quarta-feira, setembro 19, 2007

Reacções...



João disse...
Inacreditável, como é que consegues fazer este post?Está ao melhor nivél do jornalismo português! (Demagógico, sem um minimo de estrutura e cheio de sound bytes). Estás a comparar o método de eleição dos executivos camarários com o método de eleição dos deputados nacionais? (então e os deputados municipais estão lá só para enfeitar?). E ainda dizes que ter o mesmo sistema de eleição de executivos camarários que tens para eleição do Governo é uma traição dos "founding father"? Vês a tua própria contradição, ou precisas de mais dicas?

Que se discuta a alteração das leis autarquicas, sem demagogias, e com um minimo de seriadade. Afinal a Democracia é um "work in progress", e deve ser sempre discutida e melhorada! (Com todos e não apenas pelos partidos do Bloco Central!)

Resposta:
João,
1. Nunca comparei as duas eleições, disse, e é público, que se prepara um «pacote eleitoral», a assinar entre PS e PSD que contempla alterações nos dois sistemas eleitorais. A ideia é que o PSD cede na questão dos executivos autárquicos monocolores e o PS na questão da redução do número de deputados (para 181).

2. Deliberadamente não abordo a relação entre a vereação da câmara e a assembleia municipal, porque não é esse o enfoque que quero dar ao debate. Preocupa-me mais a questão cultural e a verificação da capacidade que os partidos políticos têm, hoje, de, sozinhos, gerir a cauda pública. Não é em vão que a «campanha pelos independentes» é tão popular.

3. Como indicas, e bem, foram deliberadamente construídos dois sistemas de governo diferentes: um para a governação nacional, outro para a autárquica. Nada indicia que eles tenham de ser reprodução um do outro, como procurar insinuar. Porque teria de ser?

4. João, sem stress, onde é que está a não seriedade deste debate?

1 comentário:

Boavida disse...

Começando pelo meio (ia começar pelo fim, mas deliberadamente escolho começar pelo meio, porque é esse o enfoque que quero dar ao debate)

3. O facto é que tens dois sistemas eleitorais distintos, um com base na proporcionalidade e na representação das franjas politicas, e outro com base num executivo proporcional, em que cerca de metade dos membros dum executivo não têm pelouros atribuídos.
Isto significa que metade dum executivo existe para fazer aquela de deve ser a função das assembleias municipais, dar voz às franjas politicas e controlar e fiscalizar a acção do executivo. O sistema que tens neste momento esvazia as assembleias municipais das suas funções, isenta-as de responsabilidades e serve como nébula para mascarar agentes políticos que influenciam a res publica e que ninguém conhece. Reforçar os poderes da assembleia e aumentar a responsabilidade politica dos partidos no poder parece-me ser um bom caminho, não concordas?

2. Nunca fui grande apoiante dos ditos “independentes”, afinal se concorres numa lista dum partido, onde fica a independência? Mas compreendo e apoio as listas de independentes que servem de alerta para a imobilidade dos partidos políticos (e respectivas burocracias) e que, pelos resultados obtidos, só levam à conclusão que o sistema português está pronto (ou deveria estar) para a inclusão de novos agentes políticos que não os partidos.

1. “A ideia dos executivos monocolores vem deturpar todo o ideal dos nossos «founding fathers» quando, na Constituinte de 1975, consagraram um sistema de distribuição de mandatos políticos proporcional…”
Isto parece-me uma comparação, pelo menos de ideais?! Se não era isso que querias fazer, é pelo menos isso que li no teu post anterior. (É só para picar!!)

4. Sem stress, é só porque o que querias dizer, o que disseste e o enfoque que querias dar ao debate não só não combinavam, como o post fazia lembrar a argumentação dum conhecido comentador de direita, do Diário de Noticias, um tal de Luís Delgado.
Achei que estava abaixo da qualidade dos outros post’s e precisavas dum grito de alerta.
(Este paragrafo também é para picar!!!)

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