Dentro das organizações referidas pelos Conspiracionistas destaco o Grupo Bilderberg, é recorrente utilizarem esta Organização, mas também gostam de pôr no mesmo saco a Comissão Trilateral, o C.F.R., o I.F.A.R., o Fórum Roma, o Fórum Económico Mundial e o Movimento Europeu, é verdade se virmos a origem de algumas destas organizações veremos o quão ridículo é estabelecerem relações entre estas. Mas referirei esta Organização primeiramente pois é aquela que mais teorias absurdas gera e com o qual este conjunto de pessoas, a que chamo genericamente de Conspiracionistas, mais delira na sua analise, mas se descontar-mos a história e a organização que se adequam apenas ao Grupo Bilderberg as conclusões que tiro servem para as outras organizações referidas.
O Grupo Bilderberg, tem como nome original e aceite pelos seus membros, o de “Encontros de Bilderberg”, foram assim denominados por causa do nome do Hotel na Holanda onde há 54 anos teve lugar o primeiro encontro, em 1954, encontro esse que teve como anfitrião o Príncipe Bernhard da Holanda, que foi Presidente dos Encontros e seu anfitrião pelo menos até 1976, altura em que se demitiu ou foi suspenso (depende das perspectivas) devido ao escândalo em que esteve envolvido, este, segundo noticias veiculadas na época, recebeu um suborno de um milhão de dólares do fabricante norte-americano de aviões, a Lockheed Corporation, para influenciar o governo holandês a comprar aviões de combate., por aqui se vê que se este grupo fosse um grupo conspiracionista com tanto poder talvez o Príncipe Bernhard da Holanda não tivesse sido apanhado nem muito menos tivesse que tomar a medida que tomou para que Os “Encontros de Bilderberg”, que ele fundou conjuntamente com outros três (isto segundo os Conspiracionistas), tivessem que continuar e mantivessem a sua credibilidade, pois se este Grupo fosse a antecâmara do poder mundial o seu líder com certeza que sairia incólume de qualquer escândalo. Passando da fase demente dos Conspiracionistas para os factos, o que são os “Encontros Bilderberg”, este é um Fórum de discussão estratégica dos problemas mundiais com forte preponderância inicial de europeus e norte-americanos (os primeiros sempre tiveram muito maior preponderância, com todas as delegações dos países europeus juntas, do que os segundos) e que nos últimos tempos se abriram a outros continentes (numa primeira fase à Ásia e à posteriori à Africa, à Oceânia e aos países Árabes Muçulmanos). Este Fórum é diferente dos outros já referidos por várias razões distintas, primeiro existe uma preponderância mais ou menos de um terço para cada um destes grupos de participantes (em média cerca de 150 por encontro): governantes e/ou políticos; intelectuais de ensino estratégico ou diplomático e/ou jornalistas e pessoas ligadas aos média; empresários e/ou banqueiros e/ou financeiros ligados aos lugares de topo dos grandes Bancos de Desenvolvimento mundial bem como economistas influentes, quanto aos militares estes não só são raros como até ao que me parece residual a sua participação. Esta mistura explosiva gera duas vantagens e duas desvantagens, as vantagens são claras e óbvias sendo um Fórum com estas características antecipam obviamente muitos dos problemas e os seus encontros devem ser lugares interessantes onde se antecipam e partilham problemas bem como se tentam dar formulas para a sua resolução a outra vantagem é que tanta massa cinzenta junta não é indiferente á partilha dessas soluções e gera-se por esse motivo uma procura de implementação de soluções para a resolução desses problemas quando estes aparecem. As desvantagens também são óbvias, como governantes e pessoas com tanto dinheiro, poder ou influência financeira a partilharem informação se o fizessem publicamente não poderiam obviamente dizer o que pensam de forma livre pois qualquer