And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
sexta-feira, outubro 29, 2010
Sinais de Mudança
quinta-feira, outubro 28, 2010
Completamente inesperado (se te chamares Luís Filipe Menezes)
De certeza que os mercados internacionais não ouviram Luís Filipe Menezes. Uns “chatos”, estes mercados, por não perceberem estas dinâmicas vindas de Gaia.
quarta-feira, outubro 27, 2010
Enquanto isso, na Roménia...
(sublinhado meu)
Será que a crise financeira é internacional? Ou será que o governo socialista da Roménia... espera, não é socialista! É de Centro-Direita. Hum...
Luís Filipe Menezes e o desfasamento da realidade
quinta-feira, outubro 21, 2010
A Ler: Pessimismo du jour
Em breve os europeus - e mais ainda os da periferia - terão recuado algumas décadas. Em rendimentos, em bem-estar, na segurança social, no consumo e no lazer, nos direitos. É bem provável que @s noss@s filh@s nos olhem de boca aberta, daqui a uns anos, quando lhes falarmos da vida nos anos noventa (no caso português), ou dos anos 60 em diante (na Europa mais desenvolvida). Na guerra que estamos a viver o neo-liberalismo está a ganhar. E quando as pessoas começarem a reagir aos efeitos da razia os guiões disponíveis serão os do nacionalismo e das ideias extremistas.
(Via Os Tempos Que Correm.)
terça-feira, outubro 19, 2010
Estado terá de pagar aos privados em 30 dias
Esperemos é que haja dinheiro. Mas a medida é mais que justa!
Baixa fraudulenta ou despedimento contra a lei?
Parece óbvio que algo está mal nesta situação. Ou Manuela Moura Guedes estava de baixa e, portanto, não pode sair pois a lei não o permite, ou a baixa da senhora é uma baixa fraudulenta, pois visava somente não ter de ir trabalhar, sem que lhe pudessem apontar qualquer coisa.
Mas que podia ir a festas, lá isso podia...
segunda-feira, outubro 18, 2010
O IVA da nossa desgraça!
Passam de 6% para 23% de IVA: (via Corta-Fitas) Passam de 13% para 23% de IVA: (via Corta-Fitas)Leites chocolatados, aromatizados, vitaminados ou enriquecidos;
Bebidas e sobremesas lácteas;
Sobremesas de soja;
Refrigerantes, sumos e néctares de frutos ou de produtos hortícolas, incluindo os xaropes de sumos, as bebidas concentradas de sumos e os produtos concentrados de sumos;
Utensílios e outros equipamentos exclusiva ou principalmente destinados ao combate e detecção de incêndios;
Prática de actividades físicas e desportivas.
Conservas de carne e miudezas comestíveis;
Conservas de moluscos;
Conservas de frutas ou frutos, designadamente em molhos, salmoura ou calda e suas compotas, geleias, marmeladas ou pastas;
Conservas de produtos hortícolas, designadamente em molhos, vinagre ou salmoura e suas compotas;
Óleos directamente comestíveis e suas misturas (óleos alimentares);
Margarinas de origem animal e vegetal;
Aperitivos à base de produtos hortícolas e sementes;
Aperitivos ou snacks à base de estrudidos de milho e trigo, à base de milho moído e frito ou de fécula de batata, em embalagens individuais;
Flores de corte, folhagem para ornamentação e composições florais decorativas. Exceptuam-se as flores e folhagens secas e as secas tingidas;
Plantas ornamentais.
A Ler: A minha posição sobre o orçamento 2010
A minha posição sobre o orçamento 2010:
Conhecido o orçamento chego à conclusão de que sou um dos borregos seleccionados por Sócrates para sacrifício orçamental, um sacrifício que lhe permite gerir as expectativas orçamentais e manter numerosas organizações do Estado que apenas servem para gastar o dinheiro dos contribuintes, sacrificam-se os grupos profissionais onde as expectativas eleitorais são menores e as instituições onde é menor a concentração de afilhados.
(...)
