And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
sexta-feira, agosto 31, 2007
Mundial de Rugby
Chamada para a realidade
Chego a casa, ligo a TV. Milan - Sevilla. 20 minutos de jogo. 0 – 1 para o Sevilla.
Jogo disputado, bom ritmo. Nada de muitas faltas ou entradas perigosas. O Milan ataca, mas não cria grande perigo. O Sevilla avança pouco, mas quase marca em contra ataque. Porque o futebol, quando jogado ao mais alto nível, é belo.
Chega o intervalo, deixa ver o que está a dar na SportTV.
A História dos Campeonatos do Mundo de Rugby. Boa! Está a dar um resumo comentado, inserido no programa, do Nova Zelândia – Escócia. Jogo vivo. Bem disputado! Ganha a Nova Zelândia, a Escócia faz nesse jogo o ensaio do campeonato (a bola passou por 1, 2, 3, 4, 5 – perdia a conta – jogadores com passes rápidos até ao objectivo) avançam ambas para os ¼ de final. Nos ¼ de final a Escócia é eliminada pela Inglaterra, a Nova Zelândia passa. A Inglaterra elimina a França nas ½ finais, mas nem festejam. Porque no Rugby, ao mais alto nível, só se olha para a final. A Nova Zelândia é eliminada pela a Austrália, num jogo que, segundo os australianos, tudo lhes saiu bem.
Na final, um jogo de intensidade fenomenal. A poucos segundos do fim, e com o resultado em 17 – 14 para os ingleses, a Austrália tem uma penalidade. O jogador australiano bate. Bola entre os postes, jogo para prolongamento. Ao voltar para junto das equipa, recebe uma palmada no rabo: “Well done, mate!”. Era um inglês. Porque no desporto, ao mais alto nível, há respeito! Com o prolongamento a chegar ao fim, a Inglaterra ataca. Bola no chão. Os jogadores ingleses protegem a bola. Os australianos percebem o que se prepara. Já tinha sido assim contra a França. Gritam uns para os outros “Atenção! Saiam! Depressa!”. Os ingleses esperam. Colocam-se. Esperam. Colocam-se. Esperam. E, de repente, tudo se passa depressa, mas em câmara lenta. Um inglês baixa-se, pega na bola, e passa para um colega, 10 metros atrás. Os australianos precipitam-se, tentando o impossível. O jogador inglês faz um pontapé de ressalto. Bola entre os postes. 20 – 17 para a Inglaterra. 1 minuto para jogar. Ninguém festeja. Falta um pouco, depois faz-se a festa.
Inglaterra campeã do mundo. Não tinha visto, há quatro anos. Fantástico!
A noite desportiva está a correr bem. De volta ao canal 1.
Jogo já reatado. Pilro com a bola junto à linha lateral. Toque de calcanhar por entre as pernas do jogador sevilhano, para Gattuso. Este avança até à linha de fundo e faz um cruzamento perfeito. Na área, livre de marcação, Inzaghi cabeceia para o golo, qual Assassino Cerebral. Passado uns minutos, Pirlo faz um passe de 30 metros para dentro da área, descaído para a esquerda. Jankulovski aparece e, de primeira e sem deixar a bola cair no chão, remata cruzado e faz o 2 – 1. Ainda há tempo para Kaká fazer uma das suas arrancadas e sofrer uma grande penalidade, que o próprio converte na recarga. Ao festejar, homenageia Puerta. Seedorf, logo a seguir, ao ser substituído, faz o mesmo. Porque no desporto ao mais alto nível, o respeito funde-se com a memória.
O jogo acaba. Milan vence.
Embalado por uma noite em que o desporto estava bonito, voltei a mudar, esperançado, para a SportTV. Estava a dar o Leixões – Vitória de Guimarães.
Fui jantar.
quinta-feira, agosto 30, 2007
Guiné em LIsboa
Junto enviamos o convite para o Encontro de Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro da República da Guiné-Bissau, Eng. Martinho Dafa Cadi, com a Comunidade Guineense residente em Portugal, que terá lugar amanhã, 31 de Agosto, pelas 18.00h., na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa.
Com os melhores cumprimentos, Jorge Gregório
Tese. Update.
quarta-feira, agosto 29, 2007
Osaka - New York
terça-feira, agosto 28, 2007
Zed's dead, baby. Zed's dead!
