terça-feira, setembro 30, 2008

Ah! É verdade.

A minha afilhada já nasceu. Com 3,650Kg, ontem, às 14h20. É um brinquedo muito lindo e que deixou toda a gente babada. Então a avó paterna não largava a Mariana :)

Ah, os pais também estão excelentes. Correu tudo lindamente.

Quem quiser pode dar um toque ao Pontes, já que ele é que é o pai da Mariana.

Meu caro Pedro Sales

Não entendo essa verdadeira obsessão com a Ana Sara Brito.

Pelo que sei a vereadora deu a cara, patrocinando uma conferência de imprensa onde abordou esse (e outros temas). Eu fiquei satisfeito com as respostas que deu. Afinal, não só não cometeu nenhuma ilegalidade, como se dispôs, desde o primeiro dia, a que quaisquer insinuações a seu respeito fossem esclarecidas.

Mais, este executivo da CML (de facto, de longe o mais activo em prol da Cidade das últimas décadas), já tinha sido anunciado novas regras na atribuição de espaços, sejam casas ou outros, para que a transparência - que andou afastada durante estes anos - fosse o critério máximo. E fê-lo ANTES destas notícias, e não como forma de resposta às mesmas. Isso revela uma postura ética e consciente que deve ser louvável e destacável, e não atacada. E sabem quem foi a principal promotora desta nova atitude? A Ana Sara Brito.

São, portanto, vergonhosos os ataques a que a Ana Sara tem sido sujeita. Eu conheço-a pessoalmente e não consigo apontar-lhe algum defeito ético ou humano. É mulher de opiniões fortes, isso é. Sem papas na língua e sem medo de dar a cara e assumir responsabilidades (mesmo que não sejam suas). Merece, pelo que já demonstrou nos anos que leva de dedicação à causa pública, mais respeito, e não que a utilizem para jogadas de política baixa como a que o Pedro Sales tem promovido.

O que o Pedro parece não entender é que é exactamente pela Ana Sara estar no cargo em que está que as coisas estão a mudar, que estão a melhorar. Primeiro pela denúncia que ela promoveu, mal chegou à CML em 2007, depois pela investigação que imediatamente patrocinou e, finalmente, pela capacidade de apoiar a criação de novas regras para a atribuição de espaços camarários (e o devido controlo). Como vêem, não consigo entender o porquê da perseguição à actual vereadora da CML, única figura deste processo a dar a cara.

Será que o Pedro saberá como estava GEBALIS, e como está agora. Será que o Pedro tem sido informado das intervenções da Ana Sara Brito? Eu duvido.

Esta verdadeira obsessão pseudo-justicialista só pode ser entendida por razões políticas, mas falham completamente o alvo neste caso. Procuram, e eu entendo porquê, enfraquecer a equipa do António Costa. Já se percebeu que com a liderança firme do António Costa Lisboa está a mudar. Já se entendeu que o clima de suspeição e de escandaleiras a que muitos se habituaram na cidade de Lisboa está a desaparecer. Disso tratou António Costa.

A política da Capital, hoje, tem qualidade e consistência, e deve isso reflectir o debate público sobre a autarquia. Bem sei que muitos se habituaram à política guerrilheira do ataque pessoal, da insinuação não provada ou da presunção moralista e justicialista sobre tudo que envolva a política dos favores. Pois bem, meu caro Pedro Sales, essa política hoje já não mora na Câmara Municipal de Lisboa. Hoje pensa-se e projecta-se a Cidade, com rigor e transparência. E muita pena tenho que vocês, BE, pelos vistos, não tenham conseguido ainda encontrar outros argumentos políticos que os ataques de carácter que tem procurado – e não conseguido - sustentar. Estou certo, no entanto, que esta atitude será apenas temporária, pois – e julgo que nisto estaremos de acordo – Lisboa necessita de construir o seu futuro, e não de repisar o seu passado.

Congratulations, Corporate Crime Fighters! Coup Averted for Three Days! ...from Michael Moore

Friends,

Everyone said the bill would pass. The masters of the universe were already making celebratory dinner reservations at Manhattan's finest restaurants. Personal shoppers in Dallas and Atlanta were dispatched to do the early Christmas gifting. Mad Men of Chicago and Miami were popping corks and toasting each other long before the morning latte run.

But what they didn't know was that hundreds of thousands of Americans woke up yesterday morning and decided it was time for revolt. The politicians never saw it coming. Millions of phone calls and emails hit Congress so hard it was as if Marshall Dillon, Elliot Ness and Dog the Bounty Hunter had descended on D.C. to stop the looting and arrest the thieves.

The Corporate Crime of the Century was halted by a vote of 228 to 205. It was rare and historic; no one could remember a time when a bill supported by the president and the leadership of both parties went down in defeat. That just never happens.

A lot of people are wondering why the right wing of the Republican Party joined with the left wing of the Democratic Party in voting down the thievery. Forty percent of Democrats and two-thirds of Republicans voted against the bill.

Here's what happened:

The presidential race may still be close in the polls, but the Congressional races are pointing toward a landslide for the Democrats. Few dispute the prediction that the Republicans are in for a whoopin' on November 4th. Up to 30 Republican House seats could be lost in what would be a stunning repudiation of their agenda.

The Republican reps are so scared of losing their seats, when this "financial crisis" reared its head two weeks ago, they realized they had just been handed their one and only chance to separate themselves from Bush before the election, while doing something that would make them look like they were on the side of "the people."

Watching C-Span yesterday morning was one of the best comedy shows I'd seen in ages. There they were, one Republican after another who had backed the war and sunk the country into record debt, who had voted to kill every regulation that would have kept Wall Street in check -- there they were, now crying foul and standing up for the little guy! One after another, they stood at the microphone on the House floor and threw Bush under the bus, under the train (even though they had voted to kill off our nation's trains, too), heck, they would've thrown him under the rising waters of the Lower Ninth Ward if they could've conjured up another hurricane. You know how your dog acts when sprayed by a skunk? He howls and runs around trying to shake it off, rubbing and rolling himself on every piece of your carpet, trying to get rid of the stench. That's what it looked like on the Republican side of the aisle yesterday, and it was a sight to behold.

The 95 brave Dems who broke with Barney Frank and Chris Dodd were the real heroes, just like those few who stood up and voted against the war in October of 2002. Watch the remarks from yesterday of Reps. Marcy Kaptur, Sheila Jackson Lee, and Dennis Kucinich. They spoke the truth.

The Dems who voted for the giveaway did so mostly because they were scared by the threats of Wall Street, that if the rich didn't get their handout, the market would go nuts and then it's bye-bye stock-based pension and retirement funds.

And guess what? That's exactly what Wall Street did! The largest, single-day drop in the Dow in the history of the New York Stock exchange. The news anchors last night screamed it out: Americans just lost 1.2 trillion dollars in the stock market!! It's a financial Pearl Harbor! The sky is falling! Bird flu! Killer Bees!

Of course, sane people know that nobody "lost" anything yesterday, that stocks go up and down and this too shall pass because the rich will now buy low, hold, then sell off, then buy low again.

But for now, Wall Street and its propaganda arm (the networks and media it owns) will continue to try and scare the bejesus out of you. It will be harder to get a loan. Some people will lose their jobs. A weak nation of wimps won't last long under this torture. Or will we? Is this our line in the sand?

Here's my guess: The Democratic leadership in the House secretly hoped all along that this lousy bill would go down. With Bush's proposals shredded, the Dems knew they could then write their own bill that favors the average American, not the upper 10% who were hoping for another kegger of gold.

So the ball is in the Democrats' hands. The gun from Wall Street remains at their head. Before they make their next move, let me tell you what the media kept silent about while this bill was being debated:

1. The bailout bill had NO enforcement provisions for the so-called oversight group that was going to monitor Wall Street's spending of the $700 billion;

2. It had NO penalties, fines or imprisonment for any executive who might steal any of the people's money;

3. It did NOTHING to force banks and lenders to rewrite people's mortgages to avoid foreclosures -- this bill would not have stopped ONE foreclosure!;

4. It had NO teeth anywhere in the entire piece of legislation, using words like "suggested" when referring to the government being paid back for the bailout;

5. Over 200 economists wrote to Congress and said this bill might actually WORSEN the "financial crisis" and cause even MORE of a meltdown.

Put a fork in this slab of pork. It's over. Now it is time for our side to state very clearly the laws WE want passed. I will send you my proposals later today. We've bought ourselves less than 72 hours.