Os mercados financeiros estão-se nas tintas se Sócrates sacrifica instituições fundamentais para manter institutos inúteis, se os magistrados vão pagar com língua de palmo os desvarios que promoveram perdendo vencimento, pagando mais impostos e, a cereja em cima do bolo, perderem os 700 euros livres de impostos do subsídio de residência, se são os funcionários públicos a recuarem mais de dez anos no seu rendimento ficando ainda sem quaisquer expectativas profissionais, que o buraco orçamental resulte da despesa ou de Teixeira dos Santos ter transformado Portugal num paraíso para a evasão e fraude fiscais, ou se os deficientes são tratados fiscalmente como se fossem indulgentes, o que os mercados querem é que o défice seja cortado este ano, para o próximo voltarão a exigir o mesmo porque o actual orçamento não passa de cuidados paliativos.
Sócrates fez a vontade aos mercados, teve o cuidado de penalizar apenas os que já não votariam nele e como se pode ver nas sondagens teve sucesso, estão contentes os bancos e todos os que foram poupados pela estratégia de Sócrates. É um orçamento que soube dividir os portugueses, os trabalhadores do sector privado batem palmas porque trama os funcionários públicos, os mais pobres divertem-se com a expectativa de terem por companhia uma boa parte da classe média. É um bom orçamento para uns e mau para outros, mas acima de tudo é bom para os que ganham nas sondagens.
(...)
Agora digo basta, em relação a José Sócrates, ao PS e ao seu governo a minha tolerância passou a zero, seria uma incoerência minha apoiar uma política que me obriga a equacionar a hipótese de abandonar a Função Pública, a deixar para trás uma carreira de 30 anos e procurar um recomeço profissional no sector privado. Estou farto que me tratem abaixo de cão, que me penalizem pela incompetência dos governos, que me desvalorizem socialmente, que me achincalhem com objectivos políticos, não aceito que para um político possa ter perspectivas eleitorais hajam centenas de milhares de portugueses a deixarem de as ter.
(Via O JUMENTO.)
Isto está bonito, está
Angela Merkel afirmou, no passado sábado, que o modelo de uma Alemanha multicultural falhou. O problema da imigração, depois da publicação do panfleto Sarrazin [um provocador racista demitido do Bundesbank], fracturou a sociedade alemã.Presentemente, Merkel considera que o projecto de co-habitação multicultural foi derrotado pelo peso da cultura muçulmana [emigrantes]. lemondeEmbora continuando a afirmar que a Alemanha continua aberta ao Mundo, Merkel, acrescentou: ‘Nós não temos necessidade de uma imigração que pese sobre o nosso sistema social’.Merkel não sentiu necessidade de diferenciar co-habitação e integração. Em plena saída da crise a Alemanha levanta problemas muito próximos da xenofobia sob a pressão da Direita [que faz um aproveitamento hipócrita da crise].A deriva de Merkel não anda muito distante da querela identitária manipulada por Nicolas Sarkozy, em França.(Via PONTE EUROPA.)
P.S. - Ler Também:
Antes que seja tarde de mais:
Dentro da CDU a chanceler enfrenta cada vez maiores pressões para adoptar uma linha política mais dura na imigração, sobretudo nas franjas que não revelam predisposição a se adaptarem à sociedade alemã. E as declarações por ela feitas sábado à noite estão a ser vistas como uma tentativa de apaziguar aqueles que lhe criticam inaptidão para lidar com mão mais forte com os problemas da imigração no país.
(Via O Insurgente.)
sexta-feira, outubro 15, 2010
É sempre à última da hora
A SIC-Notícias está agora a noticiar que a entrega da proposta de orçamento na AR (cuja data limite legal é hoje) foi adiada para as 22h30, e a conferência de imprensa respectiva foi adiada para amanhã às 10h.
Eis uma dúvida que me atormentava à muito
Finally, so-called "scientists" have gotten their act together, and figured out something important: Why it is that airline food is so terrible and bland. Weirdly enough, it's your fault.
Well, sort of. As it turns out, the thing that makes airline food so tasteless is the noise on an airplane, which apparently limits your ability to taste sweetness and saltiness. (This is also why food tastes bland when you are eating it next to an explosion, or a person yelling in your ear.)