alarmismo, má noticia ou analise mais realista descambaria numa reacção com consequências imprevisíveis a nível dos países ou espaços de origem destes ou mesmo a nível mundial, é que se aos jornalistas ou intelectuais é permitida a livre expressão quando um politico fala toda a verdade, acusam-no logo de inconsequente o mesmo se passando com homens com poder financeiro e económico decisório, por esses factos reconheço que deverá ser razoável a tal clausula de segredo em relação ás intervenções até a bem da saudável convivência entre governantes e governados e da saúde económica e financeira desta sociedade capitalista em que vivemos. A outra desvantagem é a nível da segurança o cria a tal paranóica teoria de que se eles são protegidos pelos serviços secretos e forças de segurança é porque conspiram com estes, é tão ridícula tal teoria quando se trata de proteger governantes ou pessoas que se não fossem protegidas poderiam ser alvos fáceis de raptos ou de ataques á sua segurança, a menos que esses senhores Conspiracionistas achem que vivemos nos países ocidentais (onde se realizaram a até agora a quase totalidade dos Encontros) numa sociedade segura e sem perigo nenhum para o comum dos mortais, quando falamos de mortais com especiais deveres de governação ou com uns zeros consideráveis na sua conta bancária a situação agudiza-se nesse ponto, se há segurança em deslocações oficiais de chefes de estado, agora vejamos quando se encontram mais do que um num encontro que é de carácter privado.
Os Encontros de Bilderberg, a Comissão Trilateral, o C.F.R., o I.F.A.R., o Fórum Roma e o Fórum Económico Mundial são Fóruns de discussão económica, social e politica uns mais pró europeus ou mais pró americanos e até tentando conjugar uma visão global, uns ligados ao espírito mais liberal ou neoliberal outros ao espírito mais keynesiano, são no entanto todos Fora mais ou menos privados de discussão entre os seus membros, são Clubes de discussão politica, económica e social a nível Continental e supra Continental, o Clube Loja de Ideias faz o mesmo mas um nível mais regional ou nacional, tentar achar mais do que isso é ser paranóico pois se até os movimentos “Anti Globalização” ou “por outra Globalização” realizam encontros porque não estes senhores não devem fazer o mesmo?
Dir-me-ão que é errado?
Da discussão nasce a luz estarmos isolados no nosso canto sem partilharmos perspectivas é que é errado.
Fazermos esta discussão mais publica ou mais privada, mais participada e/ou publicitada ou mais reservada e menos publicitada é uma opção dos participantes e dos criadores destes Fora estar a dar opiniões por fora não irá alterar as coisas.
Pensarmos que por serem publicas e mais publicitadas e participadas é estarmos a impor a todos as nossas opiniões e isso é fascista e muito pouco democrático, o devassamento de opiniões e de ideias é errado se estas servirem como arma de arremesso e não como uma partilha coerente e fundamentada bem como livre de vários assuntos.
Qual o problema de pensarmos que daqui pode ter saído uma perspectiva mais Globalista do mundo ou uma perspectiva mais federalista continental da Europa e de outros continentes se isso servir para criar-mos um mundo de paz e com os seres humanos a resolverem os seus problemas pela discussão e com uso da razão, não vejo problemas.
A Maçonaria, mais uma vez, nestes Encontros de Bilderberg bem como nos outros Fora referidos (se exceptuar-mos o Clube de Roma na sua génese), tem um papel nulo ou quase inexistente, pois raros Maçons participam nestes Fóruns, pelo que tenho conhecimento há mais Maçons numa reunião do Fórum Social Mundial do que em todos as realizações das organizações atrás referidas (desde a sua fundação), e por isso mesmo olhar-mos para uns como diabólicos e para o outro como saudável é completamente ridículo.