Yours,
Michael Moore
MMFlint@aol.com
MichaelMoore.com


Sem honra nem vergonha - um texto de Ines Pedrosa

Como sobreviverão os políticos honrados aos ataques insidiosos dos corruptos?
A tentativa de assassinato de carácter de que foi alvo Ana Sara Brito é um exemplo-limite do lamaçalem que se tem vindo a tornar a política portuguesa. A actual vereadora da Acção Social e Habitação da CâmaraMunicipal de Lisboa é uma mulher a quem tanto os amigos como os adversários políticos reconhecem, desdesempre - e este sempre é longo, porque Ana Sara tem prestado serviço à população de Lisboa desde o tempo em que era presidente Nuno Krus Abecassis - duas qualidades absolutas: eficiência e honestidade.
A reunião dessas duas qualidades criou-lhe, aliás, inimizades mais ou menos surdas, dentro do seu próprio partido:leal aos seus princípios e valores, Ana Sara nunca temeu ir contra as vozes dominantes, e contrapôr o seu pensamento ao dos chefes, dentro do Partido que elegeu como seu ( e que nunca abandonou). Assim, por exemplo, ergueu a sua voz contra o então Primeiro-Ministro António Guterres, quando este impôs um referendo, depois dalei da interrupção da gravidez ter sido aprovada na Assembleia da República. Nas últimas presidenciais,apoiou a candidatura de Manuel Alegre, cujo sucesso, é justo que se recorde, muito ficou a dever ao seutrabalho - foi ela a coordenadora nacional da campanha.
Nunca trocou os seus valores por benesses, nunca serviu a dois senhores em simultâneo, e nunca entrou em negociatas de espécie alguma - antes as denunciou edenuncia, em sede própria. O cargo que hoje ocupa na CML advém do reconhecimento (tardio, digo eu) dos seus múltiplos talentos e virtudes - às quais não posso deixar de acrescentar a da isenção - por parte dos líderes do seu partido. Assumiu este cargo numa época difícil, e com sacrifício pessoal, quando podia estar tranquilamente a gozar a sua reforma, depois de quarenta e seis anos de trabalho, não só a favor da cidade (como autarca), como a favor da população portuguesa ( exerceu durante anos a profissão de enfermeira, na áreada saúde mental, e trabalhou com Maria de Belém no Ministério da Saúde).
Não tinha falta de ocupação, já que faz parte de várias associações de defesa de direitos cívicos, e não assume compromissos de boca. Num país onde pululam os apoiantes teóricos de causas - aqueles que dizem: «faz, que eu assino» - Ana Sara sobressai pela dedicação, pelo empenhamento e pela coragem.
Mas, em Portugal, a honestidade, a isenção e a frontalidade pagam-se caro. Porque incomodam muita gente. Incomodam aqueles que estão habituados a uma vida de negociatas turvas, trocas de favores e abusos de poder. É natural que os incomode, porque Ana Sara não só não colabora com esses esquemas, como não lhes fecha os olhos. Ao assumir funções, entregou à Polícia Judiciária todos os documentos controversos que encontrou. Como António Costa explicou na conferência de imprensa que realizou, ao lado de Ana Sara Brito, na passadasegunda-feira, a Polícia Judiciária tem estado a trabalhar nas instalações da CML, para escrutinar tudo, com total apoio dos serviços camarários.
Assim, no preciso momento em que os processos menos claros das anteriores gestões camarárias começam a ser levantados pela Justiça, e os nomes dos arguidos, reais ou potenciais, começam a saltar para os jornais, surge uma campanha de ataque, nebulosa e nevoenta, misturandoalhos com bugalhos e envolvendo várias figuras da actual gestão municipal - entre as quais Ana Sara Brito, acusada de, há vinte e um anos, ter abarbatado para si uma casa da Câmara.
A acusação, como ela mesma explicou, na passada segunda-feira, é falsa. O aparecimento desta campanha contra a Vereadora da Habitação coincide também com o anúncio, feito por ela, de um plano de realojamento com novas regras - justas e estritas, sem qualquer margem discricionária. São coincidências a mais.
Quem manipulou alguma comunicação social contra Ana Sara Brito? A quem aproveitam estasmistificações? Aos que têm contas a prestar ao erário público dos portugueses. A técnica é antiga: já oburlão Alves dos Reis, quando se começou a sentir apertado, desatou a acusar a administração do Banco dePortugal. Dir-se-á que a verdade vem sempre à tona - mas todos sabemos que nem sempre é assim. Alguma vez saberemos a verdade sobre as décadas e décadas de abusos sobre menores na Casa Pia?
Para mal dos que gostariam de ver em Lisboa uma Vereadora maleável, fraca, corruptível, Ana Sara não cede nem desanima. Mas quantas pessoas de bem não desistem, logo à partida, da política, por temerem os golpes baixos, as acusações sem fundamento ou a devassa da sua vida particular? Vamos repetindo, com desalento, que a política se tem vindo a tornar um território de mediocridade crescente. Se continuarmos adeixar que os medíocres procurem arrastar para a lama que é o seu habitat natural o nome e a imagem das pessoas honradas como Ana Sara Brito, acabaremos por ficar nas mãos da ditadura da mediocridade. Os medíocres formam máfias transversais ao espectro partidário, organizam-se para assaltar a riqueza nacional (ou o que dela resta, depois de séculos de corrupção e mediocridade). Mas não podem vencer os que trabalham honradamente a favor da coisa pública - sob pena de perdermos, em definitivo, a honra e a liberdade.
Inês Pedrosa
[os sublinhados são da nossa responsabilidade]

segunda-feira, setembro 29, 2008

Bailout de Wall Street recusado pelo Congresso dos EUA!

Com 67 por cento dos republicanos e 40 por cento dos democratas a votarem contra, cheira-me a revolta das alas "esquerda" e "direita" dos respectivos partidos...

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Portugal, Portugal, do que é que estás à espera?

“O meu filho é que mora lá, não tenho dinheiro para lhe comprar uma casa nova”.
“É a minha casa de reserva, se amanhã tiver de me separar outra vez para onde vou?”

José Bastos, director do departamento de apoio da CML, justificando a casa em Telheiras que a câmara lhe cedeu há 20 anos e pela qual paga uma renda de 95 euros. Expresso, 27 Setembro.

Viram esta reportagem no Expresso? Incrível. Claro que quem está informado do que se passa na vida da CML não terá ficado muito surpreendido (afinal, parece que é uma prática comum e que toca a todos...), mas a dimensão e a ridicularidade de alguns casos tornam o assunto, se não em caso de Polícia, em caso de Política.

O que mais me aflige é o clima geral de impunidade que rodeia este LisboaGate, e a falta de responsabilização política deste género de situações (a tal acountability a que se referem os anglo-saxónicos, e que nem tem bem tradução para português).
Parece então que o senhor Cunha, que já perdeu influência em muito lado, ainda mantém bem activa a sua imobiliária em Lisboa (e resta saber mais o quê?...). Não pode ser. Até quando teremos de viver sobre estes pressupostos dos contactos, das cunhas, dos favores, dos padrinhos-afilhados-cunhados e tais? Para quando a responsabilização deste tipo de abuso de poderes?
Não me recordo na totalidade, mas aparentemente nenhum dos citados terá colocado o lugar à disposição. Por que esperam? Por mais notícias no jornal? Não dariam um sinal positivo se tomassem eles a iniciativa de esclarecer esta situação?

Ou então que lhes tirem as casas! E que as coloquem em concurso - abertos e transparentes - para que todos possam concorrer (incluindo os filhos-afilhados-cunhados, mas em igualdade de circunstância).
Pois, mas parece que também não é bem essa a intenção... (até quando?)
[desenho do Irmão Lúcia, retirado do 5 dias]

The Rich Are Staging a Coup This Morning ...a message from Michael Moore

Friends,

Let me cut to the chase. The biggest robbery in the history of this country is taking place as you read this. Though no guns are being used, 300 million hostages are being taken. Make no mistake about it: After stealing a half trillion dollars to line the pockets of their war-profiteering backers for the past five years, after lining the pockets of their fellow oilmen to the tune of over a hundred billion dollars in just the last two years, Bush and his cronies -- who must soon vacate the White House -- are looting the U.S. Treasury of every dollar they can grab. They are swiping as much of the silverware as they can on their way out the door.

No matter what they say, no matter how many scare words they use, they are up to their old tricks of creating fear and confusion in order to make and keep themselves and the upper one percent filthy rich. Just read the first four paragraphs of the lead story in last Monday's New York Times and you can see what the real deal is:

"Even as policy makers worked on details of a $700 billion bailout of the financial industry, Wall Street began looking for ways to profit from it.

