Existem claras distinções entre os dois conceitos:
Caridade é um acto que serve para aliviar as consciências momentaneamente e tem um sentido religioso inerente, por exemplo ser caridoso é ajudar o próximo ou por acção momentânea ou por doação em dinheiro, a chamada esmola, outros sentidos também atribuídos ou relacionados com a Caridade, têm a ver com a compaixão a bondade e a benevolência, enfim, as tretas do costume para quem quer ficar de bem com a sua consciência sem se comprometer muito.
Doação é em termos bastantes simples o acto ou efeito de doar da parte de um particular ou da sociedade civil, enquanto acto este pode ser momentâneo ou mais comprometido, mas o efeito desta Doação tem que se revestir de um compromisso pois tem que gerar um resultado ou uma consequência, por esse motivo é que a Doação é revestida de uma forma jurídica e a Caridade não.
Quando falamos em oferecer “x” euros para uma causa estamos pura e simplesmente a entrar no campo da Caridade, estar no terreno e comprometermo-nos por essa causa, implica uma Doação e um investimento de tempo pessoal, e de forma indirecta de dinheiro pois nessa altura poderíamos estar a efectuar alguma coisa que nos desse mais rentabilidade financeira, mas com a certeza de que esta não seria tão compensadora como a satisfação emocional que muitas pessoas tiram do acto de Doar.
Um cidadão Bombeiro Voluntário está a fazer uma Doação a uma causa que é a ajuda ao próximo através das acções em que está envolvido, seja a de apagar os fogos ou a ajuda aos acidentados, mas outras pessoas e grupos de pessoas também se dedicam á Doação a causas, por exemplo quem actua em Organizações Não Governamentais (O.N.G.´s) ou Associações politicas com objectivos claros, e de alguma maneira isolado ou em grupo luta para que o mundo fique melhor, está a Doar o seu tempo e o seu dinheiro para a causa a que se associa, pode-se é pôr em causa se esta será ou não a mais correcta ou a mais compensadora, mas para a pessoa que Doa ou grupo de pessoas é com certeza.
Porquê?
Para além da falada compensação emocional, existe uma outra razão para que a Doação seja muito mais do que a Caridade, quando doamos (na totalidade da acepção dada) fazemo-lo por um altruísmo inexplicável e podemos até dizer que algumas o fazem por “amor” á causa ou á humanidade e não pela “fé” ou a recompensa momentânea e futura que a salvação lhe dará, por esse motivo é quem se entrega a uma causa religiosa ou age em nome da mesma, seja em termos de ajuda ou cometendo um acto terrorista, age por Caridade.
O Estado faz Doações ou Caridade?
Não o Estado (pelo menos o governado com um mínimo de princípios democráticos) cumpre as suas obrigações, reparte aquilo que os seus cidadãos lhe dão, ou seja dá á sua sociedade o que dela retira.
E porquê esta afirmação que há partida parece lógica?
Tem-se vindo a desenvolver uma tese em sectores “intelectuais” liberais que o apoio do Estado a catástrofes naturais ou a outras situações, mesmo as que não são excepcionais, se reveste de uma Doação (ou para outros numa pertença Caridade), como vimos nem é uma coisa nem outra, apenas mentes pouco complexas e básicas a que o epíteto de intelectual soa a ofensivo para os verdadeiros, se lembrariam de tal ideia.
P.S. – Reflexão também publicada no Geosapiens.
Caridade é um acto que serve para aliviar as consciências momentaneamente e tem um sentido religioso inerente, por exemplo ser caridoso é ajudar o próximo ou por acção momentânea ou por doação em dinheiro, a chamada esmola, outros sentidos também atribuídos ou relacionados com a Caridade, têm a ver com a compaixão a bondade e a benevolência, enfim, as tretas do costume para quem quer ficar de bem com a sua consciência sem se comprometer muito.
Doação é em termos bastantes simples o acto ou efeito de doar da parte de um particular ou da sociedade civil, enquanto acto este pode ser momentâneo ou mais comprometido, mas o efeito desta Doação tem que se revestir de um compromisso pois tem que gerar um resultado ou uma consequência, por esse motivo é que a Doação é revestida de uma forma jurídica e a Caridade não.
Quando falamos em oferecer “x” euros para uma causa estamos pura e simplesmente a entrar no campo da Caridade, estar no terreno e comprometermo-nos por essa causa, implica uma Doação e um investimento de tempo pessoal, e de forma indirecta de dinheiro pois nessa altura poderíamos estar a efectuar alguma coisa que nos desse mais rentabilidade financeira, mas com a certeza de que esta não seria tão compensadora como a satisfação emocional que muitas pessoas tiram do acto de Doar.
Um cidadão Bombeiro Voluntário está a fazer uma Doação a uma causa que é a ajuda ao próximo através das acções em que está envolvido, seja a de apagar os fogos ou a ajuda aos acidentados, mas outras pessoas e grupos de pessoas também se dedicam á Doação a causas, por exemplo quem actua em Organizações Não Governamentais (O.N.G.´s) ou Associações politicas com objectivos claros, e de alguma maneira isolado ou em grupo luta para que o mundo fique melhor, está a Doar o seu tempo e o seu dinheiro para a causa a que se associa, pode-se é pôr em causa se esta será ou não a mais correcta ou a mais compensadora, mas para a pessoa que Doa ou grupo de pessoas é com certeza.
Porquê?
Para além da falada compensação emocional, existe uma outra razão para que a Doação seja muito mais do que a Caridade, quando doamos (na totalidade da acepção dada) fazemo-lo por um altruísmo inexplicável e podemos até dizer que algumas o fazem por “amor” á causa ou á humanidade e não pela “fé” ou a recompensa momentânea e futura que a salvação lhe dará, por esse motivo é quem se entrega a uma causa religiosa ou age em nome da mesma, seja em termos de ajuda ou cometendo um acto terrorista, age por Caridade.
O Estado faz Doações ou Caridade?
Não o Estado (pelo menos o governado com um mínimo de princípios democráticos) cumpre as suas obrigações, reparte aquilo que os seus cidadãos lhe dão, ou seja dá á sua sociedade o que dela retira.
E porquê esta afirmação que há partida parece lógica?
Tem-se vindo a desenvolver uma tese em sectores “intelectuais” liberais que o apoio do Estado a catástrofes naturais ou a outras situações, mesmo as que não são excepcionais, se reveste de uma Doação (ou para outros numa pertença Caridade), como vimos nem é uma coisa nem outra, apenas mentes pouco complexas e básicas a que o epíteto de intelectual soa a ofensivo para os verdadeiros, se lembrariam de tal ideia.
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