terça-feira, janeiro 31, 2006

Podia ser hoje

Podia ser hoje o Dia da República.

Não é.

Provavelmente ainda era cedo, o telégrafo ainda não ligava todo o país, o Rei ainda vivia, etc...

E, mais importante, o Porto não era Lisboa (ehehehhe),

Não é Jorge?...
31 de Janeiro de 1891: A proclamação da República no Porto
Gravura da proclamação da Republica das janelas da Câmara Municipal
A Ilustração, Bertrand Detein, Paris 1891, vol. 3.




Gravura que representa o ataque da Guarda Municipal aos revoltosos entrincheirados no edifício da Câmara Municipal
Revista Universal, 1891, vol. 8.
ULTIMATUM FUTURISTA
Às gerações portuguesas do séc. XXI


Acabemos com este maelstrom de chá morno!
Mandem descascar batatas simbólicas a quem disser que não há tempo para a criação!
Transformem em bonecos de palha todos os pessimistas e desiludidos!
Despejem caixotes de lixo à porta dos que sofrem da impotência de criar!
Rejeitem o sentimento de insuficiência da nossa época!
Cultivem o amor do perigo, o hábito da energia e da ousadia!
Virem contra a parede todos os alcoviteiros e invejosos do dinamismo!
Declarem guerra aos rotineiros e aos cultores do hipnotismo!
Livrem-se da choldra provinciana e da safardanagem intelectual!
Defendam a fé da profissão contra atmosferas de tédio ou qualquer resignação!
Façam com que educar não signifique burocratizar!
Sujeitem a operação cirúrgica todos os reumatismos espirituais!
Mandem para a sucata todas as ideias e opiniões fixas!
Mostrem que a geração portuguesa do século XXI dispõe de toda a força criadora e construtiva!
Atirem-se independentes prá sublime brutalidade da vida!
Dispensem todas as teorias passadistas!
Criem o espírito de aventura e matem todos os sentimentos passivos!
Desencadeiem uma guerra sem tréguas contra todos os "botas de elástico"!
Coloquem as vossas vidas sob a influência de astros divertidos!
Desafiem e desrespeitem todos os astros sérios deste mundo!
Incendeiem os vossos cérebros com um projecto futurista!
Criem a vossa experiência e sereis os maiores!
Morram todos os derrotismos! Morram! PIM!


José de Almada Negreiros

Vasco

Questão inicial:
[Mais ajuda a lagratos...]
[nunca aqui viram postas clubisticas incitadas por tipos com o escudo nacional nas camisolas]
[as que se postaram foram reactivas, e com intuito defensivo]

Olha quem cá está...

O Diogo já o tinha dito, mas acho que ele einda não tinha postado.

Ora aqui vai a primeirinha do VPV, para ajudar a empurar lagartos.

Sobre a experiência de deputado.

Parabéns

o meus mais sinceros parabéns. 1 ano, na blogosfera, é tempo suficiente para aferir da importancia e pertinencia de um projecto, ideia ou experiência. Bem sei que muitas vezes andam coxos (do henrique, do Tiago, etc), mas tenho vos seguido com a atenção e regularidade que merecem.
Bom trabalho
Um abraço especial para o Henrique e para o Tiago.
Que cá estejam daqui a um ano

Já que estou nesta...

Deve-lhe ter tomado gosto, Medeiros Ferreira, que já só vê eleiçoes presidenciais.
Agora anunciou que apoia Hilary Clinton para 2008.
Lembro que o meu amigo Medeiros Ferreira «previu» a candidatura de Mário Soares uns bons anos antes da mesma se ter tornado realidade, o que torna o seu apoio credivel.
Também sabemos o que aconteceu a Soares.
Não deveremos esperar alguma chance para a senhora Clinton?
Deixe-se de apoios professor, ou ainda o vemos a vender a Joana Amaral Dias aos EUA...

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Será que...

Já há Campeão???Já, somos nós (e vamos revalidar)!!!

Bom, sendo assim, podem comemorar o campeonato da 2ª Circular e a Taça BES (pub) que nós ganhamos o que interessa, está bem?!?

Não percebi...

Comemoram o quê?






















Não percebi...

Vem aí o Vasco!

[Milhares de pessoas por toda a blogosfera gritam a uma só voz : "Vasco...Vasco...Vasco..."]

O Resolve


Leve,
Levizinho como uma pluma!
Rápido,
Rápido como um raio
Que caiu e calou…
63 000 benfiquistas.
São boa gente,
De um bairro periférico de Lisboa,
Mas não aguentaram
O rugido do Leão.

Ele Resolve mesmo.

Festival de Liedson faz Benfica descer à terra!
Um Liedson endiabrado - dois golos e construiu uma grande penalidade - foi decisivo num claro triunfo do Sporting sobre o Benfica(...)
in Jornal de Notícias

N’Dalo Rocha

O Rugido do Leão (3)

Liedson Resolve!



O Rugido do Leão (2)

Força de Leão!

O Rugido do Leão (1)

Raça de Leão!

Benfica 1 - 3 Sporting

VIVA O SPORTING!

domingo, janeiro 29, 2006

recomendações de fim de semana

Marina Costa Lobo, no DN é seguramente uma mais valia. Mais um bom artigo, mais uns bons pontos a prometer tornar-se num caso sério de pertinência, inteligência e seriedade.
A voltar mais tarde (assim que tiver tempo para regressar à Ciência Política...).
Também interessante, versando temas parecidos, a última página do António Costa Pinto no DN, também a prometer uma resposta/ acrescento/reflexão partilhada sobre o tema «Alegre», sobre partidos politicos (a a sua necessária renovação), sobre democracia em geral.
[sobre este tema, podemos pré-anunciar que o «Clube Loja de Ideias» está a preparar não só um «Call for papers» sobre a reforma do sistema eleitoral mas também 3 sessões sobre partidos políticos, com representantes do MRPP, CDS, PCP, BE, PSD, PS, com politólogos e académicos, agrupados de forma prometedora - este ciclo será anunciado para a semana...]

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Balanços eleitorais (VI)




















[Esta não sei quem é...]

Balanços eleitorais (V)

Balanços eleitorais (IV)

Balanços eleitorais (III)




















[Não, não é do Alegre...]

Balanços eleitorais (II)

Balanços eleitorais (I)










Revez,

Bora lá'

Raiva acumulada?

Para quem ainda tem raiva acumulada de Sábado...

Anti stress absoluto.

Vivamente recomendado.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

BAUHAUS - O Regresso



This is for when the radio is broken and crackles like uranium orchids
This is for when the fohn-wind rattles the telegraph wires like a handful of bones
This is for when dream ambulances skitter through the streets at midnight
This is for when you get caught in a sleep-riot and the sky is out of order
This is for when your sex is full of voodoo
This is for when your clothes are imaginary
This is for when your flesh creeps and never comes back

Epígrafe do álbum Mask (1981)
Os rapazes altos, pálidos e perigosamente magros, como alguém lhes chamou (ou então fui eu que sonhei), estão de volta com a sua segunda tournée de reunião denominada “Near the Atmosphere”, cujo encerramento é exactamente em Portugal, no Coliseu do Porto, no próximo dia 17 de Fevereiro (data do meu aniversário!).
Oriundos de Northampton, Inglaterra, os Bauhaus formaram-se em 1978 e duraram apenas cinco anos, tempo suficiente para se tornarem numa lenda. O seu segredo estava tanto na música, como na imagem, visto que souberam juntar os dois factores e criar um estilo próprio, único. No que diz respeito à imagem, receberam a influência das estrelas do glam rock dos anos setenta como David Bowie, Marc Bolan e os Roxy Music, e moldaram-na à sua música, inspirada na rebeldia de Iggy Pop e do punk, e na melancolia negra e alternativa dos Velvet Underground. O resultado foi uma banda capaz de fazer música frenética (“Dark Entries”, “The Sanity Assassin”) e música melancólica (“Hollow Hills”, “Crowds”), música poderosa (“Double Dare”, “Antonin Artaud”) e música delicada (“She’s in Parties”, “Who Killed Mr. Moonlight?”), imersa num ambiente mágico e sombrio, proporcionado por tudo o que dizia respeito à banda, desde as capas e interiores dos seus discos à sua presença em palco. David J., o baixista, e o seu irmão Kevin Haskins, o baterista, ambos de cabelo rente e vestes escuras (os óculos escuros de David J., que raramente tirava, tornaram-se a sua imagem de marca) eram discretos e enigmáticos. O guitarrista Daniel Ash e o vocalista Peter Murphy eram os exuberantes: cortes e penteados audazes, maquilhagem transbordante e roupas inclassificáveis. Murphy juntava a energia de Iggy Pop à presença andrógina do David Bowie da primeira metade dos anos 70, não se limitando a cantar as músicas, mas interpretando-as como um actor ou um bailarino.
Até 1983, editaram quatro álbuns de originais (In The Flat Field; Mask; The Sky’s Gone Out; Burning From The Inside) e um gravado ao vivo (Press the Eject and Give Me The Tape). Desta curta carreira, gostaria de salientar três dos seus pontos mais altos. Primeiro, o tema “Bela Lugosi’s Dead”, que foi o seu primeiro single. Que melhor apresentação para uma banda como os Bauhaus do que “Bela”. Dez minutos de pura magia, resultante da atmosfera que o diálogo entre os instrumentos e a voz de Peter Murphy conseguiu criar: um ritmo de percussão repetitivo, os inquietantes sons produzidos pela guitarra de Daniel Ash, uma linha de baixo sugerindo mistério, e a voz, primeiro cavernosa, depois lamentosa, de Peter Murphy.
Depois, a participação da banda na sequência inicial do filme de Tony Scott, The Hunger, com Catherine Deneuve, David Bowie e Susan Sarandon. Bowie e Deneuve são um casal de vampiros que procuram uma vítima num clube nocturno. A banda que lá se encontra a actuar são os Bauhaus tocando “Bela Lugosi’s Dead”. Porém, apenas Peter Murphy surge, de facto, no filme, movimentando-se por trás de uma rede enquanto canta, uma fera enraivecida e, ao mesmo tempo, sedutora.
Finalmente, o fabuloso single “Ziggy Stardust”, uma cover do tema de David Bowie e que consegue ser melhor que o original (algo raro nas covers), fruto da guitarra poderosa de Ash e da arrepiante interpretação vocal de Murphy.


