Parece que o senhor faz, hoje, 99 anos.
E ainda filma. E ainda ganha concursos para filmar. Ao contrário dos muitos que o felicitam pelo feito ou pergunto-lhe «quando deixa de filmar e permite que hajam novos realizadores a ganharem subsídios para os seus trabalhos?».
É que não sei se sabem, mas em Portugal há apoio para se realizarem 5 filmes por ano; que na verdade são 4, porque um é, sempre, do senhor Oliveira. Sempre. Eu até acho piada a idade do senhor, agora pensem nos realizadores que nunca apareceram porque 20% do apoio que foi dado ao cinema português, pelo menos nos últimos 20 anos, tem um dono cativo.
Como é possível desenvolver uma política de apoio ao cinema português, ao novo ou ao consagrado, com a obrigatoriedade de manutenção de certas «vacas sagradas»? Como definir uma política de cultura para o sector se os escassos recursos existentes têm, à partida, destino certo?
Como é possível desenvolver uma política de apoio ao cinema português, ao novo ou ao consagrado, com a obrigatoriedade de manutenção de certas «vacas sagradas»? Como definir uma política de cultura para o sector se os escassos recursos existentes têm, à partida, destino certo?
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