sexta-feira, setembro 26, 2008

Globalização é globalização

Caro Carlos,

Por acaso não me lembro se alguma vez apontei o dedo aos filp-flop's de Obama. Se não apontei, aqui fica a minha penitência.

E aqui neste sítio já várias vezes apontei o dedo a Bush, nesta campanha, de efectuar algumas políticas defendidas por Obama, numa (para mim) clara tentativa de retirar armas a Obama, sendo o caso mais notado a retirada do Iraque.

Mas a questão, para mim, é que tu falhas na base do que consideras importante para simpatizantes fora do sistema. Para mim, é claro que a saúde da economia americana é de vital importância para a Europa, nomeadamente para Portugal. Senão, basta ver que todos os problemas que aconteceram nos últimos tempos do lado de lá do Atlântico tiveram como reacção imediata o aumento da taxa de juro euribor e a injecção por parte do BCE de muitos milhões de euros no mercado. Mas como se isso não bastasse, a globalização do sistema económico permite garantir com acordos comerciais alguma estabilidade (leia-se paz), estabilidade essa posta tremendamente em causa quando George W. Bush decidiu invadir o Iraque porque sim.

No que toca à questão paquistanesa, é óbvio que estou em total desacordo com Barack Obama e, por arrasto, com george W. Bush, por razões que já aqui expliquei, nesta loja e também neste texto.

Mas deixa-me que te diga que John McCain não sabia realmente onde ficava a Espanha (como vêz, a minha fonte é a rádio onde ele deu a entrevista). E sinceramente prefiro que ele não saiba onde fica Espanha a dizer que não recebe Zapatero, seu parceiro da NATO. É que se já não concordo com a abordagem da questão russa/georgiana, ainda teria que apontar a incoerência de defender a Georgia ao abrigo da NATO e não receber Zapatero, primeiro-ministro de um país membro da NATO.

De resto, Palin é Palin. E Hillary é Hillary. Aí estamos completamente de acordo.

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