Descobri agora que o João Miranda, do Blasfémias, tem coluna do DN. É impressionante. Logo momentos depois de me ter interrogado «onde andam os nossos intelectuais?». Não passam, decerto, pela influência do João Miranda, que mais não é que (mais um) fenómeno blogosférico, existente pela quantidade de comentários que magnetiza (situação conseguida por se posicionar, estrategicamente, nos antípodas da opinião publica e publicada comum, assumindo alguma raiva fóbica acerca temas-ruptura e beneficiando com os efeitos de spill over que esta estratégia, se bem implantada, promove).
Quer isso dizer que lhe pagam para escrever, e o que escreve é desta qualidade:
Portanto, a educação existe porque os ricos têm filhos. O Estado ou não tem de apoiar nenhuma política de natalidade, deixando esta entregue à «naturalidade» (onde os com mais posses deverão ter mais filhos) tem de ou ter cuidado com o apoio a dar, podendo correr o risco de apoiar grupos pouco produtivos (o desmanche do argumento do João Miranda pode implicar que os filhos dos pobres serão necessariamente incultos, analfabetos e incivilizados).
Posso perguntar ao João de que classe é filho? Se é pai? Ou se tenciona ser? Podemos ainda esticar o argumento e perguntar, também, o que lhe parece o desenvolvimento de políticas não de natalidade, mas de esteralidade? Pode ser dificil obrigar os ricos a terem filhos, e descendência (o que era o melhor dos mundos, pois esses são os super-seres portadores do desenvolvimento - segundo o João Miranda), mas pode-se ir pensando em impedir os pobres de terem filhos... (boa ideia, não, João)
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