Quatro filmes e dois videoclips produzidos pela ZED FILMES - CURTAS E LONGAS vão estar presentes em festivais de cinema este verão. São elas DEUS NÃO QUIS de António Ferreira que vai estrear em competição no Festival de Montreal - Canadá, PAGO PARA VER de Luís Manuel Almeida que vai estrear no Festival de Curtas Minhotas, e os documentários HUMANOS - A VIDA EM VARIAÇÕES e ROCKUMENTÁRIO, realizados respectivamente por António Ferreira e Sandra Castiço, que vão estar em competição no Festival dedicado ao cinema musical - ViMus, na Póvoa de Varzim. Igualmente no Vimus, vão estar em competição os videoclips produzidos pela ZED dos BLIND ZERO(DRIVE) e dos MUNDO SECRETO (PÕE A MÃO NO AR).
As datas e horas de projecção, bem como info sobre os filmes, estão disponíveis no nosso site (www.zedfilmes.com).
Fascismo... na América Latina
VII Jornadas de Historia
VII JORNADAS DE HISTORIA DE
10- 12 de octubre de 2007
Crisis del liberalismo y la democracia, ascenso del fascismo, irrupción de las masas y expansión del estado, la década de 1930 constituye uno de los puntos de inflexión fundamentales de la historia de Europa y América. Entre un viejo orden agonizante golpeado por la primera guerra mundial y la revolución rusa, y uno nuevo que aún no se ha afirmado, los años de la depresión son también los de un período de revisión y búsqueda de nuevas bases sobre las cuales refundar el régimen político, el orden económico, la vida social y el sistema internacional. En la Argentina la crisis impacta con fuerza y se manifiesta a través de fenómenos locales como el golpe militar del 6 de septiembre de 1930 y la distorsión del sistema representativo con el fraude patriótico. Estas y otras cuestiones que marcaron la década constituyen el eje de las VII Jornadas de Historia de la Universidad Torcuato Di Tella, las cuales han sido pensadas como un espacio de discusión académica que contribuya al intercambio de ideas entre investigadores, alumnos y el público.
PROGRAMA
MIERCOLES 10 DE OCTUBRE
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Arturo O’Connell (Banco Central)
Roberto Cortés Conde (UdeSA)
Pablo Gerchunoff (UTDT)
Mariano Plotkin (IDES)
Luciano de Privitello (UBA)
Juan Carlos Torre (UTDT)
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17h-17:30h: DEBATE
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Robert Paxton (Columbia University)
10h-12h: NACIONALISMO Y FASCISMO
Daniel Lvovich (Universidad de General Sarmiento)
Leticia Prislei UBA
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12h-12:30h: DEBATE
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14:30h-16h: LAS RELACIONES INTERNACIONALES
Francisco Corigliano (UTDT)
Mónica Hirst (UTDT)
Juan Archibaldo Lanús
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16h-16:30h: DEBATE
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17h-18:30h: LA CULTURA POPULAR
Ricardo Manetti (UBA)
Andrea Matallana (UTDT)
Carlos Mina
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18:30h-19h: DEBATE
VIERNES 12 DE OCTUBRE
10h-12h: LAS OLIMPIADAS DE BERLIN 1936
Proyección del film Olympia (Leni Riefenstahl)
Presentación: Andrés Reggiani (UTDT)
Tese
Tentar explicar que se passou uma tarde a confirmar e acrescentar uma citação numa nota de rodapé é de difícil entendimento para o comum dos mortais.
Fazer o capítulo teórico então, é de loucos... Para se ter uma ideia, aproximada, eu tenho cerca de 45 páginas de fontes e bibliografia. É tudo o que pesquisei e li, nestes últimos 4 anos. Ao escrever a abordagem teórica tenho que «jogar» com o que de significativo se escreveu e publicou sobre o meu tema e avançar com novas propostas de análise. Como trabalho eleições no Portugal autoritário... basta pensarem quem é que já escreveu sobre o salazarismo, as suas características, os seus principais preceitos políticos...
É, por vezes, um autêntico malabarismo sem rede...