Researchers had a group of participants eat foods with either silence or loud white noise on headphones, and then rate the food's sweetness, saltiness, and crunchiness. Food eaten while noise was played on the headphones was consistently rated less sweet and salty—though, oddly, it tended to be rated more crunchy.
So, there you have it: Airline food tends to taste bland because airplanes are so goddamn loud. Because of this, airlines season the hell out of it. (Apparently, NASA also gives its astronauts strong-tasting foods, like those dehydrated ice cream bars, I guess.) Maybe, instead, they should turn off the engines for, like, 20 minutes or so while everyone is having their lunch.
(Via Gawker)
Eu sempre pensei que a comida nos aviões era má porque as companhias não estavam dispostas a dar comida razoável aos passageiros da classe turística. (Nunca viajei em executiva ou primeira).
Admito que a hipótese da comida ser mais saudável e genérica (como a dos hospitais), também me tinha passado pela cabeça.
Com esta notícia, a ideia de alguma vez comer boa comida em executiva, ou primeira, ou, sonho utópico, em avião particular, é capaz de ter sofrido um forte abalo...
quinta-feira, outubro 14, 2010
A Ler: O combate ao desperdício público é uma bandeira da esquerda
No momento actual, este tipo de discurso parece assentar bem aos economistas da praxe, àqueles que nos impingem que tudo o que o Estado faz é errado. Na verdade, o desastre das PPP deve-se, em larga medida,... precisamente àqueles que nos impingem que tudo o que o Estado faz é errado. A lógica das PPP consiste em acreditar que o Estado deve deixar espaço aos privados para revelarem a sua eficiência supostamente acrescida. Acontece que a maior eficiência que esses privados têm revelado é na argumentação jurídica que lhes permite justificar renegociações dos contratos – só na Lusoponte a derrapagem financeira associada foi de 400 milhões de euros. A lição a retirar não deixa espaço para dúvidas: se o Estado não é suficientemente bom para conduzir directamente os investimentos, não o será seguramente para prevenir ou vencer batalhas jurídicas associadas a contratos complexos.(...)A história das PPP em Portugal mostra-nos que menos Estado não é necessariamente melhor Estado. Mostra-nos também que o combate ao desperdício tem de passar por um Estado mais activo e mais decente. Um Estado que assuma que o investimento directo é frequentemente melhor do que acordos de parceria com demasiadas contingências incertas. Um Estado que reforce as competências técnicas dos organismos públicos, de forma a assegurar que não é por falta de competências que as boas decisões não são tomadas. Enfim, um Estado com mais transparência e maior controlo democrático, de forma a reduzir os riscos da sua captura por interesses particulares.(Via Ladrões de Bicicletas.)
(ênfases minhas)
A Ler: Que venha o bendito FMI
Portanto, considero-me mais defendido por peritos estrangeiros que nada tenham que ver com votos ou com interesses pessoais da imensa burguesia política que gere este país do que com os oportunistas que por cá andam. Dizem-me que se vier o FMI será mais duro, talvez seja verdade mas certamente não o será para os que estão pagando a crise sozinhos. Mas tenho a certeza de que os peritos do FMI serão mais independentes, rigorosos e honestos do que os nossos partidos, além disso tenho a certeza de que para o ano o espectáculo não se repete e que os esforço que os portugueses terão de fazer não resulta de jogos eleitorais.
Por tudo isto que venha o FMI, deixamos de aturar os Medinas, os Salgueiros, os Teixeiras e outros, os dirigentes partidários comem e calam deixando-se de jogos eleitorais feitos à custa dos outros, ficaremos a saber todos os podres económicos que ainda estão escondidos e ficamos certos de que os problemas serão resolvidos.
Não é por acaso que ao contrário do que é costume, serem os pobres a recear a vinda do FMI, desta vez são os mais ricos e a burguesia instalada que tem esse receio. De resto as medidas já anunciadas e as exigidas são bem piores do que qualquer acordo com o FMI a que Portugal se sujeitou no passado.
(Via O JUMENTO.)
