Ecos

1. Gostei de ler as reflexões de Luís Paixão Martins sobre o marketing político em torno das eleições norte-americanas (e em especial de Obama). (the Ax-men e o Ax-men português I e the Ax-men e o Ax-men português II).
Percebe-se melhor a táctica de Ferreira Leite (ou de Pacheco Pereira, segundo LPM), o problema foi que o Congresso do PSD foi uns bons meses mais cedo e agora há que ocupar o tempo até Abril (quando se inicia, a sério, o ciclo eleitoral, com a pré-campanha eleitoral para as eleições europeias).

Não concordo com LPM quando refere que o PSD procura uma campanha curta e intensa (com o mínimo de exposição para o seu candidato), uma vez que o ciclo eleitoral de 2009 é muito longo, decorrendo de Abril a Outubro, sem contar com as eleições açorianas deste ano. Portanto, o PSD tem, mesmo, de se apresentar a jogo muito antes e, mesmo que sacrifique os Açores, tem de ter um bom score eleitoral em Junho, nas Europeias, senão arrisca a perder totalmente o momento para o PS (que, se não for ameaçado, vai se aproximar da maioria absoluta).

2. Ainda sobre o tema (política nacional, PSD, MFL), o Rui A. do Portugal Contemporaneo escreveu estes dois posts (Do silêncio I e Do silêncio II).
Eu acho, sinceramente, que MFL ainda está a pensar se é, ou não, candidata a primeiro-ministro em 2009 (pode, perfeitamente, continuar Presidente do PSD e colocar, por exemplo, Rui Rio como candidato...). Por outro lado, entendo que a líder laranja tem procurado se posicionar, de forma muito calculada, no tabuleiro do jogo da política. Está a definir o seu estilo, a ganhar o seu espaço, a ver como a oposição se comporta (a interna, entenda-se) e a procurar prever como se desenrolará o intenso ciclo eleitoral do próximo ano (recordemos que ainda falta definir o calendário eleitoral, especialmente se vamos - ou não - ter eleições legislativas e autárquicas em simultâneo). Claro que o PS agradece…