"Financial firms were lobbying to have all manner of troubled investments covered, not just those related to mortgages.

"At the same time, investment firms were jockeying to oversee all the assets that Treasury plans to take off the books of financial institutions, a role that could earn them hundreds of millions of dollars a year in fees.

"Nobody wants to be left out of Treasury's proposal to buy up bad assets of financial institutions."

Unbelievable. Wall Street and its backers created this mess and now they are going to clean up like bandits. Even Rudy Giuliani is lobbying for his firm to be hired (and paid) to "consult" in the bailout.

The problem is, nobody truly knows what this "collapse" is all about. Even Treasury Secretary Paulson admitted he doesn't know the exact amount that is needed (he just picked the $700 billion number out of his head!). The head of the congressional budget office said he can't figure it out nor can he explain it to anyone.

And yet, they are screeching about how the end is near! Panic! Recession! The Great Depression! Y2K! Bird flu! Killer bees! We must pass the bailout bill today!! The sky is falling! The sky is falling!

Falling for whom? NOTHING in this "bailout" package will lower the price of the gas you have to put in your car to get to work. NOTHING in this bill will protect you from losing your home. NOTHING in this bill will give you health insurance.

Health insurance? Mike, why are you bringing this up? What's this got to do with the Wall Street collapse?

It has everything to do with it. This so-called "collapse" was triggered by the massive defaulting and foreclosures going on with people's home mortgages. Do you know why so many Americans are losing their homes? To hear the Republicans describe it, it's because too many working class idiots were given mortgages that they really couldn't afford. Here's the truth: The number one cause of people declaring bankruptcy is because of medical bills. Let me state this simply: If we had had universal health coverage, this mortgage "crisis" may never have happened.

This bailout's mission is to protect the obscene amount of wealth that has been accumulated in the last eight years. It's to protect the top shareholders who own and control corporate America. It's to make sure their yachts and mansions and "way of life" go uninterrupted while the rest of America suffers and struggles to pay the bills. Let the rich suffer for once. Let them pay for the bailout. We are spending 400 million dollars a day on the war in Iraq. Let them end the war immediately and save us all another half-trillion dollars!

I have to stop writing this and you have to stop reading it. They are staging a financial coup this morning in our country. They are hoping Congress will act fast before they stop to think, before we have a chance to stop them ourselves. So stop reading this and do something -- NOW! Here's what you can do immediately:

1. Call or e-mail Senator Obama. Tell him he does not need to be sitting there trying to help prop up Bush and Cheney and the mess they've made. Tell him we know he has the smarts to slow this thing down and figure out what's the best route to take. Tell him the rich have to pay for whatever help is offered. Use the leverage we have now to insist on a moratorium on home foreclosures, to insist on a move to universal health coverage, and tell him that we the people need to be in charge of the economic decisions that affect our lives, not the barons of Wall Street.

2. Take to the streets. Participate in one of the hundreds of quickly-called demonstrations that are taking place all over the country (especially those near Wall Street and DC).

3. Call your Representative in Congress and your Senators. (click here to find their phone numbers). Tell them what you told Senator Obama.

When you screw up in life, there is hell to pay. Each and every one of you reading this knows that basic lesson and has paid the consequences of your actions at some point. In this great democracy, we cannot let there be one set of rules for the vast majority of hard-working citizens, and another set of rules for the elite, who, when they screw up, are handed one more gift on a silver platter. No more! Not again!

Yours,
Michael Moore
MMFlint@aol.com
MichaelMoore.com

P.S. Having read further the details of this bailout bill, you need to know you are being lied to. They talk about how they will prevent golden parachutes. It says NOTHING about what these executives and fat cats will make in SALARY. According to Rep. Brad Sherman of California, these top managers will continue to receive million-dollar-a-month paychecks under this new bill. There is no direct ownership given to the American people for the money being handed over. Foreign banks and investors will be allowed to receive billion-dollar handouts. A large chunk of this $700 billion is going to be given directly to Chinese and Middle Eastern banks. There is NO guarantee of ever seeing that money again.

P.P.S. From talking to people I know in DC, they say the reason so many Dems are behind this is because Wall Street this weekend put a gun to their heads and said either turn over the $700 billion or the first thing we'll start blowing up are the pension funds and 401(k)s of your middle class constituents. The Dems are scared they may make good on their threat. But this is not the time to back down or act like the typical Democrat we have witnessed for the last eight years. The Dems handed a stolen election over to Bush. The Dems gave Bush the votes he needed to invade a sovereign country. Once they took over Congress in 2007, they refused to pull the plug on the war. And now they have been cowered into being accomplices in the crime of the century. You have to call them now and say "NO!" If we let them do this, just imagine how hard it will be to get anything good done when President Obama is in the White House. THESE DEMOCRATS ARE ONLY AS STRONG AS THE BACKBONE WE GIVE THEM. CALL CONGRESS NOW.


A realidade bate sempre a ficção.

In the Roosevelt Room after the session, the Treasury secretary, Henry M. Paulson Jr., literally bent down on one knee as he pleaded with Nancy Pelosi, the House Speaker, not to “blow it up” by withdrawing her party’s support for the package over what Ms. Pelosi derided as a Republican betrayal.
“I didn’t know you were Catholic,” Ms. Pelosi said, a wry reference to Mr. Paulson’s kneeling, according to someone who observed the exchange. She went on: “It’s not me blowing this up, it’s the Republicans.”Mr. Paulson sighed. “I know. I know.”
Fonte: NYT.
[via Margem de Erro]

domingo, setembro 28, 2008

LESBOA PARTY



LESBOA PARTY.

MAIS INFO AQUI

Jogo de expectativas

Começou o jogo das expectativas para o debate dos Veep's. Do lado republicano tenta-se baixar ao máximo as expectativas para Sarah Palin. Uma táctica que no passado, com George W. Bush, deu frutos.

Obama soma e segue

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Para perceber melhor os dados (link para as primeiras impressões) é esperar pela análise do Carlos Santos, n'O Valor das Ideias, especialmente quando começarem a sair sondagens pós primeiro debate dos battleground states. Por mim, só quis registar o momento...

sábado, setembro 27, 2008

America Update - polling

CBS News: Obama won 39%, McCain won 25%, Draw 36%.
Insider Advantage: Obama won 42%, McCain won 41%, Undecided: 17%.
CNN: Obama "did better" 51%, McCain "did better" 38%.

Estou a gostar muito do trabalho

Do Duarte Cordeiro. Menos tactico e mais político que o seu antecessor (sem deixar de reconhecer o mérito do legado do Pedro Nuno).
(sem referendo, naturalmente!)

America Update - Debate. Reacções

Duas ideias rápidas sobre o debate:

Primeira ideia: Pessoalmente acho que foi um debate interessante, sem vencedor claro. A CNN dá Obama triunfante, mas, a sê-lo, foi com uma curta margem. Foi visível que a estratégia de McCain foi de jogar ao ataque, sempre num estilo clássico / institucional (nunca tratou Obama por «Barack», por exemplo, ao contrário do senador do Illinois, que regularmente lhe chamava «John»). Não julgo que Obama se tenha defendido bem dos ataques a que foi sujeito, deixando passar por vezes a ideia de que estaria mal preparado para aquele debate (talvez não esperasse que John McCain fosse tão directo).

Segunda ideia: Não me parece que McCain tenha ganho o debate. Acho que teve bons momentos, especialmente quando atacava Obama, mas penso que perdeu uma boa oportunidade de (1) se distanciar da política externa de Bush, (2) apresentar uma forte ideia sobre o rumo que a economia norte-americana deve seguir e (3) de demonstrar que está bem melhor preparado que Obama para liderar internacionalmente o país. Obama, pelo contrário, procurou (e bem) centrar parte do seu discurso na economia, procurando a conexão com a Main Street (sempre em, contraponto com Wall Street). Do ponto de vista internacional não apresentou grandes novidades ou linhas de ruptura com o geral da política externa americana, mas também não comprometeu.

Veremos o que números dirão nos próximos dias, sendo certo que será muito importante qualquer vantagem retirada da noite de ontem. Esperemos. Entretanto, deixo mais algumas reacções (algumas retiradas do Nuno Gouveia):


Daniel Oliveira, O debate:
1 - O pior momento para tratar assuntos com a complexidade da política externa, onde quem ouve sabe tão pouco e quem fala tem de ter isso em conta, são campanhas eleitorais. Nada passa do básico.
2 - Apesar de discordar de metade do que Obama disse sobre política externa, esta deve ser a campanha em que há diferenças mais profundas entre os candidatos republicano e democrata.
3 - McCain representa uma continuidade quase absoluta da administração de George W. Bush em política internacional (ainda mais do que se poderia prever), Obama está longe de representar uma revolução, mas representa o regresso ao período pré-Bush.

