1-"Caso Joana": é incrível como num país onde o povo elege para autarcas pessoas como Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro e Isaltino de Morais (e, noutros tempos, Avelino Ferreira Torres, que, se tivesse concorrido de novo para o Marco de Canavezes, teria certamente ganho) se constituem tribunais de júri, seleccionados de entre esse mesmo povo, para julgar seja o que for. Se a maioria da população não tem condições mentais, culturais e educacionais para votar com consciência e esclarecimento, como pode decidir sobre a vida de uma pessoa? A situação torna-se mais grave quando o julgamento em questão é referente a um processo muito mediatizado, o que, normalmente, favorece a formulação de sentenças populares a priori mal se fala num suspeito, e sublinho, suspeito.
Não sei como é feito o processo de selecção dos jurados, mas se fosse arguido num processo qualquer, não gostava de ser julgado pela peixeira da minha rua (com tudo o respeito que me merece...).
2-Financiamento dos partidos: é uma vergonha que se gastem 100 milhões de euros numa campanha eleitoral, quando o país está como está em termos económicos. Na minha opinião, o financiamento para campanhas deveria ser obtido através de patrocínios privados, Operações Coração, peditórios, etc, tudo menos através do Estado. Quem tem dinheiro para colar 10o cartazes, só cola 100; quem tem dinheiro para colar 1000, cola 1000.
3 comentários:
Relativamente ao finaciamento dos partidos, não concordo com a opinião aqui expressa.
Concordo que em tempo de crise o financiamento deve ser menor, mesmo muito menor, sem sombra de dúvida.
Mas sou contra o finaciamento privado. É essa possibilidade de financiamento privado que dá o maior flanco para que se instale a corrupção. É que os finaciamentos são favores que depois têm de ser pagos e são-nos sabemos nós muito bem como.
Realmente Paulo não tinha visto as coisas por esse lado e acho que tens razão. No entanto, custa-me que o nosso dinheiro seja gasto em cartazes, autocolantes e coisas do género. Se calhar os partidos deviam arranjar uma forma de se auto-financiar: assim não se gastava o dinheiro dos contribuintes e evitava-se a corrupção. Não sei se isto seria viável...
peço aos seus convidados que leiam o que descrevo sobre financiamento político, comparado com muitos países. Estudo o tema há anos e também educação eleitoral. sou Noely, escritora, de Curitiba.
blog Educação Eleitoral & Política
http://wwwpolitica.com
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