Quando hoje às 20 h Cavaco anunciou a sua esperada intenção de se candidatar a Belém (anuncio esse que, reconheço, não vi) assumiu, finalmente, a liderança de uma toda uma campanha política e comunicacional que por ele tem vindo a falar nos últimos meses.
Conhecemos alguns dos seus protagonistas, Pacheco Pereira, Joaquim Aguiar, Marques Mendes, Rui Ramos (?), Luciano Amaral (?), etc, e deles esperamos uma defesa acérrima do (possível) candidato Cavaco Silva. Esperamos também que se articulem na apresentação de argumentos que modelem Cavaco na personagem por eles desejada (não sei é se todos eles partilham essa imagem projectada, mas isso já é outra conversa).
Este intróito para referir que vi hoje dois exemplos de como a comunicação (alavancada na comunicação social) aliada a uma causa política pode procurar passar uma mensagem intencionada que «cole» a uma intenção bem delineada.
Luciano Amaral, no DN, expunha o que entendia ser a sua ideia de «Verdade», a propósito da apresentação do OE. Num artigo a «bater», apesar de apresentar algumas razões sobre as dúvidas por si exibidas, refugia-se na tradicional ladainha oposicionista inconsequente e improdutiva: critica o presente, este presente, não oferece alguma alternativa (apesar de tentar, no final do artigo), limitando-se a criticar por criticar. Onde anda a seriedade nesta gente? Sinceramente que não sei. Apoiavam um governo (o de Durão/Portas) que pior fazia. Nada dizem. Agora, para condicionar o momento político, atiram facilidades argumentativas de construção espontânea e de negação confusa (o que diz pode-se dizer de todos os orçamentos do mundo ocidental). Nem uma ideia de futuro. Nem uma. Somente a tradicional visão negativista a preparar o caminho a quem de «verdade» se apresente.
Já pela noite, no «debate presidencial» que o Canal 1 nos ofereceu, Joaquim Aguiar (critica Soares quando pretende ir para o seu terceiro presidente e para a sua terceira década em Belém…) volta ao tema. Refere que o futuro presidente terá de ser «verdadeiro», que a politica actual já não tem «verdade», e que caberá ao futuro ocupante do palácio de Belém a responsabilidade e a oportunidade de repor o valor, quase que diria moral, da «verdade» no «real» nacional. Quem poderá ser o portador dessa verdade? Claro está Cavaco Silva!
Dois mensageiros, uma mensagem, um destino: Cavaco Silva = Verdade
Dir-me-ão: mas a mensagem é boa, passa e atinge, senão nem este comentário teria aparecido.
Sim e não. Sim porque efectivamente aqui estou a comentar esse facto. Não porque esperava bem mais de um debate presidencial, mais ainda quando apresentado pela «candidatura vencedora». Questões de verdade e de mentira, mesmo que filosoficamente, não devem ser tratadas neste palco. Fazê-lo é cobrir todos os outros candidatos com um manto de suspeição inadmissível. Então Cavaco é o puro? O salvador? Esquecemos o cavaquismo? O desperdício dos fundos comunitários? O incentivo desesperado e desenfreado ao consumo? O novo-riquismo? O inicio do deficit? A «ditadura da maioria»? O autismo da sua governação? E pelo contrário, nada reconhecemos em Soares? Pai da democracia portuguesa? Ou será que questionamos este mesmo sistema democrático? (às vezes é o que parece). E Alegre? Jerónimo? Ou Louçã? Não merecem o respeito de serem adversários honestos?
Parece que não. Parece aliás que, para alguns, isto de eleições presidenciais são favas contadas. E mais, votar? Aí Sidónio, aí Carmona, ao que te escapaste…
(por acaso ambos os ex-presidentes foram votados: Sidónio em 1917 como único candidato, e Carmona em 1928 – 1935 – 1942 e 1949, detendo ainda o recorde…)
Conhecemos alguns dos seus protagonistas, Pacheco Pereira, Joaquim Aguiar, Marques Mendes, Rui Ramos (?), Luciano Amaral (?), etc, e deles esperamos uma defesa acérrima do (possível) candidato Cavaco Silva. Esperamos também que se articulem na apresentação de argumentos que modelem Cavaco na personagem por eles desejada (não sei é se todos eles partilham essa imagem projectada, mas isso já é outra conversa).
Este intróito para referir que vi hoje dois exemplos de como a comunicação (alavancada na comunicação social) aliada a uma causa política pode procurar passar uma mensagem intencionada que «cole» a uma intenção bem delineada.
Luciano Amaral, no DN, expunha o que entendia ser a sua ideia de «Verdade», a propósito da apresentação do OE. Num artigo a «bater», apesar de apresentar algumas razões sobre as dúvidas por si exibidas, refugia-se na tradicional ladainha oposicionista inconsequente e improdutiva: critica o presente, este presente, não oferece alguma alternativa (apesar de tentar, no final do artigo), limitando-se a criticar por criticar. Onde anda a seriedade nesta gente? Sinceramente que não sei. Apoiavam um governo (o de Durão/Portas) que pior fazia. Nada dizem. Agora, para condicionar o momento político, atiram facilidades argumentativas de construção espontânea e de negação confusa (o que diz pode-se dizer de todos os orçamentos do mundo ocidental). Nem uma ideia de futuro. Nem uma. Somente a tradicional visão negativista a preparar o caminho a quem de «verdade» se apresente.
Já pela noite, no «debate presidencial» que o Canal 1 nos ofereceu, Joaquim Aguiar (critica Soares quando pretende ir para o seu terceiro presidente e para a sua terceira década em Belém…) volta ao tema. Refere que o futuro presidente terá de ser «verdadeiro», que a politica actual já não tem «verdade», e que caberá ao futuro ocupante do palácio de Belém a responsabilidade e a oportunidade de repor o valor, quase que diria moral, da «verdade» no «real» nacional. Quem poderá ser o portador dessa verdade? Claro está Cavaco Silva!
Dois mensageiros, uma mensagem, um destino: Cavaco Silva = Verdade
Dir-me-ão: mas a mensagem é boa, passa e atinge, senão nem este comentário teria aparecido.
Sim e não. Sim porque efectivamente aqui estou a comentar esse facto. Não porque esperava bem mais de um debate presidencial, mais ainda quando apresentado pela «candidatura vencedora». Questões de verdade e de mentira, mesmo que filosoficamente, não devem ser tratadas neste palco. Fazê-lo é cobrir todos os outros candidatos com um manto de suspeição inadmissível. Então Cavaco é o puro? O salvador? Esquecemos o cavaquismo? O desperdício dos fundos comunitários? O incentivo desesperado e desenfreado ao consumo? O novo-riquismo? O inicio do deficit? A «ditadura da maioria»? O autismo da sua governação? E pelo contrário, nada reconhecemos em Soares? Pai da democracia portuguesa? Ou será que questionamos este mesmo sistema democrático? (às vezes é o que parece). E Alegre? Jerónimo? Ou Louçã? Não merecem o respeito de serem adversários honestos?
Parece que não. Parece aliás que, para alguns, isto de eleições presidenciais são favas contadas. E mais, votar? Aí Sidónio, aí Carmona, ao que te escapaste…
(por acaso ambos os ex-presidentes foram votados: Sidónio em 1917 como único candidato, e Carmona em 1928 – 1935 – 1942 e 1949, detendo ainda o recorde…)
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