Gostava de ter dito isto
"Se não pararmos com as parcerias público-privadas, e renegociarmos as existentes, vamos continuar no vale dos aflitos até irmos para o desfiladeiro da tragédia"
(ouvido da boca de José Gomes Ferreira, SIC Notícias)
Nós não entendemos. Eles não percebem.
Ana Sá Lopes, A insustentável bipolaridade do discurso de Passos Coelho:
‘O homem que já afirmou que 'pior do que não ter um Orçamento do Estado é ter um mau Orçamento do Estado' é o mesmo que admitiu que 'a realidade que se nos oferece' é que depende do PSD 'a salvação do país'. Ah, e também que Portugal está na iminência de, 'se o PSD não viabilizar este Orçamento, não ter crédito externo e de não ter financiamento para o país', coisa pouca, evidentemente. Isto foi na segunda-feira à noite. Na terça-feira, o líder do principal partido da oposição mudou outra vez de ideias. Invocando Sá Carneiro, a alma mater social--democrata para a mitologia das rupturas, voltou a acenar com o chumbo, uma vez 'que um partido com a história do PSD não pode ceder' a 'chantagens' e não quer 'contribuir para mais desemprego em Portugal, para mais falências em Portugal, para mais recessão em Portugal, sabendo que isso não valerá de nada'.Alguém se entende? Alguém percebe este discurso? Se o líder diz que 'o PSD não pode deixar de ajudar a melhorar a situação do país, mas deixar passar o Orçamento como aquele que o governo manifestou intenção de apresentar não é melhorar a situação', podemos deduzir que chumba. Se nos reportarmos ao discurso da véspera, em que Pedro Passos Coelho afirmou que o seu único critério é que 'como poderá ajudar o país a passar este momento difícil', podemos deduzir que se abstém.’(Via Câmara Corporativa.)
(ênfase minha)
Viabilize ou não o orçamento, acho que Passos Coelho é capaz de ter definitivamente manchado a sua imagem pública de responsabilidade e de competência. O que paradoxalmente é capaz de ajudar a explicar este comportamento errático.
Quanto mais tempo passar o PSD na oposição, mais hipóteses há da actual direcção ser derrubada. Cavaquistas e afins o desejam ardentemente. Afinal, todo este espectáculo triste é capaz de ser gravoso para Cavaco. Assim sendo, os "passistas" devem estar a entrar numa mentalidade do "tudo ou nada".
O que, irónicamente, só acelera as hipóteses de serem derrubados internamente...
Aguardamos o líder que se segue na São Caetano à Lapa.
O país é que não sei se aguenta.
O Sporting está a ser dirigido por loucos.
(Via esquerda goulash.)
Resta saber se são perigosos, e quando tempo demoraremos a limpar a nossa casa, a bem da nossa imagem pública.
Para evitarmos cenas destas:
Pancadaria na assembleia geral do Sporting
A assembleia geral do Sporting ficou esta quarta-feira marcada por situações de violência entre apoiantes da direcção e críticos desta. Em causa a aprovação do projecto Roquette, que visa transformar o clube numa empresa e que levou à criação de uma Sociedade Anónima Desportiva para gerir o futebol profissional.
quarta-feira, outubro 13, 2010
A qualidade do nosso jornalismo reconhece-se à distância
Não sei bem porquê, vários jornais têm-me telefonado muito nos últimos tempos para obter opiniões rápidas sobre isto e aquilo. Deve ser por ser novato, mas fico sempre surpreendido como saem sempre coisas que não disse ou tiradas do contexto, o que é quase a mesma coisa. A semana passada calhou ser o Diário Económico, sobre a República. A peça saiu hoje. Nela apareço (ilustrado com fotografia e tudo) a dizer que temos um ‘governo em estado de negação’ e que ‘proponho uma IV República’. Ora, eu sei muitas coisas sobre este governo mas não exactamente o que nega. E também não propus nenhuma IV República. É cansativo.
(Via Gato do Cheshire.)
