And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
sexta-feira, julho 31, 2009
Dia Mundial do Orgasmo
Bom, a nível blogosférico, é um excelente pretexto para pôr este filmezinho!
A Secret Plan to Fight Inflation*
(este é um novo texto colocado ontem no Simplex, sob o nome Teoria da Conspiração)
Segundo o líder do Bloco de Esquerda "há um programa que não está escrito, um programa secreto" do PS para a próxima legislatura.
O que dizer de alguém que tem uma afirmação destas? A única razão que consigo encontrar é que o programa é 'suficientemente' de esquerda para que esta seja a primeira razão que Francisco Louçã encontra para atacar o PS quando lhe perguntam a opinião sobre o programa apresentado pelo PS. Depois lá se recompõe e diz que "na política e na economia, não há mudança nenhuma. E se o PS levar avante este programa, isto quer dizer que o país fica na mesma".
Mas fica o registo de que a primeira crítica foi "um programa secreto"...
* A primeira coisa de que me lembrei quando vi notícia que motivou o texto foi o vídeo abaixo mostrado. Por ser de uma série conhecida (The West Wing) não o coloquei no Simplex, nem usei o nome no post. Aqui, até hoje, não temos esse problema. Eis a cena...
quinta-feira, julho 30, 2009
O triunfo do Virtual sobre o Real?
O prolongado debate sobre a relação entre a sociedade civil e a sociedade político-partidária tem hoje uma nova dimensão: o espaço virtual da blogosfera. O «Simplex» e o «Jamais», com independentes e encartados, simbolizam isso mesmo. O fenómeno não é novo, nem mesmo em Portugal («Super Mário» e «Pulo do Lobo»), mas ganhou importância com advento da maturidade da blogosfera nacional, com a crescente qualificação e exigência da sociedade civil e do eleitorado (com muito e bom acesso à informação), e com o impacto do fenómeno Obama. O mundo virtual ganhou espaço e consolidou-se. A reacção dos Partidos foi interessante. Primeiro estranharam, depois entranharam.
Encontramo-nos então numa nova fase da vida política-partidária, que aproveita o que emana da blogosfera e bebe da sua reflexão crítica independente, complementando assim os contributos que vêm das vias tradicionais (universidades, sindicatos e movimentos sociais). Mas enganem-se os que julgam que a política só deve existir na net, pois os problemas dos portugueses continuam a ser mundanos. O mundo virtual deve complementar o real, e não o contrário. A política ainda se deve fazer para as pessoas. E essas continuam a ser reais.
Queijas a sério
Queijas a Sério (vão lá fazer uma visita ao blogue), para Oeiras a Sério.
E a estupidez continua
quarta-feira, julho 29, 2009
BlogConf com José Sócrates
Recebi vários comentários a referir que o video não se via. Voltei a copiar o embed, mas se ainda não o conseguirem ver, cliquem aqui.
terça-feira, julho 28, 2009
O "mito" do aquecimento global
Se conseguíssemos saber mais destas informações secretas, é provável que aquilo que alguns consideram um mito passasse a ser algo inequivocamente provado.
Mais Transparência
(texto originalmente escrito para o Simplex, aqui)
Um dos maiores desafios que se deparam ao próximo governo será claramente o da transparência. Se repararmos, dos maiores ataques ao governo do Partido Socialista, muitos tiveram a ver com a transparência, ou a hipotética falta dela, na acção política do governo que agora chega ao seu fim.
Nos tempos que correm, a transparência é um bem essencial à política. Um bem essencial que continua a escapar em Portugal. É tempo de fazer alguma coisa para que o dinheiro do estado e seu uso seja mais facilmente perceptível pelos cidadãos deste país.
Assim, e não tendo a intenção de ser original, recorre-se ao recovery.gov para extrair uma proposta para o programa de governo.
Como sabem, o recovery.gov é o site da administração americana que permite ao cidadão seguir a utilização do dinheiro público que está a ser injectado na economia. A proposta que aqui se deixa alinhavada (e, claramente, necessitada de ser trabalhada) é a construção de um sítio onde possa ser consultado os gastos/investimentos financeiros da governação portuguesa, bem como as opções tomadas em concursos públicos.
Exemplo 1: Abriu-se um concurso público para construir um novo aeroporto. Concorreram três consórcios ao projecto. No sítio Transparência apareceria o concurso com a proposta vencedora e as duas derrotadas, ambas disponíveis para consulta, em linguagem que o cidadão comum consiga perceber.
