quinta-feira, fevereiro 14, 2008

O DUELO


[via PS Lisboa]


O DUELO

Santana Lopes leu nas estrelas estar fadado para ser líder. Barroso concedeu-lhe essa possibilidade mas falhou, diga-se, por incompetência própria.
Achou que podia governar o país com a mesma irresponsabilidade com que governou a Câmara de Lisboa. Afastado, previu que andaria por aí. Filipe de Meneses, ex-apoiante de Lopes, aproveitou a oferta de Mendes e atendendo ao estado de fraqueza de Lopes, avançou. Lopes não gostou, mas aguentou. Não apoiou Meneses, mas deixou que as suas tropas o fizessem.
Na noite da vitória de Meneses reclamou a partilha exigindo o grupo parlamentar. Meneses, que não tinha verdadeiramente tropas partidárias ainda tentou resistir. Mas Lopes não desarmou e ficou com o grupo parlamentar. Daí em diante, sempre que pode, descola do líder, afirma sobretudo a diferença essencial entre os dois: é melhor orador, sabe estar na oposição e tem a possibilidade de debater com o Primeiro-Ministro.
Meneses percebeu o logro em que caíra e contrata uma conhecida agência de comunicação para controlar Lopes no parlamento. Este, por sua vez mostra-se ofendido: “a agência de comunicação sou eu”, terá pensado.
Por isso mesmo veta a entrada da referida agência no PSD/parlamento. Mas não se fica por aqui. Afirmada a sua autoridade junto de Meneses, lança o golpe seguinte. Parte para o terreno, em jeito de “presidência aberta”, manietando qualquer hipótese de Meneses se afirmar no país.
Santana Lopes sabe que é muito melhor. Show-off é com ele.

Miguel Coelho
Presidente da Concelhia
Secção do Limoeiro

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