(ênfases minhas)
A ser verdade, isto é grave
Alegre acusa Cavaco de recrutar crianças em escolas
O candidato presidencial Manuel Alegre afirmou hoje ter informações de que estão a ser recrutadas crianças em escolas para levarem "bandeirinhas" para as visitas do Presidente da República a determinados concelhos do país.
"O Presidente [da República] tem feito deslocações, visitas aos seus bastiões eleitorais, inclusivamente em sítios onde, segundo me disseram, vão recrutar crianças às escolas com bandeirinhas, como em tempos que deviam estar no passado", acusou o candidato apoiado pelo PS e Bloco de Esquerda.
A utilização de crianças em actos de propaganda política é sempre reprovável. Tenho a mesma opinião sobre cerimónias do Estado.
Portugal (e a Irlanda) entre os 10 países com maior risco de falência do Mundo
FT Alphaville » Ireland, Portugal join sovereign risk elite: "
The latest quarterly sovereign risk report from CMA Datavision is out, and wouldn’t you know — Ireland and Portugal have cracked the top ten of the world’s riskiest sovereigns:
Meanwhile, the constituents of the top ten safest sovereigns stayed unchanged, but the US was the worst performer in the group, declining from third to ninth place:
For the second quarter running Portugal is in the top 5 worst performer table – its austerity measures has yet to sway the market in the right direction.
The rest of Europe remained fairly flat this quarter. The Ireland/Portugal situation has not been contagious – the Euro strengthening from 1.22 to 1.37 in the quarter indicating the FX market also believe the issues may not be widespread.
(source: CMA Sovereign Risk Report for Q3 2010)
Estes dados reportam-se até ao terceiro trimestre de 2010, por isso não incluem os efeitos do PEC 3. E são baseados em CDS (credit default swaps), o que significa que representam apenas a percepção dos mercados de negociação (e.g. a percepção de agentes mais institucionais e dos investidores que efectivamente compram a dívida pública nacional poderá ser diferente).
Contudo, isto implica claramente que os mercados não acreditavam nos pacotes de austeridade, aprovados até ao PEC 3, como podendo resolver a nossa crise de finanças públicas.
Isto é um diagnóstico francamente muito negativo. E num cenário destes, considero que o PEC 3 poderá ser insuficiente para inverter esta percepção.
Teoria do Comércio Interestelar
The Theory of Interstellar Trade
This article extends interplanetary trade theory to an interstellar setting. It is chiefly concerned with the following question: how should interest charges on goods in transit be computed when the goods travel at close to the speed of light? This is a problem because the time taken in transit will appear less to an observer traveling with the goods than to a stationary observer. A solution is derived from economic theory, and two useless but true theorems are proved.
(via Paul Krugman)
(E foi realmente publicada numa revista académica)
Especulação sobre a viabilidade do comércio interestelar
The logical quandary is that at any time in the foreseeable future, technological growth would out-pace our current technological ability so that crossing the great void would make no sense. At anytime in the foreseeable future this would only get worse.
It has been pointed out that if you went to the stars you would find humans, who left much later there to greet you. And YOUR trade goods would be antiques. They in turn had found humans who left even later, there to greet them, who in turn….etc. The first guy to leave Earth for Alpha Centuri would be greeted by the guys who left the week before he arrived at Alpha Centuri. What kept you?…and no we don’t want any of that ancient crap you’re hauling.
We might as well stay home.
Este texto provém dos comentários a este post de Steven D. Levitt, que por sua vez foi respondido por Paul Krugman (aqui). As caixas de comentários, às vezes, contêm coisas maravilhosas...
Comparação de mau gosto
Os portugueses têm algumas semelhanças com os mineiros do Chile. Ambos estão enfiados num buraco. A grande diferença é que os mineiros do Chile têm a esperança que alguém os vai tirar de lá.
(Via ABC do PPM.)
Há comparações que nunca se devem fazer, sobretudo porque dizem muito sobre a pessoa que as faz...
Sobre as Parcerias Público-Privadas
Em meados dos anos 90, uma nova moda tomou conta do discurso político e da administração da coisa pública: as modernas e inteligentes parcerias público-privadas. Portugal é um dos países europeus que mais usou este tipo de financiamento para o investimento do Estado. A moda começou com Guterres, continuou com Durão e Santana e seguiu o seu caminho com Sócrates.