Exemplo 2: Poder-se-ia fazer a história dos programas e-escola e e-escolinha. Quantos computadores já foram entregues, quanto se gastou nas melhorias escolares, em que escolas, etc.
Muitas outras apostas poderiam fazer parte da informação aqui presente (por exemplo, o número de pessoas nomeadas e o gasto com elas) e acredito que algumas destas já possam estar dispersas por vários sítios oficiais. Mas, a bem da transparência, deveriam estar todas num sítio único (mesmo que se mantenham nos seus sítios actuais) e a informação disponibilizada deveria ser a máxima possível, bem como a linguagem ser acessível.
segunda-feira, julho 27, 2009
domingo, julho 26, 2009
sábado, julho 25, 2009
Desafio para a Junta da Pontinha
Referiu ter enviado o CV para alguns jardins de Infância e as respostas dadas já em entrevistas foram no mínimo preocupantes. Desde o facto de oferecerem uma remuneração mensal muito aquém do esperado para alguém que se quer profissional e conhecedor da área, a “moldarem” desde logo que os pais aqui do sitio, entenda-se, com posses, eram especiais… Enfim, MAU… J Tudo isto aqui nas Colinas do Cruzeiro, Urbanização que ao que parece tem uns pais muito permissivos com as regras que os supostos Educadores de Infância e profissionais da área deveriam impor aos seus queridos filhos… O miúdos podem tudo… Se é que me entendem!
O que senti aqui, vi, revi noutros sítios por esta Lisboa fora, e porque não dizer, Portugal.
Bom, isto apenas para vos fazer perceber, que aqui onde habito, onde supostamente mora gente com alguma “formação Cívica”, se anda a criar monstrinhos…
Os miúdos de amanhã. Arrogantes, birrentos, egoístas… Imaginem o resto. E ainda faltam aqueles que por não terem nada, se tornam em proporções idênticas nos mesmos moldes egoístas, birrentos e arrogantes…
Toda a conversa com esta minha amiga me levou a fazer alguma reflexão sobre que tipo de gente e comunidade que nos rodeia a todos… Sobre todos os círculos que nos irão envolver, quais os tipos de interacção que nós, Políticos, e todos aqueles com responsabilidade na sociedade civil, precisaram de ter e criar para “educarmos” estes filhos dos “outros” mas filhos de Portugal. Será que esta gente conhece o sentido família, valores, limites? O preconceito de certeza que sim…
Como estou aqui a tentar desenvolver e definir temas para a campanha na Junta da Pontinha, situação análoga e transversal a quem aceitou mais um desafio a bem das comunidades locais e para o futuro da sociedade futura, gostaria que pudéssemos desenvolver algum saber, ou pelo menos indo debate-lo através “daqui”.
Eu acho o desafio tentador. Digam de vossa justiça.
sexta-feira, julho 24, 2009
O desígnio dos Professores é serem avaliados!
Estes quatro sectores reagiram de diferentes maneiras às políticas sectoriais de mudança. No que respeita aos três primeiros, e porque são três sectores que integram cada um a sua corporação - respectivamente Juízes, Médicos e Professores - as reacções tiveram força e visibilidade. O último sector - a Administração Pública - não integra qualquer corporação sócio-profissional mas sim um conjunto plural de perfis sócio-profissionais (desde o jardineiro ao assessor principal) teve pouca força de reacção, foi pouco escutada nas ruas e nos media.
Continuando o raciocínio, deveríamos então ter neste momento três ícones da "má governação" deste Governo, Juízes, Médicos e Professores. Mas tal não se verifica. Acontece que o mal-estar social foi coisificado num único grupo corporativo: os Professores. Pergunto que factores, que forças, que movimentos levaram a esta coisificação ?
Acontece ainda que um outro tipo de mal-estar social situado, também, nas relações de interface entre os cidadãos e o Estado se coisificou num "grupo social" - os funcionários públicos - mal considerados / desconsiderados pela população em geral.
Em que se assemelham e em que diferem as relações entre os cidadãos e o Estado nos quatro grupos sócio-profissionais referidos? Os três primeiros grupos sócio-profissionais são percepcionados como actores que dão algo aos cidadãos: dão Justiça, dão Saúde, dão Educação. O último grupo sócio-profissional é percepcionado como o actor social que retira algo aos cidadãos: retira dinheiro dos impostos, retira tempo passado nas "filas", retira paciência no preenchimento de formulários. Assim, à partida e por definição social, os funcionários públicos vão ser reificados como o Mal, como a face visível do Monstro-Estado. Por muito que tenham reivindicado, nas ruas, o Povo não lhes deu ouvidos. Dos restantes três "grupos sociais", a oposição - à esquerda e posteriormente à direita - reificou os Professores. Porque a luta entre esta corporação e o Governo foi mediada por Sindicatos muito experientes.