Já se passaram 23 anos, desde a separação do grupo. Peter Murphy enveredou por uma carreira a solo de sucesso (quem não reconhece o famoso “Cut’s You Up” logo nos primeiros segundos), enquanto Ash, David J. e Haskins continuaram a trabalhar juntos em projectos como os Tones on Tail e os Love and Rockets, e, por vezes, também em projectos a solo. Porém, passado todo este tempo, a magia dos Bauhaus não morreu. As suas tournées de reunião são prova disso. Em 1998, o que começou apenas por ser um par de concertos em Los Angeles transformou-se numa digressão mundial com direito à gravação de um álbum ao vivo (Gotham) e de um vídeo, recentemente editado em DVD, embora em Portugal só exista na versão para leitores de Zona 1. Agora, quase oito anos passados, uma nova reunião é o suficiente para mais uma volta ao mundo. Entre Outubro e Dezembro deram 33 concertos na parte da digressão destinada ao México, Estados Unidos e Canadá. Na Europa, têm, por enquanto, 17 concertos agendados, começando no próximo dia 28 de Janeiro em Dublin.
Eu, por motivos de saúde, não posso assistir a concertos, mas não queria deixar de sugerir a quem não conhece Bauhaus que vá dia 17 de Fevereiro ao Coliseu do Porto, até porque, como é a última actuação da digressão, deverá haver um alinhamento de músicas mais vasto e, talvez, com algumas surpresas. Ou então, se não quiser arriscar, que vá à FNAC do Chiado e compre as compilações Bauhaus – Vol. I e Bauhaus – Vol. II (estão em promoção, a cerca de 7 ou 8 euros cada), pois são uma boa introdução à música da banda. Existe também uma excelente biografia dos Bauhaus intitulada Dark Entries – Bauhaus and Beyond, da autoria de Ian Shirley.
Mais informações e novidades sobre os Bauhaus em http://www.bauhausmusik.com/

Hoje vou ver isto:

A Associação dos Amigos do Arquivo Histórico-Diplomático do MNE tem a honra de convidar V. Ex.ª para a palestra:

«Alberto da Veiga Simões: A diplomacia possível no III Reich (1933-1940)»

pela Dra. Lina Alves Madeira,

seguida do lançamento do livro organizado pela conferencista Correspondência de um diplomata no III Reich. Veiga Simões: ministro acreditado em Berlim, 1933-1940 que terá lugar na Sala das Conferências de Imprensa, Palácio das Necessidades (Largo do Rilvas), no dia 26 de Janeiro, às 18:00 horas.

E agora, democracia?

O Hamas ganhou, com maioria absoluta, as eleições na Palestina.

E agora democracia? podemos deixá-los ganhar? Ou a vitória só está reservada a alguns?

E se, por referendum, for aprovada uma situação de conflito com Israrel, é legal? Se a maioria quiser decretar um estado de guerra?

Onde andam os limites da soberania popular? da sua legitimidade?

Em suma, onde andam os limites da democracia?

Hotmail do Cavaco
























Bem que fomos avisados...
Hoje não escrevo nada

[Isto devia de estar debaixo do «grito», mas não consegui pô-lo...]

[Por isso, imaginem...]

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Ahhhhhhhhhhhh.........

Começou a limpeza do PSD?


O PSD marcou um congresso extraordinário para 17-18 de Março e, pelo que diz o DN, Marques Mendes já começou a temer pelo cargo.

Caso se concretizem a criação de eleições directas para líder, poderá haver um segundo congresso para eleger nova liderança. Neste momento, não sei se os cavaquistas não apoiariam um outro candidato... António Borges, Manuela Ferreira Leite?

Poderão me dizer que tais personagens não se deixariam desgastar num período de oposição tão grande. Afinal, faltam 3 anos e meio para o fim da legislatura.

Mas quem diz que a legislatura chega ao fim...

Cavaco!

E a Magno?

E da Manuela Magno? Ninguém refere a sua situação? Porquê? Em verdade esta eleição está inquinada, pois não só tem um recurso a decorrer sobre ela como impediu, aparentemente de forma ilegal, uma candidatura sem falhas de concorrer.

[vou tentar entrar em contacto com a Manuela, para lhe pedir esclarecimentos da sua situação]

Vi agora...

Que Cavaco ganhou uma freguesia com 100% dos votos. Isso é legal? [claro que é...]
Então isso quer dizer que até os representantes de outras candidaturas que estavam na mesa de voto não votaram nos seus candidatos - e ainda receberam os 75 euros...
Vi também que Soares ganhou 1 concelho. Quanto mais se olham os números, mais eles doem.
Há que reflectir. No PS. E esta é uma boa altura.

Tarde e más horas...

Bem sei que já passa um pouco da hora, mas não queria deixar passar a referência a mais um belo artigo de Marina Costa Lobo (no DN de terça-feira, sem link), mais pelo que não seja pela sua distância demonstrada relativamente à política partidária portuguesa. Bom ponto sobre a flutuação do eleitorado, a requerer reflexão futura. Como disse, e bem - e quando muitos parecem esquecê-lo -, o eleitorado é livre.
Pelo contrário, não penso que o meu amigo Medeiros Ferreira terá totalmente percebido o que se passou no Domingo à noite. Eu também andei pelo Altis, e fui dos que fiquei até ao fim. Por duas vezes, aqui e aqui (DN de terça-feira, sem link), o histórico socialista aponta todas as razões para a derrota menos a mais evidente: Mario Soares perdeu porque não foi o candidato que cativava nem os socialistas nem os portugueses. Apoei, como referi várias vezes, Mario Soares, mas esteve no sitio errado à hora errada. Pior esteve o PS, que não conseguiu produzir um candidato certo, no tempo certo (mas essa é uma outra história). Já nem refiro à contagem de votos da esquerda - então só contam os de Soares? esses é que são livres e progressistas? E os votos arrigimentados do aparelho do PS? qual a sua validade intelectual? e os votos emotivos e de solidariedade de anos que Mario Soares granjea? Qual a sua indepêndencia?
Meu caro Medeiros, entendo que tenha de produzir textos com alguma urgência, para marcar a agenda, mas...

terça-feira, janeiro 24, 2006

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Resultados, puros e duros

Cavaco não perde um concelho no Distrito de Lisboa.

Soares fica em 4º lugar em Loures, no Sobral de Monte Agraço e em Vila Franca de Xira.

Impressionante

Cavaco ganhou em 52 das 53 freguesias de Lisboa.

Perdeu o Castelo, para Alegre.

Soares consegue mesmo 3/4 quartos lugares...

Que razia...

Não esperava

Não esperava a tão má votação de Soares, alcançando um 2º lugar nos Açores e mesmi varios quartos lugares.
Não esperava votações próximas dos 10% em Soares.
Não esperava que a diferença entre Soares e Alegre fosse tão grande.
Não esperava que Alegre tivesse 20%, ou um milhão de votos.
Não esperava que 50000 mil votos (mais ou menos), decidissem o triunfo de Cavaco à primeira volta. Já tinhamos tido a eleição do «Estádio da Luz», quando Soares ganhou a Freitas por 120.000 votos. Serão estas as «de Alvalade»? Por 50.000?

Esperava

Esperava que Cavaco ganhasse as eleições. Com uma boa abstenção era possível ganhar à primeira volta.

Esperava que Jerónimo cimentasse o lugar do PCP, e que ficasse à frente de Louçã.

Esperava que Louçã não apresentasse crescimento e que tivesse uma votação inferior às atingidas nas Autarquicas e nas Legislativas.

Esperava que Sócrates mostrasse quem manda.

Esperava que Alegre cantasse vitória, como o fez, caso ficasse à frente de Soares.
Já sabia que estavam entregues, mas ainda não o tinha referido.

Os globos de Ouro.

[e relativos ao cinema, não à política]

Alguém explica?

Porque é que a TVI insiste em passar uma «sondagem» sobre Legislativas? e que dá a vitória ao PSD?
Porque é que a SIC passa e repassa o episódio de Sócrates a «falar por cima de Alegre»?
Porque é que ninguém fala da candidatura de Manuela Magno, ela sim verdadeiramente independente e apartidária, que foi abruptamente excluida destas eleições (com a sua situação ainda em recurso...)
Porque é que insistem em considerar Alegre como «independente» e «fora dos partidos», quando todo ele é aparelho PS. É aquele aparelho que está na oposição interna no Partido Socialista, que tem todas as rotinas e manhas de campanhas e que percebeu que com Alegre poderia catapultar a sua influência interna (no PS). [vejam de onde vieram as assinaturas de candidatura...]

Day After

Constança.

Pacheco.

Vital.

Mexia, a dobrar.

Magalhães.

Gorjão.

Divulgação

Seminários de almoço do ICS - 2005/2006:

24 de JaneiroTerça-Feira, das 13:30 às 14:30 Sala de Aulas 2 (piso 0) do ICS
“A few ill-gotten gains abroad: A Irlanda e a política ultramarina Portuguesa, 1942-1968”, por Filipe de Meneses, National University of Ireland


07 de Fevereiro Terça-Feira, das 13:30 às 14:30 Sala de Aulas 2 (piso 0) do ICS
“O PCP e a questão colonial, 1921-74”, por Judith Manya, FCSH – UNL

Divulgação

A Associação dos Amigos do Arquivo Histórico-Diplomático do MNE
tem a honra de convidar V. Ex.ª para a palestra:

«Alberto da Veiga Simões: A diplomacia possível no III Reich (1933-1940)»,
pela Dra. Lina Alves Madeira, seguida do lançamento do livro organizado pela conferencista:
«Correspondência de um diplomata no III Reich. Veiga Simões: ministro acreditado em Berlim, 1933-1940», que terá lugar na Sala das Conferências de Imprensa, Palácio das Necessidades (Largo do Rilvas), no dia 26 de Janeiro, às 18:00 horas.

Tel: 21 394 63 05
E-mail: ahd@sg.mne.gov.pt

(agradece-se confirmação até à véspera)

Correio dos Leitores

A todos os Amigos da Liga Portuguesa Contra a Sida.

Nos termos da Lei, cada contribuinte tem agora o direito de transferir 0,5% do IRS que paga para uma Instituição de solidariedade social.

A Liga Portuguesa Contra a Sida, (NIPC 502 665 548) encontra-se nas condições previstas na Lei.