Uma nota final para o Movimento Europeu, este movimento foi criado por muitos Maçons, tem origem no Clube do Crocodilo (um Clube criado num café de Paris denominado de “Crocodilo”) que era composto pelos resistentes europeus Maçons e democráticos (não comunistas) que pugnavam pelo Federalismo de uma Europa nuns moldes mais ou menos semelhantes ao que hoje temos (só falta a eleição da Comissão Europeia) e sim pela queda do Comunismo na Europa de Leste e por um mundo menos capitalista na Europa não comunista (ou seja mais socialista democrático, social democrata ou democrata cristão) e foi através deste Clube que surgiu a Declaração Shuman e se deram os primeiros passos para a criação da Comunidade Económica Europeia do Carvão e do Aço que é hoje a União Europeia, e muitos Maçons tiveram e têm a ver com a União Europeia e com muitos Tratados e avanços e até recuos na ideia Europeia, mas pensarmos que muitos Maçons não tem nada a ver com a União Europeia e com o que atrás referi também é ser ridículo e parcial.
Os Encontros de Bilderberg, a Comissão Trilateral, o C.F.R., o I.F.A.R., o Fórum Roma e o Fórum Económico Mundial são Fóruns de discussão económica, social e politica uns mais pró europeus ou mais pró americanos e até tentando conjugar uma visão global, uns ligados ao espírito mais liberal ou neoliberal outros ao espírito mais keynesiano, são no entanto todos Fora mais ou menos privados de discussão entre os seus membros, são Clubes de discussão politica, económica e social a nível Continental e supra Continental, o Clube Loja de Ideias faz o mesmo mas um nível mais regional ou nacional, tentar achar mais do que isso é ser paranóico pois se até os movimentos “Anti Globalização” ou “por outra Globalização” realizam encontros porque não estes senhores não devem fazer o mesmo?
Dir-me-ão que é errado?
Da discussão nasce a luz estarmos isolados no nosso canto sem partilharmos perspectivas é que é errado.
Fazermos esta discussão mais publica ou mais privada, mais participada e/ou publicitada ou mais reservada e menos publicitada é uma opção dos participantes e dos criadores destes Fora estar a dar opiniões por fora não irá alterar as coisas.
Pensarmos que por serem publicas e mais publicitadas e participadas é estarmos a impor a todos as nossas opiniões e isso é fascista e muito pouco democrático, o devassamento de opiniões e de ideias é errado se estas servirem como arma de arremesso e não como uma partilha coerente e fundamentada bem como livre de vários assuntos.
Qual o problema de pensarmos que daqui pode ter saído uma perspectiva mais Globalista do mundo ou uma perspectiva mais federalista continental da Europa e de outros continentes se isso servir para criar-mos um mundo de paz e com os seres humanos a resolverem os seus problemas pela discussão e com uso da razão, não vejo problemas.
A Maçonaria, mais uma vez, nestes Encontros de Bilderberg bem como nos outros Fora referidos (se exceptuar-mos o Clube de Roma na sua génese), tem um papel nulo ou quase inexistente, pois raros Maçons participam nestes Fóruns, pelo que tenho conhecimento há mais Maçons numa reunião do Fórum Social Mundial do que em todos as realizações das organizações atrás referidas (desde a sua fundação), e por isso mesmo olhar-mos para uns como diabólicos e para o outro como saudável é completamente ridículo.
Uma nota final para o Movimento Europeu, este movimento foi criado por muitos Maçons, tem origem no Clube do Crocodilo (um Clube criado num café de Paris denominado de “Crocodilo”) que era composto pelos resistentes europeus Maçons e democráticos (não comunistas) que pugnavam pelo Federalismo de uma Europa nuns moldes mais ou menos semelhantes ao que hoje temos (só falta a eleição da Comissão Europeia) e sim pela queda do Comunismo na Europa de Leste e por um mundo menos capitalista na Europa não comunista (ou seja mais socialista democrático, social democrata ou democrata cristão) e foi através deste Clube que surgiu a Declaração Shuman e se deram os primeiros passos para a criação da Comunidade Económica Europeia do Carvão e do Aço que é hoje a União Europeia, e muitos Maçons tiveram e têm a ver com a União Europeia e com muitos Tratados e avanços e até recuos na ideia Europeia, mas pensarmos que muitos Maçons não tem nada a ver com a União Europeia e com o que atrás referi também é ser ridículo e parcial.
P.S. – Reflexão também publicada no Geosapiens.
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