O Povo sabe que o desígnio dos Professores é serem avaliados. Ignora se os restantes grupos sociais são ou não avaliados.
Nota: este post resulta do roubo que fiz a mim mesma, pois antes de o trazer para aqui, já era comment no blog SIMpleX.
quinta-feira, julho 23, 2009
quarta-feira, julho 22, 2009
terça-feira, julho 21, 2009
segunda-feira, julho 20, 2009
Simplex
Nasceu hoje o Simplex, blog de apoio, crítica e debate ao Governo socialista.
domingo, julho 19, 2009
O Maior Espectáculo do Mundo
O circo estava há muito de espectáculo preparado. O Apresentador, um respeitável senhor de barba, dá as boas vindas ao espectáculo. Ao maior espectáculo do mundo. O espectáculo começa com um novo número. Um Domador de um perigoso elefante. Claro que o facto de o elefante ser um pouco entradote foi um pormenor não mencionado, e por ninguém reparado. Provavelmente porque o Elefante, que tinha brio na sua longa e distinta vida, tinha mais prazer em mostrar as suas longas presas do que os papos por debaixo dos seus olhos. Mas o Domador não deixa de manter uma atitude severa, de alguém que enfrenta um animal realmente perigoso.
Depois de efectuado o número do Domador, o Apresentador volta para as luzes da ribalta. O público percebe algum tumulto por trás do pano. Parece que há um novo artista, com um número que pensa poder tornar popular, a querer entrar. Os velhos artistas do circo, no entanto, não o deixam. E nem a argumentação dos seus amigos parece convencê-los. O Apresentador, já experiente com casos destes, rapidamente chama a atenção do público para o próximo número.
The Show must go on.
E eis que surge o grande número. A Trapezista entra em cena. Esta famosa Trapezista é alguém que está habituada ao trapézio. Ninguém percebe muito bem como ela é famosa, pois a sua faceta mais conhecida são as quedas e os números mal efectuados, mas continua a ser destacada como uma das melhores trapezistas do mundo. Do alto do seu trapézio, que alguém apelidou de poleiro, a Trapezista começa o seu número. Por vezes cai na rede de protecção que ainda vai existindo, mas o Apresentador faz questão de nos explicar que tudo isto está previsto. O povo desconfia, mas vai batendo palmas. Eis que surge o grande momento: o ponto alto da actuação da Trapezista. O Apresentador anuncia "um número nunca antes conseguido". A Trapezista vai efectuar um triplo mortal à retaguarda. Os rufos de tambor ecoam pelo circo. A Trapezista balança no trapézio, a ganhar balanço. É agora! Aí vai ela… fazer um mortal simples para a frente. O público fica atónico, a olhar, sentindo-se enganado. Rapidamente o Apresentador entra em cena, arranjando uma explicação para a situação.
Surge, então, o momento mais esperado pela pequenada. O Palhaço aí está. Meia dúzia de piadas já antes vistas e gastas e o seu número está efectuado. O espectáculo termina. O público sai a comentar as piadas gastas do Palhaço. O Apresentador, que está na saída a agradecer a presença, como bom mestre-de-cerimónias que o é, sorri. Já ninguém fala dos erros da Trapezista nem das suas justificações para os mesmos. O Palhaço efectuou com eficácia o seu trabalho.
Está na altura de levantar tenda. O espectáculo vai agora para outra terra. Rasgam-se os cartazes em excesso.
O próximo espectáculo será junto a uma lagoa. Um terreno espectacular, florido. Um verdadeiro jardim! Aqui, o Palhaço sente-se em casa.
sexta-feira, julho 17, 2009
Discriminação não, obrigado!
P.S. - Com coordenação ou sem ela, esta é uma medida inacreditável!!!
quarta-feira, julho 15, 2009
terça-feira, julho 14, 2009
Piadinha fácil
João Galamba, Jugular
Reeducação? Não sejamos tão duros.
Para isso, era necessário que o camarada José Lelo alguma vez tivesse tido educação...
