Numa entrevista concedida por Fátima Bonifácio à revista Pública (nº483, 28 de Agosto de 2005), os leitores do Público puderam assistir a um espectáculo caricato que, infelizmente, não abona muito a favor de uma das mais reputadas peritas da História Política Portuguesa do séc. XIX.
Nessa entrevista, Fátima Bonifácio defende a instauração de um sistema eleitoral misto, baseado em círculos uninominais combinados, ou com uma lista plurinominal nacional, ou com listas plurinominais distritais.
Porquê tal sistema?
Nas palavras da historiadora, “porque corresponde a uma necessidade de tornar a representação nacional mais genuína, e de possibilitar um maior controlo do Parlamento por parte do eleitorado, como aconteceu no séc. XIX.
Começando pelo segundo ponto, devemos então depreender que Fátima Bonifácio tem em boa conta o enquadramento político-partidário oitocentista? [Esta é a parte onde as pessoas que leram os escritos académicos de Fátima Bonifácio desatam a rir às gargalhadas.]
Não, porque mais à frente na entrevista, Fátima Bonifácio, igual a si mesma, produz uma visão bastante crítica da política portuguesa no séc. XIX, onde se destacam as seguintes afirmações: “Todos os Governos ganhavam as eleições, vigorasse o sistema uninominal, plurinominal ou misto (...) Havia fraudes, falcatruas na contagem dos votos, urnas que desapareciam [A família Bush devia pagar direitos de autor], ameaças, subornos”.
Bem, se isto é um maior controlo do Parlamento pelo eleitorado, vou mudar-me para a ditadura mais próxima.
Estando pouco esclarecidos sobre o segundo ponto, podemos ao menos pensar que Fátima Bonifácio defende a introdução de círculos uninominais, por pensar que terá benefícios palpáveis, como a tal referida representação nacional mais genuína?
Não, porque aqui estão mais alguns excertos da entrevista, desta vez sobre círculos uninominais: “um Parlamento exclusivamente composto por deputados de círculos uninominais seria dominado por interesses locais (...) o interesse nacional não é o somatório dos interesses locais (...) os círculos uninominais reforçam os interesses locais e o caciquismo (...) os partidos queixavam-se que eram tiranizados pelos interesses locais.”
Por outras palavras, não se percebe o porquê de Fátima Bonifácio defender a introdução de sistemas eleitorais mistos.
Mas, se calhar, também não é para perceber...
Nessa entrevista, Fátima Bonifácio defende a instauração de um sistema eleitoral misto, baseado em círculos uninominais combinados, ou com uma lista plurinominal nacional, ou com listas plurinominais distritais.
Porquê tal sistema?
Nas palavras da historiadora, “porque corresponde a uma necessidade de tornar a representação nacional mais genuína, e de possibilitar um maior controlo do Parlamento por parte do eleitorado, como aconteceu no séc. XIX.
Começando pelo segundo ponto, devemos então depreender que Fátima Bonifácio tem em boa conta o enquadramento político-partidário oitocentista? [Esta é a parte onde as pessoas que leram os escritos académicos de Fátima Bonifácio desatam a rir às gargalhadas.]
Não, porque mais à frente na entrevista, Fátima Bonifácio, igual a si mesma, produz uma visão bastante crítica da política portuguesa no séc. XIX, onde se destacam as seguintes afirmações: “Todos os Governos ganhavam as eleições, vigorasse o sistema uninominal, plurinominal ou misto (...) Havia fraudes, falcatruas na contagem dos votos, urnas que desapareciam [A família Bush devia pagar direitos de autor], ameaças, subornos”.
Bem, se isto é um maior controlo do Parlamento pelo eleitorado, vou mudar-me para a ditadura mais próxima.
Estando pouco esclarecidos sobre o segundo ponto, podemos ao menos pensar que Fátima Bonifácio defende a introdução de círculos uninominais, por pensar que terá benefícios palpáveis, como a tal referida representação nacional mais genuína?
Não, porque aqui estão mais alguns excertos da entrevista, desta vez sobre círculos uninominais: “um Parlamento exclusivamente composto por deputados de círculos uninominais seria dominado por interesses locais (...) o interesse nacional não é o somatório dos interesses locais (...) os círculos uninominais reforçam os interesses locais e o caciquismo (...) os partidos queixavam-se que eram tiranizados pelos interesses locais.”
Por outras palavras, não se percebe o porquê de Fátima Bonifácio defender a introdução de sistemas eleitorais mistos.
Mas, se calhar, também não é para perceber...
2 comentários:
mais um(a) intelectual que querendo perceber de tudo...acaba por não saber realmente nada...
Os círculos uninominais são uma coisa boa porque é o sistema em vigor na Inglaterra, e como toda a gente sabe a Inglaterra é a democracia mais perfeita do mundo, e portanto os círculos uninominais vão aproximar os eleitos dos eleitores (quilómetros de aproximação), vão dar estabilidade aos Governos, e vão potenciar imediatamente a prosperidade económica.
(ironias...)
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