Este donativo não traduz qualquer acréscimo de imposto a pagar, mas apenas o exercicio do direito de indicar uma instituição para receber 0,5% do imposto.

Para isso, basta entregarem com a declaração de impostos o Anexo H e no quadro 9, campo 2, onde deverão escrever o nome e nº de contribuinte da instituição em causa.

Tal procedimento não implica qualquer aumento do vosso IRS! Apenas em vez de pagarem IRS ao Estado transferem esse pagamento para a Instituição Liga Portuguesa Contra a Sida.

Peço-lhe que transmita este mail a todos os seus amigos e conhecidos, com o pedido de sucessiva retransmissão.

Esta vontade alargada e solidária permitirá que a LIGA PORTUGUESA CONTRA A SIDA amplie e desenvolva novas actividades na luta contra este flagelo.

Com os nossos melhores cumprimentos,

A DIRECÇÃO

Correio dos Leitores

Um destacado diplomata norte americano disse acerca das eleições no Irão:"A nossa preocupação é acerca da expressão verdadeiramente significativa nas eleições no Irão, pois sabemos que o processo político e mediatico é controlado por uns poucos e manipulado pela elite clerical e seus associados ."
Este interessante quadro do médio Oriente pode ser muito útil para uma meditação acerca de outros processos eleitorais, políticos e mediáticos...Sobretudo se for tomada em conta a diferença de votos NA ELEIÇÃO PORTUGUESA - verifiquem p.f. no site sapo o dossier eleitoral Os votos nulos e em branco são superiores ao diferencial que permitiu impossibilitar a segunda volta (são acima de 1%!!!!!!!).
A constituição e o "regime" vigentes desde 1976 são ultrapassados pela sua própria fraqueza criando-se a dinâmica que tem algumas analogias com o tão mencionado "golpe de estado constitucional"-uma figura aparentemente contraditória mas talvez menos impossível do que muitos julgavam.
A noite eleitoral e a sua "cobertura pelos media" convidam também a alguma reflexão;Nunca foi analisada a disparidade entre os resultados reais e as inúmeras sondagens que no seu delírio foram até aos 60%Foi sempre utilizado o argumento da intenção (apenas se mediram intenções....!).
Deve ser uma técnica "intencional!". Nunca foi debatida a natureza, nem convidados juristas ou constitucionalistas apartidários, para esclarecimentos dos artigos constantes do texto da constituição....Foi dito que a coabitação não existe como figura real da relação institucional pela simples razão de o presidente ter poucos poderes mas talvez não tenham reparado que o novo presidente disse buscar consensos se " necessários ou possíveis"...
A analogia como a situação Iraniana não é com certeza muito aproximada mas afinal não é a elite clerical da univeridade católica com seus associados do departamento onde o novo presidente dava aulinhas que estão a controlar o processo político e mediático e que através de um resultado pouco significativo estão convictos que Portugal entrou num novo regime!!!!!!!!!!!!(como afirmou António Borges).
Se "pela boca morre o peixe" vamos aguardar serenamente pelo poder da palvara exercido por este novo presidente e verificar se Portugal não ficará mais Iraniano.
Obrigado pela atenção -Este mail teve por objectivo esclarecer alguns pouco atentos e advertir para novos perigos, de modo a que como disse uma grande figura da Democracia na noite eleitoral algumas ideias" façam o seu caminho" e possam derrubar as elites que procuram manter um vantajoso status quo (tal como no Irão)
Leitor devidamente identificado

Piada do dia seguinte...

Piada...

Para o que aconteceu ontem, um recado á estratégia do PS... Ou não... Porque temos de aceitar esta eleição como um sinal, de que o povo não anda assim tão desatento da realidade e do que os nossos politicos decidem...

Redação:

"O mano"

Quando eu tiver um mano, vai-se chamar Herrare porque Herrare é o mano.

Eu vou gostar muito do meu mano.



Fim.

Admito

Admito derrota.
Apoiei Mario Soares. Apoieo-o pelas razões aqui expostas, por diversas ocasiões. E fi-lo de consciência, convicção e dedicação. Acreditava, e ainda acredito, que seria a melhor escolha para a Presidencia da República, para o país e para o ciclo político que vivemos.
A maioria dos portugueses, ao se expressar em voto, não partilhou das minhas ideias. Assim é a democracia. Assim é o jogo democrátrico.
Telefonei, naturalmente, aos militantes e apoiantes de Cavaco Silva que melhor conheço. Como eu partilhavam dos ideais de um candidato.
Parabém a eles, hoje ganharam.
Que por nós, por todos nós, saibam fazer o Bem.
[amanhã labemos as fridas da derrota; hoje glória aos vencedores ]

Grande Massacre!

Nos 18 Distritos e nas 2 Regiões Autónomas de Portugal:

Soares ficou em 2º apenas nos Açores.

Soares ficou em 4º em Beja, Évora e Setúbal!

Nos restantes ficou em 3º.

domingo, janeiro 22, 2006

O Presidente de Todos os Portugueses

Em meu nome pessoal, saudo Aníbal Cavaco Silva, eleito neste dia Presidente da República Portuguesa.

Desejo-lhe as maiores felicidades no exercício do seu cargo. Para bem de todos nós.

Viva a República!

Viva Portugal!

Margem de Vitória Insignificante

Pelas minhas contas, não haverá 2ªvolta por causa de 25 000 a 50 000 votos.

Com uma taxa de abstenção de 37.7%, isto significa que se tivesse maior mobilização à esquerda tinha havido 2ªvolta!

Obrigado a todos aqueles que ficaram em casa, por acreditaram nas sondagens que diziam que Cavaco ia esmagar...

Conseguiram que ele ganhasse!

Primeira Reacção às Sondagens

Ainda bem que fumei o charuto depois do almoço!

O GALO É O DONO DOS OVOS

O galo é o dono da casa
a galinha, da cozinha
ou se porta direitinha
ou apanha com a asa
que o galo é o dono da casa

O galo canta de galo
a galinha, cacareja
e o pintainho deseja
o fim de tanto badalo
e o galo canta de galo

O galo come faisão
a galinha é quem o assa
e o pobre do pinto passa
passa uma fome de cão
e o galo come faisão

O galo é o dono dos ovos
a galinha é quem os bota
e o pinto é compatriota
da miséria de outros povos
que o galo é dono dos ovos

Por mais que cante o galo
o galo está a dar o berro
é que nem com mão de ferro
faz do pinto seu vassalo
por mais que cante de galo

Anda amarelado o galo
como a gema que o pariu
o sol nunca lhe sorriu
quanto ao pinto, é um regalo
não há sol que não o tisne
o galo canta de galo
para o pinto é canto de cisne

Sérgio Godinho

PS - Palavras para quê?

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Razão Mesquinha

Mais uma razão para votar em qualquer um menos Cavaco:

Para Luís Delgado se estatelar ao comprido...

Presidenciais: O meu Voto

No Domingo, vou votar em Mário Soares.

A minha opinião pessoal é que haverá 2ªvolta e que será entre Cavaco Silva e Mário Soares.

Como já antes aqui tinha afirmado, antes da própria possibilidade se tornar realidade, Mário Soares representa o futuro do país. Um paradoxo intrigante, em que o candidato mais velho seja aquele cujo pensamento é mais moderno e que está mais bem preparado para ser Presidente da República de Portugal.

De Cavaco Silva, não fosse eu ter sido negativamente marcado pela oposição ao cavaquismo, não consigo deixar de pensar que se candidata ao lugar errado pelas razões erradas. Admito que o programa que ele deixou entrever é algo que poderia ser concebível para quem aspirasse a ser Primeiro-Ministro, mas é inconcebível no Supremo Magistrado da Nação. Porquê é que ele não se candidata a líder do PSD e disputa eleições legislativas para pôr em prático o seu projecto economicista para o país é algo que não consigo compreender, e penso que ser eleito PR só tornaria impossível o que ele pensa fazer.

Manuel Alegre revelou-se, de longe, a minha maior decepção. Demonstrou ter um carácter bífido, de pessoa que vive da vitimização, do nacionalismo bacoco, e que não respeita o sentido moral daqueles que combateram a ditadura e lutaram pela liberdade, que se tornaram em armas de arremesso político para satisfazer os interesses de alguém que vive no seu umbigo e para o seu umbigo, demonstrando um completo desprezo pelo partido e pelos ideais que supostamente se bateu como militante. Tendo dito isto, caso a escolha seja entre Alegre e Cavaco, voto Alegre, embora com grande pena.

Jerónimo e Louçã, estão apenas a tentar fizer os seus respectivos eleitorados (algo que o CDS está a falhar) e não contam para este campeonato. Assim como Garcia Pereira.

Tendo dito isto tudo, quem for eleito, nos termos da Constituição e da lei, será o Presidente de todos os portugueses, portanto o meu presidente. Seja Soares, Cavaco, Alegre, Jerónimo, Louçã ou Garcia Pereira.

Faço um último apelo:


Votem no Domingo.

Não interessa em quem.

O importante é que votem!

Não deixem que outros decidam por vocês.

Do outro lado do Mundo...

Chegou-me, via e-mail, este artigo do Nuno Rodrigues (aquele abraço), publicado num jornal de Macau.
Sobre as presidenciais do próximo Domingo:
«Estabilidade e Confiança

No próximo dia 22 de Janeiro é escolhido o novo Presidente da República de todos os Portugueses. Acto eleitoral que se reveste de grande importância visto que é o derradeiro acto eleitoral no espaço de dois anos e meio.

Por outro lado, o momento de crise de confiança que Portugal atravessa, exige a todos os cidadãos a responsabilidade de participarem no mesmo. Essa confiança começa a ser reestabelecida a muito custo pelo governo de José Sócrates e terá como ponto mais alto e quem sabe decisivo, a eleição do novo Presidente da República.

Como todos sabemos, a questão que se colocará nas eleições do próximo dia 22, é saber se haverá segunda volta ou não.

Cavaco Silva partiu com muita vantagem não só em termos temporais de preparação de campanha bem como em termos percentuais conhecidos pelas sondagens feitas. A primeira explica-se pela necessidade que os partidos de direita que o apoiam, o PSD e o CDS-PP, têm de, finalmente deterem o poder que resulta do órgão máximo do estado português.