Amar Lisboa
Muitos dos que amam Lisboa juntaram-se ontem, ao pôr-do-sol, na fantástica Esplanada sobre a Cidade, que é o Jardim de São Pedro de Alcântara.
Como disse António Costa, o homem que Uniu Lisboa, estavam pessoas de esquerda, pessoas republicanas, pessoas de centro, pessoas monárquicas, jovens e Velhos.
E vieram mais cinco que trouxeram mais cinco. O cantor de Lisboa falou e exigiu, de António Costa, mais Cultura para a Cidade, mais calor para os Velhos, mais apoio para quem dele necessita.
Foi um lindo momento de Amor entre Lisboetas e a Cidade. Uma Oferenda colectiva e uma Promessa, sobre a Cidade, ao pôr-do-Sol com o Tejo ao fundo.
segunda-feira, julho 13, 2009
Deutsche Bank e Siemens pela energia solar
Como manter o seu emprego
Assim sendo, na área da comunicação social, qualquer jornalista que seja afastado, seja de uma empresa pública, seja de um privado, será sempre por culpa do Governo.
Política de Verdade, dizem eles...
domingo, julho 12, 2009
Gossip Girl
A partir de agora, utilizarei iniciais à la Gossip Girl para tornar anónimas as minhas fontes. As iniciais não serão necessariamente de nomes próprios como na série.
sexta-feira, julho 10, 2009
Ataque e Contra-Ataque
O Ataque: Em nome de Caines, por João Miranda, no Blasfémias
O Contra-Ataque: Resposta às dúvidas de João Miranda sobre o Keynesianismo e o Investimento Público, por Carlos Santos, n'O Valor das Ideias
Virar a página em Oeiras
Bom, uma já é candidato a uma Câmara!
quinta-feira, julho 09, 2009
A Ler: Da inutilidade dos manifestos
Alexandre Homem Cristo, Cachimbo de Magritte
PSD decide candidato a Oeiras
[Adenda]
Amílcar Campos é o candidato da CDU (informação dada pelo Pedro Sá)
Isabel Sande e Castro é a candidata do CDS-PP (informação dada por Carlos Silva)
quarta-feira, julho 08, 2009
O caso das duplas candidaturas ou um par de ideias sobre recrutamento político.
Infelizmente a mesma direcção do Partido Socialista não entendeu avançar com esta medida no inicio do ciclo eleitoral deste ano decisivo. Talvez se o tivesse feito, poderíamos estar agora em vésperas de salvar o Porto da gestão desastrosa a que tem sido sujeita nestes últimos anos. No entanto, não é por o não ter feito em Junho que não o pode anunciar agora. Pior seria repetir no erro. Repito, é uma medida de transparência que é de louvar.
Claro que esta decisão, não antecipada, suscitou uma interessante reacção corporativa por parte de alguns visados que, agora com o lugar de deputado em risco (para o serem terão de abdicar da candidatura autárquica), tem vindo para os órgãos de comunicação social plasmar as suas indignações. Ao contrário de alguns amigos, eu acho vergonhoso que deputadas da qualidade da Leonor Coutinho ou da Sónia Sanfona se insurjam contra esta medida, quase dando em entender que o seu lugar cativo na Assembleia da República lhes tinha sido vilmente roubado. Esse lugar não devia ser de quem quer «servir o povo?». De quem quer «servir o país?». Então que sentido faz o tal sentimento de pertença e de direito?
E o que dizer das afirmações da Leonor Coutinho acerca da «carreira de deputado»? Desculpem a vinha costela anglo-saxónica, mas tenho para mim que os lugares políticos devem ser encarados sempre como temporários. Não existe – ou não devia existir – essa tal carreira, como é subentendida pela Leonor Coutinho. Os Partidos deviam, isso sim, recrutar os elementos que julguem mais capazes para dar corpo a um determinado projecto político (que deveriam agregar diversas valências, provindas de varias proveniências); elementos esses que regressariam à sociedade civil depois de cumprido os propósitos do projecto ou aquando da alteração do mesmo.
O que também está subentendido nas declarações da Leonor Coutinho, e é mais grave – em minha opinião -, é a suposta existência de um sistema de equilíbrios intra-partidário que permite acordos e arranjos que perpetuam uma elite partidária na rede de cargos públicos e políticos. Tal insinuação, que denuncia uma gritante falta de democracia interna na vida partidária portuguesa, permite ainda visualizar como o sistema partidário português é gerido e como ele afasta outras possibilidades de recrutamento, nomeadamente quando tratamos de lugares intermédios do sistema político (situação que naturalmente limita a renovação e a mobilização extra-partidária).