Carlos Santos, A tie? Hardly, se quem ia atrás jogava em casa e não marcou:
É factual, para quem o tiver visto que de facto o tema do debate deve estar entre aspas. Sensivelmente metade do tempo, a primeira metade, foi passada a falar de economia. Na segunda metade falou-se de facto do assunto que levou os candidatos ali. Isto em si mesmo reflecte o que é a prioridade actual dos americanos, e em si mesmo proporcionou uma oportunidade para Obama fazer uma das coisas que fez melhor no debate: mesmo durante a segunda metade, aproveitou todos os pretextos para voltar à economia. Again, it's the economy.

Ricardo Lourenço, A vitória do Maverick:
O senador John McCain tinha uma bigorna presa a cada perna. De um lado a maior crise financeira desde o crash de 1929 (ambos candidatos concordam com a classificação). Do outro, oito anos de política externa republicana (tema do debate), coroados com duas guerras - Afeganistão e Iraque - sem um fim à vista. As expectativas quanto à sua prestação eram, portanto, muito baixas. Mas ao estilo diplomático de Obama, McCain respondeu à boa maneira de um Maverick: figura independente, alternativa, assertiva, arrogante (em dose q.b, claro está!). Agressiva.

Nuno Gouveia, Reacções:
Os candidatos reforçaram as suas anteriores posições, e não acrescentaram nada de novo. E também por isso, as suas bases de apoiantes ficaram satisfeitas. O problema de Mccain é que a sua mensagem parece não convencer os americanos indecisos, como defende Ezra Klein. Outro aspecto relevante é que Obama esteve muito melhor que nas primárias, onde quase sempre foi derrotado por Hillary Clinton. Elevou o nível da sua interpretação, prometendo muito mais para os próximos debates.

Ben Smith:
“The mild consensus in the press file was that McCain won, if not in particularly dramatic fashion. The two insta-polls out — from CBS and CNN — found the opposite: That Obama won by a wide margin. CBS had it 39% to 25% for Obama, CNN 51% to 38%.”

Chuck Todd:
“While there is now a mad scramble to spin who won or who lost, folks ought to step back and realize we saw one of the better “first” presidential debates in this modern era in quite some time.”

Ezra Klein:
“Give McCain this: He did an extremely good stylistic job in an extremely hard situation. I doubt he could have offered a better performance. But the polls suggest that undecideds broke hard for Obama anyway. Which suggests that McCain’s problem is what he’s saying, not how he’s saying it.”

James Fallows:
“This is distinctly strange — if anyone else notices. Obama is acting as if this is a conversation; McCain, as if he cannot acknowledge the other party in the discussion.”

Marc Ambinder:
“No memorable moments. Fascinating body language. No major gaffes by either candidates. No major surprises.

Kevin Drum:
“Am I off base, or was this one of the most soporific presidential debates in a while? Frankly, I didn’t think either one of them did very well. There was way too much rambling, and way too few sharp points. Overall, McCain was more lively than Obama, but if the point of the debate was for Obama to show that he could hold his own on national security, then count it a win for Obama. I wouldn’t call him a big winner, but he certainly did at least as well as McCain, and that might have been all he needed.”

Craig Crawford:
“In reality, McCain narrowly won this debate. In the more important contest for expectations-based perceptions, Obama eked ahead.”

Markos Moulitsas:
“I’ve been pondering those snap polls, both of which showed Obama winning tonight’s debate handily. I just never would’ve predicted that. In fact, I’ve given up trying to predict how the public will react to certain things. Remember McCain’s acceptance speech at the RNC convention? I thought it was dreadful, but polling suggested people loved it.”

O debate pode ser (re)visto na integra aqui

Importa-se de repetir??? Ou a importância de me chamar Ernesto.

Na semana passada manifestei aqui a minha surpresa pelo facto de ninguém ter sugerido a realização de um referendo sobre os casamentos homossexuais. Não demorou muito tempo.
Paulo Gorjão, Vox Pop, 24 de Setembro.

Paul Newman (1925-2008)


Morreu Paul Newman. Para mim O actor do século XX. Tinha 83 anos.

US Update - Obama on the Debate (campaigning)

José --
I just finished my first debate with John McCain. Millions of Americans finally got a chance to see us take on the fundamental choice in this election -- the change we need or more of the same.
I will provide tax cuts for the middle class, affordable health care, and a new energy economy that creates millions of jobs. John McCain wants to keep giving huge tax cuts to corporations, and he offered no solutions for the challenges Americans are facing in their daily lives. I will end the war in Iraq responsibly, focus on defeating al Qaeda and the Taliban, and restore America's standing in the world after eight years of disastrous policies. John McCain wants an unending commitment in Iraq and fails to recognize the resurgent threat in Afghanistan.
Let's be clear: John McCain is offering nothing but more of the same failed Bush policies at home and abroad that he has supported more than 90% of the time in the Senate. Americans need change now, and I need your help to get the word out about this movement. In the coming days, it's going to be up to you to organize locally and reach the voters that are going to decide this election. Now's the time to make your voice heard.
Thank you for all that you're doing,
Barack

sexta-feira, setembro 26, 2008

Antes do tempo

São 18h39m.
O debate presidencial americano será por volta da 1hoom da manhã. Mas esta imagem já está na Internet (estranho ser no Washington Post).


Globalização é globalização

Caro Carlos,

Por acaso não me lembro se alguma vez apontei o dedo aos filp-flop's de Obama. Se não apontei, aqui fica a minha penitência.

E aqui neste sítio já várias vezes apontei o dedo a Bush, nesta campanha, de efectuar algumas políticas defendidas por Obama, numa (para mim) clara tentativa de retirar armas a Obama, sendo o caso mais notado a retirada do Iraque.

Mas a questão, para mim, é que tu falhas na base do que consideras importante para simpatizantes fora do sistema. Para mim, é claro que a saúde da economia americana é de vital importância para a Europa, nomeadamente para Portugal. Senão, basta ver que todos os problemas que aconteceram nos últimos tempos do lado de lá do Atlântico tiveram como reacção imediata o aumento da taxa de juro euribor e a injecção por parte do BCE de muitos milhões de euros no mercado. Mas como se isso não bastasse, a globalização do sistema económico permite garantir com acordos comerciais alguma estabilidade (leia-se paz), estabilidade essa posta tremendamente em causa quando George W. Bush decidiu invadir o Iraque porque sim.

No que toca à questão paquistanesa, é óbvio que estou em total desacordo com Barack Obama e, por arrasto, com george W. Bush, por razões que já aqui expliquei, nesta loja e também neste texto.

Mas deixa-me que te diga que John McCain não sabia realmente onde ficava a Espanha (como vêz, a minha fonte é a rádio onde ele deu a entrevista). E sinceramente prefiro que ele não saiba onde fica Espanha a dizer que não recebe Zapatero, seu parceiro da NATO. É que se já não concordo com a abordagem da questão russa/georgiana, ainda teria que apontar a incoerência de defender a Georgia ao abrigo da NATO e não receber Zapatero, primeiro-ministro de um país membro da NATO.

De resto, Palin é Palin. E Hillary é Hillary. Aí estamos completamente de acordo.

quinta-feira, setembro 25, 2008

America Update - You don't quit


(via 5 dias)

Nuno,

Parece que a boa jogada do McCain está a correr mal... ele que só queria evitar o debate Veep e mostrar-se patriota e tal parece que colheu algum mau-estar no caminho. O ponto levantado pelo Letterman é muito bom: num cenário de crise não se desiste, resolve-se. E mais, num cenário onde o nº 1 é impedido de actuar, entra a 2, não se pára tudo.

(e ficou muito mau desmarcar o Lettermen e aparecer, live, na Katie Couric)

Está a correr muito mal para McCain estas últimas horas: já recuou na ideia de adiar o debate, colocou mais pressão na sua companhaira e ficou mal visto por muita da comunicação social (em especial o circuito de talk shows) que acompanha e opina sobre a campanha. Vejamos o que ocorrerá amanhã, no primeiro debate.

Que tal começar a pensar (com calma) o que se pode fazer na próxima legislatura

Sócrates recusa debater casamentos homossexuais por não estarem na agenda do PS.