(...)
Como testemunha o juiz Carlos Moreno, que durante anos fiscalizou, no Tribunal de Contas, as PPP’s e é autor do livro ‘Onde o Estado gasta o nosso dinheiro’, o Estado fez péssimos negócios. Em troca do investimento privado não se limitou a pagar mais do que pagaria se fosse ele próprio a garantir o investimento. Ficou com o todo o risco do seu lado, garantindo aos privados extraordinárias mesadas. Um negócios das arábias para os financiadores: dinheiro certo em caixa. Um descalabro para os cofres públicos: paga-se mais, dá-se a exploração a outro e banca-se sempre que a coisa corre mal. Carlos Moreno não tem dúvidas em considerar que houve, na celebração destes negócios, um comportamento ‘incompetente e desleixado’, em que ‘o Estado, em grande parte das concessões, ficou com uma parte substancial do risco’.
(Via Arrastão.)
Segundo o post citado acima, a factura das PPPs já vai em "48,3 mil milhões de euros, até 2049, quase um terço do nosso PIB."
Alguém tem dúvidas que estes contractos terão que ser renunciados (ou dissolvidos) o mais rapidamente possível? Simplesmente, não teremos capacidade financeira para aguentar estes encargos. E assim sendo, acho que há muitas empresas privadas, de construção e saúde sobretudo, que daqui a uns anos já estarão nacionalizadas ou na falência.
E ouvem-se grilos no Largo do Rato
Carta aberta a Passos Coelho - Réplica em contracorrente ao Henrique Raposo - Estado Sentido: "
Foquemo-nos na terceira opção, que julgo ser a mais provável. O Presidente da República terá que propor um Governo de iniciativa presidencial. Com Sócrates fora de cena, as personalidades que no PS se têm preparado para o suceder (assim de repente, surgem no horizonte António Costa e António José Seguro), terão muito mais facilidade para conseguir um entendimento com o PSD. O Governo de iniciativa presidencial será um Bloco Central, eventualmente estendido ao CDS, e provavelmente até com notáveis independentes - muito gostaria de ver Medina Carreira e Êrnani Lopes nas pastas da Economia e Finanças. Governando por duodécimos, não se aumentam impostos que com toda a certeza vão levar à recessão e pode-se começar a cortar na despesa. Após a reeleição de Cavaco, as eleições legislativas servirão para legitimar aquele que será um Governo consensual, dadas as circunstâncias de necessidade excepcionais. E este conseguirá aprovar um Orçamento adequado à conjuntura.
(via Estado Sentido)
(ênfases minhas)
Por razões de todos conhecidas, até gostaria que este orçamento fosse chumbado. Mas convínhamos que tentar justificar isso com argumentos fantasiosos apenas pode prejudicar esse objectivc.
P.S. - Confesso, contudo, que dei uma gargalhada com a hipótese de Medina Carreira como ministro da Economia/Finanças. Muitas pessoas estão a acreditar demasiado na propaganda que lhes estão a vender.
A Ler: Pereira & Lains (2010)
From an agrarian society to a knowledge economy: Portugal, 1950-2010
Abstract
This paper surveys the main features of Portuguese economic growth in the last half century, with a particular emphasis on the period after the return to democracy in 1974. It shows that significant structural change and capital deepening were the chief sources of growth in the Portuguese economy until the mid 1970s. From then onwards, human capital accumulation and productivity growth were the main reasons behind Portugal’s economic fortunes. Growth declined between these two phases, as in the rest of Europe. In Portugal, it slowed further after 1990. After surveying the main causes of the slowdown of the Portuguese economy in the last decade, Portugal’s main human capital indicators are compared to other European and OECD economies. While Portugal has made a remarkable transition from an agrarian society to an industry- and service-based economy, the country still has not been able to successfully move on to a knowledge-based economy. Such a transition, however, is instrumental to spur economic growth on and to improve productivity.
"
(Via Pedro Lains.)
