A peça, em cena na Cornucópia, é de Schiller. Faz pensar sobre a génese, dolorosa, das noções de indivíduo e de livre pensador que procura a Luz. A pena do escritor do Romantismo Alemão do séc. XVIII desenha a figura de um homem grande e aristocrata, Posa, lutador da Causa da Humanidade, inspirada pelo luteranismo e pelos caminhos de emancipação individual possibilitados por esta ética, por oposição à ética católica, apostólica, romana, inquisitorial e cega, íntima do poder temporal. Em palco, a luta, situada num tempo histórico anterior ao séc. XVIII, entre a força das Espanhas de Filipe II (filho de Carlos V) e os movimentos da Reforma, localizados nos Países Baixos, no centro de uma Europa em ebulição de ideias e de mudanças.
Os sacrificados desta visão Romântica da mudança social, do Bem e do Mal, serão o o Herói Romântico - Posa - o Amor idealmente pleno mas não realizado (estes intelectuais românticos alemães preferiam noivar eternamente, colocando a Mulher num pedestal, a viver a carne e o corpo, o quotidiano, as dores, os partos ...), as Mulheres que ousam pisar o risco traçado pelas regras impostas por Filipe II e, acima dele, pela Inquisição. Os vencedores? O passo dado pela Humanidade, no sentido da liberdade de pensamento.
3 comentários:
Sejas Bem-vinda a esta loja.
que fixe que já tenhas entrado na Loja...
já eras membra adoptiva. Agora és de pleno direito.
Bem vinda sejas. (já eras)
Rui e Zé,
I´m touched! Não estava à espera de afectos de boas vindas mas de comentários sérios a uma peça tão séria.
Foi uma agradável surpresa encontra-vos maiores do que a seriedade: de braços abertos.
Obrigado.
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