Bem sei que já passa um pouco da hora, mas não queria deixar passar a referência a mais um belo artigo de Marina Costa Lobo (no DN de terça-feira, sem link), mais pelo que não seja pela sua distância demonstrada relativamente à política partidária portuguesa. Bom ponto sobre a flutuação do eleitorado, a requerer reflexão futura. Como disse, e bem - e quando muitos parecem esquecê-lo -, o eleitorado é livre.
Pelo contrário, não penso que o meu amigo Medeiros Ferreira terá totalmente percebido o que se passou no Domingo à noite. Eu também andei pelo Altis, e fui dos que fiquei até ao fim. Por duas vezes, aqui e aqui (DN de terça-feira, sem link), o histórico socialista aponta todas as razões para a derrota menos a mais evidente: Mario Soares perdeu porque não foi o candidato que cativava nem os socialistas nem os portugueses. Apoei, como referi várias vezes, Mario Soares, mas esteve no sitio errado à hora errada. Pior esteve o PS, que não conseguiu produzir um candidato certo, no tempo certo (mas essa é uma outra história). Já nem refiro à contagem de votos da esquerda - então só contam os de Soares? esses é que são livres e progressistas? E os votos arrigimentados do aparelho do PS? qual a sua validade intelectual? e os votos emotivos e de solidariedade de anos que Mario Soares granjea? Qual a sua indepêndencia?
Meu caro Medeiros, entendo que tenha de produzir textos com alguma urgência, para marcar a agenda, mas...
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