Publicamos na íntegra o post de divulgação do Pedro Magalhães. Em causa uma sondagem sobre Lisboa. Os resultados são da Católica. As considerações são nossas .
Sondagem Universidade Católica sobre Lisboa Universidade Católica, 28 Fevereiro, N=786, Aleatória, Telefónica
Alguns destaques:
Sondagem Universidade Católica sobre Lisboa Universidade Católica, 28 Fevereiro, N=786, Aleatória, Telefónica
Alguns destaques:
Em geral, como avalia a actuação de Carmona Rodrigues como Presidente da Câmara?
Muito boa: 4%
Boa: 17%
Assim-assim: 38%
Má: 21%
Muito má:11%
Ns/Nr: 9%
Apenas um terço dos inquiridos (32%) julgam má ou muito má a actuação de Carmona Rodrigues. Francamente baixa. Mais se considerarmos que a distância entre quem a considera boa ou muito boa (21%, um quinto) não é tão evidente como se poderia esperar. É grave que quase 40% responda com um encolher de ombros (assim-assim).
Na sua opinião, a situação da cidade nos últimos dois anos melhorou, piorou ou ficou na mesma?
Melhorou: 15%
Piorou: 39%
Na mesma: 45%
Ns/Nr: 2%
Nesta resposta é mais claro o desagrado com o rumo da CML. Quase 40% julga que a situação se deteriorou. É significativo. No entanto 45% dos inquiridos não notam diferença, reforçando a análise de distância e de desinteresse nos assuntos camarários (outro encolher de ombros). Somente um pequeno grupo de 15% julga estarem as coisas melhores.
Dos últimos presidentes que a Câmara de Lisboa teve, qual deles foi para si o melhor: Jorge Sampaio, João Soares, Santana Lopes ou Carmona Rodrigues?
Jorge Sampaio: 42%
João Soares:25%
Santana Lopes: 9%
Carmona Rodrigues: 11%
Ns/Nr: 13%
Sem espanto os reconhecidos como melhores presidentes da CML são os socialistas Jorge Sampaio e João Soares (juntos 67%). Destes Jorge Sampaio recolhe bem mais simpatia que João Soares (43% - 25%), indiciando que os inquiridos ainda estão bem recordados do trabalho que o ex-presidente da República efectuou em Lisboa. No pólo contrário encontram-se os autarcas do PSD, juntando 20% das boas opiniões. Destes, e sem surpresa, verificamos que Carmona recolhe ligeiramente mais simpatias que Santana (11% - 9%). Em agregado, podemos afirmar que a gestão socialista é bem mais reconhecida que as sociais-democratas.
Tendo em conta a situação que se vive actualmente na Câmara de Lisboa, qual das seguintes coisas preferia que acontecesse?
Que Carmona Rodrigues cumprisse o seu mandato até ao fim: 44%
Que Carmona Rodrigues fosse substituído por outro vereador: 7%
Que houvesse eleições antecipadas para a Câmara Municipal:: 41%
Ns/Nr: 8%
O tema quente da temporada aparece muito bem exposto nesta questão. A fractura é grande entre quem quer e quem não quer eleições intercalares. Por escassa margem (44%-41%) os entrevistados preferiram que Carmona terminasse o mandato (não havendo eleições). No entanto, se somarmos os resultados de quem não quer que Carmona continue a gerir os assuntos da Câmara (os que o querem ver substituído por outro vereador e quem quer eleições intercalares) verificamos que se inverte a tendência (para 48%-44%)
Jorge Sampaio: 42%
João Soares:25%
Santana Lopes: 9%
Carmona Rodrigues: 11%
Ns/Nr: 13%
Sem espanto os reconhecidos como melhores presidentes da CML são os socialistas Jorge Sampaio e João Soares (juntos 67%). Destes Jorge Sampaio recolhe bem mais simpatia que João Soares (43% - 25%), indiciando que os inquiridos ainda estão bem recordados do trabalho que o ex-presidente da República efectuou em Lisboa. No pólo contrário encontram-se os autarcas do PSD, juntando 20% das boas opiniões. Destes, e sem surpresa, verificamos que Carmona recolhe ligeiramente mais simpatias que Santana (11% - 9%). Em agregado, podemos afirmar que a gestão socialista é bem mais reconhecida que as sociais-democratas.
Tendo em conta a situação que se vive actualmente na Câmara de Lisboa, qual das seguintes coisas preferia que acontecesse?
Que Carmona Rodrigues cumprisse o seu mandato até ao fim: 44%
Que Carmona Rodrigues fosse substituído por outro vereador: 7%
Que houvesse eleições antecipadas para a Câmara Municipal:: 41%
Ns/Nr: 8%
O tema quente da temporada aparece muito bem exposto nesta questão. A fractura é grande entre quem quer e quem não quer eleições intercalares. Por escassa margem (44%-41%) os entrevistados preferiram que Carmona terminasse o mandato (não havendo eleições). No entanto, se somarmos os resultados de quem não quer que Carmona continue a gerir os assuntos da Câmara (os que o querem ver substituído por outro vereador e quem quer eleições intercalares) verificamos que se inverte a tendência (para 48%-44%)
Se houvesse eleições, já tem uma ideia em que partido votaria, esperaria para saber quem é o candidato, ou abstinha-se?