De igual modo, o apoio político e financeiro dos grandes grupos económicos que dominam Portugal a seu belo prazer desejam a eleição de Cavaco Silva numa espécie de «revanche» relativa ao resultado das últimas eleições legislativas de Fevereiro. Nunca na história da democracia portuguesa a direita deteve esse poder porque os portugueses nunca o permitiram. Um misto de razões históricas não esquecidas pelos portugueses e de estabilidade política sempre necessária deverão estar na origem de tal facto.

Na realidade, e desde o início da pré-campanha com todos os debates em que participou e posteriormente com o início da campanha eleitoral, temos vindo a ser confrontados com um Cavaco Silva em recta descendente e com pouco conhecimento do que é ser Presidente da República encontrando-se já no limiar da vitória à primeira volta segundo uma última sondagem quando no início da sua corrida presidencial atingia os 70 pontos percentuais. O ponto mais alto desse facto e demonstrativo do real propósito da candidatura do mesmo aconteceu no instante em que sugeriu, possivelmente pressionado (mesmo antes de ser eleito) pelos lobbies empresariais que o apoiam, que fosse criada uma Secretaria de Estado de apoio directo e exclusivo às empresas estrangeiras. Este foi um elemento demonstrativo da perturbação, de ingerência e consequentemente de instabilidade que Cavaco Silva vai tentar colocar na governação do País. Neste momento, é o que Portugal menos precisa.

Surpreendente também tem sido a postura silenciosa do PSD e do CDS que, porventura, se terão esquecido de fazer criticas ao Governo durante este período eleitoral para que paire na cabeça dos Portugueses a noção de estabilidade subestimando, assim, e mais uma vez, a consciência política que os portugueses sempre demonstraram ter.

Tendo em conta estes factores referidos anteriormente, analisemos a alternativa à candidatura da direita protagonizada por Cavaco Silva.

Temos mais cinco candidatos. Mário Soares apoiado pelo Partido Socialista. Manuel Alegre. Jerónimo de Sousa apoiado pela CDU e os Verdes. Francisco Louçã apoiado pelo Bloco de Esquerda. Garcia Pereira do PCTP-MRPP.

Todos estes candidatos estão a fazer um trabalho político notável de consciencialização dos eleitores para as consequências que a eleição do candidato de direita representam para o nosso país e que referi anteriormente.

No entanto, Mário Soares destaca-se neste rol de figuras importantes da nossa democracia e que muito têm contribuído para o bom desenrolar da mesma.

Num cenário de segunda volta, Mário Soares reuniria facilmente o consenso de todos os outros candidatos rumo à vitória sobre Cavaco Silva. Lembrar também que o candidato do Partido Socialista já o fez em 1986 quando partiu para a corrida eleitoral frente a Freitas do Amaral com, pasme-se, 8% das intenções de voto vencendo, depois, na segunda volta, as eleições de forma surpreendente mas sempre acreditando e confiando nos Portugueses.

Trata-se de uma pessoa com uma experiência indiscutível nas funções de Presidente da República que, até em momentos periclitantes dos dez anos de cavaquismo de que é exemplo a célebre, pelas piores razões, manifestação contra as portagens, em que Mário Soares teve de lembrar a Cavaco Silva, na altura primeiro-ministro, que é legitimo o direito à greve.

O sentido de Estado sempre demonstrado em todos os momentos de instabilidade política e social torna Mário Soares o Presidente da República que os portugueses precisam para que Portugal atinja de novo níveis de confiança não só a nível interno mas também para ganhar a confiança do investimento estrangeiro. A coabitação pacífica com o governo do Partido Socialista é essencial para que este último consiga desempenhar de forma tranquila o mandato para o qual foi eleito em Fevereiro de 2005 com uma esmagadora maioria de votos. Que sentido faria agora termos no Palácio de Belém, uma pessoa como Cavaco Silva que se iria intrometer e perturbar a estabilidade política no país num momento em que esta é decisiva para se conseguirem desenvolver e finalizar as reformas que Portugal vinha a precisar e que José Sócrates já demonstrou querer fazê-las?

Mário Soares é um grande estadista e está preparado para ajudar Portugal neste período difícil dispondo também de um conjunto de conhecimentos a nível internacional que muito nos poderão ajudar e que mais nenhum candidato tem.

Caberá aos Portugueses, como sempre, escolher o que é melhor para Portugal e estou convicto que mais uma vez irão escolher de forma coerente e em nome da estabilidade e da responsabilidade que representa esta eleição lembrando-se, certamente, que Portugal não poderá esperar mais tempo para se desenvolver de forma harmoniosa e convergente.

Nuno Vieira Rodrigues »

Arrisco

Arrisco dizer que Cavaco Silva não vao ser eleito à primeira volta.

Arrisco dizer que Mário Soares vai passar à segunda volta.

Arrisco dizer que Manuel Alegre vai «estourar» no Domingo.

Arrisco dizer que Jerónimo fique à frente de Louçã.

Arrisco dizer que o Bloquue estanque o crescimento.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Hás-de cumprir!

É o "preso por ter cão, preso por não ter"... Deve ser isto a que chamam pertencer ao primeiro mundo. E a decisão vai ensinar o espertinho a, na próxima, respeitar os contratos que assina. A minha única pergunta é: e se o tal Reeves fosse um homem sério?

"O inglês Reeves acaba de ser condenado a quinze meses de prisão. A inglesa Ryder andava farta da vida e contratou o Reeves para a ajudar. Pagou-lhe 11000 euros para ele arranjar um assassíno profissional que a matasse.
Ele embolsou o dinheiro mas, nada. Admirada por não estar morta, ela pediu-lhe satisfações. Reeves disse-lhe que não tinha arranjado o artista, mas ele próprio daria conta do recado, se o preço dobrasse. Ela pagou. Mas, outra vez, nada. Então, ela meteu-o em tribunal por quebra de contrato. Foi por isso que Reeves foi condenado, quinze meses! E levou com um ralhete da juíza por não ter cumprido o prometido."
in Correio da Manhã, 19 de Janeiro de 2006

Se fosse nos USA e ABUSA a pobre Ryder, até então desgostosa com a sua existência, teria recebido uma quantia choruda que lhe haveria de ter restituido a vontade de viver.

PS - que raio de mundo é este em que um gajo tem de pagar uma quantia considerável (e dobrá-la) para ter acesso à única coisa que é certa nesta vida: a morte? Sra. Ryder, ou a senhora é muito pouco expedita ou não sei o que se passa! Porque é que não se atirou de uma ponte em vez de lixar a vida ao pobre Reeves? Se havia dúvidas em relação à eficiência do método que eu sugeri, também podia por a cabeça na linha do comboio, ou estava com medo que os atrasos provocados fossem imputados aos seus descendentes?

Querem ver que não fomos nós...


Este mapa, dizem, é de 1418.
Em 1415 conquistávamos Ceuta, já os chineses haviam visto todo o resto...
Estaremos perante uma sustentação histórica para a preparada invasão chinesa no século XXI? Porque a verdade é que, em História, por vezes não interessa somente a verdade, mas o que que se vende como verdade. Também foram portugueses os primeiros a desembarcar na América do Norte (os Corte-Real, na Terra Nova), e no entanto celebra-se Colombo.

Ideias Alegreanas



“É um acto de cidadania” diz ele, o mesmo poeta que fez gazeta ao trabalho, ou seja, à votação de Orçamento de Estado.

Até agora estava indeciso em quem votar, mas após apreciar a prestação do nosso “Homero” nos debates televisivos, pré-campanha e campanha eleitoral, confesso que fiquei perplexo e até um pouco assustado com o que ali vai.

Alegre, aquele que se diz representante do povo e o único que integra uma candidatura supra-partidária (essa dá mesmo vontade de rir, basta olhar para os PS de segunda linha que lá está, aqueles que ficaram sem tacho) defraudou-me as expectativas por não ser de facto um político minimamente profissional. Não porque ele assim o deseje, como dá a entender, mas porque a meu ver não tem competência para tal. Antes de mais é preciso desmistificar que os políticos não devam ser profissionais. Erro, e o bom exemplo é Louçã, que em quatro anos de legislatura e sem lugar cativo no parlamanto apresentou mais trabalho que Alegre alguma vez tenha feito com trinta anos de casa.

É muito fácil dizer que “A Mim Ninguém Me Cala” e dar uns murros na mesa com voz de trovão, mas onde é que está e esteve a tal “cidadania” de Alegre em 30 anos de vida parlamentar? Alguém se lembra de intervenções brilhantes de Manuel Alegre na AR em defesa da tal cidadania? E se de facto ele está tão preocupado com os velhinhos, com os emigrantes, com a sociedade civil, desempregados etc, porque raio é que não a exerce?
Coisas simples como propostas, projectos de lei e outro tipo de intervenções nesse sentido. Trabalho de sapa, trabalho consistente e relevante. Alguém se lembra de alguma coisas do género? Não, mas todos sabemos que faltou à votação do O.E. e chamou a isso sim, “Um acto de cidadania”.

Eu lembro-me de alguns dos bons livros que escreveu, mas isso, de Lobo Antunes a Saramago, há muito boa gente talentosa neste país, e nem por isso se considera pois, um acto de cidadania.

Alegre afirma que é necessário dar a cara, mas onde raio esteve ele, por exemplo na Guerra do Golfo II? Vi Soares e vi Freitas na televisão a levarem porrada de um tal Vasco Rato e outro Luís Delgado, mas sem medo, protagonizaram a liderança da frente de um combate contra essa grande mentira colectiva. Estava lá Alegre? Alguém deu por ele? Ou sentiu a sua falta?

Este é apenas um entre tantos exemplos nos quais Alegre aparece sempre levado pela onda, como homem de segunda linha, arrastado pelo inevitável dos factos consolidados.

Pelo andar da carruagem, arrisca-se a passar à segunda volta e pela lógica do voto útil, se calhar até ganhar, senão, pelo menos a ombrear taco a taco com Cavaco. Mas será que é o melhor homem para o lugar? Tenho dúvidas, muitas dúvidas.

Alegre, não está talhado para o cargo e não percebe nada da Realpolitk. Não daquela onde as coisas se resolvem dando murros na mesa e esgares patéticos do estilo “A mim ninguém me cala”. Deixemos esse dramatismo bacoco de lado.
Falo daquilo que mexe com o mundo, com a economia, com a diplomacia, as guerras de bastidores, os jogos de poder e influência geopolítica e geoestratégica.