Por fim, a reacção extemporânea da Leonor Coutinho leva-me ainda a querer seguir este caso com alguma atenção (até por razões académicas), e de querer saber – uma vez quebrado o tal acordo prévio – o que farão agora estes atingidos. Regressarão à sociedade civil ou serão colocados numa qualquer gaveta de acesso político? Que tipo de novos acordos serão forjados?
Não se entenda, no entanto, esta situação como exclusiva do Partido Socialista. Nem pensar. Este sistema existe em todos os partidos com acesso a cargos públicos e à administração do Estado. É, aliás, um dos cancros da nossa democracia contemporânea; da nossa III República. E um diagnostico conhecido e comprovado. Para quando mais soluções?
terça-feira, julho 07, 2009
Tourada, Forcados e caralhad&%, ou a questão dos pesos e das medidas e da coerência em política.
Com tanto desenvolvimento estrutural esquecemos de promover – juntamente com este hardware desenvolvimentista - um software político de qualidade. Esquecemos de promover uma cultura política de qualidade e de consequência (tema a voltar).
Pior, não conseguimos – ainda – ultrapassar o dogma da partidarite e da conveniência política. Só isso explica, como muito bem apontou a Fernanda Câncio, o duplo critério do Presidente da República, célere a repudiar o gesto de Manuel Pinho mas esquecido em relação às actuações de Paulo Rangel – aqui ou aqui; José Eduardo Martins ou de Alberto João Jardim.
O mesmo se passa com a coerência da «política de verdade», chavão-base da candidatura de MFL ao Governo do país; onde a velocidade da condenação às práticas socialistas nunca é acompanhada pelo descarte ou pelo distanciamento em relação às situações menos felizes dos seus apoiantes. Esta falta de coerência evidente remete esta candidatura para a categoria das candidaturas tácticas, vazias e inconsequentes. Nada de novo acrescenta, portanto. Nenhuma ideia ou projecto para o país, aposta apenas no desgaste do adversário e na capitalização política dos seus erros. Nada de positivo produz. Nenhuma Verdade acrescenta.
Um pouco tarde, é verdade, mas parece-me que José Sócrates elevou – nos últimos dias – o nível de exigência dos seus correligionários. Primeiro demitindo prontamente o Ministro da Economia (que há seis meses se manteria no lugar) e depois afrontando certo establishment do Partido Socialista impondo o impedimento da dupla candidatura a autarca e deputado. Há hoje mais exigência no Partido Socialista, e não vi a mesma medida ser tomada para uns e não para outros (como tem feito o PSD). Sem efeitos retroactivos, a mesma medida aplicou-se a todos os casos.
Não que estes recentes acontecimentos alteram o panorama geral da política portuguesa, mas são sinais que há que mudar alguma coisa (para que tudo fique igual?), ou que alguma coisa pode mudar, nesta tourada da vida política portuguesa. Mais qualidade, e mais consequência, precisa-se.
Todos Iguais?
segunda-feira, julho 06, 2009
domingo, julho 05, 2009
Palin 2012? Palin 2016?
A notícia da semana, a nível internacional, deve certamente ser a demissão de Sarah Palin de Governadora do Alasca. Muitos apontam já a ex-candidata a Vice-Presidente a entrada na corrida de 2012, agora que é uma estrela do lado Republicano. Poderá ser o caso, embora ache que isso será mais um acto de Wishfull Thinking de parte de alguma média americana mais próximos do GOP, uma vez que Sarah Palin efectuaria bem (muito bem mesmo) o papel que deverá estar reservado ao candidato Republicano em 2012. Se tudo correr bem, o mundo estará a sair de uma das maiores crises de que há memória, liderado pela economia americana. Aplicando algumas das medidas que foram mais publicitadas no passado ano e que lhe valeram a vitória, Barack Obama não deverá ter grandes dificuldades em renovar a confiança dos americanos para um segundo mandato. Assim sendo o que restará ao Partido Republicano?
Neste cenário, o Partido Republicano irá a jogo não para ganhar (quer dizer, vão sempre para ganhar mas…) antes estará mais preocupado em manter as bases do partido mobilizadas. Precisará de um candidato que ajude nas várias batalhas para o congresso e para o senado. E esse é um papel para o qual Sarah Palin parece ter treinado a vida toda. Jovem, bonita e extremamente conservadora, poderá assim entusiasmar as bases republicanas e mantê-las crentes para a batalha de 2016. Só existe um senão: Estará Sarah Palin disposta a fazer esse papel? Ou estará ela a apontar a 2016?