É onde estou há uma semana.
segunda-feira, agosto 27, 2007
«A Portuguesa»
O português Nélson Évora venceu a medalha de ouro no triplo salto nos Mundiais de Atletismo que decorrem em Osaca, no Japão. O atleta do Benfica conseguiu um fabuloso recorde nacional na terceira tentativa (17,74 metros) destacando-se da concorrência.
A medalha de prata foi para Jadel Gregório, com 17,59 metros, ficando o norte-americano Walter Davies no terceiro lugar, com 17,33 metros.
domingo, agosto 26, 2007
Eduardo Prado Coelho. Luto.
Eduardo Prado Coelho. Luto.
Eduardo
Surpresa absoluta não foi, mas o choque foi o mesmo. Desde esta manhã a pequena ou grande capela da cultura portuguesa perdeu o seu oficiante mais brilhante e activo. Terá passado para a "outra margem" com a caneta na mão. Ou, talvez, com o mais moderno e mágico dos objectos comunicantes que tanto o fascinavam.
sábado, agosto 25, 2007
Room/Mate
sexta-feira, agosto 24, 2007
Vamos a la Playa?
Parece que não. Parece que era de uma banda italiana, Righeira de seu nome que, não sei bem porquê, cantavam na lingua de Cervantes em detrimento da de Dante.
Dois videos. O original. O com mais 30 kilos.
Original
Perdi essa...
(mas o Paulo não a larga... já lhe contei 30 (!) posts, pelo que deve de ter importancia)
quarta-feira, agosto 22, 2007
Hillary continua favorita (D)
E assim vai a oposição
terça-feira, agosto 21, 2007
Jornalistas idiotas: E não se pode exterminá-los?
segunda-feira, agosto 20, 2007
Do outro lado do Atlântico...
Abaixo segue a proposta de um curso sobre cinema contemporâneo que vou oferecer. Se souberem quem pode se interssar, por favor, repassem.
Como compreender o cinema contemporâneo?
POP-Pólo de Pensamento ContemporâneoRua Conde Afonso Celso, 103 - Jardim Botânico - CEP 22461-060 Tel. (21) 2286-3299 e 2286-3682
Elections in America (II)
domingo, agosto 19, 2007
Corpo central
sábado, agosto 18, 2007
Timor e a transição para a Democracia
sexta-feira, agosto 17, 2007
Ainda lhe pagam?
Agustina
Penso, onde estão os intelectuais de hoje?
Quem por nós falará, daqui a 40 anos?
Estaremos á altura dos que hoje falam? Não sei.
quinta-feira, agosto 16, 2007
quarta-feira, agosto 15, 2007
Fechado
terça-feira, agosto 14, 2007
Memórias...
... de outros tempos.
Aqui entrega de 355 novos eleitores na Freguesia de Santa Maria de Belém, resultantes do recenseamento promovido para as eleições Administrativas e «políticas» (para deputados) de 1945.
Recordo que nos cadernos eleitorais era distinta a atribuição de direitos polítcos activos; assim, para sa Juntas de Freguesia votavam os chefes de Familia, enquanto que para Deputados votavam, segundo o Decreto-lei 23406, de Dezembro 1933, que regulava a atribuição de direitos políticos activos, os «cidadãos portugueses do sexo masculino que sejam maiores e emancipados, saibam ler e escrever e residam no Continente, Ilhas e Colónias portuguesas há mais de seis meses, e neles exerçam funções públicas.
Outras memórias, de outros tempos...
Adolfo Rocha, 100 anos
Mas quem o conhece por seu nome próprio? São, de certo muito poucos.
O médico-poeta ou poeta-médico, conforma a perspectiva de cada um, é, sobretudo conhecido pelo nome que adoptou em 1934 para a sua vida literária e profissional da medicina "Miguel Torga”.
Coimbra, sua terra adoptiva, porto de partida e cais de chegada das suas viagens “mundanas” acaba de o homenagear enquanto homem do povo e do mundo.
Não creio que alguma vez tivesse chegado a possuir cartão de militante mas foi, com certeza, um dos mais fieis e sinceros militantes socialistas.
Acompanhou o PS nos momentos mais difíceis e decisivos da implantação da democracia em Portugal.
Presidiu ao primeiro comício realizado pelo Partido Socialista em Coimbra, a 1 de Junho de 1974.
Militou contra aqueles que davam murros na boca da democracia os quais muitas das vezes provocavam úlceras no estômago da liberdade.