Pensei no início que o Zé Gordo já estava velho, mas a verdade é que o Bochechas está como o vinho do Porto. E, para aquilo que interessa neste cargo, desenvolveu trabalho relevante ao longo destes anos mesmo quando não ocupava cargos políticos ou públicos. Será que isto não é cidadania?

Todos conhecem Soares, e sabem o que pensa. É destemido e não tem medo de discordar publicamente das políticas de Bush, sustentando a argumentação com lógica e bom senso. É um homem moderado e de consensos.
Alegre não, deslumbrado com o eminente poder, julga-se um suserano, uma espécie de Che Guevara dos século XXI, quando o próprio Soares foi infinitamente mais importante no tal combate épico contra o fascismo do que Alegre. Isto para nem mencionar Cunhal, Humberto Delgado, Melo Antunes entre outros.

O Zé Gordo é um jogador, sabe fazer bluff, tem manha, mas também estratégia e não as vistas curtas. Pode ser que me equivoque, mas Alegre, anda à deriva, não possui ideias, o que é estranho para alguém que anda há 30 anos a viver da política. Será que não conhece os problemas? Se entrevistarmos algum empregado fabril que ande há 30 anos na mesma empresa, de certeza que nos aponta defeitos e até soluções criativas de como superar a crise. E o Manel? Onde está a sua criatividade? Onde estão as suas ideias. Se espremermos bem os seus inflamados discursos, ficamos com uma mão cheia de nada, tal como laranjas secas. Sobram apenas chavões e bonitas frases com sentido pseudo-patrióticas, mas que revelam uma pobreza confrangedora daquilo que ele se propõe ser, o mais alto magistrado da nação.

N’Dalo Rocha

Acerca de e-mails com pedidos de ajuda (nomeadamente pedidos de sangue)...

Acerca dos pedidos de sangue enviados por e-mail o Instituto Português de Sangue, respondeu assim a um e-mail dirigido a este por uma senhora a pedir esclarecimentos sobre a veracidade ou não do e-mail referido:

A Senhora é mais uma das pessoas de boa-fé que está a ser enganada por "gente" sem escrúpulos e que brincam com coisas muito sérias. Lançam na rede dos e-mails um pedido FALSO, feito ao jeito de "cortar-o-coração-do-menos-sensível", provavelmente para se deliciarem com a rápida "bola-de-neve" que um apelo destes origina e o envolvimento de tanta gente a querer acudir por natural solidariedade humana.

Todos os e-mails a pedir sangue são FALSOS; são produzidos e libertados em anonimato, dando referências FALSAS (por ex.: telemóveis com números não atribuídos ou inactivos, direcções que não existem, nomes falsos, doentes que nunca existiram, em hospitais que nunca os tiveram. etc.). E este, neste caso, não tem referências: nome? Família? Hospital? O número de telefone, ali indicado, está inactivo. Trata-se deste caso como?

UMA PRAGA...!!! UMA BRINCADEIRA DE MUITO MAU GOSTO...!!!

O Instituto Português do Sangue tem toda a responsabilidade de conseguir os componentes sanguíneos para os doentes e traumatizados, que daqueles precisam. E tem reservas de sangue para isso. E quando não, tem mecanismos de encontrar e alcançar esse sangue na Rede Nacional de Transfusão de Sangue. Não se pede sangue à toa por e-mail. Temos, felizmente, organização nacional bastante para suprirmos dificuldades momentâneas.

De resto o grupo de sangue B Rh-, nem é tão difícil, assim, de conseguir e um bébé só consome pequenas quantidades, de cada vez, de uma unidade de sangue dada por um dador, em função do seu próprio tamanho.

Desculpe a extensão deste texto e peço a V. Exa. que, dentro do que lhe for possível, contrarie e informe os incautos, que caem de bom coração nesta iniciativa.

Com os melhores cumprimentos,

José d'Almeida Gonçalves, Director
Instituto Português do Sangue

Reclamações de um investigador

Carta aberta
A quem de direito,
Venho desta maneira proferir alguns reparos à página da Internet recentemente posta à disposição dos utentes, regulares e irregulares, da Torre do Tombo.

Antes, no entanto, de iniciar a exposição das minhas diversas críticas, duas notas introdutórias:

Frequento, com alguma assiduidade, quer a Torre do Tombo quer outros arquivos (do MNE, à BN, da Hemeroteca ao Governo Civil, etc). Neste sentido, assumo-me como um leitor normal, um investigador incompleto (em termos financeiros e temporais), dependendo do trabalho arquivístico muito do sucesso dos meus projectos (neste caso, a tese de Mestrado).

Trabalho, investigo, História Contemporânea, nomeadamente o período do Estado Novo. Neste sentido, como depreendem naturalmente, muito necessito da Torre para poder colmatar as minhas necessidades de investigação. Estou, neste momento, a terminar a investigação e a iniciar a redacção da tese. Esta deverá ser entregue, o mais tardar, até o verão.

Dito isto, deparei-me recentemente com a vossa página da Internet quando procurei consultar os diários de Salazar, um dos últimos pontos de pesquisa (o outro é a União Nacional, onde espero expurgos de varias pastas desde Agosto…). Inicialmente ainda pude consultar os diários, mas rapidamente me foi comunicado que «em virtude de se encontrarem disponíveis na Internet, o investigador já não os veria fisicamente, ficando a consulta unicamente disponível na citada página».

Ainda pensei que poderia beneficiar, como investigador, deste avanço tecnológico.

Mas não. Pouco beneficiarei desta possibilidade, pois a elaboração da página não está preparada para que o investigador seja o principal beneficiado com a tecnologia.

Repare-se:

Para se aceder ao documento que se pretende – uma página do diário – o processo é moroso, cheio de truques e não parte do pressuposto de que o investigador possa ser pouco familiarizado com o seu âmbito de pesquisa.

Assim, se não tiver já alguma ideia do que procura – o nome de um arquivo, de uma data, de um protagonista – pouco rendimento é retirado do que está exposto.

Não há, que tenha descoberto, nenhum descritivo/inventário de toda a documentação existente na página (só há, repito, após se inserir algumas palavras chave).

Mesmo tendo as chaves que lhe permitam a consulta, e agora em especifico em ralação ao caso dos diários da Salazar, o investigador depara-se com uma busca demorada, circular, enganadora e, muitas vezes, infrutífera.
Explico:

Demorada no sentido em que para se aceder ao documento os passos são muitos – [1] abre-se a páginas com as referencias a Salazar, [2] daí para os diários (ordenados por anos), [3] dos anos para os dias, [4] do dia para a imagem digitalizada em pequeno (impossível de ver), [5] e daí para a imagem em grande. Pode-se, perfeitamente retirar algum passo, elaborando menus complexos com aberturas nas páginas gerais. Quanto mais páginas se abrir, maior é o risco de se perder a ligação à net ou de tempo perdido à espera de carregamento das novas páginas.

Circular no sentido em que, uma vez consultando o documento X, para se consultar o do dia seguinte os passos a percorrer são absurdamente complexos: voltar 3 passos atrás, até ao menu dos dias totais do semestre em causa, e daí iniciar outros 4 passos até se alcançar o documento desejado. Os 7 passos são muitíssimos, mais ainda quando o esperável é um simples «next»/«próximo», que nos transporte para a próxima página.

Enganadora porque os documentos finais apresentados não tem as dimensões dos documentos de origem. Estão demasiados pequenos na página seguinte à escolha do dia, e demasiado grandes na página final de visualização do documento. Em ambos os casos o documento é transformado digitalmente para melhor aparência tecnológica? Não entendo.

E isto leva-nos à última critica: a pesquisa é, muitas vezes infrutífera, porque nos deparamos com um documento que não nos permite a sua boa percepção, o sem bom manuseamento ou o seu bom tratamento. Ao se expandir, artificialmente, o tamanho do documento (no original mais pequeno que um A5) para algo perto de um A4, está-se, na realidade, a tornar mais difícil o visionamento do mesmo, uma vez que a letra «rebenta», tornando-se facilmente imperceptível. Se entendermos que estamos a tratar de documentação do cunho de Salazar, não conhecido pela sua legível caligrafia, mais atenção deveria de ser dada a estes aspectos de visionamento. (sobre este aspecto posso sugerir que se traduza a caligrafia de Salazar, e se faça acompanhar o texto original – digitalizado – pela tradução do mesmo).

Perante tais condicionamentos, as mais valias a atingir com o uso de novas tecnologias perdem-se rapidamente:

A investigação é demasiado morosa (vejam a diferença de tempo gasto no manuseamento das páginas dos diários entre fazê-lo manualmente e na net; quem paga as horas extras que o investigador despende a mais?).

A investigação não oferece nem sucesso de pesquisa – se não tiver munido das palavras-chaves necessárias o investigador terá dificuldades de acesso – nem falibilidade da mesma, pelas razões já apontadas respeitantes à transformação do documento e à sua difícil leitura.

Podemos, sucintamente, concluir que estamos perante um caso de bom uso de meios tecnológicos na óptica das instituições, não dos seus utilizadores. E é natural que tal aconteça, uma vez que muitas instituições estão formatadas para procurarem acesso a fundos europeus de diversa ordem, sem para isso lhes ser oferecida muita reflexão ou planeamento. O importante é a aprovação da verba, as suas parcelas, os seus objectivos gerais e «secos». Não interessa se a instituição tem pessoal humano para manusear a nova ferramentas oferecida (é natural que, se bem trabalhado, também sejam pagas umas boas horas de formação de informática na óptica do utilizador). Não interessa se a instituição adequa o serviço a oferecer (e o software do novo produto) ao utilizador do mesmo. Interessa fazer, apresentar trabalho, justificar investimentos, apresentar avanços tecnológicos para se justificarem o concurso a mais avanços tecnológicos.

Não é este o caminho. Não é este o futuro. Não é este, sequer, o presente. Se queremos apresentarmo-nos com a competência e a dignidade que merecemos, como instituições e investigadores, temos de fazer mais. Mais e melhor.

Por mim, espero ter podido contribuir.
Sem mais,
Atenciosamente,
José Reis Santos
Também ando por aqui...

E o prometido é o mesmo: se por aqui vir o Marques Mendes, ou o António Borges eu digo, tá?

[o mesmo se passa se por aqui encontrar esta malta, este livre pensante ou alguém destas paragens...]

