Resposta à decisão governamental sobre o encerramento de cemitérios
De facto, ir morrer longe dá jeito a quem não quer mau cheiro perto de casa;mas ter de ir pelo seu pé, para não interferir com o nariz do vizinho, custamais a aceitar....Este governo tem sido profícuo em medidas populares, macabrase dissonantes com os ideais do partido que representa, E quem já viveu notempo da «outra senhora» bem pode sentir nostalgia desse tempo. É que nessaaltura a prepotência vinha mascarada «a bem da nação e dos brandoscostumes». Agora, maternidades e morgues (vida e morte sempre andam demãos dadas) dão-se as mãos para resistirem à rasoira dos números!
De facto, ir morrer longe dá jeito a quem não quer mau cheiro perto de casa;mas ter de ir pelo seu pé, para não interferir com o nariz do vizinho, custamais a aceitar....Este governo tem sido profícuo em medidas populares, macabrase dissonantes com os ideais do partido que representa, E quem já viveu notempo da «outra senhora» bem pode sentir nostalgia desse tempo. É que nessaaltura a prepotência vinha mascarada «a bem da nação e dos brandoscostumes». Agora, maternidades e morgues (vida e morte sempre andam demãos dadas) dão-se as mãos para resistirem à rasoira dos números!
Se economicamente não dá certo, então que se corte!
E a humana gente, onde fica?!... a fazer contas se deve ir morrer longe para poupar aos familiares e amigos o peso e a despesa, ou se, pelo contrário, deve encher-se de belo bagaço e morrer como chouriço em assadeira de barro!...Confesso a minha ignorância em matéria de logarítimos, mas, Senhores, ond emoram a ética, a moral social, o respeito pelo torrão sagrado em que muitos nasceram e onde querem morrer?... Em que categoria economicista ou tecnológica entrarão esses valores?
Só deixo uma sugestão: acabem com a hipocrizia dos juramentos nos finais de cursos e na entrega de diplomas. Esses juramentos já não têm qualquer razãode ser, são velharias e merecem, sim, o fogo de um lume que deixe exalar o odor de queimado para ver se alguèm se lança à obra do rescaldo de que estamos precisar,
Uma portuguesa envergonhada e arrependida do voto que deu,
Fernanda Angius
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