Já tem uma ideia: 29%
Esperaria para saber quem é o candidato: 56%
Abstinha-se:9%
Ns/Nr: 6%
Aqui é sintomático verificar que mais de 50% dos inquiridos diz que teria de esperar para ver para decidir o seu sentido de voto. Apenas 29% tem já ideia definida. Estes resultados dizem-nos que apenas 30% do eleitorado alfacinha está ancorado a partidos políticos, estando 56% à espera de uma definição de candidato e, acrescentamos nós, de uma equipa e de um projecto para a cidade. Estes números indicam ainda que o grau de sofisticação do eleitorado em questão é elevado, uma vez que este faz valer o seu voto por bem mais que questões de identificação partidária. Este é um dado importante porque retira importância directa aos partidos políticos, obrigando-os (ou não) a responderam com uma maior consideração por este eleitorado. Se pensassem que o voto partidário seria facilmente transferível e que bastaria apresentar «alguém» (que seria o partido a ganhar eleições – atenção que essa é a realidade na maioria dos círculos distritais de apuramento para as eleições legislativas, onde as pessoas votam ou no partido ou no candidato a PM, não nos candidatos locais) para ganhar as eleições enganem-se. Será preciso trabalhar, e muito, para granjear a simpatia deste eleitorado (que está atento). Este resultado é importante para o que o PS pense em fazer na câmara.
Se houvesse eleições, como votaria (questão colocada àqueles que, na pergunta anterior, dizem "já ter uma ideia em que partido votariam"; percentagens resultam da resposta combinada às duas perguntas):
Esperaria para saber quem é o candidato: 56%
PS: 12%
PSD: 10%
BE: 2,5%
CDU: 1,5%
CDS/PP: 0,5%
Outro: 0%
Abstinha-se: 9%
Ns/Nr: 8,5%
Este última questão acaba por perder alguma relevância, após o que foi dito acerca da questão anterior. Adianta muito pouco relativamente aos lugares cimeiros (era de esperar, e confirma-se, a primarzia do PS, secundado pelo PSD). Podem-se elaborar algumas leituras acerca dos lugares relativos das outras forças partidárias, nomeadamente sobre o 3º lugar do BE, à frente da CDU e do PP. Mas, repetimos, a grande estatística é a que aponta que 56% ainda está à espera e candidato.
Já tem uma ideia: 29%
Esperaria para saber quem é o candidato: 56%
Abstinha-se:9%
Ns/Nr: 6%
Aqui é sintomático verificar que mais de 50% dos inquiridos diz que teria de esperar para ver para decidir o seu sentido de voto. Apenas 29% tem já ideia definida. Estes resultados dizem-nos que apenas 30% do eleitorado alfacinha está ancorado a partidos políticos, estando 56% à espera de uma definição de candidato e, acrescentamos nós, de uma equipa e de um projecto para a cidade. Estes números indicam ainda que o grau de sofisticação do eleitorado em questão é elevado, uma vez que este faz valer o seu voto por bem mais que questões de identificação partidária. Este é um dado importante porque retira importância directa aos partidos políticos, obrigando-os (ou não) a responderam com uma maior consideração por este eleitorado. Se pensassem que o voto partidário seria facilmente transferível e que bastaria apresentar «alguém» (que seria o partido a ganhar eleições – atenção que essa é a realidade na maioria dos círculos distritais de apuramento para as eleições legislativas, onde as pessoas votam ou no partido ou no candidato a PM, não nos candidatos locais) para ganhar as eleições enganem-se. Será preciso trabalhar, e muito, para granjear a simpatia deste eleitorado (que está atento). Este resultado é importante para o que o PS pense em fazer na câmara.
Se houvesse eleições, como votaria (questão colocada àqueles que, na pergunta anterior, dizem "já ter uma ideia em que partido votariam"; percentagens resultam da resposta combinada às duas perguntas):
Esperaria para saber quem é o candidato: 56%
PS: 12%
PSD: 10%
BE: 2,5%
CDU: 1,5%
CDS/PP: 0,5%
Outro: 0%
Abstinha-se: 9%
Ns/Nr: 8,5%
Este última questão acaba por perder alguma relevância, após o que foi dito acerca da questão anterior. Adianta muito pouco relativamente aos lugares cimeiros (era de esperar, e confirma-se, a primarzia do PS, secundado pelo PSD). Podem-se elaborar algumas leituras acerca dos lugares relativos das outras forças partidárias, nomeadamente sobre o 3º lugar do BE, à frente da CDU e do PP. Mas, repetimos, a grande estatística é a que aponta que 56% ainda está à espera e candidato.
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