Ando a ler isto.

E não, não ando à procura de Cavaco. Não sou de Coimbra, nem uso e abuso das palavras e dos conceitos. No entanto, e fica prometido, se aqui encontrar alguma referência ao senhor de Boliqueime divulgo na hora.

[sobre os acontecimentos de Coimbra: foi bonito ver a espontaneidade dos populares às janelas, brindando o candidato com confetes estranhamente com as cores e o formato da sua candidatura - aí este povo - ; e o episódio pidesco, com capangas abafando muidos encapoçados proclamando faixas de protesto só relambra os célebres episódios de verdadeiras «cavacadas», como os secos/molhados, o buzinão da ponte e outros exemplos de tolerancia e de aceitação da liberdade de expressão]

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Chile

(obrigado Henrique)
Voltaremos ao tema.
(mas, como gostaria de ver uma fotos destas no Domingo... Cavaco e Alegre a virem cumprimentar Soares...)

E se?

E se Cavaco não for eleito à primeira volta?

E se Alegre não ficar em segundo? E se Soares passar a uma segunda volta?

Estará a «culpa» nas sondagens? Em quem as faz? Ou em quem as lê e nelas sonha com urnas abertas?

Bem sei que as sondagens, em política, são importantes; mas não deviam de ser tão importantes de modo a marcar o discurso, a actuação. Mais, penso estarem as sondagens a atravessar um momento de descrédito forte, vide os recentes casos autárquicos, e julgo mesmo que, se Cavaco não for eleito e Soares passar à segunda volta, ter-se-á de repensar em todos os processos de recolher opiniões políticas de forma válida e pertinente. E teremos quatro anos para essa reflexão.

A verdade é que, mesmo perante estes indícios, quer Cavaco quer Alegre quase exclusivamente discursaram ao sabor do vento desses números. Cavaco gerindo a vantagem, calando-se o mais possível e permitindo que dele se façam as mais alargadas leituras (ganhando assim simpatias em várias frentes); e Alegre procurando uma bipolarização fictícia entre ele e Cavaco, assumindo-se, erradamente a meu ver, como a alternativa.

Ambos juram não ligar a sondagens, ambos asseguram não lhes ligar. Ambos só discursam para os números, ambos só apresentam estatísticas em prol de ideias.

Não é um presidente destes que quero.
E se Soares passar à segunda volta? E se voltar a ser eleito?

Será?

Será que o Paulo Gorjão pensa que será acessor em Belém?
Será que Manuel Alegre pensa que será novamente deputado do PS? Ou Ministro? o mesmo líder do PS? Será que formará um novo partido?
Será que a Joana Amaral Dias se filiará no PS? E que o Medeiros Ferreira lhe assinará a ficha?
Será que Sócrates se importará muito com o resultado das eleições? E Soares?
E será que Cavaco saberá ganhar? e ser só Presidente da República?
E será que Marques Mendes sabe que ficará a prazo, caso Cavaco ganhe? e sairá?
Será que só voltaremos a ter eleições em 2009? (sobre esta questão, aceitam-se apostas)

sobre presidenciais

Tenho-me abstido de escrever sobre as próximas eleições presidenciais. Tenho-o feito por, sinceramente, andar a dedicar o meu tempo a outros projectos. Por outro lado, e também com honestidade, tenho-me cansado de todas os apartes, análises ou previsões que tem marcado estes últimos tempos políticos. Já são demasiados clichés, demasiadas opiniões de quiosque.

«Cavaco ganhará na 1ª volta, porque é, sem dúvida, o candidato mais bem preparado», «Alegre é uma novidade na vida política nacional», «Soares desperdiçou o capital acumulado durante 20 anos de construção democrática», «Jerónimo e Louçã são candidaturas tribunícias».

É impressionante a fragilidade destes argumentos. A iniquidade reflexiva que cobre a maioria dos nossos comentaristas. Sinceramente, criámos uma elite opinativa, convidada rotativamente para ocupar os diversos espaços de opinião, que se alimenta dos canapés presenteados nos espaços vip, não vê os jogos, e debita, sobre o discurso político real, postas compradas sem factura nem declaração.

Este «tipo», já assinara antes por uma das equipes, não perde oportunidade de se promover ou de promover «o próximo sabão com cheiro especial», e é sempre imparcial, especialista, técnico, professor, doutor, muito experiente, sempre sem partido, muito distante e nunca manipulador. Nunca assume nada. Nunca se compromete. E, de preferência, nunca afirma nada que não possa desconfirmar ou desmentir num futuro próximo.

Não. Não contem comigo para engrossar essa nata.

Eu tenho um candidato. Já o defendi. É Mário Soares. E consigo criticá-lo. Consigo apontar-lhe defeitos e erros de campanha. Consigo ser suficientemente distante para me isolar da minha condição de apoiante. Não é essa condição fundamental para podermos comentar?

Recomendado

A meros 5 dias das eleições, e para servir de algum esclarecimento, recomendo esta nota do Pedro Magalhães.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Procura-se...



«foi roubada uma bicicleta com os seguintes sinais: pintada a azul e o garfo pintado de amarelo; guiador de corrida e selim de passeio; só um travão na retaguarda, e o cabo do travão passa por dentro dos tubos do quadro; rodas: a de trás é de 26 1/2 e tem pneu preto Rubi, e a da frente é de 28 1/5 e tem pneu branco, são quasi novos e ambos da mesma marca; chapa, 108-Elvas.
Sinais do gatuno: é alto, cor de chinêz, tem cabelo preto e uma cicatriz na cara, é escrofulouzo no pescoço e veste decentemente; é conhecido por José Lino Batelho e é natural do Porto, casado em Pinhel; tem 34 anos e possui uma caderneta consigo pela qual se verifica ter sido cantoneiro.
Suspeita-se que fosse para essa localidade e pede-se por isso a apreensão da bicicleta e a prisão do gatuno. A bicicleta pertence a Antero Pinto Vicente, com casa de bicicletas e acessórios em Elvas»
Comandante da PSP de Lisboa, 13 de Outubro de 1942

Cavaco interrogado sobre declarações de Santana

Procurador

Compreende-se o porquê da sugestão. Uma tal situação promoveria esse mesmo anuncio da parte da candidatura de Cavaco Silva, e o "terminar" da eleição a uma semana da mesma. Era o claro reconhecimento de vitória de Cavaco. Mas só há um pequeno senão nessa sugestão... Sócrates já o deve ter discutido com Soares, e Alegre já disse ser a favor da substituíção do Procurador-Geral, colocando-se logo como "parte frágil" no caso de negociação do novo nome para o cargo.
Assim sendo, uma vez ou já discutiu o assunto com o próximo presidente, ou sabe que este já se colcou numa posição frágil, Sócrates só tem uma posição a tomar: esperar!

20?

Alguém me explica como é que o Alegre está «avaliado» em 20%?...

É real? ou realidade ficcionada? para lhe dar legitimidade de polarizar o discurso («Hoje é o início da 2ª volta...»; «isto agora é entre Cavaco Silva e eu...»).

Eu, pessoalmente, não acredito que Alegre passe à segunda volta.

Eu não acredito que Alegre fique à frente de Soares.

domingo, janeiro 15, 2006

Também vou divulgar...




















Também vou divulgar números de telefone «confidenciais» …Já que parece andar na moda outra vez…
Passem-nos a informação ao Ministério Público, caso tenham a oportunidade, não tenho a certeza que já tenham estes contactos de antigos deputados…

[espero que não me saia nenhum tiro pela culatra...]

Bom começo

Bom começo de Marina Costa Lobo, agora que assina coluna (penso que quinzenal) no Diário de Notícias.

Bom começo porque o seu artigo foca um ponto bastante interessante sobre a nossa integração europeia: o reforço dos poderes governamentais fruto de um melhor e mais facilitado acesso a informação e poder de decisão nas altas instancias europeias (em detrimento do progressivo afastamento quer do Presidente da República quer das oposições).

Bom artigo, a auspiciar bons momentos de imprensa futura.

sábado, janeiro 14, 2006

Já???

O tempo, definitivamente, passa a correr...

Então não é que o Margem de Erro, do Pedro Magalhães, já comemora um ano de existência?

Parabéns pelo bom trabalho, pelo rigor posto em tão delicado tema (as sempre polémicas sondagens) e por partilhar connosco algumas das suas ideias e conclusões.

A blogosfera, sem dúvida, enriqueceu em muito com a sua presença.

Obrigado, Pedro.

Bem sacado

Muito bem sacado pela loira...

E ainda dizem que o pessoal não tem sentido de humor...

Interactividade

A escolha ainda é possivel. Ligue-se e vote.

É a interactividade aliada a novas formas de participção política.

Boa iniciativa.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

resposta rápida a «A Cabral»

Resposta telegráfica

Meu caro A. Cabral,

Estas eleições não são umas eleições de futuro. Nenhum candidato me pode apontar uma qualquer linha estratégica, fora das generalidades demagógicas, que me coloque na posição de um eleitor emotivo, apaixonado por uma Ideia, um Ideal, um Futuro.

Soares já o fez, duas vezes. Em 1975 e 1985. Em nenhuma delas eu estive lá (se bem que guardo lembranças do MASP 1, onde o apoiava).

Alegre é vazio, não tem conteúdo ou pensamento. Declama soundbites com uma velocidade calculada. Nem sabia o que fazer se chegasse a Belém.

Cavaco, com um passado já estragado, apresenta-se tão treinado, tão amestrado, que quase que vejo os fios do Fernando Lima cada vez que intervêm. É bem capaz de ganhar, mas será o sabão mais bem vendido da história do país. Quem o comprar não sabe nem o cheiro, o tamanho, ou a composição. Mais, uns irão comprá-lo a julgar que se come, outros que se cheira e ainda outros que julgam que o melhor é nem tocar. O pior é que o próprio Cavaco já nem deve saber ou se lembrar do que pensa sobre alguma coisa.

Jerónimo e Louçã, por coloridos que sejam, e são, preenchem o totobola. O Garcia nem isso, escapou, sem saber, à descida de divisão por incumprimento (como outros). Não contam. Não existem.

Perante tal cenário, sem que me seja apresentado futuro, eu julgo que o melhor que há a fazer neste momento é saber terminar este ciclo, estes primeiros 30 anos de democracia. Se o sistema estivesse vivo e dinâmico teríamos Guterres, Vitorino, Santana ou Durão em campanha agora. Desses poder-se-ia esperar futuros. Destes, dos que se agora apresentam, não.