Boa jogada

Percebi agora a ideia de McCain suspender a campanha até que a o debate no Congresso sobre a crise financeira seja resolvido. Boa jogada, pois não só Obama não tem hipótese de recusar o repto (seria ser «anti-americano»), como McCain aparece tranquilamente como o candidato da «America first», empenhado em resolver os grandes assuntos com uma atitude bi-partidária. Entretanto retira Sarah Palin da campanha (que, parece, só abre a boca para sair...), foge ao debate com Obama e mantêm-se a vanguarda dos ciclos noticiosos, obrigando Obama a correr atras.
Boa jogada.

Flip Flop McCain

Que PS no século XXI

Li, com atenção, a resposta do João Ribeiro e do João Boavida a este texto sobre o estado das secções do PS (em Lisboa), que merecem algumas reflexões, sobre a forma e o conteúdo de algumas ideias e/ou propostas que ficaram em cima da mesa.

1. Em primeiro lugar a forma.
Referi, meramente a título de exemplo, a possibilidade de Lisboa poder ter apenas 5 secções na sua área política, cada uma com 1000 militantes. Porquê? Porque uma secção com 1000 militantes consegue cativar uma dimensão humana e financeira de algum interesse, coisa que secções abaixo dos 300 militantes não conseguem. Assim, já seriam interessantes os recursos gerados, possibilitando às secções uma intervenção (publica e partidária) bem mais diversificada que a que geralmente tem tido. Claro que podemos falar de apenas secções, com 1250 militantes, uma vez que associado a esta proposta está uma ideia para a cidade de Lisboa, que não deve andar muito longe de quatro / cinco grandes zonas administrativas (ver os quatro Bairros Administrativos do Estado Novo no fim do texto).
Defendo ainda que estas secções deveriam existir em espaço físico, procurando no entanto que as novas (ou renovadas) sedes do Partido assumam uma nova forma de relacionamento entre o Partido e os cidadãos, estilo «Espaço PS», onde possam existir bibliotecas, centros de documentação, material político diverso, computadores de acesso público, salas para colóquios, exposições, debates, etc. Ou seja, toda a dinâmica Secção-Partido-Sociedade tem / deve ser reequacionada.

2. O conteúdo
Parece-me que quer João Boavida e o João Ribeiro percebem que o estado do Partido justifica algumas preocupações. Afinal, julgo, estamos - no PS - a atingir níveis de militância interna que justificam uma intervenção da cúpula. Isto porque não julgo que sejam as secções capazes de iniciar o processo de reorganização desejado.
Entendo a ideia vanguardista do João Ribeiro, não sei é se ela se adequa ao Partido Socialista, até porque os partidos de vanguarda são, por definição geral, elitistas e endógenos; enquanto o PS é, sempre foi, interclassista e politicamente plural. Dizia uma amiga, em conversa recente, que o Partido se encontra hoje entre a Filet Mignon e a Sardinha, simbolizando esses extremos a diversidade do próprio partido, e uma das razões para a dificuldade de operação de qualquer mudança.
O João Ribeiro refere ainda a pouca valorização que o Partido dá aos seus militantes, avaliação correcta, na generalidade; mas o problema não está na forma do Partido se organizar, antes pela capacidade mobilizadora dos seus diversos dirigentes eleitos.
Lembro ao João, que decerto não terá tomado conhecimento, que o projecto dos PES Activists Portugal, organizou recentemente um processo de consulta aberta dentro do Partido Socialista (e na sociedade civil próxima) para a apresentação de propostas para o Manifesto eleitoral que o PES (Partido Socialista Europeu) irá propor para as próximas eleições europeias. No decurso dessa iniciativa foram organizadas quatro conferências, descentralizadas (todas gravadas e online, e que podem ser vistas aqui), que contaram com a presença de diversos especialistas nas quatro áreas de trabalho (Europa e o Mundo, Democracia e Diversidade, Nova Europa Social, Nova Agenda Verde). Foram também contactados os militantes do Partido, que foram convidados a opinar sobre esses temas e também foram desafiadas diversas estruturas socialistas (a JS, o Departamento das Mulheres, o Grupo Parlamentar, o Governo, os EuroDeputados, as Federações envolvidas) e os resultados - na nossa opinião - foram fantásticos. Tivemos mais de 60 contribuições, entre militantes de base, deputados, Ministros e Secretários de Estado, Eurodeputados, assessores, adjuntos, anónimos, etc. O resultado final foi um pequeno documento que apresentava propostas concretas nas 4 áreas escolhidas (e que pode ser consultado aqui).


Regressarei ao tema. Deixo os quatro Bairros Administrativos do Estado Novo:

1.º Bairro - Anjos, Castelo, Coração de Jesus, Encarnação, Graça, Madalena, Mártires, Mercês, Pena, Sacramento, Santa Catarina, Santa Engrácia, Santa Justa, Santiago, Santo Estêvão, S. Cristóvão e S. Lourenço, S. José, S. Mamede, S. Miguel, S. Nicolau, S. Paulo, S. Vicente de Fora, Sé e Socorro;

2.º Bairro - Ajuda, Alcântara, Lapa, Prazeres, Santa Isabel, Santa Maria de Belém, Santo Condestável, Santos-o-Velho e S. Francisco Xavier;

3.º Bairro - Alvalade, Ameixoeira, Benfica, Campo Grande, Campolide, Carnide, Charneca, Lumiar, Nossa Senhora de Fátima, S. Domingos de Benfica, S. João de Brito e S. Sebastião da Pedreira;

4.º Bairro - Alto do Pina, Beato, Marvila, Penha de França, Santa Maria dos Olivais, S. João, S. João de Deus e S. Jorge de Arroios.

Algumas notas

Gostei bastante do Break’s over (MUST SEE), enquanto fã do Aaron Sorkin e apoiante do Obama. Só tenho pena que a ultima serie dele não tenha tido continuação, mas ainda tenho o 30 Rock para ver.
Este video, do Bill Clinton no Daily Show, é ligeiramente mais sério mas tem os seus momentos. É só amor... Pena o Bill não ter respondido à hipotese de por quantos é que ganharia se fosse ele o candidato.
Para quem quiser saber a resposta experimente isto... Eu ainda não consegui ganhar ao Teddy Roosevelt, mas não desisto. Para um jogo tão simples, está muito bem esgalhado.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Maria Keil e o Metropolitano – Um esclarecimento necessário


A blogosfera por vezes tem destas coisas. Boas intenções são deturpadas e as suas consequências imparáveis. Parece que este texto d'As causas de Júlia (que conhecemos aqui) causou tanta confusão na blogosfera que muitos (nós inclusive) pensámos que se estava hoje a destruir a obra da Maria Keil no Metropolitano de Lisboa. Afinal nada disso é verdade, a destruição ocorreu há mais de 10 anos, e quer este Governo, quer a Câmara Municipal de Lisboa, quer a Administração do Metro de Lisboa ou mesmo o Ministério das Obras Públicas nada tem a ver com o caso.
Publicamos a resposta colocada n'As causas de Júlia na íntegra porque nos sentimos - indirectamente - responsáveis pela dimensão da situação criada, pois aqui mostrámos a nossa indignação ao que pensámos ser um atentado à memória e aqui solicitámos que subscrevessem a petição entretanto colocada online.
Deixamos o texto:

Um texto despretensioso deste blog acabou por dar origem a um autêntico furacão internético, e está a provocar algumas dores de cabeça à autora e aos visados. Peço, por isso, a vossa atenção para o esclarecimento que se segue.
Tudo começou com um apontamento breve inscrito neste blog a propósito dos 94 anos de Maria Keil no dia 9 de Agosto. De passagem, lembrei a história dos painéis que a Maria fez para o Metropolitano de Lisboa entre finais dos anos 50 e inicio dos 70 e que, aquando das obras de ampliação do metro, nos anos subsequentes foram parcialmente destruídos – tendo a estação dos Restauradores sido a mais afectada, acabando a obra de Maria Keil naquela estação por ficar completamente destruída; mas a celeuma na altura foi tanta e a Maria insurgiu-se de tal forma, que fez com que a administração do Metropolitano repensasse os processos da renovação que estava a ser efectuada, voltando atrás e acabando mesmo por encomendar à artista uma das novas estações, precisamente aquela que está há anos para ser inaugurada, a estação de São Sebastião, e que Maria Keil tem pronta, prevendo-se que o seja em 2009 aquando dos 50 anos do Metropolitano.
A verdade é que o assunto foi sanado e ultrapassado, até pela própria autora, e a referência que lhe fiz neste blog, nomeadamente com a transcrição de parte substancial da entrevista dada por Maria Keil a António Melo, em 1999, pretendia apenas lembrar esse episódio lamentável, sem quaisquer outras motivações nem acusações a ninguém.
Acontece que a chamada blogosfera é um meio de comunicação particularmente propício a leituras apressadas e frequentemente incorrectas da realidade. E a internet, pela capacidade de difusão rápida que permite, torna-se muitas vezes veículo, mesmo que involuntário, de meias verdades que a seguir se transformam em pequenas mentiras, as quais por sua vez degeneram não raras vezes em verdadeiras calúnias.
Foi mais ou menos isto que se passou com esta história. A partir deste apontamento, o assunto voltou a ser abordado, de forma mais contundente, no blog do Samuel, que na altura saudei, o qual foi por sua vez citado em numerosos outros espaços, com mais um ou outro pormenor, uma ou outra acusação.
A partir daqui gerou-se uma autêntica bola de neve que culminou com a criação, no blog de uma indignada “petição online” (que reproduz, no essencial, o texto do blog de Samuel) onde se exorta “o Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa a, rapidamente, diligenciar obter os desenhos dos painéis destruídos e mandar executar, à empresa que produziu (a Viúva Lamego) novos painéis”.
Pelo meio ficam prosas para todos os gostos, umas a pedirem que o Ministro da Cultura se retrate, outras a pedirem explicações à administração do Metro, todas a dizerem mal do actual Governo e/ou da Câmara Municipal. Até Manuel António Pina embarcou na onda e escreveu uma crónica, com a qualidade irrepreensível que o caracteriza, clamando contra os “responsáveis”.
Tudo isto porque alguém tresleu as minhas palavras e catapultou para a ribalta, eventualmente com boa intenção, uma guerra que não existe – mas que, naturalmente, está a incomodar profundamente a Maria Keil. Porque é óbvio que nem o actual governo nem a administração em exercício do Metropolitano têm qualquer coisa a ver com o assunto (as obras em causa têm mais de dez anos!) e em parte alguma do texto que, involuntariamente, originou esta “tempestade” se diz que “no Metropolitano de Lisboa há juristas muito bons, que descobriram não ser obrigatório pedir nada, nem indemnizar a autora, exactamente porque ela não cobrou um tostão que fosse pela sua obra”. Essa foi, precisamente, uma leitura (extemporânea) do Samuel, e que acabou por funcionar como o fósforo que ateou a fogueira – acabando o fogo por se estender à imensa floresta dos blogs!
Há com certeza muitos motivos para discordar das políticas do governo e criticar o primeiro-ministro José Sócrates. Mas este não é, em definitivo, um deles. E só por desatenção, má fé ou desonestidade intelectual poderemos continuar a alimentar esta guerra sem sentido. Daí o meu apelo a que, de uma vez por todas, se ponha cobro a este lamentável episódio. De que, pela parte que me toca, desde já me penitencio. Mas que pode ter, pelo menos, a vantagem de nos levar a reflectir sobre o peso das palavras mal interpretadas e sobre as consequências de uma leitura apressada ou negligente daquilo que nos aparece no espaço virtual.
Desde já, as minhas desculpas públicas a Maria Keil.
Chamo a atenção para uma entrevista recente da autora, sobre o assunto.

O Duplo Critério

Os Obamaníacos não reconhecem um erro de Obama.
Outros há que não reconhecem as fragilidades do seu candidato dilecto. Que dizer de alguém que quer ocupar a Casa Branca e não sabe onde fica a Espanha, nem tampouco que esta é sua parceira na Nato?
Para um expert em Política e Relações Internacionais deixa um bocado a desejar. Aliás, deixa a desejar para o comum do cidadão...

P.S. - Também te fica 'bem' o tentares colar Obama às políticas de Bush e fazeres do John 'não percebo nada de economia e não sei onde fica Espanha' McCain o verdadeiro Maverick...

Quando o dinheiro faz a diferença...

Devido à fantástica campanha de angariação de fundos efectuada pela direcção de campanha de Barack Obama, é possível fazer coisas destas:


(via Populist News)

O normal são anuncios de 30 segundos...

Para mim é só descer a rua...


Break’s over (MUST SEE)


Aaron Sorkin publica no New York Times um diálogo ficcionado entre Obama e Bartlett. A ler todo. Aqui deixamos um excerto da nossa escolha (escolha bem diferente da de Diogo Belford Henriques do 31 da Armada, mas cada um tem o que escolhe...)



OBAMA - The problem is we can’t appear angry. Bush called us the angry left. Did you see anyone in Denver who was angry?

BARTLET - Well ... let me think. ...We went to war against the wrong country, Osama bin Laden just celebrated his seventh anniversary of not being caught either dead or alive, my family’s less safe than it was eight years ago, we’ve lost trillions of dollars, millions of jobs, thousands of lives and we lost an entire city due to bad weather. So, you know ... I’m a little angry.

OBAMA - What would you do?

BARTLET - GET ANGRIER! Call them liars, because that’s what they are. Sarah Palin didn’t say “thanks but no thanks” to the Bridge to Nowhere. She just said “Thanks.” You were raised by a single mother on food stamps — where does a guy with eight houses who was legacied into Annapolis get off calling you an elitist? And by the way, if you do nothing else, take that word back. Elite is a good word, it means well above average. I’d ask them what their problem is with excellence. While you’re at it, I want the word “patriot” back. McCain can say that the transcendent issue of our time is the spread of Islamic fanaticism or he can choose a running mate who doesn’t know the Bush doctrine from the Monroe Doctrine, but he can’t do both at the same time and call it patriotic. They have to lie — the truth isn’t their friend right now. Get angry. Mock them mercilessly; they’ve earned it. McCain decried agents of intolerance, then chose a running mate who had to ask if she was allowed to ban books from a public library. It’s not bad enough she thinks the planet Earth was created in six days 6,000 years ago complete with a man, a woman and a talking snake, she wants schools to teach the rest of our kids to deny geology, anthropology, archaeology and common sense too? It’s not bad enough she’s forcing her own daughter into a loveless marriage to a teenage hood, she wants the rest of us to guide our daughters in that direction too? It’s not enough that a woman shouldn’t have the right to choose, it should be the law of the land that she has to carry and deliver her rapist’s baby too? I don’t know whether or not Governor Palin has the tenacity of a pit bull, but I know for sure she’s got the qualifications of one. And you’re worried about seeming angry? You could eat their lunch, make them cry and tell their mamas about it and God himself would call it restrained. There are times when you are simply required to be impolite. There are times when condescension is called for!

Campaigning - LGBT

Dear José,
We're just 42 days away from the most important election of our lifetime, and every vote counts. You know that there is no better way to grow this movement than by connecting with people directly -- talking to friends, family and others about why you support Barack Obama. Our LGBT supporters have done an amazing job of reaching out to people in their communities. But in the final stretch, we want to make sure we are getting the word out as broadly as possible. That's why we are asking you to be a part of Hometown Pride, and talk to the people in the places you know best.
Hometown Pride is a great way that the LGBT communities can make sure they are connecting with people all over the country -- and make a difference in battleground states. You can do that just by telling your story, and explaining why there is so much at stake for all of us this year. We've made it easy. Click here to find suggestions on who to contact and what you can talk about.
Thanks for everything you do,
Dave Dave Noble
LGBT Vote Director Obama Pride

terça-feira, setembro 23, 2008

Um Sitio POSITIVO

Após férias e um pequeno percalço com o PC... Voltei...
Cuidado com as desatenções com actualizações de software. Quando vos é pedido para actualizarem, não ignorem esse vosso companheiro de informação... Eu ignorei... Apanhei vírus...

Enfim... Chamada de atenção à parte, quando "navegava" pela Net procurando informação, encontrei este site.

Em todos os aspectos, fabuloso. E fala-nos de quê? Porquê fabuloso?

Bom porque fala de um Portugal positivo, de um Portugal empreendedor, sustentável com a sua própria Natureza... Nada de lamechices, nada de coitadinhos, nada de "triste Fado"...

Apenas e só se reporta a notícias positivas... Histórias que glorificam a imagem de Portugal, nada de matanças, de chauvinismos, de charlatanismos, apenas historias com um mérito passível de serem lidas com orgulho...

Desde a Cidadania passando pela Cultura, viagem aos Mitos, a Gastronomia e Turismo, de tudo um pouco, informando sobre o que de bom se desenvolve em Portugal...

A visitar...

Deixam toda a gente escrever nos jornais

João César das Neves, Diário de Notícias
(já regresso. vou ali agradecer a Deus a liberdade que me deu para poder escrever estas linhas)

Uniproject

Vivemos acossados por sinais que nos indicam que é tempo de mudança, a todos os níveis.Todos sabemos o que está a acontecer agora no planeta a caminho de 2012, sem precisarmos dos bombardeamentos constantes dos media a cada minuto. Todos sentimos agora uma necessidade física de viver um dia de cada vez e, de seguida, tentar viver um momento de cada vez, permitir que o corpo se reajuste...

