"A UE não é um Estado" diz, e bem, a Ana Margarida Craveiro. Mas, felizmente, vai ser. Só espero que o seja enquanto eu cá andar.
And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
4 comentários:
Rui
Temos, mais ou menos, uma diferença de idade que ronda os vinte anos, e no meu caso posso dizer-te que não acredito, no entanto, também acho improvável para o teu caso.
As clivagens entre países são grandes, as diferenças económicas e sócio politicas ainda maiores, hoje não existe diferença nenhuma entre as politicas dos partidos de direita e de esquerda na Europa, é tudo uma miscelânea, discutem-se lugares em vez de politicas, ver o caso Barroso e Presidência da UE.
A Ue não é um Estado, Rui e tranquilizemo-nos porque não vai ser. Quando muito os mais radicais e que mais defendem a UE integrada na sua diversidade o mais radical que afirmam é a UE enquanto Europa de Estados Federados.
A UE é um projecto complexo mas bonito por congregar esforços à volta da diversidade e da complexidade culturais. As nações continuam a sê-lo com a sua identidade, as suas tradições, mas com a diferença de reconhecerem a necessidade que têm de se aliar a outras Nações por motivos de prosperidade e sobrevivência económica, que depois arrastam outras adaptações legislativas. É um projecto complexo, difícil, necessário, trabalhoso, em que se salvaguarda a diversidade dentro da Unificação e que por isso se distingue dos outros mercados globais. Ninguém tem de deixar de ser português, espanhol, francês ou romeno, mas por outro lado todos temos de aprender a comunicar com todos. O esforço será maior.
Rui,
De facto, como a Patrícia refere, assumiste uma posição radical (segundo os padrões actuais). E quando digo radical é sem qualquer tipo de juízo de valor. Por vezes o radicalismo é a solução, apesar de vivermos numa cultura que valoriza a chamada "moderação".
A UE será aquilo que fizermos dela. Mas também não acredito na utilidade, viabilidade de um Estado europeu.
Patrícia: "A Ue não é um Estado, Rui e tranquilizemo-nos porque não vai ser."
Usas o plural (tranquilizemo-nos) erradamente, porque eu acho e desejo que deveria ser. E se isso é ser radical, então sou-o. Porque é com tacitismo político que não se sai da "cepa torta". Eu quero uma UE Federal, e digo-o.
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