Chego a casa, ligo a TV. Milan - Sevilla. 20 minutos de jogo. 0 – 1 para o Sevilla.
Jogo disputado, bom ritmo. Nada de muitas faltas ou entradas perigosas. O Milan ataca, mas não cria grande perigo. O Sevilla avança pouco, mas quase marca em contra ataque. Porque o futebol, quando jogado ao mais alto nível, é belo.
Chega o intervalo, deixa ver o que está a dar na SportTV.
A História dos Campeonatos do Mundo de Rugby. Boa! Está a dar um resumo comentado, inserido no programa, do Nova Zelândia – Escócia. Jogo vivo. Bem disputado! Ganha a Nova Zelândia, a Escócia faz nesse jogo o ensaio do campeonato (a bola passou por 1, 2, 3, 4, 5 – perdia a conta – jogadores com passes rápidos até ao objectivo) avançam ambas para os ¼ de final. Nos ¼ de final a Escócia é eliminada pela Inglaterra, a Nova Zelândia passa. A Inglaterra elimina a França nas ½ finais, mas nem festejam. Porque no Rugby, ao mais alto nível, só se olha para a final. A Nova Zelândia é eliminada pela a Austrália, num jogo que, segundo os australianos, tudo lhes saiu bem.
Na final, um jogo de intensidade fenomenal. A poucos segundos do fim, e com o resultado em 17 – 14 para os ingleses, a Austrália tem uma penalidade. O jogador australiano bate. Bola entre os postes, jogo para prolongamento. Ao voltar para junto das equipa, recebe uma palmada no rabo: “Well done, mate!”. Era um inglês. Porque no desporto, ao mais alto nível, há respeito! Com o prolongamento a chegar ao fim, a Inglaterra ataca. Bola no chão. Os jogadores ingleses protegem a bola. Os australianos percebem o que se prepara. Já tinha sido assim contra a França. Gritam uns para os outros “Atenção! Saiam! Depressa!”. Os ingleses esperam. Colocam-se. Esperam. Colocam-se. Esperam. E, de repente, tudo se passa depressa, mas em câmara lenta. Um inglês baixa-se, pega na bola, e passa para um colega, 10 metros atrás. Os australianos precipitam-se, tentando o impossível. O jogador inglês faz um pontapé de ressalto. Bola entre os postes. 20 – 17 para a Inglaterra. 1 minuto para jogar. Ninguém festeja. Falta um pouco, depois faz-se a festa.
Inglaterra campeã do mundo. Não tinha visto, há quatro anos. Fantástico!
A noite desportiva está a correr bem. De volta ao canal 1.
Jogo já reatado. Pilro com a bola junto à linha lateral. Toque de calcanhar por entre as pernas do jogador sevilhano, para Gattuso. Este avança até à linha de fundo e faz um cruzamento perfeito. Na área, livre de marcação, Inzaghi cabeceia para o golo, qual Assassino Cerebral. Passado uns minutos, Pirlo faz um passe de 30 metros para dentro da área, descaído para a esquerda. Jankulovski aparece e, de primeira e sem deixar a bola cair no chão, remata cruzado e faz o 2 – 1. Ainda há tempo para Kaká fazer uma das suas arrancadas e sofrer uma grande penalidade, que o próprio converte na recarga. Ao festejar, homenageia Puerta. Seedorf, logo a seguir, ao ser substituído, faz o mesmo. Porque no desporto ao mais alto nível, o respeito funde-se com a memória.
O jogo acaba. Milan vence.
Embalado por uma noite em que o desporto estava bonito, voltei a mudar, esperançado, para a SportTV. Estava a dar o Leixões – Vitória de Guimarães.
Fui jantar.
And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
sexta-feira, agosto 31, 2007
Chamada para a realidade
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