O ainda recente e inesquecível choque titânico entre os candidatos, altamente inflamáveis do PS e PSD (se preferirem independentes), à Câmara Municipal de Lisboa, gerou um "Cosmos" de ideias de exigente reflexão.
Tal como o comum apostador do totobola, também o cidadão lisboeta se encontra mergulhado no dilema de ter de apostar no vencedor (não se trata de uma escolha, pois ninguém assume tal responsabilidade), tendo neste caso a agravante de apenas poder fazer nova aposta passados quatro anos.
Mas, o eleitor mais atento está consciente do início de um processo irreversível de mudança no perfil dos candidatos com reais possibilidades de vencer tão resplandecente autarquia. O combate que agora se trava, não é mais que o de desbravar de terreno para o combate, esse sim, letal… a decorrer já em 2009. Nessa altura, mais dois candidatos irão surgir na corrida vindos das enriquecedoras fileiras independentes. A saber: do mundo da distribuição dos electrodomésticos e viagens para a terceira idade, irá irromper o homem dos sete instrumentos, que fará frente a qualquer sistema seja ele eleitoral, empresarial ou mesmo dourado. Tendo este como mais severo opositor, o ex-marcuense, actual amarantino e futuro lisboeta, "O homem do vernáculo", para quem o governo regional da Madeira é o limite (algures entre 2030 e 2040). Até lá, os seus munícipes ficaram a conhecer o verdadeiro significado de termos como gestão autárquica, empreiteiro, América latina ou manequim.
Não existem, motivos validos para que estes dois brilhantes espécimes não ocupem o lugar de destaque que merecem, pois tal como os actuais candidatos à vitória da presidência da capital, obedecem aos rigorosos critérios da "selecção natural autárquica"
Critérios:
- Ser capaz de estar pelo menos uma hora a debater problemas que não conhece.
- Ser capaz de estar pelo menos uma hora a repetir as palavras ideia e projecto sem apresentar qualquer exemplo.
- Ser capaz de estar pelo menos uma hora a falar com o opositor como se de um árbitro de futebol se tratasse.
Muito Bom!!!
Já só faltam quatro anos…
Jorge Macieirinha
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