Numa primeira abordagem, e com os factos disponíveis, torna-se na minha opinião incompreensível que o Lisboa-Dakar tenha sido cancelado. Não só representa uma grande cedência a ameaças terroristas, algo que é inimaginável no mundo actual, como todas as alternativas permaneciam viáveis. Como todos os Dakars anteriores, poderiam ser facilmente excluídas as etapas da Mauritânia, poderia se desviar o trajecto, aliás como já anteriormente com o Dakar-Dakar, um Dakar "light" que mesmo que não incluísse areia, nunca seria a subjugação e subserviência que esta cedência a terroristas representa.
Se basta matar alguns terroristas europeus em África nas vésperas do Dakar para que este seja cancelado, então dificilmente haverá a partir de agora um rally que não seja cancelado, como disse Paulo Camacho na SIC.
Escreveu-se hoje uma página negra no desporto mundial, e na luta contra o terrorismo.
Resta esperar que não tenham sido as querelas do governo Francês com as muitas questões espinhosas que têm em África, entre as quais pelos vistos com a Mauritânia, que esteja por detrás desta subserviência a terroristas.
Enfim, mais actos incompreensíveis no mundo em que vivemos...
2 comentários:
8 etapas em dezasseis, sendo estas 8 as mais difíceis e, logo, as decisivas tornam a decisão de, excluindo a Mauritânia, cancelar o Dakar óbvia. Mas levantas questões pertunentes, lá isso levantas...
Bom... Tinham sempre a Tunisia, que consegue manter um nivel de dificuldade elevado na transposição das areias... E não é a um dia antes da prova começar q se levantam questões de segurança... Tiveram muito tempo para o "decidir"... Como ficam os pilotos privados com o investimento que fizeram... Há que acautelar esse tipo de principios. Não será apenas o dinheiro da inscrição... Há muita coisa por contar...
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