Vejo com alarme na blogosfera (Daniel Oliveira e Carlos Castro, confirmado aqui) que o empréstimo que a CML está em vias de contrair, tão necessário para alavancar a recuperação da credibilidade da Câmara, pode vir a ser chumbado pela Assembleia Municipal dominada pelo PSD (ou PPD); como, aliás, já o foi em reunião da vereação.
A acontecer seria das maiores irresponsabilidades políticas assistidas nos últimos largos anos, existindo ou justificada apenas como «pirralha política» ou mau perder eleitoral.
Não quero acreditar que o PSD (ou PPD), partido geralmente com elevado sentido de responsabilidade, procure ganhar na Assembleia Municipal o que perdeu no verão.
Esta possibilidade levanta-me algumas reflexões.
1 – numa altura em que se debate a reforma do sistema eleitoral dos executivos camarários (evoluindo para executivos monocolores – de que discordo) porque não se equaciona a Assembleia Municipal? Não é normal o exagerado poder que os presidentes de Junta têm na estrutura institucional da CML. Podem, até, estar representados no órgão deliberativo da CML, mas poderem votar? É anacrónico, anti-democrático e distante do que se quer das democracias modernas.
2 – Que tipo de política é esta que, perdendo nas urnas, procure reverter o sentido do voto em instâncias dominadas por membros não eleitos (Presidentes de Junta) ou membros eleitos num ciclo eleitoral e político diferente do que agora governa a autarquia. Concordo, como vêm, com o Daniel Oliveira, quando considera uma «estupidez» não se ter reforçado a legitimidade da Assembleia Municipal, apesar de órgão autónomo.
Por fim a decisão de António Costa.
Apetece dizer: deixem-no trabalhar! Deixem que seja possível aplicar o plano de solvência financeira com que concorreu – e ganhou – as eleições intercalares de Julho.
Não creio que se saiba, com seriedade, do estado calamitoso da CML, e da importância estratégica do empréstimo. Ele irá permitir, tão só, que se paguem uma série de dívidas, a médios fornecedores, a dezenas de empresas que correm o risco de fecharem (muitas já o fizeram) porque dependem destes pagamentos, e não podem estar 1, 2, 3 anos sem receberem.
Chumbar este empréstimo é cortar as pernas ao executivo camarário. Será esta, decerto, a intenção do PSD (ou PPD), mas a que custo? A demissão do Presidente da CML? Uma câmara em autogestão por dois anos? Novas eleições? nomeação de uma Comissão Administrativa? Ou da intervenção do Governo?
Não acham que Lisboa necessita de uma certa acalmia? De que seja respeitada a vontade do eleitorado?
Não acham que Lisboa deve deixar de ser uma qualquer experiência irresponsável, ou um brinquedo para estragar nas mãos da direita» a mesma direita que por diversas vezes já provou não ter a competência para gerir os afazeres da capital?
Repito: deixem que se trabalhe em Lisboa.
A acontecer seria das maiores irresponsabilidades políticas assistidas nos últimos largos anos, existindo ou justificada apenas como «pirralha política» ou mau perder eleitoral.
Não quero acreditar que o PSD (ou PPD), partido geralmente com elevado sentido de responsabilidade, procure ganhar na Assembleia Municipal o que perdeu no verão.
Esta possibilidade levanta-me algumas reflexões.
1 – numa altura em que se debate a reforma do sistema eleitoral dos executivos camarários (evoluindo para executivos monocolores – de que discordo) porque não se equaciona a Assembleia Municipal? Não é normal o exagerado poder que os presidentes de Junta têm na estrutura institucional da CML. Podem, até, estar representados no órgão deliberativo da CML, mas poderem votar? É anacrónico, anti-democrático e distante do que se quer das democracias modernas.
2 – Que tipo de política é esta que, perdendo nas urnas, procure reverter o sentido do voto em instâncias dominadas por membros não eleitos (Presidentes de Junta) ou membros eleitos num ciclo eleitoral e político diferente do que agora governa a autarquia. Concordo, como vêm, com o Daniel Oliveira, quando considera uma «estupidez» não se ter reforçado a legitimidade da Assembleia Municipal, apesar de órgão autónomo.
Por fim a decisão de António Costa.
Apetece dizer: deixem-no trabalhar! Deixem que seja possível aplicar o plano de solvência financeira com que concorreu – e ganhou – as eleições intercalares de Julho.
Não creio que se saiba, com seriedade, do estado calamitoso da CML, e da importância estratégica do empréstimo. Ele irá permitir, tão só, que se paguem uma série de dívidas, a médios fornecedores, a dezenas de empresas que correm o risco de fecharem (muitas já o fizeram) porque dependem destes pagamentos, e não podem estar 1, 2, 3 anos sem receberem.
Chumbar este empréstimo é cortar as pernas ao executivo camarário. Será esta, decerto, a intenção do PSD (ou PPD), mas a que custo? A demissão do Presidente da CML? Uma câmara em autogestão por dois anos? Novas eleições? nomeação de uma Comissão Administrativa? Ou da intervenção do Governo?
Não acham que Lisboa necessita de uma certa acalmia? De que seja respeitada a vontade do eleitorado?
Não acham que Lisboa deve deixar de ser uma qualquer experiência irresponsável, ou um brinquedo para estragar nas mãos da direita» a mesma direita que por diversas vezes já provou não ter a competência para gerir os afazeres da capital?
Repito: deixem que se trabalhe em Lisboa.
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