Todos sabemos que Paulo Portas é, talvez, um dos mais brilhantes políticos em actividade no nosso país. E que é sobretudo conhecido pela sua capacidade de se reinventar consoante as marés do momento; desde o eurocéptico, passando para o eurocalmo, terminando no partido da lavoura e do contribuinte.
Mas sinceramente, não sei como Portas conseguirá recuperar do desastre que é a participação do CDS nesta coligação diabólica. Sobretudo, por causa do teatro "agarrem-me senão eu vou-me embora", já efectuado por causa da TSU, e que Portas está a repetir escassas semanas depois.
Toda a gente já percebeu que Portas, e o CDS, são demasiado cobardes para abandonar o governo, preferindo o poder, e o dinheiro, à defesa dos interesses nacionais, ou dos interesses dos seus próprios eleitores. E no entanto, este teatro enfraquece grandemente a própria coligação.
Agora, não antevejo muitos futuros parceiros de coligação dispostos a aturar teatros destes no futuro…
Talvez seja melhor Paulo Portas sair de cena definitivamente.