domingo, junho 04, 2006

atrasado, mas vai

Como sabem, terminámos recentemente o nosso ciclo sobre a «reforma do Sistema eleitoral (para a Assembleia da República). Em sessão muito concorrida apresentámos os resultados do nosso «Call for Papers». Neste concurso a proposta do Pedro Alves foi a vencedora.

Este ciclo está terminado. Agora está o Clube «Loja de ideias» a preparar o próximo ano.

Recebemos, no entanto, um e-mail (ainda) relativo à questão da reforma do sistema eleitoral. Por a considerarmos de interesse, e por termos uma política de divulgação, vamos transcrevê-la na íntegra.
«Num sistema político que se quer moderno e dos mais avançados do mundo deverá conter as seguintes características na minha opinião:

Um sistema de voto electrónico integrado com a Internet e com o cartão único do cidadão.

O monopólio dos partidos deverá terminar, sendo que o cidadão poderá ter iniciativa de apresentar a sua candidaturas, criando-se os círculos uninominais.

A lista dos partidos deveram ser abertas em que se possa escolher o partido e o candidato do partido de entre essa lista.

Deverá haver um círculo nacional que compense o efeito da eliminação do ruído estatístico nos círculos regionais, sob pena de se prejudicar a representatividade da nossa sociedade e não se fazer ouvir a voz de todas as sensibilidades sociais no parlamento.

No actual sistema político representativo, indirecto e proporcional perdem-se muitos votos que são desperdiçados apesar de ser evidente uma leitura politica no conjunto nacional.

Um sistema político deverá ser representativo e também governável, uma vez que estes dois princípios são conflituosos entre si, deverá ser ponderado aquando da definição dos círculos eleitorais regionais a ponderação destes dois princípios baseado em dados e estudos técnicos.
Por fim deveremos introduzir o método de contagem de Borda no sistema político, este método tem um carácter verdadeiramente inovador e torna o sistema um dos mais avançados no mundo, colocaria o nosso sistema na vanguarda, uma vez que este método já foi e está demonstrado matematicamente ser o melhor método ou sistema politico que se conhece, é o que tem mais coerência, eficiência, com menos efeitos perversos e que distorce menos a solução politica que dali resulta, o que vai muito mais de encontro à vontade política dos cidadãos. Este método incorpora mais informação e permite que o eleitor ordene a suas preferências e isso é tido em conta na solução fina.

Apesar de haver tecnologia que permita este sistema, poderá tornar-se muito complexo e pouco perceptível, se o eleitor tiver apenas cinco opções para ordenar talvez simplifique em muito o funcionamento e a logística do sistema.

Obrigado pela oportunidade de poder participar e de contribuir para uma solução mais aperfeiçoada da existência e convivência em sociedade em que todos fazemos parte, agora é com os políticos perceberem isto e terem vontade política para modernizar o nosso sistema político. »
O texto é do Rodrigo Alberto.
Comentários ao autor para rodal@sapo.pt

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