Não estaria, não poderia estar, contente com certos exageros que por aí vemos, ouvimos e lemos, alguns deles provocados por certos “militantes” ditos de esquerda, pseudo-guardiões de um socialismo que a Miguel Torga de modo nenhum poderia agradar e que de certo combateria.
segunda-feira, agosto 13, 2007
Update USA 2008
2. Dennis Kucinich (81%) Information link
3. Christopher Dodd (77%) Information link
4. Alan Augustson (campaign suspended) (77%) Information link
5. Michael Bloomberg (not announced) (73%) Information link
6. Hillary Clinton (73%) Information link
8. Joseph Biden (73%) Information link
8. Wesley Clark (not announced) (69%) Information link
9. Mike Gravel (68%) Information link
10. John Edwards (67%) Information link
11. Al Gore (not announced) (64%) Information link
12. Bill Richardson (56%) Information link
13. Kent McManigal (campaign suspended) (55%) Information link
14. Ron Paul (49%) Information link
15. Elaine Brown (41%) Information link
16. Rudolph Giuliani (40%) Information link
17. John McCain (28%) Information link
18. Mike Huckabee (27%) Information link
19. Tommy Thompson (withdrawn) (26%) Information link
20. Mitt Romney (26%) Information link
21. Chuck Hagel (not announced) (25%) Information link
22. Sam Brownback (21%) Information link
23. Newt Gingrich (not announced) (19%) Information link
24. Fred Thompson (not announced) (17%) Information link
25. Tom Tancredo (16%) Information link
26. Jim Gilmore (withdrawn) (14%) Information link
27. Duncan Hunter (12%) Information link
USA 2008
sábado, agosto 11, 2007
Elections in América
O meu teste foi este:
Denúncia policial
Para Inspecção Geral da Administração Interna:
sexta-feira, agosto 10, 2007
Nem de propósito
Os pedimos apoyo al Manifiesto y al Acto de protesta a celebrar el próximo viernes 10 de agosto del 2007
quinta-feira, agosto 09, 2007
Que granda besta!
Se os homossexuais não gostam do sexo oposto como é que se reproduzem? Não deviam já estar extintos?
Reprodução
Francisco Almeida Leite in Corta-Fitas.
António Costa escolheu para vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa o simpático Marcos Perestrello. Escolhido para super-vereador (durante a campanha foi anunciado que teria a pasta do Ambiente, só que esta acabou por ser negociada com Sá Fernandes) este licenciado em Direito nunca exerceu advocacia por ter andado sempre nos gabinetes ministeriais de Guterres, tendo depois passado para o Parlamento, onde não se lhe conhece uma intervenção digna de registo, sob o consulado de Sócrates.
quarta-feira, agosto 08, 2007
Leituras daqui e dali...
Claro como a água
terça-feira, agosto 07, 2007
Pelouros na CML. O super-vereador
De acordo com a distribuição de pelouros, o presidente da Câmara, António Costa (PS), passa a deter os pelouros da Segurança e Actividades Económicas, conforme anunciou durante a campanha eleitoral, e Marcos Perestrello, eleito em quarto lugar na lista socialista, aparece como um «super-vereador».
Sob dependência de Marcos Perestrello ficará a EMEL (Empresa Pública Municipal de Estacionamento de Lisboa) e a EMARLIS (Empresa Pública Municipal de Águas Residuais de Lisboa), a ligação entre a Câmara e as juntas de freguesia, a ligação à SIMTEJO, à VALORSUL e ao MARL (Mercado Abastecedor da Região de Lisboa).
O vereador fica com a tutela do Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego, Direcção Municipal de Ambiente Urbano, com excepção do departamento de Ambiente e Espaços Verdes, Direcção Municipal de Projectos e Obras, Departamento de Abastecimentos, Departamento de Desporto Social da Direcção Municipal de Acção Social, Educação e Desporto.
O presidente, António Costa, terá sob a sua dependência a Polícia Municipal e o Regimento de Sapadores Bombeiros, Direcção Municipal de Segurança e Tráfego, com excepção do Departamento de Tráfego, o Turismo de Lisboa e a LISPOLIS (Associação para o Pólo Tecnológico de Lisboa).