Para Outubro:
Unischool
Estão abertas as inscrições para o Curso Introdutório de Sânscrito (de 20 horas) na zona de Lisboa, a partir de fins de Outubro. Veja a nossa lista de outros cursos de línguas devidamente certificados.
11/10 – Workshop de Massagem para bebés
Sistema simples e altamente benéfico da medicina ayurvédica para os pais praticarem nos filhos de todas as idades. No Centro Bhanu.
12/10 – Curso de Massagem Ayurvédica na Associação Sorrir (30 -35 horas)
Em Belém , todos os Domingos de 12 de Outubro a 16 de Novembro, das 15:00 às 20:00. – Seguindo os preceitos da Ayurveda, este curso inclui uma componente teórica de introdução à anatomia, fisiologia, massagens na Índia e preceitos da terapia ayurvédica. Na parte prática abordaremos uma sequência completa de massagem que pode demorar até 2 horas, dependendo do contexto em causa.
18/10 – Workshop de Óleos de acordo com a Ayurveda
Ao longo do workshop irão aprender técnicas simples e prácticas para fazer óleos com os mais diversos efeitos curativos e aplicações. Integrado no curso estão ainda noções gerais de programação de cristais, cromoterapia e fitoterapia ayurvédica.
25/10 – Especial UnispaDay Spa no Centro Bhanu.
Venha usufruir de um dia inteiro dedicado ao relaxamento, saúde e bem-estar. Consulte o nosso programa e faça a sua reser va pois as vagas são limitadas.
26/10 – Workshop de Introdução à arte do Origami
Mais um desafio de papel, desta vez no Govinda Ji em Oeiras. Venha relaxar fazendo algo bonito. Para informações e inscrições sobre qualquer destas actividades contacte-nos.
Bom resto de Outono,
A Equipa Uniproject

Guimarães

19 mil pessoas presenciaram Comício em Guimarães

O mega-comício socialista realizado na "cidade berço", contou com a presença de 19 mil militantes e simpatizantes. José Sócrates agradeceu o apoio que lhe tem sido assegurado pelos socialistas, salientando que "o PS sempre soube que só podia contar consigo, que não iria encontrar nenhuma outra força política, à esquerda ou à direita, com vontade de mudança ou coragem para mudar".
O líder socialista criticou também o silêncio da liderança do PSD considerando que o mesmo esconde que Manuela Ferreira Leite tem medo de falar com o povo, ao encerrar um comício realizado no Pavilhão Multiusos de Guimarães, marcado pelo slogan "Força de mudança" e destinado a assinalar o início do novo ano político para os socialistas.
No discurso marcado pelo destaque às obras que o governo socialista tem feito durante a legislatura, o primeiro-ministro garantiu que «a Segurança Social será sempre pública e não privada», demarcando-se assim de um PSD que queria recorrer ao privado para garantir a sustentabilidade daquele organismo.
Numa intervenção de mais de 40 minutos, José Sócrates destacou sobretudo as reformas feitas na área da Educação, dando o exemplo das aulas inglês, que passaram a ser gratuitas.
O secretário-geral do PS assegurou ainda que os socialistas vão prosseguir no rumo traçado para promover o desenvolvimento do país.
O líder socialista frisou que o governo vai continuar a apostar no rigor orçamental, na educação, na prioridade à economia e ao emprego, na melhoria dos serviços públicos e na justiça social.
«Não ignoro as dificuldades da conjuntura internacional, mas a melhor resposta a esse desafio é continuar o caminho da modernização do país», defendeu.
O líder do PS, que subiu ao palco visivelmente emocionado, cerca de uma hora depois do comício ter começado, recordou que foi neste mesmo local que foi eleito, há quatro anos, para o cargo de secretário-geral do partido.

Correu-lhe mal...

Sarah Palin, Candidata a Vice-Presidente no ticket Republicano.
Sarah Palin e a Campanha Republicana tinham tudo planeado. Entrava para uma sala para reunir com o Presidente do Afeganistão Hamid Karzai e com o Presidente da Columbia Álvaro Uribe. Iam uns senhores repórteres fotográficos atrás, tiravam umas fotos que provavam que o encontro existiu, mais uns repórteres de imagem da CNN que filmavam a ocasião, e estava provado que a senhora já começava a se desenrascar na política internacional.
Claro que para o plano correr bem, não convém estarem presentes jornalistas, não vão estes fazer alguma pergunta difícil, como por exemplo:
onde fica a Espanha? que a obrigue a saber a resposta/concordar com John McCain (escolher a hipótese preferida).
Como não convém ter lá jornalistas, o que faz uma
pessoa que andou a fazer perguntas (retóricas, segundo ela) sobre banir certos livros das bibliotecas públicas de certas cidades do Alaska? Bane-os da sala!
Azar! A CNN mandou sair os repórteres de imagem, solidarizando-se com os jornalistas. E lá se foram as imagens.

"Republican vice presidential candidate Sarah Palin, who has not held a press Conference in nearly four weeks of campaigning, on Tuesday banned reporters from her first meetings with world leaders, allowing access only to photographers and a television crew.
CNN, which was providing the television coverage for news organizations, decided to pull its TV crew, effectively denying Palin the high visibility she had sought."

Afinal o que andaram eles a fazer no CERN?

Mais críticas humoristicas

segunda-feira, setembro 22, 2008

Rui & João


Vejo com agrado que quer o Rui Tavares como o João Tordo estão a manter espaços na blogosfera. O Rui Tavares aqui, e o João Tordo (um dos melhores valores da literatura nacional contemporanea) aqui.

Repensar o PS em Lisboa II

Devo dizer que este post começou num curto comentário ao post do José depois do golo do Maxi Pereira, e que o tamanho final é decido pela duração do intervalo.
A ideia principal, no caso de me perder pelo caminho, é que Lisboa está a mudar e o PS deve acompanhar essa mudança e ter uma estrutura mais profissional, mais ágil e mais próxima dos munícipes. Acho que ainda preciso de ter mais factos e mais discussões até realmente poder defender qual a melhor solução. Agora, encontro algumas falhas ou discordâncias nos argumentos usados pelo José, e decidi começar pela seguinte questão, porquê?
Porque é que uma secção com 1000 militantes faz reuniões com mais militantes? Será que o número de militantes é mais importante que a qualidade da militância? E será que queremos ter reuniões com mais de 20/30 militantes? Qual o objectivo dessas reuniões? Onde fica a discussão e o debate de ideias nessas megas reuniões?
Ok, não é só uma questão, admito que tenho muitas perguntas e ando á procura de respostas. Só uma salvaguarda, estas questões não significam que eu ache mal secções maiores, acho que o tamanho das secções é apenas um dos aspectos em discussão e, repito, ando á procura de respostas.

Repensar o PS (em Lisboa)

Foi com alguma curiosidade que li o que o João Ribeiro escreveu sobre a última reunião da Concelhia do PS Lisboa e os seus militantes.

Eu estive na dita reunião como representante do Secretariado da Concelhia do PS Lisboa, não conhecia o João, mas partilho com ele algumas das inquietações que revela no seu texto, nomeadamente as relativas ao grau e à intensidade da participação militante nas reuniões internas do Partido.

Bem sei que o PS está totalmente mobilizado na prossecução dos seus objectivos futuros (renovação da maioria parlamentar), mas a verdade é que essa motivação não se sente em outras estruturas do Partido, nomeadamente nas de base. Há, como imaginam, muitas razões para que tal aconteça (falta de interesse pela política partidária, existência de alternativas políticas e cívicas fora dos partidos, comodismo, etc.), mas estou em crer que o Partido é um dos principais culpados pelo estado a que a coisa chegou, pois promoveu e privilegiou - desde sempre - a existência geográfica e profissional em detrimento da concentração humana.

É normal que isso tivesse de acontecer na fase de implementação do PS na sociedade portuguesa, e o PS fez, nos primeiros anos da vida democrática portuguesa, um grande esforço para construir uma rede partidária que lhe permitisse cobrir geograficamente o país (e organizar e apresentar listas para todas as eleições – recordo que só nos anos 80 o PS conseguiu fazer o pleno de candidaturas nas Juntas de Freguesia e Municípios) e ocupar politicamente as empresas e sindicatos (lugares políticos privilegiados até à década de 90). Assim foi decidido que cada secção teria de ter, no mínimo, 15 militantes inscritos para existir. Repito, o objectivo primordial desta estratégia, há altura em que foi implementada, era a de obrigar o Partido à existência.