Seja para que ano for, Sarah Palin precisa de ter uma imagem mais nacional e menos regional. Será com esse intuito que ela se terá demitido do cargo. Mas com os senadores do Alasca eleitos, não será por aí que ela transmitirá essa imagem. A não ser que consiga os seus intentos através duma Eleição Especial para Senador, no Alasca. Long shot? Maybe…
Nova poll - Legislativas
Como repararam (já fechou quase há um mês até alguém a tirar de lá) tirando a subida do Bloco de Esquerda, os visitantes deste blogue não tiveram nada a ver com o resultado final das Europeias. Mas como nós somos muito chatos, vamos fazer o mesmo para as legislativas. Aí fica a nova sondagem, até dia 18 de Setembro.
sábado, julho 04, 2009
A censura da moral na RTP
Vou tentar-vos descrever a cena (de qualquer forma, aconselho-vos a ver o filme)
"Willie Beamen (Jamie Foxx) chega a casa de Luther 'Shark' Lavey (Lawrence Taylor) (o líder da equipa de defesa) para uma festa dada por este para a equipa. A festa corre louca com muita bebida, drogas e sexo (cena cortada)A imagem passa para uma casa de banho onde estão dois casais. Um deles está a snifar umas linhas de coca nos seios de uma loura enquanto que o outro está a beber uma cerveja enquanto uma rapariga pratica sexo oral. (Fim de cena cortada). Enquanto isto decorre, Willie Beamen anda pela festa a falar mal de tudo e de todos, seja na cara deles, seja pelas costas. (cena cortada)Nisto, Julian Washington (LL Cool J) depois de uma discussão com Willie Beamen, decide ir dizer a 'Shark' o que Willie anda a dizer da defesa. 'Shark' serra ao meio o Hummer de Willie e expulsa-o da festa.(Fim de cena cortada)
Dúvida sobre o gesto de Pinho
É que Alberto Costa nem sequer descruza os braços...
Afinal, será que isto é tudo normal no Parlamento?
sexta-feira, julho 03, 2009
A tarde e a más horas
Fica, então, o nosso agradecimento.
“O selo deste prémio foi criado a pensar nos blogs que demonstram talento, seja nas artes, nas letras, nas ciências, na poesia ou em qualquer outra área e que, com isso, enriquecem a blogosfera e a vida dos seus leitores."
Lemniscato: ornado de fitas Do grego Lemniskos, do latim, Lemniscu: fita que pendia das coroas de louro destinadas aos vencedores(In Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora)Acrescento que o símbolo do infinito é um 8 deitado, em tudo semelhante a esta fita, que não tem interior nem exterior, tal como no anel de Möbius, que se percorre infinitamente. (Texto da editora de “Pérola da cultura”)
Seguindo as regras este prémio é para ser atribuído de seguida a 7 blogues. Assim, sem qualquer ordem prévia:
quinta-feira, julho 02, 2009
Encontros com o Presidente
Julgo ser a primeira iniciativa deste género pela parte de um Presidente de Câmara, em Portugal, o que aumenta o nível do seu significado e reforça a ideia da governação «para as pessoas» promovida pelo António Costa em Lisboa.
É ainda um sinal de que as redes sociais já entraram, definitivamente, na arena política, agora com uma maturidade e significância bem mais premente que em anos anteriores. Esse facto tem sido muito visível nas recentes campanhas eleitorais (pelo menos desde a última presidencial), mas ainda não tinha atingido, de forma consistente, as cúpulas institucionais. E o facto de ser o Presidente da CML a promover o encontro, e não o candidato, significa que as redes sociais alcançaram a sua maioridade e que são hoje tratadas com a dignidade que a sua relevância merece. Finalmente.
Eu estarei por lá, a twittar e a blogar.
Realmente, não eram precisas...
quarta-feira, julho 01, 2009
Sobre a fé
Perhaps I never had it at all...
Dani Reese, Life, (TV Show)
Sobre a simplicidade
Dito por Rui Tavares, no Evento Geração de Ideias - Lisboa, 22 de Junho de 2009
Coisas que a escrita em português de Portugal parece não querer entender: chega-se à simplicidade; atinge-se a simplicidade. Ela, a simplicidade, não é um ponto de partida evidente e natural. Ela é o ponto de chegada, difícil pra caramba.
Henrique Raposo