo, como os gangues. Mas são menos meigos e levam-nos mais dinheiro."
Crónica de Luís Avelás, nos blogues do jornal Record, escrito antes do Guimarães ir ganhar o jogo a Alvalade.
Numa altura em que se fala tanto de censura e manipulação, parece que se esqueceu de discutir a qualidade do jornalismo face à urgência de informação tão reclamada pela internet. Se hoje o mercado dos media é renhido num espaço tão pequeno como o nosso, será que se vai prescindir de um conjunto de princípios basilares do jornalismo para responder tempestivamente, mas sem critério, a essa urgência?
(Via Manual de Maus Costumes)
'(...) É difícil acreditar que aos 46 anos Passos Coelho não tenha nenhuma obra para mostrar. Aos 46 anos, as pessoas devem ser avaliadas pelo que fizeram e não pelas suas potencialidades. Passos Coelho não tem o caminho feito necessário para nos dar a confiança de poder exercer com preparação e capacidade suficientes as funções de primeiro-ministro.' - Nuno Morais Sarmento, ao Jornal de Notícias
(Via Delito de Opinião.)
E o gajo insiste em se intitular benfiquista
Quando João Proença disse, aqui há uns dias, que a UGT iria estar em sintonia com a CGTP para concretizarem a greve-geral de 24 de Novembro, acrescentou que também entendia ser inevitável aprovar o OE que tinha sido entregue na AR.
De imediato ouviram-se críticas que apontavam contradição nas posições assumidas e ouviram-se as gargalhadas provindas dos fazedores de espuma.No entanto não há qualquer contradição. Tal como Proença, também compreendi desde o início a necessidade de ver aprovado este Orçamento, mas não prescindo de aderir à greve-geral.São duas questões a serem tratadas em separado:Uma (a questão de aprovação do OE) destina-se a tentar evitar o mal maior;A outra (a da greve-geral) destina-se a dar o sinal de que foi atingido o limite da tolerância e que deixou de haver margem para continuar o rega-bofe.É importante que os políticos que nos governam e os especuladores nacionais e internacionais que nos estrangulam entendam que chegou o momento em que a nossa compreensão para as actuais medidas não é um sinal de aceitação dos erros continuados que nos conduziram até aqui. É inevitável fazê-los entender que não estamos na disposição de continuar a admitir novos pedidos de austeridade para tapar os buracos de uns e os roubos de outros.(Via A barbearia do senhor Luís.)
Portugal was forced to offer higher rates to sell new debt Wednesday, underlining concerns among investors about a German-led push to get them to bear some of the cost of any future bailout of countries that share the euro."