sábado, novembro 17, 2007

Dimensões na política

Caro Carlos,

Eu nunca disse que devíamos deixar de considerar a dimensão militar altogether. Há, que saiba, ainda o problema do monopólio da violência, que tem de estar nas mãos do Estado e das suas forças militarizadas.

Agora, é diferente projectarmos a dimensão militar à escala europeia e à escala nacional. O que penso é que, do ponto de vista estritamente nacional, Portugal não deveria investir de forma desnivelada em políticas militares, enquanto se verificarem áreas da governação com extremas carências e escassos recursos.

Bem sei que a simplificação «por cada submarino adquirido é um Hospital que não se faz» é demasiado populista, mas encerra em si a questão. Na escolha, política, da distribuição dos escassos recursos disponíveis aos Estados modernos, que áreas da governação privilegiar?

Sem dúvida que, neste momento, as áreas sociais. Nunca as militares.

Agora, a questão, como sabes, não é assim tão simplista…

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