São igualmente da tutela de António Costa, o Gabinete de Auditoria Interna, Departamento de Apoio à Presidência, o Departamento de Apoio aos Órgãos do Município, Direcção Municipal de Actividades Económicas, com excepção do Departamento de Abastecimentos.
O vereador Manuel Salgado acumula com o Urbanismo, que já tinha sido anunciado ficar sob a sua tutela, Planeamento Estratégico, a EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa) e as Sociedades de Reabilitação Urbana (SRU).
Eleito em segundo lugar na lista do PS, Salgado ficará com a Direcção Municipal de Planeamento Urbano, Direcção Municipal de Gestão Urbanística, Direcção de Conservação e Reabilitação Urbana e Departamento de Planeamento Estratégico.
O vereador Cardoso da Silva, o detentor anunciado do pelouro das Finanças, ficará igualmente responsável pelos pelouros do Património e Recursos Humanos e a tutela das finanças de todas as empresas municipais e participadas.
São da sua competência as direcções municipais dos Serviços Centrais, Recursos Humanos, Finanças, o Departamento do Património Imobiliário e a AMBELIS.
O pelouro da Cultura ficará com a vereadora Rosália Vargas, que também é responsável pela Educação e Juventude.
A Empresa de Gestão e Equipamentos Culturais (EGAC), a Orquestra Metropolitana de Lisboa e as direcções municipais da Educação e Cultura ficam igualmente com Rosália Vargas.
A vereadora Ana Sara Brito ficará responsável pela Habitação e Acção Social, a empresa que gere os bairros municipais, GEBALIS, a Direcção Municipal de Habitação, o Departamento de Acção Social da Direcção Municipal de Acção Social e desporto.
Ana Sara Brito, antiga deputada municipal, ficará ainda encarregue da ligação entre a Câmara e a Assembleia Municipal.
O vereador do Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, com quem o PS estabeleceu um acordo pós-eleitoral, terá a tutela dos Espaços Verdes e Plano Verde.
Sá Fernandes fica com o Departamento de Ambiente e Espaços Verdes e assuntos relativos ao Plano Verde e com a Agência Municipal de Energia e Ambiente, Lisboa E-Nova.
Via TSF
segunda-feira, agosto 06, 2007
domingo, agosto 05, 2007
Polémica na cultura
Gratos pelas palavras de apreço.
Não entendi a questão da «marcação de agenda». Não penso que me imiscuí nas agendas, pessoais ou colectivas, deste ou daquele blogue. Pelo contrário, pouco me interessam. Também não ando a tentar passar algum tipo de agenda pessoal, não me confundas, por favor, com outros bloggers da praça.
Limito-me a comentar e reflectir sobre o que me interessa, de forma livre e independente. Chateia, para dizer a verdade, que invés de se aproveitar os «casos Dalila» para se debater, de forma responsável, honesta e transparente, Política (com P maiúsculo) se faça deste mais um «número de um circo cada vez mais vazio e balofo». Chateia viver num país de superfície, sem profundidade. Nada se analisa nem se inscreve. Tudo se opina e verbaliza.
Escrevias, num post recente, que tudo hoje é popular, populista, populismo.
Bem sei, e estou farto.
Para quando a qualidade?
sábado, agosto 04, 2007
Lisboa. Medida 1
Credibilizar a gestão, assumir transparência
A reunião de Câmara desta manhã, que decorreu à porta fechada, aprovou por unanimidade o limite máximo de 94 cargos, sendo 67 assessores e 27 funcionários administrativos no novo executivo
Primeira boa medida. Depois do descalabro de assessores dos anos anteriores, a gestão socialista da Câmara de Lisboa imprime credibilidade e transparência na gestão municipal. António Costa entra com o pé direito e cumpre, desde já, o seu compromisso com os lisboetas: rigor.
CMC
A vida política tem de se deixar de esconder atras de demagogias faceis (não é o teu caso Carlos, que fique claro) e assumir, definitivamente, o papel que os recursos desempenham. No caso do pessoal auxiliar, qualquer eleito necessita de ter uma pequena entourage consigo. Só assim consegue «produzir» em condições. Agora que se assuma isso, que se tornem transparente os processos de recrutamento do pessoal político e que se responsabilize quer quem contrata, quer quem é contratado.
Agora que não se pense que se faz melhor política sem assessores, adjuntos ou outros nomeados que tal. A boa política faz-se com competência, transparência e responsabilidade.
