Recentemente dei conta do meu agrado no visionamento do filme «Control» (de Anton Corbijn), dedicado aos Joy Division. Eu, que já os idolatrava, fiquei pasmado com a força da musica e da banda de 4 early twenties Manchester boys. Ontem tive a oportunidade de ver o documentário de Grant Gee, intitulado «Joy Division», no Fórum Lisboa. O filme, integrado no Indie Lisboa, além de ter esgotado a sala, possibilitou o confronto com o filme de Anton Corbijn, na medida em que as personagens do documentário eram as reais, e não actores fisicamente parecidos e bem caracterizados.
Se já tinha me impressionado a ficção, a realidade é avassaladora. Eles eram mesmo bons. Bons músicos, boa banda, som inovador e revolucionário, extraordinária presença e energia em palco, e letras impressionantes. Depois, tinham em Ian Curtis um daqueles lead singers de excepção e de raridade. Aliava a fotogenia à capacidade de escrita, enquanto incendiava o palco com o seu extasiante transe.
A sua trágica história confunde-se com a da banda, e a sua morte prematura e deliberada catapultou-o para um lugar só destinado aqueles a quem o futuro nunca confundiu ou desmentiu.
Notei no documentário dois pormenores bem interessantes. O primeiro é o que se refere ao facto dos New Order nunca terem tocado musicas dos Joy Division nos anos 80 e 90, só o fazendo muito recentemente (o que os coloca num patamar bem distante daqueles que fazem do aproveitamento imediato da exposição mediática forma de vida). O segundo aspecto é o que se refere ao facto do segundo LP – Closer – ter sido editado postumamente (em relação a Ian Curtis), com um jazigo na capa.
Foram, realmente, uma das grandes bandas do século XX (e XXI), com uma sonoridade intemporal que assusta.
1 comentário:
É bom. Muito bom!
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