(disponível para download)
Obama continua a decepcionar
Left Reaches New Low: Begging for Inaction: "I am truly disgusted.(Reuters) - The Obama administration decided on Tuesday to appeal a judge's rulings that prevented the U.S. government from banning same-sex marriages.(Via Huffington Post.)
Não sei o que dizer. Obama opõe-se à lei publicamente, mas porque "tradicionalmente o Departamento de Justiça recorre de decisões judiciais que contrariam legislação do Congresso", a administração está a defender uma lei que fere os mais básicos valores progressistas.
Poderíamos dizer que os americanos tinham votado num progressista, mas como tradicionalmente a presidência dos EUA é de um conservador...
Por estas e por outras é que as eleições para o Congresso vão ser o desastre que se avizinha.
A Ler: The irrelevance of the liberal 'brand'
The irrelevance of the liberal 'brand': "
There is perhaps no surer signal that Democrats are about to suffer a terrific defeat than to see liberals begin discussing how to define, redefine, or otherwise burnish their 'brand.' So far as I'm concerned, this falls firmly in the 'doesn't matter' category of American politics. In 2004, all liberals could talk about was the power of the conservative brand, and George Lakoff became an icon because of it. In 2006 and 2008, better branding didn't save Republicans from being devastated in the polls, leading Democrats to the first 60-vote Senate majority since the 1970s. So much for brands.
The word 'liberal' is not popular, it has never been popular, and I do not expect that it ever will be popular. But liberalism -- and the politicians who support it -- are doing just fine. Not in any given election, of course, but over time. It's not obvious that a stronger brand has done much for the right, nor that it has seriously hampered the left. Branding might be important. But product matters more.
terça-feira, outubro 12, 2010
A Ler: "Opositor sim, dissidente não"
Ao estarmos a reconhecer que os opositores ao totalitarismo chinês são dissidentes, estamos a minorar a sua luta e a assumir que a maioria dos chineses prefere viver em ditadura.
Eles são resistentes e opositores à ditadura chinesa. Não são "dissidentes".
Pedro Correia tem toda a razão.
"Aye. And if my grandmother had wheels, she'd be a wagon"*
Alguém me consegue explicar o que isto quer dizer? O que passa pela cabeça deste homem, que muitos acham que poderá a vir ser o próximo Primeiro-Ministro de Portugal?
Se é este o calibre de Passos Coelho...
P.S. - * Frase icónica de Montgomery Scott ao ver a USS Excelsior no Star Trek III
segunda-feira, outubro 11, 2010
O Sr. Luís não tem culpa. E nós também não!
Sei que a culpa é da Administração Pública. Digo "Administração Pública" e não "Funcionários Públicos".A Administração Pública tem sido gerida danosamente. É um animal insaciável de muitas clientelas que constituem uma casta destinada a sacar para si os benefícios que resultam de uma Administração Pública descontrolada e ao Deus-dará. São esses (públicos e privados, com e sem cor – muitas vezes privados vindos do público) e não os funcionários públicos que contratam o que não tem de ser contratado, que compram o que não tem de ser comprado, que não gerem o que tem de ser gerido e que colocam nos lugares chave aqueles que asseguram a continuidade dos seus propósitos.
O que pensam os "defensores" do sindicalismo sobre os sindicatos e a Greve Geral
1)
O PS está no Governo? Sim. E saudará as reivindicações dos trabalhadores? Não. Por a greve ser contra si? Sim. Então porque é que a sua central sindical adere a um protesto autofágico?
2)
3)
4)
ainda temos que aceitar que meia dúzia de sindicalistas amarelos sacrifiquem a elementar exigência da demissão do governo a troco da sua participação? Isto serve a quem?
sexta-feira, outubro 01, 2010
"O estado é o problema" ou uma mentira contada muitas vezes
Giro...
E pensar que este senhor foi o mesmo que começou com o Programa SDI (Strategic Defense Initiative) a.k.a. Programa Star Wars (não confundir com os filmes de cinema, s.f.f.). Algo baratinho!!!!
Porque se há coisa que os liberais do lado de lá do atlântico sabem é que o estado, lá como cá, é o principal motor da economia.