É aí que está o rigor.
sexta-feira, agosto 03, 2007
Polémica na Cultura II
Quero, agora, acrescentar algumas reflexões.
1. Continuo a defender que não estamos perante nenhuma exoneração ou despedimento. A entidade tutelar do MNAA decidiu, com legitimidade, não reconduzir a Dalila no cargo de directora do Museu. É o Ministério da Cultura que tem e define o critério para a recondução ou não dos directores dos museus à sua tutela. Não podemos, com certeza, esperar que o cargo de directora da MNAA seja pessoal e intransmissível, e que a Dalila permaneça no lugar enquanto ela decidir. Não, quem decide é o Ministério. Aqui não há discussão.
2. Agora, põe-se em causa dois problemas: o do critério de avaliação e o da qualidade das políticas culturais.
3. Sobre a avaliação, a Ministra, se quer ser tomada como séria, tem de assumir publicamente o porquê da não recondução de Dalila no cargo. Repare-se que a Ministra da Cultura pode adiantar uma série de considerações legítimas e aceitáveis, desde a quebra de confiança, à mudança de política no Ministério, etc. Não pode é, no meu ponto de vista, ficar calada. Tem de se expor ao escrutínio e à responsabilização. Qualquer Estado democrático avançado é confrontado com as suas decisões políticas. Tem de ser normal e natural que os Ministros expliquem as suas decisões, não numa lógica desculpatória, mas numa atitude responsabilizadora, transparente e activa. Só assim pode a política sair da penumbra dos gabinetes, das decisões escondidas e das suspeita caciquista.
4. A Ministra da Cultura tem toda a legitimidade de ter feito o que fez. Tem é que o assumir, e acartar com a responsabilidade dos seus actos, para o bem e para o mal.
5. Depois há a questão da política cultural seguida por este ministério e este governo. E aqui há muito que criticar. Mas, atenção, a crítica não vem de agora, não é exclusiva a este executivo, nem atinge apenas as políticas culturais do Estado português. A verdade é que não temos política cultural no nosso país. Nem no Estado, nem nas Câmaras. Este é que deveria ser o verdadeiro debate. E neste ponto não vejo intervenções políticas nem «reportagens jornalísticas».
6. Não se entende como é que as Instituições culturais deste país não tem autonomia - artística, financeira e pedagógica – para poderem se desenvolver. Sabemos que para se desenvolver um projecto institucional são necessários vários anos, décadas mesmo, e não é com a permanente instabilidade da incerteza das direcções que se consegue a tal linha coerente que permita o desenvolvimento, crescimento e cimentação das nossas principais instituições culturais (e este é um ponto a favor da permanecia da Dalila).
7. Agora, não chega a estabilidade. Tem de haver objectivos, patamares a alcançar. Tem de haver a capacidade de avaliação do trabalho, e aí poderem ser assumidamente confrontadas as responsabilidades dos diversos promotores culturais, desde directores a chefes de divisão, a secretários de Estado e à próprio titular do cargo da Cultura. E voltamos ao problema da avaliação. Como se faz, quem a assume, quem a defende, quem se responsabiliza.
8. Depois há ainda o problema da centralidade administrativa. Há, geneticamente, neste país, um forte controlo centralista, que alguns – populistas – querem chamar de estalinista e colar à imagem deste governo. Pois este executivo não é diferente do anterior, como não é diferente da antiga governação da CML (para dar dois exemplos) na relação com a descentralização responsabilizada. Não a prática. Ponto. Como não descentralizava Carmona Rodrigues a relação com as Bibliotecas e Museus da cidade de Lisboa. Como não o fazia Pedro Roseta.
9. O problema é do Estado. Do sistema. Porque não confia, não descentraliza, não responsabiliza. Esta é o verdadeiro debate. Não o fait divers da Dalila Rodrigues, independentemente dos méritos que a senhora tenha.
10. Também todo o trabalho que CCB tinha feito nos últimos 10 anos foi deitado ao lixo com a birra do Berardo, e poucos se importaram; também todo o departamento cultural da CML deixou de existir nos últimos anos, e também poucos se importaram.
11. Estamos perante um puro aproveitamento político populista e demagógico de uma situação paralela. Que se debata o que importa, não o que enche o olho.