Resta, então, saber terminar o presente. E aí, meu caro A. Cabral, a opção é incondicional: Mário Soares. Pelo que é, já foi e sabe ser.

Dia

Mais um belo dia de Torre do Tombo.

Não sei se conhecem, se já lá foram ou se já ouviram falar, mas depois do sexto mês, consecutivo, tudo se torna estranhamente familiar e mesmo acolhedor (não sei se é do ambiente climatizado ou da dona Céu, mas que há ali alguma coisa, há...). Mesmo essa figura, AOS para nós, António Oliveira de Salazar para as pessoas normais, se torna muito próxima. Mesmo demasiado.

Sabem o que é olhar para os papéis pessoais dele? Para as contas dos seus fatos? das suas casas? Ou mergulhar no seu quotidiano, através dos seus diários?... (esses já estão digitalizados e disponíveis aqui). Ver, de perto, o que é uma ditadura a funcionar? Os seus meandros, as suas manhas, o inner circle, os jantares mensais, os conselheiros especializados, as mulheres da sua vida... É estranho.

É estranho entrar assim, sem convite, na vida de uma pessoa, já morta, e assaltá-lo quando está o mais desarmado. Mas fascinante folhear estas páginas de memória, ver quando o papel muda, quando troca de caneta, ou quando adoece e se afasta da sua rotina.

É tranquilo ver o país a mudar, seguir a evolução nas regulares viagens de AOS a Santa Comba, nas passagens pelo Caramulo, ou nas diárias na sua adorada Coimbra. Tem graça ver o desenvolvimento cultural, artístico e intelectual, seguido nas exposições visitadas, nos prémios do SPN atribuídos e nas estreias consagradas.

E, claro, é aterrador sentir a proximidade de um regime castrante, autoritário e fascizante, com uma visão totalitária da política e do bem comum, com um legado ainda durável e sentido. É sufocante e doloroso sentirmos as garras do passado cravar-nos quando já estamos tão perto e tão dentro deste Estado, que se quis e se fez Novo.

Conheço-os melhor que nos conheço a nós. (Talvez não tanto, mas para lá caminho).

E este diálogo diário com a morte, com a vida, com a História, com o Futuro é simultaneamente tão enriquecedor e perturbante que baralha. É uma permanente descoberta, que nos espera a cada dia. hoje, entre outras, soube que o Salazar não votou nas primeiras eleições legislativas, em Dezembro de 1934, porque estava acamado, em casa. Apontou: «Hoje não fui à missa, nem à eleição».

Amanhã vou descobrir outra coisa.

quinta-feira, janeiro 12, 2006














No outro dia, ainda estava em Cascais, deparei-me com esta «nota» à porta de casa.
A chave estava partida dentro da fechadura. Não havia, naturalmente, nenhuma avaria. O causador dos danos, como se adivinha, é quem escreveu a nota.
Já resolvemos a situação. Com um pau fino retirou-se a parte da chave partida. O portão voltou a funcionar.
Nada mais há a declarar.
Eu sei porque é que não tenho escrito com a frequência que desejava.

Ando a ver se termino uma tese de Mestrado...

E tu?

Roubo...

Realmente, há quem tenha tempo...

Uma vez mais, obrigado Gorjão.

Não só tem interesse, como é bem pertinente.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

oposição

Viram ontem a entrevista do Santana Lopes à SIC Notícias?
Foi só impressão minha ou ele, além de chorar por tudo e por nada (se fosse comigo...), assumiu-se como o principal opositor quer de Marques Mendes e, em especial, de Cavaco Silva?
Ele bem dizia que não queria criticar, que não apoiava ninguém fora da sua área política nem se esquecia do que lhe tinham feito (mais um choro), mas a verdade é que foram sondbites atrás de sondbites.
Agora, qual o impacto real das declarações de Santana? Isto se fosse nem país «a sério», esse senhor simplesmente rompia com o PSD e fundava outro partido (o célebre PSL), aliás, como o próprio Alegre deveria fazer...
Mas, como estamos reduzidos a esta lógica artificial de bloco central...

terça-feira, janeiro 10, 2006

Dúvidas

Apoio, como sabem, Mario Soares. Incondicionalmente.
Queria, à semelhança do que tenho feito no passado, ir para as mesas de voto. Acontece que as das Mercês (Lisboa, não Sintra), já estão cheias.
Devo ir a outra candidatura «oferecer» os meus préstimos? Mesmo assumindo o meu apoio ao MASP?
Se sim, a qual das candidaturas me deveria dirigir primeiro?

Mais recomendaçõs

Algumas coisitas sobre as eleições no Iraque...

Recomendo isto, isto e isto.

Nada como a fonte.
É impressionante. Não há uma em que Cavaco fique abaixo dos 50%...
Estarão entregues? as chaves de Belém?
Não pode ser. Não assim, sem que ele venha à luta (e não se refugie sistematicamente no melhor canto, a coberto da boa imprensa e defendido pelos melhores capangas).

Descoberta

Descoberta recente (já não me lembro de onde)...

Parece-me poder ter algum interesse. A seguir...
É minha impressão ou o novo DN está mais chegado ao Independente???
Grande texto, mais um, do Vasco Pulido Valente no Público de Sábado.

Está em grande forma.

escritos de fim-de-semana II

Não consegui ler nada de jeito no Expresso

Outra vez. ..

Escritos de fim-de-semana

Vi, neste fim-de-semana, a melhor maneira de vender o «Expresso». No Corte Inglês, empilhado num carrinho de super mercado.

Comprei. Não sei bem porquê mas comprei.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Bichos

Três bichos:

A Joana. O Medeiros Ferreira. E o Escondido. Este, muito bom.

Bons apontamentos, parciais, sem dúvida, mas bons pontos.

imparcialidades

Acabei de ver as conversas da Maria Joao Avilez na SIC, era uma repetição, mas não tinha visto em directo. Opunha, no contexto das presidenciais, Pacheco Pereira e Nuno Severiano Teixeira que versavam sobre politica externa.

O programa revelou-se de muito interesse, o Severiano Teixeira subiu uns bons pontos na minha consideração: isto de ser convidado para um programa onde quer a apresentadora quer o outro convidado são «do outro» não é fácil nem é para todos. Mais ainda quando a distribuição de tempo e a traquilidade para se expor um qualquer argumento é claramente desigual.

De facto, JPP falava à larga, uns bons 5 minutos da cada vez. O pobre Nuno, além de ter de pedir ao ilustre JPP licença para poder articular alguma coisa, lá tinha a boa da Maria Joao a lembra-lo «2 minutos, 2 minutos, só lhe posso dar 2 minutos…». Tarefa hercúlea, bem superada pelo mandatário de Mário Soares.

De resto, um bom programa, de elevado nível, com uma rara gaffe de JPP (Cavaco vai ser um bom primeiro-ministro), que se outro a fizesse o próprio não perdoaria. Severiano Teixeira, com bom humor e decoro, apenas sorriu. Desnecessária era a atitude altiva, sobranceira e arrogante de Maria João Avilez.

E ainda dizem que a imprensa tem sido imparcial nesta campanha…

Comentário

Uma amiga pediu-me, embora não fosse preciso pois já o tinha pensado fazer mal o li, para comentar este post: No meio da noite...

O que comentei apeteceu-me também partilhar convosco:

Quando lemos a "Alegoria da Caverna"...lembramo-nos do medo de sermos nós....de nos conforntar-mos com o nosso "eu" real...e apenas nos iluminar-mos com a "luz que brilha na obscuridade mais profunda"...pensamos que o caminho se faz caminhando...mas no fundo temos medo da Luz pois esta confronta-nos com o nosso outro "eu"...esse "eu" pode ser um "eu" querido e eceite ou não...o que Platão define como sombras são os nossos fantasmas que nos impedem de subirmos a escada e encarar-mos a nossa verdadeira realidade...mas há pessoas que sobem a escada desacompanhadas...e o medo revela-se aí e a personalidade que a Luz revela é dolorosa...ou então o mundo sob a Luz é cruel e injusto...e recusam o mundo ou recusam a sua personalidade e voltam para a caverna...ou para a sua entrada...e as sombras acompanham-nas...por isso é que existem "Fraternidades Iniciáticas"...as mesmas...ajudam a compreender porque nos libertamos das grilhetas da vida...porque enfrentamos as sombras e porque é que as sombras não são mais do que nós proprios...ensinam-nos a subir a escada...e por fim a encarar a Luz...ensinam-nos também a andarmos sobre a Luz...e a enfrentar o mundo e a nossa personalidade...sem nos queimar-mos...pois temos milhares de "Irmãos" que com as suas experiências nos acompanham...mas também nos ensinam a sermos humildes...e a nunca nos esquecermos disso...e o mais importante...a aprender-mos sempre...porque nós só sabemos que nada sabemos...a via que escolhemos...essa somos só nós que a trilhamos e os caminhos são os que optar-mos...mas no fundo...se a trilhar-mos em conjunto sabemos que só o amor...a fraternidade...a liberdade e a igualdade é que primeiramente nos libertam e depois é que nos devem conduzir...um beijo...
P.S. – Reflexão também publicada no Geosapiens.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

They're Here


White on white translucent black capes
Back on the rack
Bela Lugosi's dead
The bats have left the bell tower
The victims have been bled
Red velvet lines the black box
Bela Lugosi's dead
Undead undead undead
The virginal brides file past his tomb
Strewn with time's dead flowers
Bereft in deathly bloom

Alone in a darkened room

The count

Bela Lugosi's dead

Undead undead undead


Something that comes from above

When all that remains falls below

Even angels lose their wings, eventually...

www.bauhausmusik.com

www.fields-of-the-nephilim.com

BREVEMENTE

AQUI

Estado das coisas

Ainda não está totalmente pronto, mas já dá para partilhar um pouco...

Não há-de andar muito longe disto:

(aproveitamos e sempre vamos divulgando...)


«Call for Papers»

«A reforma do sistema eleitoral português
(para a Assembleia da República)»


O Clube «Loja de Ideias» convida os interessados a submeterem propostas de comunicação sobre a «reforma do sistema eleitoral português (para a Assembleia da República)»; encorajando para o efeito novos investigadores, mestrandos, doutorandos e todos aqueles que, julgando ser possível melhorar o actual sistema, visualizem as suas soluções em forma de proposta concreta.

