Leram o último editorial do José António Saraiva no Expresso do fim-de-semana? Pois não é que o director-injustamente-ainda-não-condecorado-no-10-de-Junho, num aparente sonho/pesadelo de colunista sem assunto, escreve sobre as existentes candidaturas de Cavaco, Portas, Basílio Horta, Manuel Monteiro e Santana, que dariam uma mais que possível vitória à 1ª volta de Mário Soares (com uns estimados 55%).
Pois bem, imagino que esta tentativa de exercício de humor ou de ironia tivesse como objectivo procurar inverter a polaridade política existente na questão presidencial. Mas a verdade é que a intenção passa ao lado, ao se perder em justificações parvas e sem sentido. À esquerda, são quatro os candidatos já existentes (a não ser que se conte com o Garcia Pereira, ou com o Manuel João), e à direita ainda esperamos anúncios. Terá sonhado? Ou entrado num estado temporário de loucura? Nada do que escreve existe, e afasta-se da ironia e do humor quando assume uma linguagem demasiada séria e quando rapidamente muda o destinatário do texto: não está a escrever para a esquerda, «brincando» com ela. Escreve para a direita, e está assustado.
Se não será de humor nem de ironia que o Sr. Director nos trata. Também não é daqueles que desperdiça espaço discorrendo em deambulações inférteis e vagabundas – aí lembra, e muito, Marcelo Rebelo de Sousa, que não desperdiça um segundo de tempo de televisão para colocar, e bem, os seus «tiros» (só que «O Director» apenas dispõe de 3500 caracteres semanais…).
Uma outra leitura, já vendo segundas intenções, pode apontar para uma exploração de uma ainda não existente fragmentação do espaço político da direita. Esta fragmentação viria de um confronto «primário» entre Cavaco, Portas e/ou Santana, e teria o objectivo de, segundo Pacheco Pereira, clarificar a direita portuguesa como a 1ª volta de 1985 clarificou a esquerda (triunfo de Soares contra o Eanista Zenha e a basista Pintasilgo). Pois bem, para um claro apoiante de Cavaco, como considero o director do Expresso, este exercício só poderá ter como destinatário o eleitorado/decisores de Direita, procurando veicular a mensagem que «cuidado, se nos dividirmos (Direita) nunca ganhamos à 1ª volta e corremos o risco de não ganharmos de todo, sem ondas e com unanimismos (mesmo que falsos) pode ser que consigamos». É que, ao contrario de Pacheco Pereira – que procura humilhar Portas e/ou Santana num confronto com Cavaco na 1ª volta das presidenciais –, José António Saraiva tem medo que, ao ser obrigado a uma 2ª volta, Cavaco perca com Soares.
É que JPP acredita que Cavaco vença Soares, num duelo em Fevereiro. O sr. Expresso não.
Entretanto, e para colmatar as suas sempre existentes dúvidas e medos, este tão mal-tratado-director-do-maior-semanário-português-e-escritor-de-grande-talento-e-próximo-possível-Nobel-português diverte-se a brincar à «Politica à Portuguesa», procurando manter o seu espaço de intervenção e de influência.
Pois bem, imagino que esta tentativa de exercício de humor ou de ironia tivesse como objectivo procurar inverter a polaridade política existente na questão presidencial. Mas a verdade é que a intenção passa ao lado, ao se perder em justificações parvas e sem sentido. À esquerda, são quatro os candidatos já existentes (a não ser que se conte com o Garcia Pereira, ou com o Manuel João), e à direita ainda esperamos anúncios. Terá sonhado? Ou entrado num estado temporário de loucura? Nada do que escreve existe, e afasta-se da ironia e do humor quando assume uma linguagem demasiada séria e quando rapidamente muda o destinatário do texto: não está a escrever para a esquerda, «brincando» com ela. Escreve para a direita, e está assustado.
Se não será de humor nem de ironia que o Sr. Director nos trata. Também não é daqueles que desperdiça espaço discorrendo em deambulações inférteis e vagabundas – aí lembra, e muito, Marcelo Rebelo de Sousa, que não desperdiça um segundo de tempo de televisão para colocar, e bem, os seus «tiros» (só que «O Director» apenas dispõe de 3500 caracteres semanais…).
Uma outra leitura, já vendo segundas intenções, pode apontar para uma exploração de uma ainda não existente fragmentação do espaço político da direita. Esta fragmentação viria de um confronto «primário» entre Cavaco, Portas e/ou Santana, e teria o objectivo de, segundo Pacheco Pereira, clarificar a direita portuguesa como a 1ª volta de 1985 clarificou a esquerda (triunfo de Soares contra o Eanista Zenha e a basista Pintasilgo). Pois bem, para um claro apoiante de Cavaco, como considero o director do Expresso, este exercício só poderá ter como destinatário o eleitorado/decisores de Direita, procurando veicular a mensagem que «cuidado, se nos dividirmos (Direita) nunca ganhamos à 1ª volta e corremos o risco de não ganharmos de todo, sem ondas e com unanimismos (mesmo que falsos) pode ser que consigamos». É que, ao contrario de Pacheco Pereira – que procura humilhar Portas e/ou Santana num confronto com Cavaco na 1ª volta das presidenciais –, José António Saraiva tem medo que, ao ser obrigado a uma 2ª volta, Cavaco perca com Soares.
É que JPP acredita que Cavaco vença Soares, num duelo em Fevereiro. O sr. Expresso não.
Entretanto, e para colmatar as suas sempre existentes dúvidas e medos, este tão mal-tratado-director-do-maior-semanário-português-e-escritor-de-grande-talento-e-próximo-possível-Nobel-português diverte-se a brincar à «Politica à Portuguesa», procurando manter o seu espaço de intervenção e de influência.
E que pior coisa pode acontecer, na nossa praça jornalística, que perder essa influência…
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