segunda-feira, março 06, 2006

FRIDA KAHLO


Para se entender as pinturas de Frida Kalho é necessário conhecer a sua vida.

Frida Nasceu em 1907 no México, mas gostava de se declarar filha da revolução ao dizer que tinha nascido em 1910. Sua vida sempre foi marcada por grandes tragédias; aos seis anos contraiu poliomelite, o que a deixou coxa. Já tinha superado essa deficiência quando o autocarro em que passeava chocou contra um bonde. Ela sofreu múltiplas fracturas e uma barra de ferro atravessou-a entrando pela bacia e saindo pela vagina. Por causa deste último, fez várias cirurgias e ficou muito tempo presa a uma cama.

Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho em cima de sua cama. Frida sempre pintou a si mesma: "Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor". Suas angustias, suas vivências, seus medos e principalmente seu amor pelo marido Diego Rivera.
A sua vida com o marido sempre foi bastante tumultuada. Diego tinha muitas amantes e Frida não ficava atrás, compensava as traições do marido com amantes de ambos os sexos. A maior dor de Frida foi a impossibilidade de ter filhos (embora tenha engravidado mais de uma vez, as sequelas do acidente lhe impossibilitaram levar uma gravidez até ao fim), o que ficou claro em muitos dos seus quadros.

Os seus quadros reflectiam o momento pelo qual passava e, embora fossem bastante "fortes", não eram surrealistas: "Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei minha própria realidade". Frida contraiu uma pneumonia e morreu em 1954 de emboliapulmonar, mas no seu diário a última frase causa dúvidas: "Espero alegremente a saída - e espero nunca mais voltar - Frida".

Talvez Frida não suportasse mais.

Os quadros de Frida Kahlo estão em exposição no Centro Cultural de Belém.

1 comentário:

José Reis Santos disse...

Paulo, sem querer picar...
O que é que tu pensas da Frida?
Mais, sugiro que varios de nós escrevam ou sobre ela, a sua obra e o seu mito, ou sobre a exposição (que não é total, atenção, é apenas uma boa mostra...)

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