As propostas seleccionadas serão apresentadas publicamente,
na Biblioteca-Museu República e Resistência, em Lisboa,
nos dias 1 e 2 de Junho 2006.


Comissão Científica

André Freire (ISCTE)
Andrès Malamud (CIES-ISCTE)
Carlos Jalali (U Aveiro)
Jorge Migueis (STAPE)
Jorge Miranda (FDL-UL)
Manuel Meirinho Martins (ISCSP)
Marina Costa Lobo (ICS)
Pedro Magalhães (ICS)
Pedro Tavares de Almeida (FCSH-UNL)

Comissão Organizadora
Clube «Loja de Ideias»:
Diogo Moreira
José Reis Santos

Data limite de entrega de propostas: 7 de Abril de 2006.

As propostas:
# Não devem ultrapassar os 30000 caracteres,
em letra corpo 12, com espaçamento duplo.
# Devem-se fazer acompanhar por um sumário de 2 páginas.
# Incluir CV resumido + contactos: telefone e e-mail.

Envio de propostas:
Clube «Loja de Ideias» – lojadeideias@yahoo.com.br

Apresentação de resultados:
19 de Maio de 2006.

Júri avaliador:
Comissão Científica e Comissão Organizadora.

Informações:

Diogo Moreira – 96 2548876 / José Reis Santos – 91 6665260

O Clube «Loja de Ideias» apresenta-se como uma iniciativa não partidária e não ideológica e tem como objectivos contribuir para a construção de novos espaços de debate e intervenção política, fora dos círculos institucionais, visando uma melhor articulação entre a sociedade civil e a sociedade política e partidária. Em suma, ambiciona acrescentar planos interpretativos que possam contribuir para melhorar a definição de espaços públicos, partindo do estudo das relações de quem neles intervêm e procurando aperfeiçoar a relação entre o cidadão e a Cidade.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Será?

Será que estão a fazer com Sharon o que fizeram com Arafat?
(do tipo: ele já está morto, estamos é a preparar a sua morte...).
Não deixa de ter interesse o paralelismo das vidas e das mortes destes dois vultos contemporaneos...

BREVE RESUMO DA ÚLTIMA VERGONHA NACIONAL

"A intolerável subversão da democracia Portuguesa nas Presidenciais 2006"

Reflexão originalmente publicada neste Blog pela Sandra Feliciano

1 – Várias Juntas de Freguesia recusam e/ou atrasam a emissão/envio das certidões de eleitor necessárias à validação das listas de proponentes dos candidatos LUIS FILIPE GUERRA, MANUELA MAGNO E LUIS BOTELHO RIBEIRO, impedindo assim a sua entrega conjunta ao Tribunal Constitucional com as respectivas listas dentro dos prazos previstos na lei (salientam-se situações documentadas de certidões emitidas a 12 de Dezembro e só colocadas nos correios a 22 de Dezembro, véspera do último dia para entrega das mesmas);

2 – Um dos candidatos (LUIS FILIPE GUERRA) faz inclusivamente um esforço sobre-humano para ultrapassar o obstáculo constituído pelo incumprimento por parte das juntas de freguesia, tendo o cuidado de juntar em tempo útil, documentos alternativos comprovativos da situação de eleitor dos proponentes, através de download e impressão do website do STAPE - Secretariado Técnico para os Assuntos do Processo Eleitoral.

3 – O Tribunal Constitucional não aceita os documentos alternativos e informa os mandatários dos candidatos das irregularidades das suas candidaturas, via fax, cerca das 21:30 do dia 26 de Dezembro e do prazo previsto na lei para suprimirem essas irregularidades;

4 – Após mais um esforço sobre-humano de "colheita" das certidões atrasadas nas juntas de freguesia, dois dos candidatos – MANUELA MAGNO E LUIS FILIPE GUERRA – suprimem ambos as irregularidades apontadas às suas candidaturas, conforme descrito nos pontos seguintes;

5 – A candidata MANUELA MAGNO entrega pessoalmente a 28 de Dezembro, último dia previsto na lei para o fazer, as certidões em falta no Tribunal Constitucional, mas como estas se encontram fisicamente separadas das listas de declarações dos eleitores proponentes da candidatura, previamente entregues, o Tribunal Constitucional recusa-se a recebe-las sem que se proceda primeiro à união de cada certidão com a respectiva declaração do eleitor proponente, para o que cede uma sala para que a candidata, acompanhada de três apoiantes, o faça. Às 16:30 do dia 28 de Dezembro, o Tribunal Constitucional recolhe as certidões entretanto já unidas às respectivas declarações dos eleitores proponentes, ordena a MANUELA MAGNO que pare o processo de união dos documentos e recusa receber as restantes certidões ainda não anexadas às respectivas declarações, com base no argumento de fecho dos serviços de secretaria do Tribunal;

6 – O candidato LUIS FILIPE GUERRA opta pela compilação das certidões na sede da sua candidatura e, seguindo o exemplo prático já dado pelo Tribunal Constitucional aquando da notificação das irregularidades no seu processo, procede ao envio das certidões em falta via fax no dia 28;

7 – LUIS FILIPE GUERRA faz chegar ao Tribunal Constitucional, no dia 29 de Dezembro, os originais das certidões enviadas na véspera por fax;

8 – O Tribunal Constitucional recusa as certidões enviadas no dia 28 via fax e no dia 29 por mão própria pelo candidato LUIS FILIPE GUERRA, com base nos argumentos de que 1) as certidões enviadas via fax dentro do prazo legal não são documentos originais, mas telecópias; 2) não estavam anexadas às respectivas (e previamente entregues) listas dos eleitores a que diziam respeito; e 3) os originais só chegaram a dia 29 e portanto fora de prazo;

9 – Os três candidatos – LUIS FILIPE GUERRA, MANUELA MAGNO e LUIS BOTELHO RIBEIRO – apresentam todos a 30 de Dezembro, recurso da decisão de exclusão das suas candidaturas, os dois primeiros via fax às 15:54 e 15:56 respectivamente, e o terceiro por mão própria às 16:10;10 – O Tribunal Constitucional, de acordo com o previsto na lei, notifica todos os candidatos à presidência da república, através dos seus mandatários, dos recursos entregues por estes candidatos e dos prazos para se pronunciarem sobre os mesmos;

11 – LUIS BOTELHO RIBEIRO, MANUELA MAGNO E LUIS FILIPE GUERRA fazem chegar ao Tribunal Constitucional os seus pareceres de concordância e apoio solidário aos recursos dos outros candidatos;

12 – Dos restantes candidatos à presidência da república, apenas GARCIA PEREIRA tem a dignidade de fazer chegar ao Tribunal Constitucional o seu parecer, também de concordância e apoio solidário aos recursos interpostos pelos candidatos, tendo todos os outros optado por ignorar a situação, não se pronunciando nem contra nem a favor dos recursos apresentados (o que é, no mínimo, revelador da sua (falta de) cidadania e confesso que, pelo menos de um ou dois deles, não esperava de todo uma atitude destas!);

13 – O Tribunal Constitucional, após aceitar a entrega e analisar o conteúdo do recurso interposto pelo candidato LUIS BOTELHO RIBEIRO, recusa oficialmente o mesmo, com base no argumento de que este foi entregue 10 minutos após a hora de fecho da secretaria (sim, sim, a mesmíssima secretaria que cinco horas e meia depois de fechada, tem legitimidade para enviar notificações por fax aos candidatos - ver ponto 3);

14 – O Tribunal Constitucional aceita o recurso enviado por fax pela candidata MANUELA MAGNO (apesar de se tratar de uma telecópia e não de um documento original!) mas mantém a sua decisão de exclusão da candidata do processo eleitoral com base no argumento de que esta não reuniu proponentes em número suficiente – 7500 conforme previsto na lei. (Na realidade e contas feitas, da lista de 7750 proponentes inicialmente entregue pela candidata, caso o TC não tivesse recusado receber as certidões por anexar, MANUELA MAGNO tinha conseguido 7551 proponentes com certidão emitida e entregue, ficando os restantes 199 anulados por falta de certidão em virtude de estas não terem sido emitidas/enviadas pelas respectivas juntas de freguesia em tempo útil, mas que seria, ainda assim, número suficiente para legitimar a sua candidatura);

15 – O Tribunal Constitucional aceita também o recurso enviado por fax pelo candidato LUIS FILIPE GUERRA (apesar de também se tratar de uma telecópia e não de um documento original!) mas mantém também a sua decisão de exclusão deste candidato do processo eleitoral, com base no argumento de que este não reuniu proponentes em número suficiente, uma vez que as certidões em falta enviadas dentro do prazo não eram válidas por serem telecopias em vez de documentos originais e não estarem anexadas às listas de proponentes previamente entregues e os respectivos originais só terem chegado ao tribunal no dia seguinte e portanto fora do prazo legal.

Depois do atrás exposto, compete a cada um reflectir, tirar as suas próprias conclusões e decidir como agir no dia 22 de Janeiro. Mas vale sempre a pena divulgar, até porque que neste tipo de assunto, os media raramente tocam, pelo que se não formos nós, membros da sociedade civil a substituí-los nessa responsabilidade, a esmagadora maioria da população nem sequer chega a ter consciência destes "incidentes".

Sandra Feliciano

Nota: Este texto reflecte a minha análise pessoal efectuada com base na confrontação de informação recolhida dos websites abaixo indicados, nos quais podem obter informações mais detalhadas sobre todo este processo.

Website da candidatura de LUIS FILIPE GUERRA (com o documento de recurso para download): http://www.movimentohumanista.com/luisfilipe/

Blog da MANUELA MAGNO (com o documento de recurso para download e descrições pormenorizadas e permanentemente actualizadas sobre o desenrolar e estado desta situação): http://manuelamagno.blogspot.com/

Website da candidatura de MANUELA MAGNO: http://www.manuelamagno.com.pt/

Website da candidatura de LUIS BOTELHO RIBEIRO: http://www.botelhoribeiro.org/

Website do Tribunal Constitucional (link para o acórdão final contendo os textos totais ou parciais dos recursos interpostos, textos dos pareceres recebidos e fundamentação (?) da exclusão dos candidatos): http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/acordaos/20060001.html
P.S. – Reflexão também publicada no Geosapiens.

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