Claro que cada secção assumia uma relativa importância, não só porque representava a face do Partido em determinado local, mas porque permitia o acesso de militantes de bases aos órgãos colegiais superiores, leia-se congressos federativos e nacionais. Assim, e dependendo do rácio do momento, cada secção tinha direito a X delegados, segundo o seu número de inscritos. Tal situação levou à existência de secções fantasmas (existentes apenas para efeitos eleitorais) ou à desmultiplicação de secções para melhor aproveitamento do rácio (atendendo aos números de 2008, as secções tem direito a 1 delegado por cada 75 militantes, com o mínimo de 1 delegado. Neste cenário é mais proveitoso ter 10 secções de 15 militantes – e 15 delegados –, que 2 secções de 75 – e apenas 2 delegados).

Como vemos, o uso das secções foi muitas vezes invertido, em proveito dos seus coordenadores (que assim controlavam o acesso a algumas listas – nomeadamente as das Freguesias -, e aos delegados aos congressos, espécie de tribuna de honra para muitos militantes). Claro que generalizo, mas o meu ponto é que hoje não faz sentido ter secções com 15 militantes, e muito menos se nos estivermos a referir a secções de residência (o PS também tem secções sectoriais).

Na cidade de Lisboa o PS está organizado em 17 secções muito díspares, variando o número dos seus militantes (inscritos e activos) e o número de Freguesias a seu cuidado. Assim, por exemplo, a secção de Belém (a minha), secção média no espectro da Concelhia, não chega aos 200 militantes inscritos (muito menos activos), e tem a seu cargo, politicamente falando, as Freguesias de Santa Maria de Belém e de São Francisco Xavier. Já a secção de Benfica, com quase 700 militantes, tem as freguesias de Benfica e de São Domingos, e por ai em diante. Nem todas as secções têm espaço físico (algumas reúnem em hotéis) e muitos dos espaços existentes são, no mínimo, muito pouco convidativos. É este o estado da arte. E não parece melhorar, pelo contrário, até porque são muitos os coordenadores de secção que as entendem como coutada pessoal. O Partido assim é muito pouco efectivo e muito pouco atractivo. Assim entende-se a presença dos 20 ou 30 militantes das quatro secções convocadas para o efeito (representando as freguesias do núcleo central da cidade, de campo de Ourique a Campolide, passando pelo Bairro Alto e a zona de Fátima ou do Coração de Jesus).

A minha sugestão é simples: que se trate da reorganização administrativa do PS (em Lisboa). É um tema por demais adiado e que não pode esperar mais (e que devia, até, ligar-se à muitas vezes falada reorganização administrativa de Lisboa – e do país).

Tenho muitas vezes dito que temos um Governo do século XXI mas um Partido do século XX (e alguns políticos do século XIX). Temos tratar do processo de modernização do PS, sem traumas ou dogmas. A minha sugestão é que se inicie um alargado processo de debate e reflexão (a ser feito em todas as estruturas do partido, mas em especial às de Lisboa) e que se construa uma solução que possa permitir ao Partido Socialista ser o partido atractivo e atraente (nas suas bases) que já soube ser no passado.

Termino com uma ideia para Lisboa. A Concelhia tem cerca de 5000 militantes inscritos. Porque não 5 grandes secções com 1000 militantes cada? Decerto que teríamos nas reuniões bem mais de 20 ou 30 camaradas.

Podíamos fazer mais

Ao que parece, assinala-se hoje o Dia Europeu Sem Carros. Embora eu seja um grande apoiante deste dia, enquanto peão e ciclista, posso dizer sem medo de ser corrigido pelos factos que poucos foram os que fizeram o esforço de deixar os carros em casa.
É salutar a ideia da Câmara de Lisboa em fazer uma semana inteira dedicada á mobilidade e às alternativas de transporte, assim é de louvar as diversas cidades que aderiram a esta iniciativa. Devo dizer que este é um campo em que a falta de adesão não culpa dos governantes, mas sim dos governados.
Entre o egoísmo próprio do automobilista até ao chutar de responsabilidades pela falta de alternativas, já ouvi de tudo. O facto é que a maior parte das pessoas que diz que precisa de carro, seja para levar as crianças, seja para carregar todos os utensílios indispensáveis á sua profissão, já não utiliza os transportes públicos á tanto tempo que bem que podia experimentar deixar o carro em casa hoje... Só hoje... Talvez tenham uma surpresa agradável.

Guess who's back!


Notícia aqui!

Mais Maher (agora com Salman Rushdie, John Fund & Janeane Garofalo + Roseanne)







Está dado o mote

A Reunião Extraordinária da Comissão Política da Concelhia de Lisboa do passado dia 17 contou, perante uma plateia muito bem preenchida e com inúmeras intervenções, com a presença do camarada António Costa, Presidente da CML, facto que por si só é importante de realçar, pela disponibilidade em "prestar contas" sobre as actividades camarárias, sensivelmente a meio do mandato.
O que salta à vista, numa primeira análise, é o à-vontade e a confiança que António Costa respira e faz transparecer, no domínio transversal das mais variadas temáticas, desde as mais elaboradas, como o Programa de Expansão e Modernização das Escolas Públicas de Lisboa, a outras que têm tanto de simples como de imprescindível, como o combate aos grafittis e a sinalização de passadeiras.
O acordo alcançado com o Movimento Cidadãos por Lisboa, encabeçada pela Arquitecta Helena Roseta, gerou opiniões divergentes na assembleia. Na parte que me toca, havendo a possibilidade de chegar a acordos que ofereçam mais estabilidade e maior capacidade de realizar trabalho camarário através de pessoas com provas dadas, sou a favor. Mas o camarada Dias Baptista referiu o mais importante quando afirmou que este acordo é um prenúncio da disponibilidade de António Costa e do PS para chegar a esses mesmos acordos. Sabendo de antemão que, nem o PCP, nem o BE, nem a própria Helena Roseta vão perder a oportunidade de se insinuarem junto do eleitorado com a proximidade das eleições legislativas.
Estamos a sensivelmente um ano das próximas eleições autárquicas. Existe algum simbolismo nesta reunião contar com o actual Presidente de Câmara e foi importante ter sido ele a dar o mote. Tal como existem expectativas dos militantes de base relativamente ao ano de 2009 e aos combates políticos que se avizinham. Só falta combinar estratégias, pois o "nervoso miudinho" já cá está...
Ricardo Fresco
Secção de Belém
(via PS Lisboa)

domingo, setembro 21, 2008

Tenho muitas dúvidas se isto por cá fosse possível (mas é genial)





(via 5 dias)

Sabia que havia alguma coisa errada, só não sabia bem o que era...


O centenário do Benfica passou quase despercebido
No passado dia 13 de Setembro aconteceu uma coisa só possível em Portugal. O Sport Lisboa e Benfica atingiu os cem anos de vida mas não houve quaisquer celebrações. Nem na TV nem nos jornais ditos desportivos que são três nem na rádio ouvi qualquer referência à efeméride. Só mesmo em Portugal é que é possível um clube festejar o centenário quatro anos antes da data. Sabemos todos, que o Sport Lisboa e Benfica festejou o centenário em Fevereiro de 2004 perante a silenciosa conivência dos jornais desportivos diários. Os mesmos jornais para quem é mais importante o joelho do jogador Mantorras do que a falência da SAD do Farense, o clube mais representativo do Algarve.
A verdade em história só existe com documentos e o primeiro documento a referir-se ao Sport Lisboa e Benfica tem data de 13 de Setembro de 1908. Faz agora cem anos. Em 1904 foi fundado o Sport Lisboa cujo emblema tinha uma águia e uma bola; em 1906 foi fundado o Grupo Sport Benfica cujo emblema tinha a bola e a roda da bicicleta. O novo clube, nascido em 13 de Setembro de 1908, juntou no seu emblema a águia e a bola do Sport Lisboa e a roda da bicicleta do Grupo Sport Benfica. Esta monstruosa manipulação da história só não teve eco na página 9 do «Diário de Notícias» do passado dia 13 que, discretamente embora, chama a tenção para o facto ter sido em 1908 que surgiu o nome do Sport Lisboa e Benfica. Antes não havia nem esse nome nem esse emblema nem esses estatutos. Por isso não faz sentido festejar um centenário aos 96 anos. Mas num país com uma imprensa desportiva completamente narcotizada pelo medo das direcções de alguns clubes tudo é possível. Até o centenário do Benfica passar quase despercebido.
(via Aspirina B)

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