terça-feira, setembro 25, 2007

Implosão, Explosão, Reflexão




Viram o último artido do Manuel Maria Carrilho? [O artigo completo pode ser visto aqui.]


Alguns excertos:




É certo que é fácil criticar os partidos - mas é imperioso reconhecer que isso acontece porque eles estão mesmo mal! Com uma indiferença que talvez encontre justificação no lastro salazarista que fez dos partidos uma variante do "mal absoluto", temos assistido quase sem reagir à sua contínua degradação, processo de que as intercalares de Lisboa foram uma triste confirmação.


Porque a implosão está perto: ela apenas depende do agravamento de dois factores: por um lado, da ilusão que os independentes podem representar de um modo mais genuíno a sociedade civil na vida democrática. E, por outro lado, do bloqueador vazio que se vive no interior dos partidos, que se tornaram cada vez mais em organizações de eleitos sobretudo preocupados com a eleição seguinte.


Portugal está assim, três décadas depois do 25 de Abril, refém de uma poderosa tenaz política, entalado entre partidos profundamente esclerosados e uns ocasionais ímpetos independentistas, sem verdadeira coerência ou consistência.

É pois urgente agir para melhorar a nossa democracia, e só há uma via: a de requalificar os próprios partidos, fazendo deles organizações mais pluralistas, mais transparentes e mais informais. Em suma, mais atractivas para quem se queira dedicar (em exclusivo ou em paralelo com as suas carreiras profissionais) à vida pública.




Algumas perguntas ao Dr. Manuel Maria Carrilho :

1. Porque é que no PS não procura lutar pelo que acredita. Não somente com artigos de jornais, mas também no dia-a-dia da vida do partido. (Eu sou Comissário Político Concelhio em Lisboa, e enquanto foi vereador não o via com frequência nas Comissões Políticas Concelhias)
2. Será este mau estar de agora? Penso que não. E assim sendo, porque é que não fez nada quando teve responsabilidades? (quando foi Ministro, ou candidato à CML?)
3. Porque não saí do PS e forma um outro partido?

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